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Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Sex Jan 17, 2014 1:35 pm
por ABULDOG74
Um combatente em área de conflito jamais deve ficar pensando em ressuprimento(munição, água, ração e etc) ele deve ter o total controle sobre seu equipamento e material de consumo(munição, água, ração e etc).
O ressuprimento só acontecerá quando a situação assim permitir, se um soldado não for disciplinado a ter um controle de fogos ele vai ficar sem munição muito antes que a média geral da unidade.
A rajada "FULL" em muitas situações nada mais é do que desperdício de munição.


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Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Sex Jan 17, 2014 2:19 pm
por ABULDOG74
Aquisição de Viatura Oficina do Sistema Astros para o CFN:

http://www.mar.mil.br/cgcfn/noticias/de ... o_CFN.html

Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Sex Jan 17, 2014 2:57 pm
por Lirolfuti
Já dizia aquele velho ditado: Cadencia de fogo sem precisão e desperdício de munição.

Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Sex Jan 17, 2014 3:08 pm
por ABULDOG74
Lirolfuti escreveu:Já dizia aquele velho ditado: Cadencia de fogo sem precisão e desperdício de munição.
Olá camarada Lirolfuti, é isso aí mesmo.

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Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Dom Jan 19, 2014 9:26 pm
por ABULDOG74
Mais um vídeo sobre a modularidade do CZ-805:




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Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Seg Jan 20, 2014 10:58 pm
por arcanjo
20/01/2014
Corpo de Fuzileiros Navais recebe três novas VtrBldEspSR Piranha IIIC

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Em 5 de dezembro de 2013, nas instalações do Centro Tecnológico do Corpo Fuzileiro Navais, foram recebidas mais três unidades das novas Viaturas Blindadas Especiais Sobre Rodas (VtrBldEspSR) 8×8 Piranha IIIC, todas na versão para Transporte de Pessoal.

Esta entrega perfaz um total de 25 viaturas da família Piranha IIIC já incorporadas ao acervo do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN).

O processo de recebimento estará concluído em janeiro de 2015, quando o CFN disporá de trinta viaturas desse tipo em seu inventário.

Fonte: MB

http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=36251 By Vinicius Castro


[100]


abraços


arcanjo

Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Ter Jan 21, 2014 11:29 am
por Marino
Corpo de Fuzileiros Navais recebe três novas VtrBldEspSR Piranha IIIC
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=36251

Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Qua Jan 22, 2014 4:48 pm
por ABULDOG74
MATÉRIA DE UM RENOMADO JORNALISTA NO SITE DEFESANET, SOBRE ARGUMENTOS DE SE CRIAR UMA AVIAÇÃO PRÓPRIA DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS:

obs: Viram que não foi só eu que pensei nisso! :wink:

ASAS SOBRE A PRAIA E A FRONTEIRA – ROBERTO LOPES
O articulista defende que o Exército apresse a implantação de sua primeira unidade aérea de asas fixas, e critica a falta de uma aviação própria para o Corpo de Fuzileiros Navais

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A A A
Roberto Lopes

Jornalista especializado em assuntos militares. Em 2000 graduou-se em
Gestão e Planejamento de Defesa no Colégio de Estudos de Defesa Hemisférica
da Universidade de Defesa Nacional dos Estados Unidos, em Washington
(Fort Leslie F. McNair). É também pesquisador associado ao Laboratório
de Estudos da Etnicidade, Racismo e Discriminação da Universidade
de São Paulo. Autor de vários livros, em maio de 2001 publicou a monografia
“Oportunidade para Civis na Condução dos Assuntos da Defesa Nacional: o Caso do Brasil”.



O Exército brasileiro parece excessivamente tímido e cauteloso na tarefa de implantar a sua primeira unidade aérea de asa fixa – projeto que usa como justificativa imediata a necessidade de deslocamentos rápidos na linha de divisa oeste do país, área-piloto do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON).

A ideia original do Comando de Operações Terrestres (COTER) transmitida ainda em 2012 ao Estado-Maior do Exército, foi a de propor a incorporação de aviões pela Força Terrestre “como subprojeto do SISFRON, com emprego dual na Log Av Ex (Logística da Aviação do Exército)”.

Os “estudos de viabilidade” ficaram a cargo da 3ª Subchefia do COTER, incumbida, entre outros assuntos (como emprego de tropas em missões de Paz e monitoramento do estado de prontidão de forças de pronta resposta), de “orientar as atividades da Aviação do Exército, coordenando as Solicitações de Missão Conjunta (SMC) – FAB e MB no Plano de Missões Conjuntas (PMC)”.

As análises realizadas pelo EB estabeleceram como “demandas doutrinárias” para a aviação de asa fixa: “Ligação de Comando; Observação Aérea; Controle de Danos; SEGAR (Segurança de Área de Retaguarda); Desdobramentos Log da Av Ex; Rodízios e Ap Log (Apoio Logístico) para R Fron (Regiões de Fronteira) e PEF (Pelotões Especiais de Fronteira); e Missões Subsidiárias e de misericórdia”.

A aviação de asa fixa é uma ferramenta de uso imperioso no apoio aos soldados em terra, e chega com atraso considerável no Exército brasileiro (até o Exército paraguaio já está providenciando uma!).

Se a demora no processo de aquisição de aeronaves para a Força Terrestre é consequência da crônica escassez de recursos nas Forças Armadas, entende-se. Mas se os generais estão tratando o assunto de forma tão discreta – como se estivessem pisando em ovos – devido ao temor de, com a medida, gerar algum desconforto entre os colegas da Força Aérea, é preciso que o poder civil instalado no comando do Ministério da Defesa deixe por um momento os seus convescotes diplomáticos e esclareça que tal receio não mais se justifica.

Ao contrário: desobrigar a FAB de parte dos vôos em apoio ao Exército é novidade que deve ser encarada como providência em benefício do emprego do equipamento e do pessoal da Aeronáutica em missões mais urgentes ou em cenários onde esse auxílio seja mais decisivo.

Os aviões do Exército serão de extraordinária valia para reforçar o abastecimento e o reconhecimento nas áreas guarnecidas pelos pelotões sediados nos confins da Amazônia e na fronteira noroeste do Brasil.

Atualmente, a FAB se esforça por garantir ao menos um vôo por mês para cada uma dessas unidades de vigilância fincadas na selva, que sobrevivem com restrições no uso da energia elétrica e da internet. Valendo-se de aeronaves tipo C-105 Amazonas, com capacidade de carga da ordem de 9 toneladas, a aviação de asa fixa do Exército poderá, em um primeiro momento, duplicar essa quantidade de vôos – para, quem sabe, estabelecer um rotina de uma visitação a cada dez dias. Os soldados da fronteira e suas famílias agradecerão muitíssimo.

Surgido na virada do século 19 para o século 20, o avião mantém-se, no século 21, como equipamento de importância constantemente renovada, crescente – decisiva no conjunto dissuasório de uma nação.

Condenados há décadas a operar o material em desuso dos exércitos americanos e europeus (primeiro as sobras da 2ª Guerra Mundial e depois o refugo da Guerra Fria), os militares brasileiros têm, entretanto, dificuldades em sonhar alto.

Quatro meses atrás, a conceituada publicação Marine Corps Gazette, dos Estados Unidos, deu divulgação a um interessante artigo de autoria de dois majores fuzileiros navais americanos: Gregory A. Thiele e Mitchell Ruby Rubinstein. O texto deles introduz o conceito de “Cooperação Aérea”, para defender a tese de que, em vez dos caros jatos supersônicos F-35, o que a tropa anfíbia dos EUA precisa, de verdade, é de uma aeronave muito menor (e mais barata), capaz de cumprir, em todas as suas etapas, as missões de reconhecimento e observação, e de apoio de fogo.

Os articulistas observam que, em terra (ou na praia) os soldados fuzileiros precisam de colegas que, a bordo das aeronaves, possam raciocinar como eles.

Analiso o assunto no meu próximo livro – “As Garras do Cisne” – que ainda este ano chega às livrarias. Eis um extrato de suas páginas:

“A tese de Thiele e de Ruby Rubinstein, advoga o estabelecimento de um clima de cumplicidade entre os fuzileiros em terra e os aviadores fuzileiros que os apóiam do ar, que só pode ser estabelecido por meio de aviões muito mais lentos e manobráveis que o F-35, adequados aos vôos em baixas altitudes – onde os pilotos enxergam o campo de batalha a olho nu –, às missões de Inteligência, apropriados, enfim, ao apoio aéreo aproximado – o que não deixará de exigir-lhes boa capacidade de fogo e toda a moderna aviônica compatível com aeronaves desse porte”.

As recomendações de Thiele e Ruby Rubinstein podiam ter sido encomendadas pela Embraer, porque eles mencionam várias das características que são predicados conhecidos (e internacionalmente respeitados) do A-29 Super Tucano.

De resto é preciso ter em mente que tropas de fuzileiros navais com aviação própria já não são novidade. E não apenas nos Estados Unidos.

A Coréia do Sul, que conduz um dos mais agressivos programas de expansão de uma força naval em andamento no mundo, está montando um corpo de aviação para a sua tropa anfíbia. Até a Venezuela anuncia a compra de oito helicópteros médios chineses (cópia dos Dauphin navalizados franceses) para os seus fuzileiros.

Não que os chefes navais brasileiros estejam desatentos à modernidade da aviação. Ano passado, a inconfidência de um oficial americano permitiu saber que a Marinha do Brasil demonstrou interesse pela aquisição de uma pequena quantidade (dez, talvez) dos convertiplanos Osprey (que decola como um helicóptero e se desloca como um avião de asas fixas), aeronave largamente utilizada pelos marines.

É realmente uma pena que, tendo decidido permitir que nossos fuzileiros façam o curso de piloto naval (para helicópteros e caças A-4 Skyhawk), os almirantes ainda não tenham pensado em dotar o CFN de uma ala aérea.

A Estratégia Nacional de Defesa, anunciada pelo governo Lula em dezembro de 2008, qualifica a tropa anfíbia como expedicionária por excelência. Seria muito aconselhável que uma força com essa autonomia, e já equipada, conforme sabemos, de veículos blindados (cuja importância pode ser medida pelo fato de a corporação ter criado a sua própria especialidade de Blindados), artilharia de foguetes (em processo de recebimento) e mísseis, estivesse também dotada de aeronaves de asas fixas e rotativas.

Infelizmente, não temos, no Ministério da Defesa, nenhuma autoridade civil capaz de, minimamente, raciocinar sobre as carências do nosso dispositivo militar – e, muito menos, de perder 20 minutos lendo com atenção um artigo do Marine Corps Gazette.
Azar o nosso.

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Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Qua Jan 22, 2014 4:52 pm
por Guilherme
ABULDOG74 escreveu:Aquisição de Viatura Oficina do Sistema Astros para o CFN:

http://www.mar.mil.br/cgcfn/noticias/de ... o_CFN.html
Ótima notícia.

Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Qua Jan 22, 2014 5:38 pm
por ABULDOG74
EM LONGO ARTIGO(vou botar em partes aqui) DA EDIÇÃO DE SETEMBRO DA MARINE CORPS GAZETTE, DOIS OFICIAIS DO USMC DISCUTEM O FUTURO DA AVIAÇÃO DE ASA FIXA TRIPULADA NO APOIO ÀS TROPAS E AFIRMAM QUE NENHUMA AERONAVE DO USMC (ATUAL OU FUTURA) É ADEQUADA À MISSÃO. A SOLUÇÃO: COMPRAR CEM SUPER TUCANOS AO CUSTO DE OITO F-35:

EM LONGO ARTIGO DA EDIÇÃO DE SETEMBRO DA MARINE CORPS GAZETTE, DOIS OFICIAIS DO USMC DISCUTEM O FUTURO DA AVIAÇÃO DE ASA FIXA TRIPULADA NO APOIO ÀS TROPAS E INTRODUZEM O CONCEITO DE ‘COOPERAÇÃO AÉREA’. AMBOS APONTAM RESTRIÇÕES E LIMITAÇÕES DO ATUAL MODELO CENTRALIZADO DE COMANDO E CONTROLE DA AVIAÇÃO E AFIRMAM QUE NENHUMA AERONAVE DO USMC (ATUAL OU FUTURA) É ADEQUADA À MISSÃO. A SOLUÇÃO: COMPRAR CEM SUPER TUCANOS AO CUSTO DE OITO F-35.

Air Cooperation and the Marine Corps – An alternative vision for the employment of Marine fixed-wing aircraft – maj Gregory A. Thiele / maj Mitchell “Ruby” Rubinstein
-
vinheta-destaque-aereoUSMC - logoCom a recente entrega do primeiro F-35, é hora de repensar a forma como o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (USMC) emprega suas aeronaves de asa fixa. As aeronaves de asa fixa dos fuzileiros foram limitadas na sua capacidade de fornecer apoio aéreo integral, eficaz e de longa duração aos comandantes em terra na luta contra insurgentes no Iraque e no Afeganistão, uma lacuna que o F-35 não melhorará. Na verdade, a fim de permanecer eficaz e relevante em todo o espectro do conflito, o USMC precisa mudar a sua doutrina de aviação, adotando a Cooperação Aérea como filosofia de trabalho.

Ao longo de décadas, a aviação do USMC tem lentamente degradado sua capacidade de apoiar seus combatentes em terra. O Corpo de Fuzileiros Navais costumava ter uma variedade de aeronaves de asa fixa e pelo menos uma delas, o modelo OV-10, era otimizada para a integração com a força terrestre. O último OV-10 foi aposentado na época da Guerra do Golfo (1991). Com a sua retirada, a única aeronave de asa fixa que os fuzileiros podiam contar para prover apoio aéreo em terra eram os jatos otimizados para missões de interdição de campo de batalha. Essas aeronaves (principalmente o F/A-18 e o AV-8B) estavam abaixo do ideal quando a questão central era apoio aéreo aproximado, anteriormente fornecido pelo OV-10.

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Dois momentos distintos na carreira do OV-10 Bronco. Na foto da esquerda aparecem dois aviões da Marinha dos EUA patrulhando o Delta do Rio Mekong, no Vietnã e na foto da direita um Bronco do USMC sobre Kuwait City em busca de alvos iraquianos.Após a Guerra do Golfo os últimos OV-10 foram aposentados e o USMC ficou sem uma aeronave com as mesmas capacidades. FOTOS: USN/USMC


A semelhança cada vez maior entre as aviações dos Fuzileiros, da Marinha e da Força Aérea dos EUA levou ao aumento da interoperabilidade e perda da sua singularidade. Em meados da década de 1990, a aviação do USMC tornou-se mais adequada para a realização de missões de ataque anteriormente realizadas principalmente pela Marinha e pela Força Aérea. Orçamentos reduzidos, diminuição do número de aeronaves, e desejo do USMC em participar onde houvesse conflito levou os comandantes do componente aéreo das forças conjuntas (JFACC) a solicitar uma maior participação da aviação de asa fixa do USMC em missões de ataque do que no passado.

O aumento da permutabilidade entre jatos do USMC, da Marinha e da Força Aérea também levou a Marinha e a Força Aérea a se envolverem mais na arena de apoio às tropas em solo. Tanto a Marinha quanto a Força Aérea devem ter capacidade de apoiar as Forças Terrestres, mas este não é o principal papel delas. Para a aviação do USMC, esta deve ser a sua “raison d’être” (razão de existir). Chega a ser irônico o fato da Força Aérea possuir o A-10, uma aeronave muito mais indicada para apoio aéreo aproximado do que qualquer outra aeronave do USMC.

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Chega a ser irônico o fato da Força Aérea possuir o A-10, uma aeronave muito mais indicada para apoio aéreo aproximado do que qualquer outra aeronave do USMC”. FOTO: USAF

A aviação de asa fixa do USMC enfrenta uma luta para continuar existindo, embora não seja aparente. Semelhança de plataformas (o F-35), tecnologia e “operações combinadas” estão levando a aviação do USMC cada vez mais para a órbita da JFACC (leia-se: Força Aérea). Se nada acontecer, esta tendência continuará até que, finalmente, a única diferença entre as aeronaves e os pilotos do Corpo de Fuzileiros Navais, da Marinha e da Força Aérea será a palavra “Marines” estampada no avião e no macacão do piloto. Nesse ponto, as pressões orçamentárias muito provavelmente levarão ao fim da aviação de asa fixa do USMC.

Ao adotar uma doutrina de Cooperação Aérea, a aviação do USMC poderá recuperar a sua singularidade. Cooperação Aérea é uma filosofia em que o emprego do Poder Aéreo se move a partir da segunda geração (atrito) para a terceira geração (guerra de movimento). A Cooperação Aérea visa a utilização da aviação não apenas como um braço de apoio, mas como parte integrante de uma unidade associada às Forças Terrestres. A Cooperação Aérea depende de um maior grau de iniciativa da aviação de acordo com a intenção do comandante da unidade em terra. Esta é a essência de ordens “missão-tipo”. A Cooperação Aérea apoia a guerra de movimento de uma forma que o atual comando da aviação centralizado e a filosofia de controle não permitem fazer.

A filosofia do atual comando conjunto de aviação ordena que praticamente todas as missões sejam rigorosamente programadas e controladas através da ordem de operações (ATO – em inglês). O caos e a imprevisibilidade da guerra, no entanto, não se prestam facilmente às nossas tentativas de se criar horários de voos detalhados. Órgãos e métodos de comando e controle são certamente necessários, mas devem ser melhor adaptados às exigências de guerra do que o ATO é. A quebra da restrição que o ATO impõe sobre a aviação do USMC permitirá aos comandantes uma maior eficácia e uma flexibilidade no emprego do Poder Aéreo do que o método atual. Os fuzileiros devem manter a integridade do MAGTF (Marine Air-Ground Task Force – Força Tarefa Ar-Terra dos Fuzileiros) com o controle necessário sobre o próprio espaço aéreo. Não devemos esquecer que o controle centralizado cede à iniciativa ao inimigo.


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Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Qua Jan 22, 2014 5:45 pm
por ABULDOG74
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“O caos e a imprevisibilidade da guerra, no entanto, não se prestam facilmente às nossas tentativas de se criar horários de voos detalhados”. FOTO: AP

A Cooperação Aérea difere do atual modelo de comando e controle da aviação em várias maneiras. Em primeiro lugar, a aviação estaria totalmente integrada ao regime de manobra em terra desde o início e nos níveis mais baixos. Unidades de aviação trabalhariam diretamente com uma unidade parceira em solo, desenvolvendo um relacionamento de apoio com essa unidade. Esta relação facilitaria uma compreensão mais abrangente dos aviadores em relação à intenção do comandante em solo para que eles atuem mais do que simples “artilharia aérea.”

Possuindo um conhecimento maior do desenvolvimento do combate em solo, assim como as intenções do comandante, os pilotos estão livres para agirem de acordo com seu entendimento com o mínimo de atraso exigido para a coordenação com a unidade que apoiam. O atual sistema de comando e controle centralizado é necessário para permitir que um piloto com pouco ou nenhum conhecimento prévio da situação do solo lance suas bombas em segurança. A Cooperação Aérea libertaria a aviação dos fuzileiros, permitindo que ela aja em conjunto com as Forças Terrestres num grau nunca antes visto. Por exemplo, uma vez no ar, se o piloto vir uma força inimiga movimentando-se para um contra-ataque, ele irá informar o seu comandante terrestre e atacar imediatamente o inimigo, talvez retardando o progresso adversário e permitindo que as Forças Terrestres amigas criem uma rápida emboscada.

Em 2011, no Vale de Sangi (Afeganistão), uma mentalidade de Cooperação Aérea permitiu que unidades terrestres e aéreas do USMC agissem com mais rapidez a um ataque com dispositivos explosivos improvisados (IED em inglês). Vendo o ataque com IED, helicópteros de apoio executaram de imediato o “plano de jogo.” A unidade no solo só precisou enviar alguns sinais a partir de reflexos gerados por espelho para coordenar com a unidade aérea, sem empregar as comunicações de rádio, utilizadas para outros fins críticos.

O maior benefício da Cooperação Aérea é tornar o Corpo de Fuzileiros Navais mais eficaz em todo o espectro do conflito. A aviação de asa fixa do USMC mostrou utilidade limitada no Iraque e no Afeganistão, capaz de se manter no posto por apenas um curto período de tempo antes de perder a consciência situacional e sair de cena para reabastecer. Isso contribuiu para uma mentalidade do tipo “pegar ou largar”, que às vezes resultava em decisões apressadas sobre o emprego de fogo dos aviões. Fratricídios ocorreram quando a situação mudou e o piloto estava ausente, como em casos de aeronaves amigas atacando uma força amiga que conquistou uma posição que era do inimigo.

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A aviação de asa fixa do USMC mostrou utilidade limitada no Iraque e no Afeganistão, capaz de se manter no posto por apenas um curto período de tempo antes de perder a consciência situacional e sair de cena para reabastecer. FOTO: USAF

A exigência de que todos os elementos devam ser empregados em graus semelhantes limita a capacidade da aviação do USMC em coordenação estreita com o esquema de mobilidade do comandante local em solo. A Cooperação Aérea facilitará essa integração, permitindo que os pilotos trabalhem diretamente para o comandante em solo, e não apenas durante o tempo para processar uma missão de apoio aéreo aproximado (CAS), mas desde o planejamento de toda a ação no solo.

A Cooperação Aérea já provou a sua eficácia no emprego limitado em conflitos de baixa intensidade (LIC em inglês) /ações de contra insurgentes (COIN) no Iraque e no Afeganistão. Muitas vezes, o emprego mais eficiente dos meios aéreos no LIC é a execução de ações de inteligência, vigilância e missões de reconhecimento (ISR). O atributo mais importante para essas missões é tempo no local, como demonstrado pelo sucesso dos veículos remotamente pilotados que agiram soberbamente mantendo-se desarmados.

A eficácia da aeronave é reforçada por ter um piloto (ou melhor, um observador terrestre) na mesma, ou seja, um tripulante que compreenda o esquema de movimento abaixo dele. O piloto pode tomar decisões e assessorar o comandante em solo sobre um ambiente imprevisível e que muda rapidamente. A CAS tradicional é muitas vezes de menor importância.

Em um conflito de média ou alta intensidade, a Cooperação Aérea fará com que as Forças Terrestres sejam mais eficazes, ajudando-as a identificar ou criar brechas e evitar determinados terrenos. Idealmente, a Cooperação Aérea irá utilizar aeronaves que são menos complexas e, portanto, mais numerosas e mais fáceis de serem substituídas do que o F-35. Estas aeronaves seriam robustas e com boa capacidade de sobrevivência, para que possam ter sucesso enquanto voam baixo e lento o suficiente para fornecer informações valiosas e apoio ao comandante em terra.

A Cooperação Aérea enfatizará as capacidades únicas da aviação do Corpo de Fuzileiros Navais. O USMC está efetivamente estruturado para operar com Cooperação Aérea. A virtude de ter um MAGTF com um único comandante responsável por ambas as forças de terra e ar em um nível inferior ao do comandante combatente é de fundamental importância, pois cria o clima de cooperação que está faltando entre os elementos independentes entre si.

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“todo oficial fuzileiro é, por direito, um comandante de pelotão”. FOTO: LM

A Cooperação Aérea permitirá que o Corpo de Fuzileiros Navais capitalize as capacidades singulares de seus pilotos. Todo oficial do USMC participa da Escola Básica e possui como fundamento “todo oficial fuzileiro é, por direito, um comandante de pelotão.” Esta experiência compartilhada entre futuros aviadores e oficiais de terra gera confiança. O Corpo de Fuzileiros Navais precisa dar continuidade a esta tradição, fornecendo mais conhecimento para pilotos e oficiais em solo conforme a Cooperação Aérea começar a enraizar-se.

O Corpo de Fuzileiros Navais tem suas vantagens culturais e históricas de valor inestimável na execução da Cooperação Aérea. O Corpo de Fuzileiros Navais foi pioneiro nas missões CAS no período entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundiais em um esforço para proporcionar um melhor apoio aos “irmãos de armas” no solo. Esse foco institucional do USMC em terra tornou-se uma parte profundamente arraigada entre os fuzileiros. Visto por este prisma, a Cooperação Aérea simplesmente se baseia no fundamento dos valores do USMC.

O Corpo de Fuzileiros Navais também pode evoluir com base nas trocas de experiências entre os elementos de terra e os aviadores. Aviadores muitas vezes atuam como controladores aéreos avançados juntamente com unidades terrestres. Este programa é excelente e será inestimável para formar uma mentalidade de Cooperação Aérea. Mais “oficiais de terra” devem ser enviados para a aviação e, igualmente, mais aviadores devem ser autorizados a servir em equipes de terra. O entendimento dessas oportunidades aumentará ainda mais a compreensão dos outros elementos do MAGTF.

A Cooperação Aérea tem a virtude adicional de manter os pilotos no cockpit da aeronave. Nenhuma aeronave não tripulada, independentemente das qualidades dos sensores de bordo, pode fornecer ao seu piloto o mesmo entendimento que um piloto de um avião circulando sobre o campo de batalha pode ter. Pilotar um “drone” exige um especialista; a Cooperação Aérea requer pilotos com uma compreensão abrangente da intenção do comandante em terra. Para ser eficaz, a Cooperação Aérea requer seres humanos na cena que podem pensar e tomar decisões que irão influenciar o resultado em terra de um ambiente caótico.

O filosofia do atual sistema de comando e controle centralizado, que enxerga as aeronaves principalmente como plataformas para fornecer apoio de fogo aéreo, em breve terá pouca utilidade para os pilotos de asa fixa. A tendência das Forças Armadas dos EUA é o uso cada vez maior de drones. E por que não? Drones podem prover CAS para situações previstas, bem como uma aeronave tripulada. Se você quiser algo mais da aviação de asa fixa além do apoio de fogo, um drone irá atender perfeitamente às suas necessidades.

No entanto, do ponto de vista da Cooperação Aérea há lacunas significativas que drones não podem ocupar. Os drones podem apoiar um número limitado de perfis de missão. Drones também exigem links de comunicação, que têm alcance e limitações de linha de visão e são suscetíveis a interferências. A falta de manobrabilidade torna os drones mais vulneráveis à defesa antiaérea. A exigência de emissões de rádio para o seu controle os torna mais vulneráveis às armas de interferência (jamming). Drones podem seguir determinadas rotas, mas eles não podem reagir bem a uma mudança de situação do solo. O piloto pode estar a milhares de quilômetros de distância, muitas vezes com pouca compreensão do esquema de manobra em terra, olhando para um monitor exibindo um estreito campo de visão.

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“O piloto [de um drone] pode estar a milhares de quilômetros de distância, muitas vezes com pouca compreensão do esquema de manobra em terra, olhando para um monitor exibindo um estreito campo de visão”. FOTO: USAF


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Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Qua Jan 22, 2014 5:54 pm
por ABULDOG74
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“As ações CAS foram reduzidas a missões burocráticas.(…) [elas] devem ser mais do que apenas lançar bombas.”FOTO: USAF

Certamente haverá aqueles que acreditam que a Cooperação Aérea é um passo para trás do Corpo de Fuzileiros Navais. Do ponto de vistas desses indivíduos, as ações combinadas são algo bom. Isso é compreensível, dado que o Departamento de Defesa produz esforços conscientes no sentido de tornar as ações cada vez mais conjuntas, e há incentivos para que isso ocorra como a Lei Goldwater-Nichols de 1986. Talvez seja uma heresia, mas o uso combinado não é inerentemente bom por si só. Operações combinadas só são boas se o resultado final for uma força conjunta de combate mais efetiva. Nas áreas onde as operações combinadas degradam a eficácia do combate, elas não deve ser empregadas.
É improvável que o Congresso exija mudanças em nome das Operações Combinadas se o resultado final for uma degradada eficácia do combate. Esta é a razão da Publicação Conjunta 1, Doutrina para as Forças Armadas dos Estados Unidos (chefe do Estado-Maior Conjunto, Washington, DC, 25 de março de 2013), que fornece dispensa especial para manter a integridade do MAGTF.

Também é irônico que uma nação construída sobre a livre iniciativa e a crença de que a competição produz melhores produtos deva ignorar o valor dessas ideias na esfera militar. Operações Combinadas podem danificar a eficácia militar, eliminando a concorrência benéfica entre os pensadores inovadores dentro das Forças. Quando todas as Forças voarem a mesma aeronave, com recursos praticamente idênticos, será natural que as normas criadas sejam semelhantes para os pilotos.

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“Na Segunda Guerra Mundial, a União Soviética produziu 40.000 aviões de ataque IL-2 Sturmovik. Há relatos de que esta aeronave absorvia impactos de canhões de 20 milímetros. O Sturmovik teve grande efeito em apoiar o avanço do Exército Vermelho sobre a Alemanha.” FOTO: Arquivo

As Operações Combinadas resultaram numa “homogeneização” do Poder Aéreo dos EUA. As ações CAS foram reduzidas a missões burocráticas. Cada piloto, seja da Marinha, do USMC ou da Força Aérea, pode processar um pedido de execução de missão tipo CAS. Em si mesmo, este é um desenvolvimento positivo, mas missões CAS devem ser mais do que apenas lançar bombas. A busca de ações combinadas tem obscurecido este fato na busca de um padrão comum para que todos os pilotos, independentemente da Força, possam executar.

Alguns podem argumentar que a Cooperação Aérea é impraticável devido às exigências de alta complexidade de apoio a aviação moderna, e dadas as aeronaves que o Corpo de Fuzileiros Navais possui atualmente e está comprando. Mas Cooperação Aérea é melhor conduzida por pilotos que vivem e trabalham em estreita proximidade com as unidades terrestres que estão sendo apoiadas, e a aeronave deve agir conjuntamente. Para este fim, o USMC necessita de uma aeronave mais simples, barata e robusta, que seja flexível e adquirida em maior número. Com essa aeronave, a Cooperação Aérea será viável, e a união das equipes de ar e terra dos fuzileiros atingirá um novo nível de integração e eficácia.

Na Segunda Guerra Mundial, a União Soviética produziu 40.000 aviões de ataque IL-2 Sturmovik. Há relatos de que esta aeronave absorvia impactos de canhões de 20 milímetros. O Sturmovik teve grande efeito em apoiar o avanço do Exército Vermelho sobre a Alemanha. A atualização moderna deste conceito é mais fácil do que se poderia pensar. Pelo preço de oito F-35, poderíamos colocar em campo mais de 100 modernos A-29 Super Tucano, aeronave de apoio aéreo leve. O A-29 é um avião já testado em combate, sendo capaz de fornecer vigilância armada com maior autonomia e em maior número e a partir de aeródromos sem infraestrutura, quando comparado às atuais e futuras aeronaves de asa fixa do USMC.

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“Pelo preço de oito F-35, poderíamos colocar em campo mais de 100 modernos A-29 Super Tucano, aeronave de apoio aéreo leve.” FOTO: USN

Alguns também podem argumentar que o Corpo de Fuzileiros Navais já faz muitas das coisas que os apoiadores da ideia da Cooperação Aérea defendem. Afinal, os pilotos já frequentam a escola básica e servem com tropas em terra, ganhando assim algum entendimento dos requisitos de suas contrapartes terrestres. Mas os aviadores estão limitados pela visão atual de Poder Aéreo da atual filosofia de comando e controle. Para que os pilotos do USMC sejam adequadamente instruídos, eles devem passar por um sistema de treinamento onde sejam vistos como algo além de especialistas altamente qualificados para destruir alvos. Se isso é tudo o que eles são no momento, eles serão cada vez mais substituídos por drones.

Aviadores podem afirmar que, em uma tentativa de ganhar muitas das vantagens alegadas para a Cooperação Aérea, o USMC já possui uma técnica chamada Coordenação de Ataque e Reconhecimento (SCAR em inglês). A SCAR permite que a aviação avance sobre as forças terrestres e ataque o inimigo. A SCAR é uma tentativa, dentro da atual e inflexível filosofia do comando e controle aéreo para alcançar algumas das promessas da Cooperação Aérea. No entanto, SCAR não é Cooperação Aérea e só pode alcançar alguns dos seus aspectos. Aos pilotos que conduzem missões SCAR são fornecidas matrizes de orientação de ataque (AGM em inglês). As AGM simplesmente priorizam metas para o piloto, dizendo-lhe o que exatamente devem matar. A aeronave continua sendo apenas uma plataforma de entrega de bombas, e o piloto está apenas seguindo uma lista de supermercado.

Para que a Cooperação Aérea seja mais eficaz, é necessário adotar um aparelho com características diferentes daquelas exibidas pelo F-35. Talvez o Corpo de Fuzileiros Navais deva comprar menos F-35 e utilizar os recursos economizados na compra de aeronaves mais adequadas para a Cooperação Aérea. Os F-35 não são ideais para a missão de apoio aéreo, uma vez que não são aeronaves otimizadas para ataque ao solo.

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“qualquer sistema de armas muito caro para perder é demasiado dispendioso para se utilizar.” FOTO: USN

Além disso, o alto preço do F-35 é uma barreira para o uso do avião em missões de apoio aéreo. O F-35 é muito caro para ser perdido. Usando um velho ditado, qualquer sistema de armas muito caro para perder é demasiado dispendioso para se utilizar. O custo do F-35 também significa que o Corpo de Fuzileiros Navais não será capaz de adquirir um grande número deles, como seria o caso se fossem compradas aeronaves mais baratas, e isso levará à redução do número de aeronaves que poderão apoiar os Fuzileiros Navais no solo.

Se o F-35 não é o ideal para a Cooperação Aérea, quais características deveria o Corpo de Fuzileiros Navais procurar numa aeronave? Em primeiro lugar, a aeronave ideal a ser usada neste caso deveria ter grande autonomia para permanecer sobre o campo de batalha. Isto permitiria ao piloto (e, idealmente, ao observador junto com ele) uma maior consciência da situação no solo ao invés de uma série de aviões que vem e voltam como um “iô-iô” em busca de mais combustível para compensar o menor tempo na estação.

Para a real função de Cooperação Aérea deve-se voar mais baixo e mais lento, a fim de melhorar a sua compreensão da situação no terreno. Este requisito pode ser atenuado a um certo grau, com a utilização de sensores, mas o entendimento que vem de ser mais perto do ponto de atrito e de ver com os próprios olhos não é apenas crítico para um comandante, mas também para um piloto que pretenda assessorar o comandante ou influenciar a ação no terreno. A fim de chegar mais perto da luta, os aviões empregados em Cooperação Aérea devem ter maior capacidade de sobrevivência em função do potencial dano em combate, mas também devem ser fáceis de serem reparados.

A última qualidade que as aeronaves empregadas em Cooperação Aérea devem ter é que devem ser baratas. Aeronaves que custam menos poderão ser adquiridas em maior número pelo Corpo de Fuzileiros Navais. Uma das características atuais do sistema centralizado de comando e controle é a relativa escassez de aeronaves para o número crescente de missões. Uma maior quantidade de aeronaves ajudará a aliviar esse fator.

Aviadores devem aprender com a experiência da comunidade de artilharia do USMC. Várias décadas atrás, o Corpo de Fuzileiros Navais teve três plataformas de artilharia distintas: o canhão rebocado de 155mm, o obus de 105mm e o autopropulsado de 155mm. Na década de 1990, por razões que foram consideradas satisfatórias, o Corpo de Fuzileiros Navais eliminou todos os outros tipos de artilharia, ficando somente com o M198 rebocado de 155mm.

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M777 155mm em ação no Afeganistão. “Talvez a aviação do USMC deva aprender com a experiência da comunidade de artilharia antes de colocar todos os ovos na mesma cesta.” FOTO: USMC

Infelizmente, as experiências no Afeganistão e no Iraque demonstraram que um tamanho não serve para tudo quando se trata de artilharia. Diferentes exigências da missão, bem como diferentes tecnologias, demonstraram as deficiências de se depender exclusivamente dos M198. Como resultado, o Corpo de Fuzileiros Navais fez a transição de volta para três diferentes plataformas de fogo indireto: o M777 155mm rebocado, o sistema de apoio de fogo expedicionário (um morteiro de 120mm) e sistema de foguetes HIMARS. Talvez a aviação do USMC deva aprender com a experiência da comunidade de artilharia antes de colocar todos os ovos na mesma cesta.

A melhor forma de migrar da atual filosofia de comando e controle para Cooperação Aérea é adotar novamente o conceito “Jäger Air”. Estes experimentos foram realizados em meados da década de 1990. Tal regime de experimentos exigiria a criação de uma unidade experimental para realizar testes, elaborar a doutrina e desenvolver requisitos técnicos relativos à aeronave que seria adquirida. A fim de testar a integração ar-terra, esta unidade deve incluir um “mini-MAGTF”, que consiste de uma sede, um elemento de combate da aviação, um elemento de combate terrestre, e um elemento de combate logística.

Experimentos devem ser conduzidos em uma variedade de cenários em todo o espectro do conflito, que irá enfatizar o conceito de Cooperação Aérea, expor as deficiências e permitir que os membros da unidade de teste para determinar os métodos táticos e / ou técnicos para resolver essas deficiências. Quando associados a uma avaliação honesta, os exercícios devem expor as deficiências na aplicação prática do conceito e permitir-lhes a serem abordados por meio do desenvolvimento de novas táticas ou meios tecnológicos.

O futuro da aviação de asa fixa do USMC é incerto. O caminho atual – comando e controle centralizado de operações combinadas – leva a aviação dos fuzileiros do MAGTF para o JFACC, sendo que os drones estão cada vez mais substituindo aeronaves tripuladas. A Cooperação Aérea oferece uma visão alternativa onde a integração entre os “fuzileiros do ar” e “de terra” é revigorada. A Cooperação Aérea permitirá também que o MAGTF mantenha o domínio sobre suas aeronaves de asa fixa, empregando-as de forma mais eficaz. Pilotos e aeronaves tripuladas ainda têm um papel importante e viável no campo de batalha moderno, um papel que não pode ser adequadamente preenchido por drones. A Cooperação Aérea é digna de experimentação e testes. Sem Cooperação Aérea, o futuro da aviação do USMC já está traçado.

FIM.


ADSUMUS

Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Qua Jan 22, 2014 10:25 pm
por FCarvalho
Abuldog, em primeiro lugar, obrigado por partilhar estes textos. Excelentes. [009]
Em segundo, as coisas aqui no Brasil andam tão devagar quanto nossa vontade de desligar a TV quando começa o futebol ou o BBB... :roll:
Mas tenho de salientar que algumas mentalidades nas nossas ffaa's terão de mudar mais rapidamente do que se vê hoje, se quisermos dispor mesmo não só de uma aviação de asas fixas na Avex, como e também, como sempre defendo aqui, o mesmo tratamento para a aviação naval em terra.
Já passou mais que da hora de olharmos mais a operacionalidade e menos a institucionalidade nas relações entre as ffaa's. Fato este que precisa ser melhor administrado pelo poder civil. Mas isto, creio, só quando tivermos, como disse o jornalista, um civil que entenda minimamente do negócio de sua pasta.

abs.

Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Qui Jan 23, 2014 8:06 am
por talharim
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS
NAVAIS

EXTRATO DE CONTRATO
Contratado: AGRALE S.A, representante: Sr. Rogério Vacari; Contratante:
COMANDO DO MATERIAL DE FUZILEIROS NAVAIS;
representante: Alte Cesar Lopes Loureiro e Testemunhas: Carlos
Eduardo Garcia Brandão e Jorge Luiz Cordeiro das Neves; Espécie:
Termo de Justificativa de Dispensa de Licitação 03/2013; Contrato n°
31000/2013-021/00; Objeto: 02 (duas) viaturas modelo TNE ¾ Ton
4x4 Marruá AML(AM11); ND:449052 R$ 317.500,00;
Prazo de Vigência:
12 meses; Data de Assinatura do Contrato: 27/12/2013.

Re: Corpo de Fuzileiros Navais

Enviado: Qui Jan 23, 2014 9:28 am
por cabeça de martelo
ABULDOG74, esses textos são muito interessantes e confirmam alguma das coisas que se escreveu no fórum em relação aos Super Tucano em TO como o Afeganistão.