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Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jan 06, 2012 8:49 am
por moura
Ser policial no Brasil é uma loucura, aqui somo culpados até que provem o contrário.
Quem aqui já sentou varia vezes na frente do juiz e MP como testemunha de acusação sabe o que estou falando, parece que você é que é o réu.
Tulio,
não basta exigir nivel superior, ajuda, mas o importante é mudar a dourina nas academias de policia, o criminoso deve ser visto como criminoso e não como inimigo de guerra a ser abatido.
Nosso sistema de segurança publica está defasado mas interesse pessoais de certas catergoria não deixam a coisa evoluir, não basta pagar bem e exirgir alto nivel de escolaridade, temos que mudar o sistema.
Se Nivel superior e bom salário fosse o problema Brasília seria um paraíso.
Nada justifica a violência policial, sei que tem horas que dá vontade de fazer merd.. mas temos que nos controlar, para isso que somos treinados e pagos.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jan 06, 2012 8:51 am
por PQD
o outro lado da moeda



Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jan 06, 2012 10:40 am
por Brasileiro
PQD escreveu:o outro lado da moeda

Isso revela outra coisa também.. fosse homem já estaria respondendo por agressão, talvez até preso.
Uma patricinha, universitária, responde a 'termo circunstaciado', nosso sistema às vezes é 'cavalheiro'.

Um pé-rapado, menor de idade, sem camisa, provavelmente levaria "poucas e boas" antes e depois de chegar à delegacia.



abraços]

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jan 06, 2012 10:58 am
por wagnerm25
Admiro a intenção do governo municipal e estadual de SP em fazer uma limpa na Cracolândia, mas até agora parece que não vai dar em nada. Ô coisa difícil.

Ainda: tô contando os minutos para aparecer alguma alma à esquerda dizendo que a limpeza da Cracolândia é mais uma "tentativa de criminalizar os movimentos sociais".

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jan 06, 2012 11:12 am
por Brasileiro
wagnerm25 escreveu:Admiro a intenção do governo municipal e estadual de SP em fazer uma limpa na Cracolândia, mas até agora parece que não vai dar em nada. Ô coisa difícil.

Ainda: tô contando os minutos para aparecer alguma alma à esquerda dizendo que a limpeza da Cracolândia é mais uma "tentativa de criminalizar os movimentos sociais".
O problema dessa operação é que é puramente 'estética'. Estética tanto no sentido de tentar desenfeiar o lugar quanto pelo peso das imagens de policiais jogando bombas de gás contra um bando de viciados banguelos, é uma demonstração de força bonita de ver para quem liga a TV ali pelas 18 horas.

Foram presas até agora 18 pessoas e 14 recapturados. De repente, PUFFF, em um mês o lugar está tinindo de limpo. Acha que alguma coisa mudou? Já há relatos de craqueiros espalhados em outros lugares da cidade. Já há até bairros temerosos com uma enchente de craqueiros. A própria PM já admite que o que está fazendo é dispersar os moradores de rua.
Como espetáculo teatral, essa operação é perfeita.

Provavelmente inspirada na política de 'Tolerância zero' de Nova Iorque, que também serviu para metamorfosear o problema sem, contudo, reduzi-lo drasticamente.

Enquanto nossas políticas continuarem a se focar na superfíce, nas aparências, os resultados também serão aparentes e superficiais.


abraços]

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jan 06, 2012 3:06 pm
por rodrigo
Provavelmente inspirada na política de 'Tolerância zero' de Nova Iorque, que também serviu para metamorfosear o problema sem, contudo, reduzi-lo drasticamente.
Ao contrário, Nova Iorque passou de uma das mais perigosas cidades americanas, no final da década de 80, para a mais segura grande cidade americana. A cidade recebe 3x mais turistas que antes, os imóveis valorizaram, o prefeito foi reeleito e não foi presidente porque teve um grave câncer de próstata.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jan 06, 2012 6:10 pm
por Guerra
Brasileiro escreveu:E se eu estivesse com mais dois colegas PM do meu lado? Saber imobilizar uma pessoa relutante é o básico do básico e pode ser feito num único movimento. Em dois e contra um sujeito imóvel então.... o que dizer?
Mas quem esta dizendo que o cara esta imovel é vc. Ele ficou imovel quando apanhou, porque o filme só mostra o policial batendo. O filme não mostra o antes.
Volto no exemplo anterior. Se alguém cortar o filme em 1:50 estariamos tendo a mesma discussão.
O que o PM fez está documentado.
No momento em que foi alvejado, o homem não estava fazendo nada. É isso o que importa.
Se você tem pelo menos um olho, o que assistiu foi um homem encolhido, imóvel, cercado por policiais levando uma série de golpes. Ver isso não é enchergar demais.
Mas eu não disse que não esta documentado. Falta o que o cara fez um segundo antes.
O pessoal esta postando filmes de policiais apanhando. As pessoas enfrentam a policia, Brasileiro. E dominar um homem sem exagerar na violência não é tão facil como parece. Se um homem por mais fraco que seja dizer: "eu não vou". Não é facil fazer o cara mudar de idéia aplicando teorias pacifistas.
Não existe 'merecimento' ou 'não merecimento' para as borrachadas, isso é passionalidade.
O que vai dizer então, que o PM poderia estar revidando algum insulto? Continua errado. Para desacato já existe pena, mas se o cara quer fazer a justiça ali mesmo.....
Mas eu não estou falando de iinsulto. Vc que disse que não importaria se o cara tivesse insultado. O que eu estou dizendo é de resitencia a prisão.
Se um policial dá voz de prisão a alguém, esse alguém tem que ir preso a todo custo. Se todo mundo achar que pode enfrentar a policia vira bagunça. Mas eu não estou falando de bate boca. Estou falando do cara enfrentar na porrada. E isso existe. Tem cara algemado que resiti.
Agora, se vc disser que um policial não pode bater num cidadão que diz que não vai entrar numa viatura. Dai, vc coloca ai a solução. Diz como colocar um homem dentro de uma viatura sem violência.

[/quote]Borrachada não consta no código penal.[/quote]

Realmente. Então tira o cacetete da policia. Atirar em alguém é contra a lei. Tira a munição da arma. Usar arma é contra a lei. Tira a arma da policia.
Vai ficar facil para o bandido, mas fazer o que? O estado não pode usar violência contra quem é violento. O estado tem que abrir mão da violência. Resta convencer o cidadão a ser pacifista radical.
Borrachada é para quem acha que pode peitar a policia. Só e mais nada. Nenhum policial sai de casa com pensando: "hoje vou espancar o primeiro pai de familia que estiver indo para o trabalho". E se o cara fizer tem meio de expurga-lo sem precisar desarmar a policia e tirar a força do estado.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jan 06, 2012 7:41 pm
por Clermont
Eu, do meu modo leigo, paisano e não-policial, enxergo as coisas do seguinte ângulo:

Na forma, não há muito a discutir, o desordeiro em questão estava algemado, dominado, e incapaz de oferecer perigo, sendo assim, está errada a ação do policial ao espancá-lo nestas condições. Mas isto é um jeito formal, teórico, parcial e cômodo de analisar um acontecimento humano, estando sentado no conforto do escritório ou do lar. O restante da história, como chamou a atenção o Guerra, está no momentos anteriores que não estão registrados.

O que deve ter acontecido? O que normalmente acontece em episódios como estes? O policial emite uma determinação verbal a um elemento fora de si, seja por que razão for. Nestas condições, devido ao estado emocional do indíviduo violador da ordem, a resposta é negativa. Ele não obedece, e mais, ele oferece resistência, verbal e, descambando para a resistência física. Então, o policial, provavelmente cansado por um dia de trabalho, com suas preocupações da sua vida particular; talvez com a lembrança de fatos violentos ocorridos com colegas próximos, este policial, repentinamente é submetido a abusos verbais:

- Seu meganha de bosta! Vai tomar no c...! Fai te fu...!

Isto aos berros, no meio da rua, na frente de todos. Qualquer homem se sentiria mal, se sentiria revoltado com tais ofensas, imagine-se um homem que enverga uma farda, que ele aprendeu - talvez desde quando tinha seus vinte anos e entrou para a sua corporação - precisa ser respeitada, e não pode ser envergonhada, por que motivo for. Então, o policial faz valer sua autoridade e dá voz de prisão ao elemento. Aí, provavelmente, a confrontação evolui (ou involui?) do nível verbal para o nível físico. O elemento perturbador da ordem opõe resistência, agride ou tenta agredir o policial. Este sente a adrenalina subir, e, com toda certeza, experimenta o medo. Afinal, policiais não são à prova de balas, de facas ou de sopapos. O policial em questão talvez conheça casos - até mesmo de colegas próximos - que sofreram danos físicos em confrontos, aparentemente, irrisórios como estes.

Eu, sendo um cívil, ainda lembro de um caso de um PM que acabou morto, com a barriga aberta por uma "peixeira" manejada por um vadio, na Praça Tiradentes (RJ) numa madrugada há uns trinta anos atrás. Anos atrás, num caso relatado na revista "Magnum", dois policiais, incluindo um delegado, tentaram conter um "di menor" infrator. O delegado tirou seu coldre e o colocou no capô da viatura, sabe-se lá por quê (talvez tivesse medo que o "di menor" arrancasse a arma no conflito físico). Mas, enquanto os dois homens da lei tentavam dominar "a pobre criança vitimizada" esta conseguiu se desvencilhar, ir até o carro, agarrar a arma e MATAR os dois policiais.

Voltando ao exercício teórico...

Então, o policial, diante do súbito acontecimento, sente medo. Medo de ser agredido, e sofrer ferimentos. Ter ossos quebrados; ter dentes arrancados; medo de algo pior. Quem sabe se o meliante não tem uma arma oculta? Um estilete? Uma navalha? Medo de acabar se vendo forçado a tomar medidas drásticas; de ter de sacar sua arma. Não sendo tolo, ele sabe das conseqüencias de ser forçado a usar de sua arma numa alvo vivo, em plena rua. Ele sabe que, muito provavelmente, tendo ou não razão, o policial costuma sempre ser o alvo das críticas. Sendo um veterano, ele sabe o que deve fazer, ele sabe quais ações tem que tomar. Ele não fica paralisado pela indecisão, como poderia ocorrer com um bisonho. Mas ele, provavelmente, sente medo sim. E fica amaldiçoando sua sorte, talvez imaginando:

- Mas que azar! Já estava quase acabando meu turno! Por quê este nojento tinha que criar problema logo agora?

Aí, ocorre o confronto, que pode ser ou não breve. Felizmente, o policial consegue dominar o elemento (com o auxílio dos colegas), e o algema. Mas este não se conforma e continua xingando, cuspindo, ameaçando, resistindo. A tensão do policial converte-se em raiva. O perigo passou, mas o nervosismo não, a adrenalina ainda está lá, circulando pelo sangue. O coração bate forte, o suor escorre, a raiva cresce. O desordeiro não pode mais oferecer risco físico, mas ainda ofende, grita, faz escândalo. Então o policial explode. E ele espanca o indivíduo: uma, duas, três vezes. O elemento cai ao chão, e cessa sua resistência e é enfiado no camburão. E o episódio se encerra. Mas é filmado, e vai parar nos meios de comunicação, e os temores do policial, de que, tendo ou não tendo razão, ele sempre seria aquele para quem os dedos da acusação se ergueriam.

E agora, o que fazer?

Isso dependerá dos regulamentos disciplinares; do histórico do policial (ele é violento? Já foi envolvido em outros atos similares?); da investigação, da oitiva das testemunhas e coisas do gênero. Eu, da minha parte, supondo que o policial não é um reincidente em casos suspeitos, não acharia certo que ele sofressa alguma penalização que incorresse em prejuízos à carreira: por exemplo, um impedimento a uma eventual promoção. Embora, é claro, eu ache correto que ele sofra alguma admoestação que sirva para relembrar aos policiais que, uma vez que o preso esteja imobilizado e não possa mais oferecer ameaça física, ele se torna intocável. Embora possa ser difícil, no calor do acontecimento, este deve ser um ideal a ser perseguido sempre.

Quanto as pessoas de índole baderneira, e que gostam de criar confusões, seja por qual motivo for, isso devia servir de lembrete: por mais bem-treinados e veteranos que os policiais sejam, há um limite. E é perigoso passar destes limites tendo como oponentes homens fardados, armados e receosos pela própria integridade física. Eles podem querer, do fundo de seus corações, manterem-se fiéis ao juramento que prestaram de obedecerem à lei, mas também querem manter suas vidas, suas integridades físicas, e querem voltar para casa, para seus entes queridos, inteiros, e não aos pedaços.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jan 06, 2012 8:31 pm
por Brasileiro
Guerra escreveu: Mas quem esta dizendo que o cara esta imovel é vc. Ele ficou imovel quando apanhou, porque o filme só mostra o policial batendo. O filme não mostra o antes.
Volto no exemplo anterior. Se alguém cortar o filme em 1:50 estariamos tendo a mesma discussão.
Guerra, não é preciso ver os segundos anteriores porque no momento em que são desferidos os golpes ele está sim imóvel. Paulada é pra quem está tentando agredir, fugindo, etc.

Não, ele não estava imóvel porque apanhou porque antes de apanhar ele já estava parado.
Aliás, vendo de novo o vídeo percebi uma coisa que não tinha visto antes: Enquanto apanha, além de imóvel o cara já está algemado. :roll:
Agora, se vc disser que um policial não pode bater num cidadão que diz que não vai entrar numa viatura. Dai, vc coloca ai a solução. Diz como colocar um homem dentro de uma viatura sem violência.
Um homem parado, algemado, estando eu, o policial, acompanhado de mais outro colega de serviço.... para um policial bom, DE OLHO FECHADO E PLANTANDO BANANEIRA. Para uma otoridade da vida, com bastante cassetada.
Borrachada é para quem acha que pode peitar a policia. Só e mais nada. Nenhum policial sai de casa com pensando: "hoje vou espancar o primeiro pai de familia que estiver indo para o trabalho". E se o cara fizer tem meio de expurga-lo sem precisar desarmar a policia e tirar a força do estado.
O tesão desses caras é ver um delinquente dando sopa em algum canto meio escuro sem ninguém por perto e dar aquela purificada na alma, só algemar e mandar pro delegado, cumprir a lei é muito pouco, afinal o sistema penal é muito brando e bla bla bla. Tenho conhecidos que trabalham em delegacias, PM, ouço cada coisa.... É uma espécie de vazão, catexia, a psicologia explica.
Sim é verdade, eu também já senti vontade de espancar um desses aí, mas seria um crime. Além de irracional e covarde, coisas que não deveriam se esperar em uma coisa que é pública e aliada da lei.




abraços]

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jan 06, 2012 8:50 pm
por Brasileiro
Clermont escreveu:Então o policial explode. E ele espanca o indivíduo: uma, duas, três vezes. O elemento cai ao chão, e cessa sua resistência e é enfiado no camburão. E o episódio se encerra. Mas é filmado, e vai parar nos meios de comunicação, e os temores do policial, de que, tendo ou não tendo razão, ele sempre seria aquele para quem os dedos da acusação se ergueriam.
Companheiro, um pobre mortal como eu ou você, acredito que tenha algum direito de explodir de raiva, gritar quantos palavrões quiser, quando isto não tocar o direito alheio.

Mas se o profissional não é capaz de controlar seus sentimentos em momentos críticos, então para que servem as escolas de polícia? Tá, eu sei que faltam recursos, o salário é baixo, etc.
Se o piloto de avião, num momento grave de pane técnica, diante do risco concreto da morte, perde as estribeiras, larga o manche e começa a chorar, é alguém que merece estar no lugar que ocupa?
Se num momento de desespero, despedido do trabalho, traído pela esposa, com fome, encontra conforto na cocaína, algum policial que te flagrar irá de poupar dos procedimentos legais?

Você colocou aí o elemento passional na questão. No estudo da lei, em alguns casos ele pode servir de atenuante da pena, mas não da ausência de penalização. Estando um indivíduo dominado, por mais que fale o que for, ameace o que seja, agredi-lo é crime e deve ser punido.
Porque se raiva, tristeza, justificasse agressão, então espere aí que eu vou dar uma espancadinha no fulano, que está me devendo, ciclano, que dá em cima da minha namorada, etc.



abraços]

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jan 06, 2012 8:59 pm
por Clermont
Brasileiro escreveu:Companheiro, um pobre mortal como eu ou você, acredito que tenha algum direito de explodir de raiva, gritar quantos palavrões quiser, quando isto não tocar o direito alheio.

Mas se o profissional não é capaz de controlar seus sentimentos em momentos críticos, então para que servem as escolas de polícia?
Eu acredito que o policial, por mais profissional e bem-treinado que seja, ainda continua sendo, apenas, um "pobre mortal". Não uma máquina onde se aperta um botão e ele passa a empregar a violência justificada. Então, aperta-se o mesmo botão, e ele cessa sua ação, friamente, racionalmente, como o "Robocop".

E, sinceramente, acho que poucas coisas que um piloto de avião de passageiros ou uma pessoa comum, no dia-a-dia, que possa se comparar com a rotina, infelizmente brutal, do policialmento de áreas urbanas em grandes cidades, com seu triste e dramático cortejo de mortes, ferimentos, todo o tipo de desgraça e aviltamento da vida humana. E tudo isto, sempre com a vida em risco, seja na hora do serviço, como fora dele, pois a vida de um policial vale menos do que uma sandália "havaiana" usada, quando ele é identificado por foras-da-lei, na rua.

Eu não faço idéia de como eu reagiria a uma rotina implacável destas.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jan 06, 2012 9:12 pm
por Brasileiro
rodrigo escreveu:
Provavelmente inspirada na política de 'Tolerância zero' de Nova Iorque, que também serviu para metamorfosear o problema sem, contudo, reduzi-lo drasticamente.
Ao contrário, Nova Iorque passou de uma das mais perigosas cidades americanas, no final da década de 80, para a mais segura grande cidade americana. A cidade recebe 3x mais turistas que antes, os imóveis valorizaram, o prefeito foi reeleito e não foi presidente porque teve um grave câncer de próstata.
É só levantar o tapete que está tudo lá embaixo.

O tráfico se metamorfizou e deixou de incomodar, por isso ninguém reclama. Segundo as estatísticas, o consumo não se alterou.

Além de ser um erro condicionar o desenvolvimento econômico de NY à política de segurança tomado. A transformação econômica da cidade se deu num contexto maior e, como a cidade mudou, o crime também mudou.
Nos anos 80, a economia de Nova Iorque reviveu, o mercado de ações teve altas regulares, até o crash de 1987.
O mercado imobiliário ganhou força novamente, os investimentos de instituições privadas retornaram,assim como programas do governo nas comunidades renegadas nos anos 70. Ao invés de abandonar suas propriedades e deixá-las serem apropriadas por falta de pagamento de impostos, proprietários começaram a investir. Prédios de apartamentos foram transformados em cooperativas para evitar a lei de estabilização de aluguéis criada pelo governo, tornando-se assim mais rentáveis. A cidade, sob administração do prefeito Koch, começou a renovar um substancial número de prédios adquiridos durante a onda de abandono nos anos 70, e vendeu estes mesmo para empreendedores e antigos donos
Alguns afirmam que o índice de criminalidade tem diminuído na cidade de Nova Iorque, devido à agressividade da polícia sob a administração de276 Sérgio F. Ferretti Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 8, n. 18, p. 267-278, dezembro de 2002 Travis Wendel e Ric Curtis Giuliani. Não menos, o próprio: “uma das principais razões do declínio da criminalidade tão drasticamente em Nova Iorque é que não permitimos mais que os traficantes controlem as ruas da cidade”. Esta afirmação não suporta uma análise mais profunda.
Os índices de criminalidade em Nova Iorque começaram a diminuir antes do primeiro mandato de Giuliani, o qual teve início em 1994. Crimes violentos vêm diminuindo, do elevado número de 2.385,6 por 100.000 habitantes registrado em 1990. Assassinato e roubo, ambos tiveram os maiores índices no mesmo ano e também caíram.
Os crimes contra a propriedade, que tiveram a taxa mais alta em 1998 (durante o terceiro mandato do prefeito Ed Koch) diminuíram desde então. O índice geral de ofensas em toda a cidade também teve o seu pico mais alto neste ano, porque o número de crimes contra a propriedade é mais numeroso que os crimes violentos. Prisões efetuadas por crimes violentos registrou o maior número de casos em 1989, e o número de prisões por esta razão diminuiu significantemente entre 1989 a
1993.
Possivelmente, as mudanças econômicas em Nova Iorque causaram maior diferença do que o policiamento agressivo e a política de “tolerância zero”.
Áreas onde o crime dominava foram repovoadas por residentes com
i n t e r e s s e n a p a r t i c i p a ç ã o d o s a s s u n t o s l o c a i s , s e r v i ç o s b á s i c o s e patrulhamento foram retomados. Os mercados de drogas refletem a sociedade da qual fazem parte
http://www.scielo.br/pdf/ha/v8n18/19065.pdf


abraços]

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jan 06, 2012 9:21 pm
por Brasileiro
Clermont escreveu: Eu acredito que o policial, por mais profissional e bem-treinado que seja, ainda continua sendo, apenas, um "pobre mortal". Não uma máquina onde se aperta um botão e ele passa a empregar a violência justificada. Então, aperta-se o mesmo botão, e ele cessa sua ação, friamente, racionalmente, como o "Robocop".

E, sinceramente, acho que poucas coisas que um piloto de avião de passageiros ou uma pessoa comum, no dia-a-dia, que possa se comparar com a rotina, infelizmente brutal, do policialmento de áreas urbanas em grandes cidades, com seu triste e dramático cortejo de mortes, ferimentos, todo o tipo de desgraça e aviltamento da vida humana. E tudo isto, sempre com a vida em risco, seja na hora do serviço, como fora dele, pois a vida de um policial vale menos do que uma sandália "havaiana" usada, quando ele é identificado por foras-da-lei, na rua.

Eu não faço idéia de como eu reagiria a uma rotina implacável destas.
Está cheio de pessoas desempregadas e que gostariam de se tornar policial. Se perder o controle é aceitável, então nem precisa de teste psicológico, concurso nem nada.

Chamemos então de maldosos os idealizadores das convenções que determinam o que é crime de guerra, porque, um soldado se controlar num ambiente desses, não espancar um inimigo rendido que poderia ter te matado, deve ser muito difícil.
Se na guerra, é previsto punição a quem abusa, imagine para uma polícia contra um infeliz detido e algemado e provavelmente desarmado....



abraços]

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sáb Jan 07, 2012 8:47 am
por Túlio
Sei lá eu, em minha experiência o cara 'CONTIDO' está devidamente 'grampeado' (algemado com os braços para trás) e é conduzido até a VTR de um modo particularmente incômodo, encaixando-se o ombro por baixo da axila dele e se mantendo ereto - ou seja, elevando o ombro. Se deslocar, sempre temos as desculpas:

a) Fomos treinados para agir assim.

b) A culpa foi do vago, que esperneava e tentava escapar da 'chave', causando danos a si próprio (autolesionando-se).

No treinamento todos somos 'grampeados' para ver como é. Na minha vez eu tive que ficar na ponta dos pés e mal conseguia mexer os olhos, além do que doía como o inferno. O colega deu uma volta completa comigo na sala - bem ampla - e eu ali, manso como um carneirinho. Não tinha o que fazer.

Mas tá. A gente taca o vago na VTR e ele começa a fazer nojinho e tentar sair. Sem problemas, um de cada lado, no que ele sair se aplica o mesmo método, caminhando em torno da VTR com um conduzindo e o outro lhe dando 'explicações' tipo 'cara, tu sabes que tens que ir, para que resistires e ficar fazendo fiasco?' O cara tá sofrendo feito um diabo mas ninguém tem material acusatório, mesmo que filme por horas, afinal, estamos sendo polidos com a 'pobre vítima social', não? Cedo ou tarde o cara cede (Pavlov explica). Daí botamos na VTR e voltamos para o EP (ou seguimos para o Fórum).

Agora, BATER (ainda mais num cara algemado) eu não faço nem deixo fazer. É pedir para levar fumo, além de não ser exatamente uma demonstração de CORAGEM...

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sáb Jan 07, 2012 9:15 am
por Matheus
Vou dizer uma coisa, aqui no RS, uma grande parte da BM está "acostumada" a dar uma "coça" no preso antes de levá-lo a delegacia. E até mesmo, dentro da delegacia o cara apanha. Eles lidam com cada criatura imprestável que, em meu íntimo, até gosto que esses merdas apanhem. Porém, não faço, não por pena, mas pela facilidade de levar um processo e ser demitido.