Programa de Reaparelhamento da Marinha

[LeandroGCard]

Não é exatamente isso que a marinha chinesa tem feito, religiosamente, ao longo dos últimos anos?

[]s Hammer

Não exatamente.

A tendência nas marinhas asiáticas (China, Japão, Índia, Coréia do Sul, etc...) é de produzir classes relativamente pequenas, algumas de apenas dois ou três navios, e de evoluir continuamente os projetos dos cascos. Estas marinhas tendem a operar uma grande quantidade de classes diferentes, mantendo a comunalidade dos equipamentos e até certo ponto do armamento, mas não do desenho da plataforma.

Se for mesmo para comprar 10 FREMM e consrtuir mais 20 Barrosos modificadas, quando tivermos que começar a repor estes navios daqui a 40 anos não teremos novamente condições de desenvolver projetos de navios modernos em nosso país, e isso dificultará enormemente a adoção de eventuais sistemas de armas nacionais. Se é para isso melhor comprar logo tudo de prateleira e adquirir apenas a licença de fabricação das munições de uso mais intensivo (mísseis AAe de curto alcance, torpedos leves e munição de tubo).


Leandro G. Card

[LeandroGCard]

Acho temerario manter o projeto nas 2.300 toneladas da Barroso quando ingleses desde 1970 estabeleceram seus navios de combate , no minimo, com 3.000 toneladas.
E não sem razão pois ganham desde a maior geração de energia para os equipamentos eletronicos, utilização de seus sistemas de armas e helicopteros em mar agitado, autonomia, etc.
A minha alegria em ler a noticia sobre aquisição de 5 corvetas foi anulada quando li que manteria-se o projeto Barroso com modificações.
Não ter nenhum ganho no dimensionamento da tonelagem através de projeto local ou adquirido no exterior mostra uma economia ridicula que limitará o uso destes navios.
Esta noticia, para mim, é um grande sinal vermelho mostrando que as coisas
não estão nada boas no ministério da defesa.

Sou obrigado a concordar.

Embora eu sempre tenha defendido a adoção de uma classe menor em paralelo com as FREMM também não gostei muito desta idéia de 5 novos navios com o mesmo casco da Barroso. Se fossem apenas uma ou duas unidades para dar uma velocidade inicial às equipes de projeto (com a realização das alterações) e manter a proficiência do pessoal de construção enquanto se preparava outro projeto maior ainda vá lá, mas 5 Barrosos também me passa uma má impressão.


Leandro G. Card

[Luís Henrique]

Não é exatamente isso que a marinha chinesa tem feito, religiosamente, ao longo dos últimos anos?

[]s Hammer

Não exatamente.

A tendência nas marinhas asiáticas (China, Japão, Índia, Coréia do Sul, etc...) é de produzir classes relativamente pequenas, algumas de apenas dois ou três navios, e de evoluir continuamente os projetos dos cascos. Estas marinhas tendem a operar uma grande quantidade de classes diferentes, mantendo a comunalidade dos equipamentos e até certo ponto do armamento, mas não do desenho da plataforma.

Se for mesmo para comprar 10 FREMM e consrtuir mais 20 Barrosos modificadas, quando tivermos que começar a repor estes navios daqui a 40 anos não teremos novamente condições de desenvolver projetos de navios modernos em nosso país, e isso dificultará enormemente a adoção de eventuais sistemas de armas nacionais. Se é para isso melhor comprar logo tudo de prateleira e adquirir apenas a licença de fabricação das munições de uso mais intensivo (mísseis AAe de curto alcance, torpedos leves e munição de tubo).


Leandro G. Card

Mas e se for 5 Barroso 2 (com as melhorias) e em seguida partirmos para a Barroso 3, MAIOR e obviamente com mais melhorias e evoluções....???

Eu acho que o caminho é este. Não acredito que vamos construir 20 Barroso IGUAIS.

[Brasileiro]

Nada mal se, paralelamente, trabalharem numa nova classe, com as modificações citadas aqui (maior boca e comprimento, deslocamento de mais de 3000 t) e daí encomenda-se de uma vez umas 5 ou 6 delas.



abraços]

[Hammer-Nikit]

Uma idéia sem muita base tecnica...

Se o canhão de proa das Tamandaré for trocado (sai o Vickers 4,4pol e entre um OTO Melara 76/62 Super Rapid com torreta stealth..) será que não daria para mover os 4 Exocet do meio do navio para diante do passadiço? e colocar os VLS com no máximo seis mísseis anti aéreo leve (Umkhonto, Barak, MICA VL, etc..) no seu lugar? Comentários?

[]s Hammer

[Alitson]

Mais uma "corveta" patrulha a caminho!!! Em pleno 2020 estaremos recebendo corvertas com armamentos da década de 80!!! Afffff!!!!!!!!

Avisa o governo federal que meu dinheiro dos impostos não é lixo não, para comprar patrulhas com projeto de 30 anos, o Macaé da vida e mais uma penca de Barrosos desarmadas!!!

[LeandroGCard]

Mas e se for 5 Barroso 2 (com as melhorias) e em seguida partirmos para a Barroso 3, MAIOR e obviamente com mais melhorias e evoluções....???

Eu acho que o caminho é este. Não acredito que vamos construir 20 Barroso IGUAIS.

A idéia de Barrosos modificadas não é ruim em si, o que me preocupa é a quantidade. 5 destes navios é muita coisa para a situação atual do país e da MB, e junto com as FREMM e os Sub´s vai amarrar os recursos da marinha por um tempo longo demais, colocando em risco a própria idéia de uma futura classe na faixa das 3.000 ton.

Eu me sentiria muito mais tranquilo com o anúncio de um ou dois navios com o casco da Barroso agora, e o inicio dos estudos de uma possível classe maior. No futuro, se e quando estas novas Barroso fossem de fato testadas e caso se mostrassem muito boas mesmo com esta tonelagem baixa (e o país decidisse que quer ter mais do que 12 ou 14 navios em sua marinha) outras unidades poderiam ser encomendadas.


Leandro G. Card

[Brasileiro]

Uma idéia sem muita base tecnica...

Se o canhão de proa das Tamandaré for trocado (sai o Vickers 4,4pol e entre um OTO Melara 76/62 Super Rapid com torreta stealth..) será que não daria para mover os 4 Exocet do meio do navio para diante do passadiço? e colocar os VLS com no máximo seis mísseis anti aéreo leve (Umkhonto, Barak, MICA VL, etc..) no seu lugar? Comentários?

[]s Hammer

Olha, trocar o canhão da proa por um 76 mm, na minha opinião "rouba" a função do 40 mm, que poderia ser excluído. No lugar dele, daria para instalar um sistema antiaéreo não-VLS.

No lugar onde está o Mage Defensor, daria para instalar um CIWS, enquanto que aquele subiria para junto com as demais antenas de comunicação e radar.


abraços]

[Hammer-Nikit]

Minha especulação absolutamente hipotética do que poderia ser uma futura corveta Tamandaré...

Comentários?

Hammer

[Hammer-Nikit]

Lima, se eu realmente estiver antenado no que a MB está pensando em fazer, imagino que talvez eles estejam buscando uma estatégia de desenvolvimento de navios nacionais que se desenvolva num rítmo de "passadas". Explico!

1o passo) Barroso+ nova superestrutura stealth e modernização de sensores e mísseis=Tamandaré (5 unidades)

2o passo) Tamandaré + casco de 4000 tons = "Futuro escolta" (7 unidades)

3o passo) "Futuro escolta"+ novos sensores e mísseis de desenvolvimento nacional = "Futura escolta 2" (8 unidades)

Em paralelo a isso seguem as aquisições do escolta "best of breed" de 6000 tons... esta idéia seria mais razoável?

[]s Hammer

[FCarvalho]

Desculpe entrar na conversa Hammer, mas a idéia não só seria razoável, mas lógica e consistente. O problema todo em si, não é nem tanto a questão do projeto ou re-projeto do casco e sistemas do navio, e sua posterior evolução, mas sim o fato de que a MB pode estar querendo, se for este o caso, dar "um passo maior do que a perna" em um país que sabemos, defesa desde sempre é tratado feito "assunto de butiquim regado a pinga das brabas."

Então, sem a necessária e óbvia consistência e respaldo financeiro orçamentário, para a manutenção de todos estes projetos, e dos demais do PEAMB, coisa onipresente em nossa realidade, como imaginar possível que a MB, por seus próprios meios e recursos, poderá dar a continuidade necessária ao projeto, fabrico e operação de três ou quatro classes diferentes de navios, de 3 a 6 mil toneladas, se sequer conseguimos hoje verba para a manutenção do pouco e obsoleto parque naval/frota de que dispomos?

Respondida esta questão, que diga-se de passagem, adormece esquecida dentro de alguma gaveta trancada do MD, poderemos realmente antever como possível de concretização sua idéia. Afora isso, melhor seria nos apegarmos à consecução, por todas a vias de fato, de nossos imaginários e necessários escoltas de 6 mil toneladas. O que já seria muito.

abs.

[pampa_01]

Quantos anos levamos para construir 1 Barroso?
Se mantivermos o mesmo ritmo..... a coisa vai ficar feia, muito feia.
A MB virará guarda costeira.

[GustavoB]

Do jeito que às coisas são colocadas às vezes parece que é melhor se jogar na sarjeta e esperar morrer.

[Carlos Lima]

Lima, se eu realmente estiver antenado no que a MB está pensando em fazer, imagino que talvez eles estejam buscando uma estatégia de desenvolvimento de navios nacionais que se desenvolva num rítmo de "passadas". Explico!

1o passo) Barroso+ nova superestrutura stealth e modernização de sensores e mísseis=Tamandaré (5 unidades)

2o passo) Tamandaré + casco de 4000 tons = "Futuro escolta" (7 unidades)

3o passo) "Futuro escolta"+ novos sensores e mísseis de desenvolvimento nacional = "Futura escolta 2" (8 unidades)

Em paralelo a isso seguem as aquisições do escolta "best of breed" de 6000 tons... esta idéia seria mais razoável?

[]s Hammer

Obrigado pelo post e pela consideração amigo,

Eu acho que o problema 'básico' dessa proposta é que o passo 1 não acontece direito se não existe aprendizado do passo "paralelo" já que temos uma certa deficiência em projetar e construir o tal do 'casco' stealth e até aonde eu sei esse aprendizado aconteceria com a 6k Ton.

O segundo ponto é que esse nunca foi o plano delineado pela MB que passou anos justamente planejando algo totalmente diferente.

Enfim amigo, só tem algo que não me cheira bem nessa história toda e é esse o meu problema.

[]s
CB_Lima

[NovaTO]

Quantos anos levamos para construir 1 Barroso?
Se mantivermos o mesmo ritmo..... a coisa vai ficar feia, muito feia.
A MB virará guarda costeira.

Uma Barroso leva em média 14 anos para ficar pronta.

[]'s