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Enviado: Sex Ago 08, 2008 4:53 pm
Sexta, 8 de agosto de 2008, 16h47
Confrontos deixam centenas de mortos na Ossétia do Sul e Rússia intervém
Os violentos combates em Tskhinvali, capital da Ossétia do Sul, tomada hoje pelas tropas georgianas, deixaram centenas de mortos, enquanto a Rússia lançou uma contra-ofensiva em defesa dos separatistas da região.
"Morreram cerca de 1.400 pessoas. Este é o terceiro genocídio do povo osseta cometido pela Geórgia", assegurou Eduard Kokoiti, líder separatista, à agência russa "Interfax".
Segundo ele, a capital da região separatista, de apenas 30 mil habitantes, ficou "praticamente em ruínas" devido aos bombardeios dos aviões e à artilharia georgiana, que lançou bombas na cidade desde a noite passada.
"Muitos edifícios estão em ruínas. Falta água, não há eletricidade nem luz e a comunicação telefônica quase não funciona", disse Kazbek Friev, comandante do batalhão osseta das Forças Mistas de Paz na Ossétia do Sul, à agência russa "RIA Novosti".
Entre os mortos, estão 12 soldados de paz russos, além de 150 feridos, enviados à zona como mediadores no conflito há mais de 15 anos.
Marat Kulajmetov, comandante-em-chefe das forças de paz russas destacadas na Ossétia do Sul, assegurou à Efe em conversa telefônica que "os combates são inflamados por toda a cidade".
Tbilisi tinha estabelecido aos separatistas o prazo de 18h (11h, Brasília) para que cessassem fogo e deixassem as armas, mas o prazo foi ignorado.
Em discurso televisionado, o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, assegurou que suas tropas tinham tomado todo o território da Ossétia do Sul, incluindo a capital separatista Tskhinvali, menos um distrito, Java, para onde foram deslocadas as tropas russas.
O chefe de Estado georgiano, o principal aliado dos Estados Unidos no Cáucaso, acusou a Rússia de "realizar uma agressão aberta sem precedentes, que supõe um desafio para o mundo inteiro".
"Se hoje não detivermos a Rússia, amanhã seus tanques poderão estar em qualquer cidade européia", ressaltou.
Em uma boa amostra de suas intenções, Tbilisi anunciou que vai retirar do Iraque a metade do contingente militar georgiano, integrado por aproximadamente dois mil soldados.
Diante dos avanços das tropas georgianas, o Ministério da Defesa da Rússia enviou reforços à Ossétia do Sul para apoiar as tropas de paz russas e defender os cidadãos da Rússia que vivem nessa região, ou seja, quase todos os ossetas.
Unidades do 58º Exército da região militar do Cáucaso Norte da Rússia chegaram durante aos arredores de Tskhinvali e começaram a atacar as posições georgianas.
As agências russas calcularam em mais de uma centena os carros de combate e peças de artilharia enviadas para reforçar suas forças de paz na Ossétia do Sul.
Além disso, aviões russos Su-24 atacaram território georgiano, "agressão militar" que levou o presidente da Geórgia a mobilizar 100 mil reservistas.
Três pessoas morreram no bombardeio do aeroporto georgiano de Marneuli por aviões russos, assegurou hoje à Efe Shota Utiashvili, porta-voz do Ministério do Interior.
Esse aeroporto se encontra a cerca de 30 quilômetros do sul de Tbilisi.
Aviões russos bombardearam também a base militar georgiana de Viaziani, cerca de 15 quilômetros ao oeste de Tbilisi, e as localidades de Gori, Kareli e Variani.
"A Rússia está nos bombardeando. Contra a Geórgia foi lançada uma agressão em grande escala", disse Saakashvili.
As baterias aéreas e os pilotos georgianos afirmam ter derrubado quatro aviões russos durante as incursões de Moscou, embora a Rússia negue.
Já presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, afirmou hoje que não permitirá a "morte impune" de cidadãos russos e advertiu que "os culpados serão punidos".
Durante uma reunião urgente do Conselho de Segurança do Kremlin, o chefe de Estado russo disse que a Constituição pede que se "defenda a vida e a dignidade dos cidadãos russos estejam onde estiverem".
De Pequim, onde assistia à inauguração dos Jogos Olímpicos, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, ameaçou a Geórgia com "medidas de resposta" pela agressão à Ossétia do Sul.
O Ministério de Transporte russo anunciou em seguida que suspenderá as comunicações aéreas com a Geórgia a partir de amanhã, sábado.
A Rússia concedeu nos últimos anos sua cidadania à maioria da população da Ossétia do Sul e da também separatista Abkházia, política que foi tachada por Tbilisi como de "anexação".
EFE
Confrontos deixam centenas de mortos na Ossétia do Sul e Rússia intervém
Os violentos combates em Tskhinvali, capital da Ossétia do Sul, tomada hoje pelas tropas georgianas, deixaram centenas de mortos, enquanto a Rússia lançou uma contra-ofensiva em defesa dos separatistas da região.
"Morreram cerca de 1.400 pessoas. Este é o terceiro genocídio do povo osseta cometido pela Geórgia", assegurou Eduard Kokoiti, líder separatista, à agência russa "Interfax".
Segundo ele, a capital da região separatista, de apenas 30 mil habitantes, ficou "praticamente em ruínas" devido aos bombardeios dos aviões e à artilharia georgiana, que lançou bombas na cidade desde a noite passada.
"Muitos edifícios estão em ruínas. Falta água, não há eletricidade nem luz e a comunicação telefônica quase não funciona", disse Kazbek Friev, comandante do batalhão osseta das Forças Mistas de Paz na Ossétia do Sul, à agência russa "RIA Novosti".
Entre os mortos, estão 12 soldados de paz russos, além de 150 feridos, enviados à zona como mediadores no conflito há mais de 15 anos.
Marat Kulajmetov, comandante-em-chefe das forças de paz russas destacadas na Ossétia do Sul, assegurou à Efe em conversa telefônica que "os combates são inflamados por toda a cidade".
Tbilisi tinha estabelecido aos separatistas o prazo de 18h (11h, Brasília) para que cessassem fogo e deixassem as armas, mas o prazo foi ignorado.
Em discurso televisionado, o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, assegurou que suas tropas tinham tomado todo o território da Ossétia do Sul, incluindo a capital separatista Tskhinvali, menos um distrito, Java, para onde foram deslocadas as tropas russas.
O chefe de Estado georgiano, o principal aliado dos Estados Unidos no Cáucaso, acusou a Rússia de "realizar uma agressão aberta sem precedentes, que supõe um desafio para o mundo inteiro".
"Se hoje não detivermos a Rússia, amanhã seus tanques poderão estar em qualquer cidade européia", ressaltou.
Em uma boa amostra de suas intenções, Tbilisi anunciou que vai retirar do Iraque a metade do contingente militar georgiano, integrado por aproximadamente dois mil soldados.
Diante dos avanços das tropas georgianas, o Ministério da Defesa da Rússia enviou reforços à Ossétia do Sul para apoiar as tropas de paz russas e defender os cidadãos da Rússia que vivem nessa região, ou seja, quase todos os ossetas.
Unidades do 58º Exército da região militar do Cáucaso Norte da Rússia chegaram durante aos arredores de Tskhinvali e começaram a atacar as posições georgianas.
As agências russas calcularam em mais de uma centena os carros de combate e peças de artilharia enviadas para reforçar suas forças de paz na Ossétia do Sul.
Além disso, aviões russos Su-24 atacaram território georgiano, "agressão militar" que levou o presidente da Geórgia a mobilizar 100 mil reservistas.
Três pessoas morreram no bombardeio do aeroporto georgiano de Marneuli por aviões russos, assegurou hoje à Efe Shota Utiashvili, porta-voz do Ministério do Interior.
Esse aeroporto se encontra a cerca de 30 quilômetros do sul de Tbilisi.
Aviões russos bombardearam também a base militar georgiana de Viaziani, cerca de 15 quilômetros ao oeste de Tbilisi, e as localidades de Gori, Kareli e Variani.
"A Rússia está nos bombardeando. Contra a Geórgia foi lançada uma agressão em grande escala", disse Saakashvili.
As baterias aéreas e os pilotos georgianos afirmam ter derrubado quatro aviões russos durante as incursões de Moscou, embora a Rússia negue.
Já presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, afirmou hoje que não permitirá a "morte impune" de cidadãos russos e advertiu que "os culpados serão punidos".
Durante uma reunião urgente do Conselho de Segurança do Kremlin, o chefe de Estado russo disse que a Constituição pede que se "defenda a vida e a dignidade dos cidadãos russos estejam onde estiverem".
De Pequim, onde assistia à inauguração dos Jogos Olímpicos, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, ameaçou a Geórgia com "medidas de resposta" pela agressão à Ossétia do Sul.
O Ministério de Transporte russo anunciou em seguida que suspenderá as comunicações aéreas com a Geórgia a partir de amanhã, sábado.
A Rússia concedeu nos últimos anos sua cidadania à maioria da população da Ossétia do Sul e da também separatista Abkházia, política que foi tachada por Tbilisi como de "anexação".
EFE