Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#931 Mensagem por general-lee » Qua Jan 28, 2015 5:11 pm

Interessante esa MPT ela tem a alça de mira rebativel para nao atrapalhar a luneta. muito linda!




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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#932 Mensagem por gabriel219 » Qui Jan 29, 2015 3:12 pm

Existe a munição C2F, ou Elite, que transfere melhor a energia cinética pros órgãos internos, se separando 3-5 cm depois de perfurar um colete Nível II-A e já vi casos até de perfurar Nível III-A!

Se eu fosse escolher uma pistola, gostaria muito de ter uma FiveseveN do que alguma 9 mm.




Moonwalker
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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#933 Mensagem por Moonwalker » Seg Fev 02, 2015 6:10 pm

Pessoal,

Bom dia! Estava eu a procurar munição para treinamento aqui nos EUA e me deparei com este cartucho fabricado pela CBC em 77 gr Sierra OTM.

http://www.luckygunner.com/5-56x45mm-77 ... -556c-1000

Estou tendendo a testar a mesma, dado que seria uma boa alternativa para replicar o 77gr da Black Hills (utilizado por FEs sob o nome MK262) sem gastar tanto em treino (a BH custa o dobro do preço).

Aos que possuem experiencia em manuseio de 5.56 no Brasil, gostaria de fazer tres perguntas:
(1) Qual foi a sua experiencia ao utilizar cartuchos da CBC para rifles? A qualidade dos mesmos é boa?
(2) Alguém sabe se esse cartucho especificamente tem tido bom desempenho?
(3) Não me lembro de ler que o EB utilizava esse cartucho, achava que ainda estavam no 55 ou 62gr. Se a CBC fabrica o 77gr, seria esse um indicativo de que o EB já o adotou? Estou perguntando porque o novo fuzil da Imbel não possui o passo do raiamento do cano em 1:7 (o passo ideal para o 77gr), o que seria uma incongruencia se o EB tivesse adotado esse cartucho...

abs,




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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#934 Mensagem por prp » Seg Fev 02, 2015 7:19 pm

Esse cartucho é mais caro que o mais barato? se a resposta for sim o EB não o adotou




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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#935 Mensagem por Clermont » Seg Fev 02, 2015 8:31 pm

Acho curioso como esse cartucho 5,56 NATO sempre é "engordado", um pouquinho mais, a cada década. Primeiro, 55 grains; depois, 62 grains, e finalmente, 77 grains. Sem contar que um dos últimos modelos deste cartucho, utilizados por forças de operações especiais americanas, tem ponta-oca, o que devia ser considerado proibido pelas convenções internacionais para armas militares.

Ora, para um paisano leigo como eu, parece evidente que isso é uma prova da falha deste calibre. Se o negócio é um projétil mais "encorpado" a solução óbvia - eu acho! - era partir para alguma coisa de maior calibre.

Mas isso é praticamente impossível devido aos custos industriais de remontar toda a linha de munição dos países. E teria que começar pelos EUA, que devido ao seu poder, tem a palavra final sobre os calibres padronizados para sua aliança, tanto da OTAN, como de outros países satélites.




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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#936 Mensagem por Marechal-do-ar » Seg Fev 02, 2015 9:11 pm

Clermont escreveu:Ora, para um paisano leigo como eu, parece evidente que isso é uma prova da falha deste calibre. Se o negócio é um projétil mais "encorpado" a solução óbvia - eu acho! - era partir para alguma coisa de maior calibre.
Um calibre maior tem uma desvantagem, maior resistência do ar, enquanto não existir um "sabot" prático para armas pequenas essa briga ai vai continuar.




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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#937 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Fev 03, 2015 9:47 am

Clermont escreveu:Acho curioso como esse cartucho 5,56 NATO sempre é "engordado", um pouquinho mais, a cada década. Primeiro, 55 grains; depois, 62 grains, e finalmente, 77 grains. Sem contar que um dos últimos modelos deste cartucho, utilizados por forças de operações especiais americanas, tem ponta-oca, o que devia ser considerado proibido pelas convenções internacionais para armas militares.

Ora, para um paisano leigo como eu, parece evidente que isso é uma prova da falha deste calibre. Se o negócio é um projétil mais "encorpado" a solução óbvia - eu acho! - era partir para alguma coisa de maior calibre.

Mas isso é praticamente impossível devido aos custos industriais de remontar toda a linha de munição dos países. E teria que começar pelos EUA, que devido ao seu poder, tem a palavra final sobre os calibres padronizados para sua aliança, tanto da OTAN, como de outros países satélites.
Clermont há várias questões que estás a ignorar. Os Norte-Americanos ao passarem das M-16 com um cano de 505 mm para o cano de 368 mm das M4, logo aí houve uma redução da precisão e distância efectiva das secções de atiradores/fuzileiros das Forças Armadas Norte-Americanas.

Também há a questão de que o Afeganistão é um TO muito próprio, com amplas possibilidades de tiro a média e longa distância como há em poucos países no mundo.

Eu pessoalmente já passei por várias fases, neste momento o que tenho mais em mente é que no geral o 5.56mm é suficiente, desde que haja possibilidade no seio dos Pelotões de Atiradores/Fuzileiros fazer-se uso de ML em 7.62 e algum atirador especial com uma espingarda-automática no mesmo calibre. Para mim as M4 são demasiado pequenas, e defendo que o tamanho do cano desejável seja de 419 mm.




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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#938 Mensagem por Moonwalker » Ter Fev 03, 2015 12:48 pm

Clermont escreveu:Acho curioso como esse cartucho 5,56 NATO sempre é "engordado", um pouquinho mais, a cada década. Primeiro, 55 grains; depois, 62 grains, e finalmente, 77 grains. Sem contar que um dos últimos modelos deste cartucho, utilizados por forças de operações especiais americanas, tem ponta-oca, o que devia ser considerado proibido pelas convenções internacionais para armas militares.

Ora, para um paisano leigo como eu, parece evidente que isso é uma prova da falha deste calibre. Se o negócio é um projétil mais "encorpado" a solução óbvia - eu acho! - era partir para alguma coisa de maior calibre.

Mas isso é praticamente impossível devido aos custos industriais de remontar toda a linha de munição dos países. E teria que começar pelos EUA, que devido ao seu poder, tem a palavra final sobre os calibres padronizados para sua aliança, tanto da OTAN, como de outros países satélites.
Clermont, pela sua logica a maioria dos cartuchos seria então deficiente, haja visto que quase todos passaram por essa "engorda". O 7.62 evoluiu dos 150gr para o 175gr, o 9mm dos 115gr para o 147gr, etc... A grande verdade é que a tecnologia de cartuchos (e dos rifles) evoluiu e hoje permite uma gama de variantes desenhadas para fins especificos que não estavam disponiveis no passado.

Sobre a ponta oca, ela na verdade não fere as convenções internacionais pois não tem carater expansivo (nem foi desenhada para tal). O objetivo da cavidade (e do peso maior) é deslocar o CG do projetil para tras de forma a prover melhor estabilidade e melhor performance balistica em distancias mais longas.

abs,




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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#939 Mensagem por Moonwalker » Ter Fev 03, 2015 1:15 pm

cabeça de martelo escreveu:
Clermont escreveu:Acho curioso como esse cartucho 5,56 NATO sempre é "engordado", um pouquinho mais, a cada década. Primeiro, 55 grains; depois, 62 grains, e finalmente, 77 grains. Sem contar que um dos últimos modelos deste cartucho, utilizados por forças de operações especiais americanas, tem ponta-oca, o que devia ser considerado proibido pelas convenções internacionais para armas militares.

Ora, para um paisano leigo como eu, parece evidente que isso é uma prova da falha deste calibre. Se o negócio é um projétil mais "encorpado" a solução óbvia - eu acho! - era partir para alguma coisa de maior calibre.

Mas isso é praticamente impossível devido aos custos industriais de remontar toda a linha de munição dos países. E teria que começar pelos EUA, que devido ao seu poder, tem a palavra final sobre os calibres padronizados para sua aliança, tanto da OTAN, como de outros países satélites.
Clermont há várias questões que estás a ignorar. Os Norte-Americanos ao passarem das M-16 com um cano de 505 mm para o cano de 368 mm das M4, logo aí houve uma redução da precisão e distância efectiva das secções de atiradores/fuzileiros das Forças Armadas Norte-Americanas.

Também há a questão de que o Afeganistão é um TO muito próprio, com amplas possibilidades de tiro a média e longa distância como há em poucos países no mundo.

Eu pessoalmente já passei por várias fases, neste momento o que tenho mais em mente é que no geral o 5.56mm é suficiente, desde que haja possibilidade no seio dos Pelotões de Atiradores/Fuzileiros fazer-se uso de ML em 7.62 e algum atirador especial com uma espingarda-automática no mesmo calibre. Para mim as M4 são demasiado pequenas, e defendo que o tamanho do cano desejável seja de 419 mm.
Concordo com a sua opiniao sobre o 5.56 e, conversando com muitos militares com experiencia de combate, a maioria considera o mesmo mais do que suficiente.

O motivo é basicamente o mesmo que explica o menor comprimento do cano e tem base nas experiencias do Iraque e Afegão. Deve-se entender que um militar (ou pelo menos, o americano) tenta utilizar seu fuzil como uma arma de defesa pessoal a ser utilizada apenas como a "ultima carta no seu baralho". A ordem na escolha de como engajar o inimigo é sempre utilizar o maior calibre possivel / disponivel. A grosso modo deve-se priorizar primeiro o apoio aereo, depois artilharia, seguido por morteiros, metralhadoras .50 BMG, metralhadoras .7.62, etc... No caso dos americanos, aonde a presenca de metralhadoras mais pesadas em 7.62 e .50 em geral é praticamente garantida, faz-se que os fuzis sejam realmente utilizados em ambientes CQB ou como complemento a supressão de fogo. Isso significa que estes fuzis mais curtos em 5.56 cumprem a sua missão.

Dito isso, alguem bem treinado consegue utilizar um fuzil em 368mm (14.5") de maneira eficiente a distancias de até 400-500m (posso confirmar com base em experiencia pessoal e estou longe de ser um bom atirador...). O cano de 10.5" reduz essa distancia para cerca de 300-400m. Ou seja, ainda bem dentro do envelope de uso real dos mesmos de 200-300m (com base nos argumentos acima). Por este motivo os MK-12 (18") e os M-16 (16") foram desativados nos EUA. Basicamente, os 200-300m a mais de alcance foram considerados desnecessarios dado o seu peso maior e a menor capacidade de manobra em ambientes fechados.

Espero ter ajudado e obrigado pelas respostas... Me parece então que a CBC fabrica o 77gr para o mercado externo?

abs,




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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#940 Mensagem por Clermont » Ter Fev 03, 2015 1:46 pm

Moonwalker escreveu:O motivo é basicamente o mesmo que explica o menor comprimento do cano e tem base nas experiencias do Iraque e Afegão. Deve-se entender que um militar (ou pelo menos, o americano) tenta utilizar seu fuzil como uma arma de defesa pessoal a ser utilizada apenas como a "ultima carta no seu baralho". A ordem na escolha de como engajar o inimigo é sempre utilizar o maior calibre possivel / disponivel. A grosso modo deve-se priorizar primeiro o apoio aereo, depois artilharia, seguido por morteiros, metralhadoras .50 BMG, metralhadoras .7.62, etc...
Esta é uma curiosa reversão de todo o pensamento a respeito do apoio de fogo no campo de batalha desde a Segunda Guerra Mundial, e que, aliás, ainda é a norma no Exército brasileiro.

Ou seja, a norma diz que deve-se utilizar o menor escalão capaz de executar o apoio de fogo - O apoio de fogo solicitado deve ser executado pelo menor escalão que disponha dos meios necessários. Quando um determinado escalão não dispõe de meios adequados, solicita o apoio aos escalões superiores. No nível batalhão, por exemplo, serão utilizados, em princípio, os morteiros orgânicos. Caso não sejam adequados para o engajamento do alvo, será solicitado o apoio de fogo de artilharia de brigada. E por aí vai, até chegar no apoio aéreo.

Os americanos podem fazer diferente, porque são muito ricos e muito equipados. Mas isso acarreta conseqüencias. Se, em vez de abater um alvo com fogo semi-automático de fuzil, dispara-se uma rajada de metralhadora média, aumenta-se as probabilidades de danos colaterais, isto é, de matar civis. O mesmo acontece se, ao invés de despachar um alvo que pode ser liquidado com uma bomba de morteiro 60 mm, pede-se logo ao controlador aéreo avançado, que execute um bombardeio com bombas de 250 kg da aviação.

Não é à toa que essas táticas de fogo não sejam bem-sucedidas nas atuais guerras de contra-insurgência, pois, ao matarem dez inimigos, criam mais cem que vão ingressar nas forças oponentes porque perderam entes queridos, vítimas do fogo americano.




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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#941 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Fev 03, 2015 3:36 pm

Até parece de propósito... :lol: :wink:

Sal Fanelli: The Interview
30 January, 2015

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ABOVE: Col. Michael Manning (L), Marine Corps Systems Command’s program manager for Infantry Weapons Systems, congratulates Salvatore Fanelli (R) on winning the Donald Roebling Award.

In 1982 I had just accepted a job to run the engineering department at FN Manufacturing, Inc. where the M240 machine gun would be produced for the first time in the U.S. My first job was to hire some engineers to assist me, and my very first interview was with Sal Fanelli, a young engineer out of Remington. It didn’t take me long to figure out Sal really understood firearms and that I wanted him on my team. I hired him on the spot. Through the years we enjoyed many successes together, getting new machine guns, systems, and accessories type classified in the military. In 2000, Sal was awarded the George M. Chinn Award for his contributions to the small arms industry. Presently, Sal is a supervisory engineer for Infantry Weapons Systems at the Marine Corps Systems Command. I recently learned the Marines had awarded Sal the Donald Roebling Award for acquisition. Sal led the charge in acquiring a new 5.56mm combat round for the USMC. I caught up with Sal recently to find out more about the new round and his role in the acquisition.

Why did the USMC decide they needed a new round of 5.56mm ammunition?

USMC determined that the performance of the M855 was inconsistent. Firing into a block of ballistic gelatin, we determined the M855 had yaw dependency. What we mean by that is from high speed videos of one round from an M4 we observed the path of the projectile doing exactly what we expected. It provided adequate terminal effects, but this didn’t happen every time. Other rounds went straight into the block and straight out of the block – no yaw, no enhanced terminal effects. We considered this inconsistent performance and confirmed that the M855 was impact yaw dependent.

We needed a round that gave consistent terminal effects from round to round, ammo lot to ammo lot and gave the exact terminal effects every time. We needed this performance at ranges from 0 to 400m.

You mentioned that the bullet went straight through. Was there a cause you could determine or was it just pure inconsistency?

From one round to the next, the terminal effects were not consistent. We determined it wasn’t due to being the first shot out of the gun, a cold barrel or a hot barrel, or anything else. It was so random it had to be the ammo.

It was through extensive testing that we saw these inconsistent effects and we couldn’t live with them. We wanted a term to describe this inconsistent phenomenon. That’s when the Marine Corps accepted the term “blind to barriers” suggested by Supervisory Special Agent Buford Boone, Supervisor of the FBI’s Ballistics Research facility and Hays Parks, a senior lawyer in the Office of General Counsel, DOD. Our new round would be blind to impact yaw and blind to barriers. That means it would not matter at what angle the projectile entered the gelatin block. It would give the same performance every time. At the same time we needed a round that went through intermediate barriers, like car glass, or a door, or clothing and did not ricochet or deviate from the shot line. The new round was to defeat the barriers and continue to do what it was supposed to do as far as terminal effects.

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While you were looking for a new round, was the Army’s M855A1 improved 5.56mm ammunition in consideration?

No, it wasn’t around – at least as far as we knew. Later we found out the Army was quietly developing a new 5.56mm round but was so quiet about it the other services were not aware. So, we put a “sources sought” announcement out to industry to let ammunition manufacturers know we were in the market for a new 5.56mm round. The new round had to be designed so it would give us consistent results.

We did have an ulterior motive. There was a pending requirement for a new intermediate caliber. If we could improve the consistency of the terminal effects of our current 5.56mm round and use it as a temporary solution, it would bridge the gap until we could get the requirement going for an intermediate caliber. The intermediate caliber requirement remains in the discussion phase. Instead, our development resulted in a round that equaled the performance of the current 6.8mm round. Remember the Belgian SS-109 ammunition? It was selected as the NATO standard in the U.S., and was designated the M855? Well, that ammunition outperformed the Vietnam era M193. In a similar way, our improvements have now given us a 5.56mm round that gives us the performance of the current 6.8mm round. Of course, with the same technology approach, we know today that we can get a better performing 6.8mm round and 7.62mm round than the NATO standard 7.62x51mm M80 Ball.

When we put our solicitation out on the street, we didn’t know about the Army activity to improve the M855 round nor did we know that SOCOM was developing an improved round through the Navy’s ammunition development group at Crane, Indiana. The Navy liked the wording in our solicitation and asked if the USMC wanted to join forces with them in developing a new round. We formed a joint Navy/SOCOM/USMC team and used the USMC wording to establish the requirements for the new round.

Imagem
U.S. Army-designed M855A1.

Tell us what makes this round different from what is being used now.

It basically comes down to the design of the projectile. Look on line and you can see the cross section. It’s an open tip match determined by DOD and military services lawyers to be consistent with U.S. law of war obligations. By using this type projectile, we gained the flexibility to select the design of the overall projectile configuration. The design work was done by Federal Cartridge Company. They came up with a combination of a reverse draw projectile with a lead core that is crimped down into an open tip match.

With Federal building the round, now you have to check compatibility with both the M4 and the M16A4.

USMC requirement was that it had to work in the M16A4 because, at that time, that is the rifle that all USMC infantry was using. M4’s were only for special applications, officers, etc. The new round was initially designed to work in a short barreled rifle so we had to confirm that it would work in the longer-barreled M16A4. We’ve gone through three iterations of testing that have used a total of 30 guns firing anywhere from 9,000 to 15,000 rounds per weapon. We tested for function, reliability, corrosion, accuracy, you name it.

What about environmental testing, like hot, cold, sand and dust?

Yes, it was full up testing in all environments.

Imagem
Sectioned projectile from Open Tip Match Mk318 Mod0.

How did you evaluate terminal effectiveness?

You know, you can’t do it well because it’s so hard to get volunteers (just kidding!) so we shoot into ordnance gelatin as adopted by government agencies. A few years back there was a joint wound ballistics Integrated Product Team (IPT). It had Army, Navy, USAF, Coast Guard and virtually every DoD organization – it was really joint, and that meant everybody. What they determined was that each agency used a different methodology for testing terminal effects, so they decided to write a charter, a test plan and gelatin block procedures. Those procedures even included how the gelatin was made, verified, and validated. With a standard gelatin block that everybody could use, terminal effects could be studied and data could be shared. Next, the IPT established criteria for how the projectile should perform in gelatin. We compared our results to the specification and also compared it to M855. Again, you can’t confirm this is what it will do in the human body, but it’s the best we can come up with. Buford can give you all the details, but essentially his eight points are:

Is Blind to Impact Yaw
Limits penetration – 12-18”
Resists yaw in tissue – no earlier than 12” is desired
Continues on shot line after penetrating tissue
Is barrier blind
Limits fragmentation
Performs consistently from 0 – 300 meters
Is accurate enough to engage human targets to 600 meters

Sal, this all sounds too easy. Surely you came up against some problems along the way.

Oh, sure there were problems. Field trials showed that the Mk318 Mod 0 did not exactly match the ballistics with the reticle pattern of the sight being used. The original ammunition’s exterior ballistics differed from the sight’s reticle pattern because it was originally designed for a 14.5-inch barrel. Since the Marine Corps’ primary service rifle is the M16A4 with a 20-inch barrel, we went back to Federal to adjust the ballistic coefficient. About this time the issue about environmentally friendly green ammo came up and we had to take a look to see if it was possible to replace the lead and still meet the specification. We found that we could replace the lead with copper, stretching the jacket around ever so slightly so it allowed us to crimp the nose even more. With that, the ballistic coefficient went up allowing the round to fly more efficiently through air with a better trajectory. Now it’s a ballistic match to the stock off-the-shelf reticle patterns that the Marine Corps uses, like the Trijicon ACOG sights. We named the improved round the Mk318 Mod1.

So, how do you avoid confusion with the new round to others that are already fielded?

There are two different configurations. The original round was adopted as Mk318 Mod 0. This is a copper jacketed, open tip match, 62 grain projectile. If you don’t know ammunition well enough you might confuse it with the Mk262 which is a 77 grain projectile. The Mk262 is an open tipped match round used by the Special Ops community. Since we were worried about confusion with the Mk262, we had to take another look at the color of the tip. Every color was taken except for solid silver so we decided to nickel plate the entire projectile. As we now jokingly say, “All Marines will have silver bullets.” That round hasn’t been fielded yet, and a potential production contract is in the future. I can just see the Marines out there polishing bullets.

Who will produce the new ammunition?

The government owns the drawings in the Technical Data Package (TDP) so Crane will procure it through open competition. There are a lot of top-notch ammo manufacturers out there.

Imagem
Mk318 Mod1 with the Silver Bullet.

What about the legal wickets that had to be passed? Years ago, we used to pass any new ammunition by the legal department at the Pentagon. Hays Parks was in charge in those days, but I’ve learned he’s retired.

When I first was given this project, I spent many hours talking about the legal aspects of a new round with Supervisory Special Agent Buford Boone (ret.) at the FBI, BRF and others, including Hays Parks. Hays retired about a year ago and is currently working under a support contractor for another Government agency. Fortunately, we still have access to him. I needed his input for all of our written documents. Anything put into writing that becomes public information is subject to intense scrutiny. The International Committee of the Red Cross (ICRC) watches the development of every new round very carefully and is quick to point out what they perceive as any violation of the “Law of War” declarations. Even though other ammunition very similar to this has passed the legal review, we could not afford any misinterpretation. We don’t want to give any reason for the ICRC to file a complaint that would delay the fielding. Hays has a lot of experience as the U.S. negotiator on proposed law of war treaties related to military small arms ammunition. I requested his assistance in developing a round that would meet the capabilities we needed and be consistent with our law of war obligations. For the data Hays needed, the FBI served as the independent laboratory.

What about compatibility with other service rifles in NATO?

The testing we did was M16A4, M4, M4A1, M27 and we also tested it in the SCAR. We have not tested other country’s guns, but there are some that are currently evaluating it. It’s public knowledge that Canada has adopted it.

Is there a tracer version?

No, there is no tracer planned for this round.

So that means it’s strictly as a rifle cartridge.

On our last test, we took 16,000 rounds, linked it, and successfully fired it through the M249 to confirm compatibility for emergency use; but yes, the round is strictly meant for our rifles.

What about accuracy of the round?

The performance is phenomenal. The way the specification is written, we focus on dispersion, not accuracy. The reason is that we define accuracy as a combination of the gun, the optic, and the shooter. Whereas, the dispersion of the ammunition is set at 2 Minutes Of Angle (MOA) at 100 meters.

If you ever get a chance to read the spec, the Mk318 MOD 0, it shows the MOA no greater than 2 at 100 meters. If you read the spec of the M855, the average standard deviation is not to be more than 2MOA. There is a big difference. We’ve proven that you can have a very large group and still meet the specification.

When you were managing this program you faced a lot of challenges. What was the biggest?

In order to get buy-in from Marine Corps senior leadership, I had to prove to them that this was a technically superior round of ammunition. I had to present the results of extensive testing.

What is next? You just now going to field this round, is the USMC working on another round?

Well, I’m still putting this one to bed. There is some additional testing that needs to be done. The USMC has type classified, adopted, and issued the Mk318 Mod 0 as an interim solution until formal testing has been completed on the Army’s M855A1. The decision on which round (Mk 318 Mod 1 or M855A1) will be fielded will be made within a year.

We’ve been working on improved sniper grade ammunition. A joint Navy, SOCOM, USMC requirement yielded the AB 39, 7.62mm round. The projectile is the same as the AA11 but it uses a different primer, propellant, and amount of propellant. Now we have an off-the-shelf round that gives consistent performance lot-to-lot, shot-to-shot. Lower dispersion is achieved through 1,000 meters.

Now we are looking at the barrel geometry. A twist of 1:12 is not ideal for this projectile so we developed computer models and simulated firing with faster twist rates. We’ve had test barrels built for us, and just finished firing them using ballistic radar. ArrowTech, who developed PRODAS simulation software, has been tasked to determine the optimum twist for the barrel configuration based on this radar data. Eventually, the USMC may be going to a different twist rate that may include changes to land and groove configuration.

Finally, the Army is looking at improving the machine gun ammo and we’re just keeping track of what they’re doing.

Thank you, Sal for taking the time to provide this excellent information for our readers. We truly appreciate it.

You’re more than welcome. It has been my pleasure.

:arrow: http://www.sadefensejournal.com/wp/?p=2879




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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#942 Mensagem por Alcantara » Ter Fev 03, 2015 4:56 pm

Marechal-do-ar escreveu:
Clermont escreveu:Ora, para um paisano leigo como eu, parece evidente que isso é uma prova da falha deste calibre. Se o negócio é um projétil mais "encorpado" a solução óbvia - eu acho! - era partir para alguma coisa de maior calibre.
Um calibre maior tem uma desvantagem, maior resistência do ar, enquanto não existir um "sabot" prático para armas pequenas essa briga ai vai continuar.
Que tal assim? :wink:


http://www.guns.com/wp-content/uploads/2012/12/aw31.jpg




Editado pela última vez por Alcantara em Qua Fev 04, 2015 3:50 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#943 Mensagem por Moonwalker » Ter Fev 03, 2015 9:03 pm

Clermont escreveu: Esta é uma curiosa reversão de todo o pensamento a respeito do apoio de fogo no campo de batalha desde a Segunda Guerra Mundial, e que, aliás, ainda é a norma no Exército brasileiro.

Ou seja, a norma diz que deve-se utilizar o menor escalão capaz de executar o apoio de fogo - O apoio de fogo solicitado deve ser executado pelo menor escalão que disponha dos meios necessários. Quando um determinado escalão não dispõe de meios adequados, solicita o apoio aos escalões superiores. No nível batalhão, por exemplo, serão utilizados, em princípio, os morteiros orgânicos. Caso não sejam adequados para o engajamento do alvo, será solicitado o apoio de fogo de artilharia de brigada. E por aí vai, até chegar no apoio aéreo.

Os americanos podem fazer diferente, porque são muito ricos e muito equipados. Mas isso acarreta conseqüencias. Se, em vez de abater um alvo com fogo semi-automático de fuzil, dispara-se uma rajada de metralhadora média, aumenta-se as probabilidades de danos colaterais, isto é, de matar civis. O mesmo acontece se, ao invés de despachar um alvo que pode ser liquidado com uma bomba de morteiro 60 mm, pede-se logo ao controlador aéreo avançado, que execute um bombardeio com bombas de 250 kg da aviação.

Não é à toa que essas táticas de fogo não sejam bem-sucedidas nas atuais guerras de contra-insurgência, pois, ao matarem dez inimigos, criam mais cem que vão ingressar nas forças oponentes porque perderam entes queridos, vítimas do fogo americano.
Sim, trata-se de algo contra-intuitivo (e eu posso ter entendido errado, pois não sou militar…). A conversa no meu caso surgiu quando um instrutor, ex-FE, fez uma ressalva sobre a quantidade de alunos com SBRs de 10.5" em uma aula. Ele então passou a explicar porque na opinião dele o 14.5" seria mais adequado para uso civil e porque nas FAs se prefere (e pode-se utilizar) um cano mais curto. Tempos depois vi um argumento praticamente identico no seguinte artigo (que alias rende uma boa leitura):

http://www.defensereview.com/tactical-a ... crossover/
http://www.defensereview.com/tactical-a ... r-part-ii/

"Given the terrain distances at which soldiers typically engage targets in afghanistan (500 meters and beyond), one might think the logical choice for your M-4 setup would be the longest barrel possible, and at least the issued 14,5" barrel to maximize the range of the 5.56mm round. One might think that, but one would be worng. At least half of the Special Operations Forces (SOF) are currently running their issue MK18/CQBR uppers with 10,5" barrels.

[...]

My choice of the MK18, and why you see more MK18’s and not M4A1 Carbines with Surefire Suppressors being utilized, is due to how the rifle is being utilized down range–and this is where the way the U.S. Soldier is trained to fight comes into play. Whether you are in a team, squad, platoon or other section, one of the fundamental rules we follow is that you always try to engage the enemy with the most casualty-producing weapon you have. If you get shot at by an AK-47/AKM, return fire with a M240 machine gun. If they come back with a PKM, then you respond with a M2 .50-Cal. or 60mm mortar. Whatever they’ve got, you one up them and gain fire superiority!

[...]

With a suppressor-equipped MK18 you're back to a 14,5-inch length rifle that is much better balanced and less front-heavy-feeling then a stock M4"


Quanto ao dano colateral, acredito que hoje em dia esse numero tem baixado (e não aumentado) mas por existirem outros fatores (ex. melhores sensores) que melhoraram o situational awareness no campo de batalha.

Obrigado pela info!




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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#944 Mensagem por Clermont » Ter Fev 03, 2015 10:33 pm

Sal Fanelli: The Interview
30 January, 2015

Why did the USMC decide they needed a new round of 5.56mm ammunition?

USMC determined that the performance of the M855 was inconsistent.
Eu entendo que uma tal declaração oficial, vinda do USMC está em contradição com afirmações anteriores de que "conversas com muitos militares com experiencia de combate que por maioria consideram o mesmo mais do que suficiente." O Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos não considera o atual padrão de munição 5,56 mm, "suficiente", tanto que resolveu criar seu próprio padrão.

O que isso parece? Pelo menos, pra mim, parece uma meia-sola. A munição é deficiente, mas já que não condições econômicas ou políticas para adotar algo de radicalmente novo, se resolveu fazer uma "maquiagem" no atual cartucho.
There was a pending requirement for a new intermediate caliber. If we could improve the consistency of the terminal effects of our current 5.56mm round and use it as a temporary solution, it would bridge the gap until we could get the requirement going for an intermediate caliber. The intermediate caliber requirement remains in the discussion phase. Instead, our development resulted in a round that equaled the performance of the current 6.8mm round.
Isto parece uma declaração conforme com uma satisfação do soldado ou do fuzileiro naval combatente com sua atual munição 5,56 mm? Pra mim, é justamente o contrário. Eles não querem o 5,56 mm, querem um calibre verdadeiramente intermediário, como teria sido o .280 British da década de 1950. Mas, na espera de que esse novo calibre venha, algum dia, eles "quebram o galho" com o que já tem, limitando-se a aperfeiçoar a munição 5,56 mm como "solução temporária".

E vão esperar sentados. No auge da guerra no Iraque e no Afeganistão, eu li um texto - aliás, postado pelo desaparecido "Foxtroop" - em que dizia-se que a capacidade de fabricação de munição 5,56 mm estava no limite nos Estados Unidos. Ou seja, os americanos estavam tendo dificuldades para fornecer munição de armas leves para combater um bando de guerrilheiros urbanos iraquianos e pastores de cabras afegãos. Imaginem só, se nas atuais condições econômicas, os EUA tem alguma possibilidade de reconverter suas fábricas de munição para um calibre novo. Eu li um texto do Exército francês que prevê a utilização pela França da munição 5,56 mm pelo menos até o ano de 2040. Até lá, os franceses imaginam que surgirá algo de novo, talvez um tipo funcional de munição de estojo de polímero, ou alguma coisa mais.
There are two different configurations. The original round was adopted as Mk318 Mod 0. This is a copper jacketed, open tip match, 62 grain projectile. If you don’t know ammunition well enough you might confuse it with the Mk262 which is a 77 grain projectile. The Mk262 is an open tipped match round used by the Special Ops community.
Ou seja, para tornar as munições mais eficientes, e não acontecer o que dizem ter ocorrido em episódios como o de Mogadíscio, onde guerrilheiros magricelas eram transpassados pelos projéteis 5,56 mm sem ficar fora de combate, os Fuzileiros Navais e as Forças de Operações Especiais estão utilizando munição ponta-oca. Isto é ilegal pelas convenções internacionais, e o autor faz um contorcionismo verbal para tentar justificar isso perante os organismos internacionais. Acontece que, desde a invasão do Iraque em 2003, está claro que os americanos vão fazer o que bem entenderem. Agora, quero saber se, por exemplo, os exércitos da Europa vão utilizar, também, munição ponta-oca?

Pra resumir, não vi motivo algum para reformular minha opinião anterior de leigo paisano. A munição 5,56 mm não é aprovada. Ela somente é tolerada por falta de alguma coisa melhor. E esta "coisa melhor" não virá por muito tempo ainda, por questões já discutidas antes.




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Re: Armas de Fogo e Equipamentos em Geral

#945 Mensagem por Moonwalker » Qua Fev 04, 2015 2:18 am

Clermont escreveu:
Sal Fanelli: The Interview
30 January, 2015

Why did the USMC decide they needed a new round of 5.56mm ammunition?

USMC determined that the performance of the M855 was inconsistent.
Eu entendo que uma tal declaração oficial, vinda do USMC está em contradição com afirmações anteriores de que "conversas com muitos militares com experiencia de combate que por maioria consideram o mesmo mais do que suficiente." O Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos não considera o atual padrão de munição 5,56 mm, "suficiente", tanto que resolveu criar seu próprio padrão.

O que isso parece? Pelo menos, pra mim, parece uma meia-sola. A munição é deficiente, mas já que não condições econômicas ou políticas para adotar algo de radicalmente novo, se resolveu fazer uma "maquiagem" no atual cartucho.

Como o comentario foi para mim, a sua traducão merece uma ressalva. O termo "incosistent" usado pelo americano não tem a conotacão que voce atribui. Olhando-se o texto como um todo fica claro que o MK262 é considerado excelente (ele é, mas é caro) e que o novo projetil do USMC visa substituir o M855, mais antigo, e sim, incosistente a longas distancias - o que difere de não presta. Chamar de maquiagem é desconhecer a grande diferenca de performance entre todos esses diferentes projéteis.
There was a pending requirement for a new intermediate caliber. If we could improve the consistency of the terminal effects of our current 5.56mm round and use it as a temporary solution, it would bridge the gap until we could get the requirement going for an intermediate caliber. The intermediate caliber requirement remains in the discussion phase. Instead, our development resulted in a round that equaled the performance of the current 6.8mm round.
Isto parece uma declaração conforme com uma satisfação do soldado ou do fuzileiro naval combatente com sua atual munição 5,56 mm? Pra mim, é justamente o contrário. Eles não querem o 5,56 mm, querem um calibre verdadeiramente intermediário, como teria sido o .280 British da década de 1950. Mas, na espera de que esse novo calibre venha, algum dia, eles "quebram o galho" com o que já tem, limitando-se a aperfeiçoar a munição 5,56 mm como "solução temporária".

Acho que aqui o entrevistado foi claro que os novos cartuchos em 5.56 sanaram quase todas as deficiencias do mesmo, atingindo o que se queria atingir com o novo projetil ("equaled the 6.8mm) e mantendo as suas principais vantajens - peso e precisão. A verdade é que municoes mais modernas acabaram por reverter varias tendencias recentes e não apenas com o 5.56mm. O mesmo está sendo visto por aqui com o 9mm - os mais recentes projeteis em 124gr e 147 gr acabaram por reiniciar a discussão acerca da necessidade do .40 e o FBI por exemplo resolveu recentemente voltar a adotar o 9mm como seu calibre principal (e muitas policias estão a fazer o mesmo). Isso não significa que o 9mm (ou o .40) não cumprem a missão.

E vão esperar sentados. No auge da guerra no Iraque e no Afeganistão, eu li um texto - aliás, postado pelo desaparecido "Foxtroop" - em que dizia-se que a capacidade de fabricação de munição 5,56 mm estava no limite nos Estados Unidos. Ou seja, os americanos estavam tendo dificuldades para fornecer munição de armas leves para combater um bando de guerrilheiros urbanos iraquianos e pastores de cabras afegãos. Imaginem só, se nas atuais condições econômicas, os EUA tem alguma possibilidade de reconverter suas fábricas de munição para um calibre novo. Eu li um texto do Exército francês que prevê a utilização pela França da munição 5,56 mm pelo menos até o ano de 2040. Até lá, os franceses imaginam que surgirá algo de novo, talvez um tipo funcional de munição de estojo de polímero, ou alguma coisa mais.
There are two different configurations. The original round was adopted as Mk318 Mod 0. This is a copper jacketed, open tip match, 62 grain projectile. If you don’t know ammunition well enough you might confuse it with the Mk262 which is a 77 grain projectile. The Mk262 is an open tipped match round used by the Special Ops community.
Ou seja, para tornar as munições mais eficientes, e não acontecer o que dizem ter ocorrido em episódios como o de Mogadíscio, onde guerrilheiros magricelas eram transpassados pelos projéteis 5,56 mm sem ficar fora de combate, os Fuzileiros Navais e as Forças de Operações Especiais estão utilizando munição ponta-oca. Isto é ilegal pelas convenções internacionais, e o autor faz um contorcionismo verbal para tentar justificar isso perante os organismos internacionais. Acontece que, desde a invasão do Iraque em 2003, está claro que os americanos vão fazer o que bem entenderem. Agora, quero saber se, por exemplo, os exércitos da Europa vão utilizar, também, munição ponta-oca?

Mais uma vez, open tip é differente de hollow point. O primeiro não tem funcão expansiva e serve somente para deslocar o CG do projetil para estabiliza-lo em distancias mais longas. O projetil não se expande em nenhuma hipotese pois a cavidade é muito pequena e rapidamente se preenche sem ceder nos lados (ele "entope" e não se desfaz em "pétalas"). A sua menor penetracão advem do fato de que não possui a estrutura interna (perfurante) do M855 e nada tem a ver com expansão. Paises europeus tambem utilizam o MK262 e como pudemos ver pela minha pergunta, até mesmo a CBC o fabrica (imagino eu para o EB, dado ser o seu principal cliente). De uma guns and ammo que relata o desenvolvimento do black hills: "The MK 262 Mod 1 projectile is an open-tipped match (OTM) bullet, though it does not expand in the manner of a conventional hollowpoint. In fact, the hollow cavity is not there to induce expansion; it’s there to put the majority of weight towards the projectile’s rear so that it is more stable in flight and increase accuracy. Because it is not designed to expand and cause “undue suffering,” that critical phrase in the Hague Conventions regarding ammunition, the Navy’s Judge Advocate General Corps approved the round for use in combat. The same reasoning was applied to the Marine Corps 62-grain SOST round (MK 318), also an OTM design."

Read more: http://www.shootingtimes.com/ammo/speci ... z3QkLi148e"


Pra resumir, não vi motivo algum para reformular minha opinião anterior de leigo paisano. A munição 5,56 mm não é aprovada. Ela somente é tolerada por falta de alguma coisa melhor. E esta "coisa melhor" não virá por muito tempo ainda, por questões já discutidas antes.

A municão tem seus limites, como todas as outras. Dizer que por isso não presta me parece sempre um exagero. Cada calibre diferente sempre tem suas vantagens e desvantagens, e sempre vai existir um tradeoff entre as diferentes alternativas (ex. peso, alcance, poder de parada, precisão, etc...). A verdade é que conversando com gente do meio, para cada pessoa que sugere algo novo eu encontro outras duas que explicam porque uma troca de calibre não traria nenhuma vantagem tangivel - e olha que por aqui não falta opcão (300 AAC Blackout, 6.5mm Grendel, 6.8mm Remington, etc... estão todos em producão).

ps: Sua opinião vale tanto quanto a minha, estou apenas querendo acrescentar ao debate visto que ele surgiu da minha pergunta original...
abs,




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