Luís Henrique escreveu:Gabriel, você está confundindo sobre o 7 graus.
O BAMSE pode disparar contra qualquer alvo a 360 graus. Para qualquer lado.
O que não pode é guiar 2 mísseis SIMULTANEAMENTE em direções opostas.
Simplesmente porque o radar de controle de fogo deverá estar DIRECIONADO para 1 direção.
Por isso, ele possui capacidade para disparar 2 mísseis simultaneamente mas com diferença de 7 graus entre o 1º e 2º míssil.
O colega Energys fez a matemática.
Em 15 km de distância, esse 7 graus significa que o BAMSE pode disparar 2 mísseis simultaneamente, e guia-los até a destruição de 2 alvos distintos e separados por quase 2.000 m de distância um do outro.
O Pantsir também tem limitação de angulo para guiar simultaneamente 2 ou 3 mísseis.
Não consegue disparar 4 mísseis simultaneamente, 1 para cada lado.
E para guiar o 4º míssil depende do sistema eletro-ótico.
Pelo radar consegue guiar apenas 3.
Até 2012, as primeiras versões do Pantsir conseguia guiar apenas 2 mísseis simultaneamente, exatamente como o BAMSE.
1 míssil guiado pelo radar e 1 pelo sistema eletro-ótico.
A partir de 2012, evoluíram o sistema para acompanhar 3 mísseis pelo radar e mais 1 pelo sistema eletro-ótico.
Por isso que eu digo que essa vantagem, pode ser igualada em uma nova versão do BAMSE.
Mas mesmo na versão atual, o BAMSE também possui suas vantagens.
Em um próximo post vou deixar mais claro essas vantagens...
7 Graus e sendo monocanal não é algo que se pra se gabar, se faz diferença de 2 km há 15 km não importa, o problema não é esse. Esse não é de fato o problema, o problema é o sistema guiar apenas 2 mísseis por vez (não foi claro quantos alvos são travados por vez, guiar 2 mísseis é diferente de engajar 2 alvos).
A limitação angular do Pantsir é muito maior, o que lhe garante ser uma arma anti-pgm ou anti-saturação muito superior ao Bamse. Ninguém está falando na capacidade de abater alvos a 360º simultaneamente, mas o Pantsir consegue ao menos proteger 270º com uma bateria tranquilamente. Enquanto o Bamse apenas 42º contando a bateria (estou falando na guiagem de mísseis). Se far uma diferença de 2 km há 15 km não vai importar muito, sem uma proteção de um sistema maior ele vai continuar na desvantagem contra qualquer outro ataque.
Guiando apenas 8-12 mísseis (4-6 MCC por bateria) é uma capacidade muito ruim no que se diz a respeito anti-pgm e\ou anti-saturação, fatores imprescindíveis para um sistema com alcance menor que as armas dos vetores (qualquer caça hoje pode ser equipado com mísseis ou bombas com alcance superior a 25 km).
Como eu disse, se o Bamse tivesse 35 km de alcance, podendo enfrentar algumas aeronaves, até que estava tudo bem, mas com 20 km de alcance ficará a mercê de qualquer coisa, pois ele não tem capacidade de se defender.
Luís Henrique escreveu:Ziba você está simplificando as coisas.
Quem te disse que os requisitos do Brasil são para um sistema exclusivo para abater pgms?
Qual sistema de médio ou longo alcance que o Brasil possui para as outras ameaças?
The BAMSE air defence missile
system is prepared for network integration.
BAMSE is designed to work in ECM and
NBC environments and has been optimised
against targets such as:
• Attack and fighter aircraft
• Bombers and transport aircraft
• Stand-off weapons including:
- Cruise missiles
- Anti-radiation missiles
- Laser-guided bombs
- Unmanned Aerial Vehicles (UAVs)
Como é que é?
Me explica como o Bamse vai enfrentar caças e bombardeiros com alcance de 20 km? Só um idiota retardado que entra na área de atuação do Bamse, que vai ser detectado de longe pois precisa do seu radar funcionando. O Pantsir poderia enfrenta-los em uma tática de emboscada, usando apenas o EO.
Sistemas com menos de 25 km de alcance são armas anti-pgm. Nenhum país no mundo vai fazer CAS sabendo da presença de sistemas como esse, Manpads dá pra fazer alguma coisa.
O Bamse é errado em tudo, se é pra adquirir algo barato que seja Tunguska, Pechora ou algo do tipo, nem que seja usado, são melhores que esse sistema. Aqui na AL mesmo há Maverick (Chile) e Kh-29 (Venezuela). Não sei se Peru também dispõe do Kh-29 ou outro armamento, já que são homologados no Su-25 e no MiG-29. Esses ai, num ataque com mais de 8 mísseis, já acaba com nossa bateria de Bamse.
O Bamse não tem nenhuma capacidade anti-saturação, nenhuma. Se vier um ataque SEAD, ele tem que desligar tudo e sair correndo, se for enfrentar a ameaça não terá capacidade. O Pantsir pode enfrentar as ameaças ou se desligar, relocar e ficar pronto para combate em segundos, coisa que o Bamse não pode.
Bamse não pode enfrentar aeronaves, não pode defender cidades e também não pode defender colunas de tropas mecanizadas ou blindadas. O máximo que pode fazer é defender pontos específicos e mesmo assim vai precisar de sistemas anti-pgm, VSHORAD, para se proteger de ataques de saturação e\ou de sistemas capazes de enfrentar aeronaves.
É incrível como ainda conseguem querer um sistema como o Bamse que nem exportado foi! Se o negócio é esperar ele evoluir, prefiro a evolução do Tor-M2 (pula de 8 para 16 mísseis com o novo 9M338 que tem alcance maior), CAMM (poderia ser nosso sistema de médio e longo alcance com booster) e o Pantsir SM (24 mísseis, provável capacidade de guiagem aumentada) que esperar alguma boa vontade da SAAB desenvolver uma versão melhor do Bamse que apenas terá a mesma capacidade ou um pouco superior que o Pantsir-S1.