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Enviado: Sex Jun 09, 2006 5:06 am
por Charlie Golf
nestor escreveu:La FAP no puede dedicarse a apagar incendios... bastante tiene ya con interceptar helicopteros españoles que van a Portugal, previa llamada de los bomberos portugueses, para apagar los incendios en ese pais
Y encima hay quien considera al piloto del helicoptero un irresponsable o cosas peores, como que estaba haciendo labores de espionaje para los perfidos castellanos.
Continua este assunto? E depois somos nós portugueses que temos manias...
Se é verdade que o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil se esqueceu de avisar que estaria prevista a vinda de um aparelho do lado espanhol, a verdade é que o principal erro partiu do piloto espanhol que não informou quer o controlo espanhol, quer o controlo português, do seu plano de voo. E quanto a isso não há nada a fazer por muito que os meus colegas castelhanos queiram fazer parecer o contrário.
Mas este tópico é dedicado à Marinha Portuguesa, não é? Ou seja, é para escrevermos sobre a Armada e não para ler disparates e parvoíces de pessoal do outro lado da fronteira.
Enviado: Sex Jun 09, 2006 5:45 am
por Rui Elias Maltez
Nestor:
Como o Charlie referiu, mais que por uma vez, o que se passou foi um incidente sem consequências.
Não faz parte da tradição da politica externa portuguesa causar incidentes diplomáticos e/ou militares com outros países, e ainda para mais aliadoos e amigos.
O incidente decorreu do facto de uma falta de comunicação entre os 2 comandos aéreos, e portanto, a FAP apenas reagiu à entrada no espaço aéreo português de uma aeronave não identificada.
Creio que o mesmo faria o Ejército del Aire, se um heli ou outro avião português entrasse no espaço aéreo espanhol sem pedidos de autorização para tal.
Julgo que poderiamos dar este assunto por encerrado, já que os governos dos respectivos países também já o deram por findo, e tudo se esclareceu.
Enviado: Sex Jun 09, 2006 5:52 am
por Rui Elias Maltez
Vi ontem na comunicaçãop social que os 2 submarinos U-209PN custarão mais de 1.000 milhões de euros.
Eu sempre li que o custo para os dois seria de 700 milhões.
Seria gralha, ou será verdade?
A ser assim, e espero que não, o custo parece-me muito alto.
Se assim form, e por mais uns milhões, Portugal poderia equipar a Marinha com duas fragatas tipo F-100 e mais um LPD.
Ou trata-se de gralha, ou a meu ver, se esse número se confirmar, representar um negócio caro demais.
E nós sabemos que dada a vocação expedicionária a que as nossas FA's e forças policiais estão a ser sujeitas, Portugal necessita mais de meios de projecção por ar e mar, e respectivas escoltas (veja-se agora o caso de Timor, em que mais de uma semana depois da GNR lá estar, ainda só agora é que segue um avião fretado para levar as viaturas e sem que um meio naval português esteja na zona para garantir back-up
a companhia da GNR no terreno).
Algum dos colegas poderia ter meios de saber se esse número é o correcto, ou continua tudo na base do 700 milhões aunciados para os 2 submarinos?
Enviado: Sex Jun 09, 2006 9:31 am
por P44
Será que esse aumento terá a ver com o "adiamento" da entrega dos Subs ???
É que não estou a ver um estaleiro a dizer "OK, sim sr, não há problema" quando lhes batem á porta e lhes dizem para "adiar" a entrega UM ano!
De qq modo, tb já não me fio nada na comunicação social...
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Esta foto da CORTE REAL é um espectáculo, foi tirada do site da NATO que postei na ´pagina anterior, são fotos ENORMES e muito boas, vale a pena...
Enviado: Sex Jun 09, 2006 11:21 am
por P44
UMA IDEIA "MALUCA"
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Já que a novela do LPD se parece arrastar eternamente, que acham da MP reconverter um navio mercante para operações de apoio logistico e transporte de forças, como o Rui Elias mencionou no tópico da armada Espanhola...
Deixo-vos o exemplo do RFA ARGUS (A-135), originalmente um Porta-contentores (!!!) adquirido pela Royal Navy...
Talvez se tivéssemos um navio assim já não fosse preciso andar a "alugar" Antonovs...
Aviation Training Ship
The Royal Fleet Auxilliary Ship Argus
RFA Argus
was built as the container ship Contender Bezant by Cantiere Navale in Breda, Italy.
She was acquired for the RAF during the Falklands conflict and converted by Harland and Wolff, of Belfast, before being accepted into service in 1988.Her primary role is to provide specialist
aviation training facilities – which is why more than two thirds of her length is given over to a flight deck to accommodate any of the Royal Navy’s helicopters.
RFA Argus’ flexible design means she is able to fulfil additional roles. As a
logistic ship she can be adapted to transport large amounts of equipment very quickly – which was exploited during the
deployment of Britain’s contribution to the UN Protection Force in the former Yugoslavia.
Argus is also equipped with a
hospital complex including two operating theatres and beds for 96 casualties. This was installed when the ship was deployed to the Gulf in 1990.
However, because she does not comply with the Geneva Convention and International Red Cross requirements – she may be fitted with self-defence guns or have operational units embarked – RFA Argus is not classified as a hospital ship but as a Primary Casualty Receiving Ship. In 2000 she stood in for the LPD HMS Fearless to
support Royal Marine operations in Sierra Leone.
APOIO LOGISTICO, TRANSPORTE DE TROPAS, NAVIO HOSPITAL... Argus aviation support ship
Displacement: 28,480 tons full load
Dimensions: 536.8 x 100.5 x 27 feet/163.6 x 30.6 x 8.2 meters
Extreme Dimensions: 567.6 x 100.5 x 27 feet/172.8 x 30.6 x 8.2 meters
Propulsion: Diesel-electric, 2 Lindholmen-Pielstick 18PC2.5 V400 diesels, 2 electric motors, 2 shafts, 23,400 hp, 19 knots
Crew: 79 civilian, 28 military, 137 training, 750 troops in emergency (994 total)
Armor: none
Armament: 2 single 30 mm AA, 2 single 20 mm AA
Aircraft: up to 18 VSTOL and helicopters
Concept/Program: A RO/RO & container ship converted to replace Engadine in the helicopter training support role. Also supports Harrier training, and the ship's large size allows her to act as a transport, emergency "spare deck" or auxiliary carrier, and general-purpose auxiliary. A second conversion was considered but cancelled in 1984. This ship had operated as an emergency aircraft transport during the Falklands crisis, prior to being taken over for this role.
Design/Conversion: Large superstructure forward with a long clear deck aft. Small superstructure on the starboard side, aft, simulates destroyer/frigate superstructure for training purposes. The ship has suffered hull cracking problems and is considered to be unsuccessful.
Operational: Operates primarily as a training ship, both for landing training and by carrying ASW helicopters out to deep-sea training areas. In wartime can act as an aircraft ferry and/or an auxiliary carrier and/or as an assualt ship; has also operated as a hospital ship. The ship's transport and "spare deck" roles are no longer significant due to the availability of purpose-built transports (RO/ROs) and Ocean as a "spare deck".
Departure from Service/Disposal: The project that became HMS Ocean was originally meant as a replacement for this ship. Immediate replacement now seems unlikely, since the new ship evolved into an amphibious assault ship. The future of Argus is uncertain, but a replacement will probably be sought in the near future, as this ship is excessively large and expensive to serve purely as a training ship.
o "CONTENDER BEZANT"
Vejam a transformação...
Enviado: Sex Jun 09, 2006 11:34 am
por JNSA
P44 escreveu:UMA IDEIA "MALUCA"
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Já que a novela do LPD se parece arrastar eternamente, que acham da MP reconverter um navio mercante para operações de apoio logistico e transporte de forças, como o Rui Elias mencionou no tópico da armada Espanhola...
Deixo-vos o exemplo do RFA ARGUS (A-135), originalmente um Porta-contentores (!!!) adquirido pela Royal Navy...
Talvez se tivéssemos um navio assim já não fosse preciso andar a "alugar" Antonovs...
Não me pronunciando longamente sobre o mérito da ideia (parece-me que seria um óptimo pretexto para o Governo cancelar o LPD, optando por um navio muito menos capaz, mas com um custo de conversão talvez não tão pequeno quanto isso...), é bom não esquecer que o transporte estratégico por mar e por ar cumpre uma função completamente diferente.
Um navio deste tipo não poderia substituir o transporte aéreo, por exemplo, numa missão com a de Timor, devido ao tempo que demora a chegar ao teatro de operações. Seria sim útil para ajudar a manter um grande contingente destacado, ou para transportar equipamento pesado, como blindados e peças de artilharia... No entanto, a verdade é que Portugal também só muito raramente irá utilizar este tipo de equipamento em missões internacionais...
Enviado: Sex Jun 09, 2006 11:38 am
por P44
JNSA,
boas!
Em relação a Timor claro que tens razão, um navio levaria uma eternidade a lá chegar...
Não me pronunciando longamente sobre o mérito da ideia (parece-me que seria um óptimo pretexto para o Governo cancelar o LPD, optando por um navio muito menos capaz, mas com um custo de conversão talvez não tão pequeno quanto isso...), é bom não esquecer que o transporte estratégico por mar e por ar cumpre uma função completamente diferente.
Chiça, pá!
Eu não trabalho para o Governo...
se calhar é melhor apagar o post...depois ainda dizem que a culpa é minha...
Enviado: Sex Jun 09, 2006 11:41 am
por Rui Elias Maltez
Julgo que se calhar era mais realista.
P44:
O que eu defendo é de que para além do previsto LPD, Portugal dotasse a sua Marinha de um navio de apoio logístico, na senda de doutrinas que determinaram no passado o uso do S. Gabriel e mais recentemente do S. Miguel.
Ou em alternativa de um moderno AOR que fosse mais que um simples "petroleiro".
Outra ideia, seria Portugal negociar com os EUA a eventual cedência de um LSD ou LPD para esse efeito.
Repara que até o Brasil com o seu velho Mattoso Maia (um Newport) e mais um dos Ceará consegue fazer rotação das muitas tropas que mantém no Haiti.
Continuo no entanto a achar que para além dessa capacidade naval necessária para projecção de forças, Portugal deveria dotar-se de meios de projecção estratégica aérea, e para isso, 2 C-17 seriam o ideal.
Julgo que manter 6 C-130 + 2 C-17 sairá mais barato, do que se no futuro comprarmos 5 ou 6 A-400M.
No entanto, e por serem caros, eu defendo que se aumente a nossa frota de 6 C-130 para 8 unidades.
Enviado: Sex Jun 09, 2006 11:46 am
por luis F. Silva
P 44
Juro que nem me vou manifestar!...
LOL
Enviado: Sex Jun 09, 2006 11:49 am
por P44
Enviado: Sex Jun 09, 2006 11:57 am
por Rui Elias Maltez
Luís e JNSA:
Mas parece-lhes que Portugal está bem como está?
A vocação futura das nossas FA's passam exactamente por enviar e manter destacamentos no exterior.
As nossas tropas não servem para defender a fronteira em Vilar Formoso para nos defendermos de Espanha, que pra já não oferece ameaça.
Ora para a doutrina de uso das nossas FA's é necessário haver meios próprios navais e áreos para que não seja Portugal um país de chapeu na mão e de cócoras, sujeito aos calendários das empresas que aluguem meios, sejam navais ou aéreos.
Veja-se o exemplo da GNR no Iraque, em que os equipamentos a bordo do Ant-124 chegou mais de uma semana depois dos 120 homens que para lá foram, num avião de segunda escolha.
Esse poderia muito bem seu um caminho para o futuro das nossas FA's para uso próprio e para uso da NATO.
Se a inglaterra, que é "só" a Inglaterra não tem escrúpulos em aproveitar plataformas usadas, porque Portugal terá que ser tão "fino" que só aceite LPD's que para já são realidade virtual?
Enviado: Sex Jun 09, 2006 12:10 pm
por luis F. Silva
citação:
na senda de doutrinas que determinaram no passado o uso do S. Gabriel
Ou em alternativa de um moderno AOR que fosse mais que um simples "petroleiro".
Oh amigo Rui. O S. Gabriel era um simples petroleiro reabastecedor
Enviado: Sex Jun 09, 2006 12:15 pm
por P44
O S. Gabriel era um simples petroleiro reabastecedor
humpfff
Para "simples" petroleiro reabastecedor foi tão bem concebido que lhe tiveram de "cortar" uns metros ou então nem descia a carreira de construção....e nem podia navegar com carga máxima, senão...gluglu glu...
Na altura ainda não existiam "limalhas"...
Enviado: Sex Jun 09, 2006 12:17 pm
por Rui Elias Maltez
Sim, Luís, mas dos anos 60.
Portugal até para enviar tropas recorria a paquetes.
Só mais tardiamente teve os Boeing-707 e até recorria aos B-747 que a TAP comprou.
Estamos agora no século XXI.
Acho que o Luís perceberá o que eu preconizo:
Um LPD, mais um navio de apoio e transporte logístico, ou um AOR que seja mais que um simples petroleiro.
Mas não me repugnaria que tivessemos navios usados.
Enviado: Sex Jun 09, 2006 12:58 pm
por luis F. Silva
Rui Elias escreveu:
Acho que o Luís perceberá o que eu preconizo:
Um LPD, mais um navio de apoio e transporte logístico, ou um AOR que seja mais que um simples petroleiro.
Mas não me repugnaria que tivessemos navios usados.
O Rui nem faz idéia do que eu preconizava para a nossa marinha!!!!!
Usados? Nem pensar nisso é bom. Upgrades de 10 em 10 anos, LPD sim, mas da classe San António. Todos construídos em Portugal, em Viana do Castelo, e Vila do Conde, e componentes pré-fabricados no Talaminho.
Pena é que o FD e o FDB sejam fóruns de discussão, enão fóruns de ilusão.