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Mensagem
por orestespf » Sáb Nov 01, 2008 9:58 pm
Não consigo compreender certas coisas... Mas tinha a sensação (ingenuidade minha?) que o representante maior de uma Nação deveria defender os interesses de seu povo e não de uma minoria que faz parte de algum órgão ou organização interna, e que por definição, sempre defende seus interesses particulares e nunca o do coletivo.
Assim sendo, a "comunalidade", sem falar do pluralismo, deveria vir de cima, dando exemplos inequívocos na forma de ações e declarações pragmáticas e nunca escondida ou maquiadas por palavras que, em geral, desmentem uma ordem dada!
Sim, a melhor expressão pra tudo isso é uma só: botaram nosso Presidente para arriar as calcinhas!!! E esta se revelou cor-de-rosa!!! Uma vergonha, uma lástima!!! Não pela calcinha, muito menos por sua cor, mas pelo papelão que foi feito ao negar algo que tenho por mim que não foi nada mais nada menos do que uma ordem vindo de cima!
Sim, os zé's ruelas que populam o itamaraty (plagiando o Marino, com "i" minúsculo mesmo) têm o hábito de pedir que os sacos de pancadas dêem suas caras à tapa através de declarações que não teriam coragem de dizer. Depois, como sempre, botam panos quentes. Não estou afirmando que foi o que aconteceu desta vez, mas se não fosse, o Presidente teria assumido outra postura, talvez a mesma que adotou com as falas do Gen. Heleno, mas não foi o caso.
Estou cansado desta hipocrisia, onde se manda terceiros para dar os seus próprios recados por falta de peito, não tem outro nome. Desculpem-me pelo desabafo, mas só vejo desta forma mesmo.
Não temos que fazer de países com economias inexpressivas, como o Paraguai e Bolívia, de nossas sacos de pancadas, mas não devemos aceitar que provocações espúrias, agressivas, oriundas de um jornaleco de fundo de quintal possa pautar a nossa Política Exterior. Se engrossa o nosso caldo, que tomem o mesmo caldo, grosso, quente e apimentado!
Já cansei de dizer aqui no DB, sou nacionalista, sou brasileiro que transborda de orgulho, mas não sou Policarpo Quaresma. Por outro lado, não aceito em hipótese alguma que se distorçam os fatos e criem crises por falta (medo mesmo!) de recados claros e que seriam mais do que suficientes para aplacar a ira dos oportunistas de plantão.
A merda neste País (desculpem-me mais uma vez, agora pelo termo chulo) é que só tivemos Mobilização em 1932 (e não em 1945, como muitos pensam até hoje) e que foi única. Precisamos mobilizar este País, não para fazer revoluções, algo arcaico, mas para conscientizar a população acostumada à retóricas populistas e demagógicas que, de tanto de praticar, se transformou na linha mestra.
Não me envergonho de ser brasileiro, me orgulho muito, não me envergonho por gritar, pena que minha garganta às vezes falha, não me envergonho de insistir, mas as pernas cansam, o certo é que não darei margens para distorções oriundas do absurdo e que promovam a degradação das Instituições brasileiras e que refletem no País como um todo. O que me envergonha mais é que algumas instituições (com "i" minúsculo mesmo) denigrem o País, pois são formadas por pessoas que olham apenas para o dedão do pé, como se o povo estivesse abaixo do mesmo.
Saudações "inconformadas",
Orestes