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Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 7:08 pm
por Túlio
Tá, mas e sobre este post aqui, Guerra?
Túlio escreveu:Não, um FUZIL-METRALHADOR dedicado (ou seja, não uma cópia reforçada do IA-2 mas uma arma desenhada para a função, com cano removível, toda a estrutura e peças mais robustas e carregador de uns 100 cartuchos - aproveitando o baixo peso da munição) em 5,56 por GC. Atualmente o FAP dispara pouco, então os Sds usam seus potentes FAL para fogo de cobertura. Com 5,56 não vai funcionar. Ademais, lança-granadas seriam interessantes no GC, tanto os que vão sob o Fz quanto o GL-6. O Guerra poderia ir mais longe...
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 7:11 pm
por Guerra
Aqui a conclusão do primeiro estudo sobre o 5,56 na bda pqdt.
CONCLUSÃO
Esta seção primária tem como finalidade sintetizar os resultados obtidos ao longo da
pesquisa, que, inicialmente, apresentou como objetivo geral a possibilidade de se verificar a
otimização do desempenho operacional das tropas pára-quedistas por meio da utilização do
calibre 5,56 mm.
Acredita-se que o objetivo, por meio dos resultados obtidos, foi plenamente atingido,
principalmente por meio da análise à bibliografia apresentada, da entrevista realizada a um
oficial médico legista da Polícia Militar, conforme Apêndice B, da apreciação das respostas
colhidas em um questionário enviado aos oficiais dos Batalhões de Infantaria Pára-quedista,
conforme Apêndice A, e de um teste de tiro realizado para se comparar a eficácia dos calibres
5,56 e 7,62.
Acerca das operações aeroterrestres, pode-se concluir que a força pára-quedista tem o
apoio logístico como uma de suas maiores deficiências, refletindo diretamente na quantidade
de munição conduzida pelos combatentes. Dois fatores contribuem para esta limitação: a
primeira é a possibilidade que a força pára-quedista possui de atuar isolada distante do fluxo
de suprimento, o que dificulta sobremaneira o ressuprimento. O segundo fator é a grande
dependência da tropa pára-quedista às aeronaves, pois elas estão intimamente ligadas às
condições meteorológicas e à superioridade aérea, fatores estes, muitos incertos durante o
decorrer da operação aeroterrestre. Por isso, a força pára-quedista deve estar apta a suportar
setenta e duas horas sem ressuprimento. No entanto, a Brigada Pára-quedista é empregada
para conquistar pontos importantes onde o inimigo pode atuar a qualquer momento e em
qualquer direção. Sendo assim, para que não se perca a operacionalidade e se possa conquistar
e manter uma cabeça-de-ponte aérea de forma rápida, é necessário que o soldado conduza
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uma quantidade maior de munição, quando comparada a uma tropa convencional, porém o
grande peso a ser transportado, por ocasião deste acréscimo, dificulta a mobilidade, sendo
necessário a utilização de um calibre mais leve e que proporcione a mesma eficácia que do
7,62.
No tocante a munição, foram analisados, entre os calibres 5,56 mm e 7,62 mm, três
fatores importantes para a tropa pára-quedista, sendo eles o peso, os efeitos e o poder de
parada. No que se refere ao peso, concluiu-se que o cartucho 5,56 possui metade da massa do
7,62, sendo assim um combatente poderia conduzir o dobro de munição, fator extremamente
relevante para a Brigada Pára-quedista, que atua isolada na maioria das missões e que possui
inúmeras restrições quanto seu apoio logístico, como visto anteriormente. No segundo
critério, balística de efeito, foi observado que os calibres apresentam características diferentes,
o 7,62 mm apesar de possuir energia cinética maior e cavitação temporária também maior, sua
trajetória uniforme, no interior do corpo humano, faz com que possua uma cavitação
permanente menor e com isso uma letalidade menor, já o 5,56 mm, devido sua instabilidade
no interior do corpo e sua rotação longitudinal, tende a produzir ferimentos com grau de
letalidade maior. No último critério, poder de parada, concluiu-se que tanto o 7,62 mm quanto
o 5,56 mm apresentam uma eficiência muito boa, com resultados, nas situações em que foram
observados, próximos dos 100%, podendo afirmar que, proporcionalmente, são equivalentes
neste critério.
Com relação ao desempenho operacional da tropa pára-quedista, percebeu-se que
diante dos resultados obtidos por meio das pesquisas de opinião, enviadas aos oficiais dos
Batalhões de Infantaria Pára-quedista, o calibre 5,56 mm tende a aumentar a autoconfiança da
tropa e no que tange a eficácia, os calibres apresentam resultados proporcionalmente iguais,
não vindo a influenciar a variável. Sendo assim, concluiu-se que a utilização do calibre 5,56
mm aumenta a operacionalidade da tropa pára-quedista.
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Portanto, ao final da pesquisa, percebe-se que todos os objetivos propostos foram
alcançados e conclui-se que o calibre 5,56 mm otimiza o desempenho da tropa pára-quedista,
sendo uma solução moderna e acertada para o Exército Brasileiro.
O presente estudo servirá de pressuposto teórico para o melhoramento da eficiência
das tropas pára-quedistas, no sentido da utilização de uma munição tão eficaz quanto o 7,62 e
mais leve, possibilitando o transporte de uma quantidade maior, amenizando, assim, o
problema referente à necessidade de um possível ressuprimento, caso a tropa oponente atue
sobre a cabeça-de-ponte aérea.
Espera-se que esta pesquisa sirva para suscitar novos e produtivos debates em relação
ao tema estudo, contribuindo para o crescimento e modernização do Exército.
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 7:15 pm
por Guerra
Túlio escreveu:Tá, mas e sobre este post aqui, Guerra?
Túlio escreveu:Não, um FUZIL-METRALHADOR dedicado (ou seja, não uma cópia reforçada do IA-2 mas uma arma desenhada para a função, com cano removível, toda a estrutura e peças mais robustas e carregador de uns 100 cartuchos - aproveitando o baixo peso da munição) em 5,56 por GC. Atualmente o FAP dispara pouco, então os Sds usam seus potentes FAL para fogo de cobertura. Com 5,56 não vai funcionar. Ademais, lança-granadas seriam interessantes no GC, tanto os que vão sob o Fz quanto o GL-6. O Guerra poderia ir mais longe...
Sobre FM esta perfeito. Não tem mais o que dizer.
O carregador de 100 seria a solução. A média de disparo do FM é uns 50 tiros. 100 tiros daria uma margem e tanto.
Eu só complementaria dizendo que no caso do lança granada eu daria prioridade para o GL6
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 7:17 pm
por Túlio
Mas isso não implicaria em mais um Sd por GC? Ou ele faria parte de uma das ETs?
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 7:26 pm
por Guerra
Túlio escreveu:Mas isso não implicaria em mais um Sd por GC? Ou ele faria parte de uma das ETs?
Não. O granadeiro continua sendo o 5º esclarecedor. Ele levaria o fuzil e o lança granada.
Parece desgastante levar duas armas, mas todo mundo leva peso extra. O atirador vai levar peso do FM mais munição. Lá se vão três homens (granadeiro + 2 AT). Ainda temos uns 5 ALAC, as granadas do GL6, e mais munição da MAG.
Mas tb tem a facilidade de se fazer rodizio de função e material.
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 7:32 pm
por Túlio
Como rodízio de FUNÇÃO? Um Atirador de GL-6 ou Mtr não é especializado?
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 7:40 pm
por Guerra
Túlio escreveu:Como rodízio de FUNÇÃO? Um Atirador de GL-6 ou Mtr não é especializado?
Sim. Esse pessoal tem prioridade no uso dessas armas, mas todos tem que passar por todas as funções do GC. Isso é para evitar a fadiga.
Vou dar como exemplo o 1º esclarecedor. O 1º esclarecedor em todas as formações do GC (menos em linha claro) ele é sempre o homem que esta na frente. Imagina deixar só um homem sempre como homem que vai na frente. O cara não aguenta.
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 8:20 pm
por Guerra
marcelo bahia escreveu: A experiência do EB no Haiti deve estar sendo um laboratório para a adoção, ou não, do 5,56 como calibre padrão. O DOPAZ, por exemplo, sempre luta a curtas ou médias distâncias e se vale de caçadores para disparos a distâncias superiores. O inimigo idem."
Eu acho que não. O Haiti é uma boa experiência para o EB, mas para adoção de calibre eu acho dificil.
Ali é uma situação muito limitada. No final o que pesa é tática na sua forma mais simples. São as situações ofensivas ou defensivas num contexto de emprego geral do EB com todas as 5 armas (inf, cav, art, eng e com).
Não falta potência ao 5,56 para combater na distância para a qual ele foi pensado.
O problema esta em se aproximar para usar o 5,56. Na guerra moderna as distancias sao quilometricas. 40 quilometros e atropa já sofre interferência do inimigo. Até chegar na distancia de utilização do 5,56 para dispara um tiro de precisão no inimigo muita coisa rola debaixo dessa ponte.
Ademais, lembre-se que não ferir mortalmente um combatente opositor pode ser vantagem numa guerra. Para cada ferido se necessita de pelo menos outros dois para levá-lo. No Vietnã as armadilhas preparadas pelos Vietcongues quase nunca eram feitas para matar, eram feitas para ferir e infeccionar e assim retirar a moral dos americanos.
O que vc disse é verdade, mas ai entra de novo um caso especifico. O Vietna foi um combate a resitência. Num contexto de guerra convencional o que vale para infantaria é tão antigo como a guerra. É cerrar sobre o inimigo utilizando fogo e movimento e destruir ou capturar. Se o cara vai estar morto ou ferido isso pouco importa, porque uma vez que o pelotão alcançou um objetivo, geralmente ele já que esta partindo para outra. O inimigo que morreu vira relatório, o inimigo ferido ou capturado é enviado para retaguarda. E assim o pau vai comendo.
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 8:22 pm
por dalton romao
mas afinal, guerra, você acha que o exército vai de 5.56 ou de 7.62?
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 8:44 pm
por Guerra
dalton romao escreveu:mas afinal, guerra, você acha que o exército vai de 5.56 ou de 7.62?
Certeza sobre o que o EB vai fazer eu não sei. O fato é que se fosse ficar no 7,62 não estaria desenvolvendo o 5,56, mas o mesmo se aplica ao 7,62. Acho que vamos acabar ficando com os dois por um bom tempo.
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 9:05 pm
por gil eanes
É muito tempo para decidir este ou aquele. O EB é muito moroso. Batam logo o martelo e o resto se acerte depois. É muito estudo, muito relatório, comissões e reuniões, que tomam vida própria e no fim o foco vai se perdendo. Mas pra decidir 7,62 ou 5,56??? Isto não é novidade nem no EB, nem nas FFAA, nem no Brasil nem no mundo. E não vão chegar a conclusão do que é melhor. É uma discussão de quem nasceu primeiro..... Só falta alguém dizer vai ser este ou vai ser aquele e pronto! Porque? Por que eu quis. Tive que decidir e decidi.
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 9:27 pm
por Lywis
Guerra, aquela citação do relatório da Brigada Paraquedista sobre o calibre 5,56, onde tu conseguistes?
Abraços!
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 9:50 pm
por Guerra
gil eanes escreveu:É muito tempo para decidir este ou aquele. O EB é muito moroso. Batam logo o martelo e o resto se acerte depois. É muito estudo, muito relatório, comissões e reuniões, que tomam vida própria e no fim o foco vai se perdendo. Mas pra decidir 7,62 ou 5,56??? Isto não é novidade nem no EB, nem nas FFAA, nem no Brasil nem no mundo. E não vão chegar a conclusão do que é melhor. É uma discussão de quem nasceu primeiro..... Só falta alguém dizer vai ser este ou vai ser aquele e pronto! Porque? Por que eu quis. Tive que decidir e decidi.
Não é tão simples assim, gil. Não é só uma decisão de qual calibre vamos usar. Tem muita coisa que envolve essa decisão.
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 9:57 pm
por Túlio
É disso que falo: como fica o GC?
Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qui Dez 01, 2011 10:39 pm
por gil eanes
Guerra escreveu:gil eanes escreveu:É muito tempo para decidir este ou aquele. O EB é muito moroso. Batam logo o martelo e o resto se acerte depois. É muito estudo, muito relatório, comissões e reuniões, que tomam vida própria e no fim o foco vai se perdendo. Mas pra decidir 7,62 ou 5,56??? Isto não é novidade nem no EB, nem nas FFAA, nem no Brasil nem no mundo. E não vão chegar a conclusão do que é melhor. É uma discussão de quem nasceu primeiro..... Só falta alguém dizer vai ser este ou vai ser aquele e pronto! Porque? Por que eu quis. Tive que decidir e decidi.
Não é tão simples assim, gil. Não é só uma decisão de qual calibre vamos usar. Tem muita coisa que envolve essa decisão.
Sim Guerra. Tens razão. Mas o que eu digo é que já se foi tempo suficiente para o EB ter todos os subsídios para a decisão. E já os tem há muito tempo. Eu já ouvia falar disso desde antes da época da FT-90 (Jurassic Park)!!!O que parece é que não há um prazo definido para que se apresente a solução. E aí a coisa nunca tem fim e os documentos vão criando vida própria. Mesmo que não se implementem o que for decidido por falta de recursos e ou por uma outra série de fatores a grande questão a ser respondida é: "O EB vai do que? 7,62mm ou 5,56mm?
Obs: Digo que o restante se ajeita pois ninguém tá pensando no "soldadinho"! Isto é balela. O que for decidido a tropa vai usar.