Fórum Defesa Brasil

Resolvido o Mistério.


Uma curiosida, existem numeros que indiquem a quantidade (se essa existiu) de FALs que o EB comprava por ano desde a entrega da encomenda inicial, lago como uma complementação?



Um abraço e t+

É 5,56 pra todo mundo (do EB) é o que parece ser a nova filosofia. Depois que o General Heleno assumiu o Departamento de Ciência e Tecnologia, ele conduziu o projeto IA2 (principalmente no que diz respeito ao 5,56) para o que ele é hoje, um projeto enxuto e consistente. Em diversas entrevistas o General cita a necessidade de que o combatente de guerra na selva brasileiro (assunto do qual o cara entende mas que qualquer um aqui do fórum - com todo o respeito a todos) tivesse um fuzil mais moderno. Um conhecido da "Bda Op Esp" numa conversa rápida que tive com ele rasgou elogios à nova arma (e críticas aos MD97L que ele já testou bastante desde 2008 quando chegou lá), estou tentando forçar uma amizade com o cara pra conseguir uma informaçõezinhas mas o cara é muito chato

vamos torcer pra que seja mesmo isso, 5.56 pra todo mundo. aí é mesmo um fuzil totalmente desenvolvido aqui.
o 7.62 é uma modernização de um projeto belga. mas com ele vai ter que vir uma metralhadora leve ou um FAP em 5.56 também pros GCs. mas se for o 7.62 não fará feio não. a vantagem do 5.56 é menor recuo e mais munição pra ser levada em relação ao mesmo de 7.62. o 7.62 nessas versões mais curtas e mais leves acho que deve ter ficado com um recuo mais acentuado em relação ao velho FAL e aí precisa de soldado mais adestrado e aqui como atiramos tão pouco, fica difícil.

Sinceramente, em tempos de Liquid Armor e Dragon Skin a efetividade da munição 5,56 é muito questionável.

Deves rever essa tua teoria, já que em muitas regiões do Brasil usar coletes táticos é de loucos, o Dragon Skin não é tão efectivo como dizem (dai não ter sido adoptado pelas Forças Armadas Norte-Americanas).

Quantos países conseguem ter coletes balisticos avançados? Não muitos, para o Afeganistão o Exército Português comprou uns coletes novos em que as placas são feitas de um material compósito...e também carissimo!

Renato Maurer escreveu:Sinceramente, em tempos de Liquid Armor e Dragon Skin a efetividade da munição 5,56 é muito questionável.

A homologação do Dragon Skin foi cassada pelo National Institute of Justice pois a Pinnacle Armor falsificou vários dados acerca da durabilidade do material, e resistência ao calor, que serve como invólucro pras "escamas" de cerâmica.

Bravo escreveu:

1º Esquadrão de Cavalaria Pára-quedista – Avaliação de Armamento
Rio de Janeiro (RJ)

No mês de outubro, o 1º Esquadrão de Cavalaria Pára-quedista foi designado pelo Centro de Avaliação do Exército (C A Ex) para realizar avaliação técnica do protótipo do Fuzil de Assalto 5,56 IMBEL A2, nas diversas situações de emprego operacional. O Fz Ass 5,56 IA2 foi projetado pela IMBEL destinando-se às Forças Armadas, Forças Auxiliares e à exportação.

Fonte:

http://www.exercito.gov.br/web/resiscom ... .mode=view

E o prêmio de URL mais extensa da história da humanidade vai pro Exército Brasileiro.

rodrigo escreveu:Os PQDs também avaliaram o MD2 e o MD97, ambos em 5,56.

sacanagi estraga prazer.

Slide sobre o planjamento de mkt do IA-2.

binfa escreveu:Slide sobre o planjamento de mkt do IA-2.

Isso não é oficial. É um tabalho de faculdade.

Cross escreveu:

Renato Maurer escreveu:Sinceramente, em tempos de Liquid Armor e Dragon Skin a efetividade da munição 5,56 é muito questionável.

A homologação do Dragon Skin foi cassada pelo National Institute of Justice pois a Pinnacle Armor falsificou vários dados acerca da durabilidade do material, e resistência ao calor, que serve como invólucro pras "escamas" de cerâmica.

Nâo sabia disso

Mesmo assim, não existia uma reclamação do US Army quanto a potência do 5,56 no Afeganistão? Eles não reclamaram que mesmo alvejado, o sujeito ainda continuava em movimento? Tanto foi assim que existem uma série de novos projéteis do calibre 5,56 que foram desenvolvidos para corrigir esse erro? Posso estar falando besteira, sinceramente.

Assim, fico pensando, o Brasil, que mal tem dinheiro para o rancho das tropas, com certeza, irá adotar a munição mais barata para esses brinquedos, podendo cair no problema relatado pelo US Army.

Tenho esse medo!

Renato,

Como eu disse há algumas páginas atrás: "o teatro do Afeganistão é outro. O problema dos americanos contra os talibãs é a distância dos combates. Um lugar desértico, com vales secos que permitem o engajamento a longas distâncias, o que não ocorre nas selvas e dificilmente nas cidades. A experiência do EB no Haiti deve estar sendo um laboratório para a adoção, ou não, do 5,56 como calibre padrão. O DOPAZ, por exemplo, sempre luta a curtas ou médias distâncias e se vale de caçadores para disparos a distâncias superiores. O inimigo idem."

Não falta potência ao 5,56 para combater na distância para a qual ele foi pensado. Ademais, lembre-se que não ferir mortalmente um combatente opositor pode ser vantagem numa guerra. Para cada ferido se necessita de pelo menos outros dois para levá-lo. No Vietnã as armadilhas preparadas pelos Vietcongues quase nunca eram feitas para matar, eram feitas para ferir e infeccionar e assim retirar a moral dos americanos.

Sds.

Não temos só selva e cidades. Aqui onde moro e em várias partes do Brasil há horizontes de tiro - terra plana - muito superiores a 300m. E torno a repetir, se não mexer na estrutura do GC de pouco valerá reduzir a potência do calibre do fuzil.

Vantagem é que há kits baratos no mercado que permitem o uso de .22LR com pouquíssimas modificações na arma e carregador, permitindo mais disparos por soldado no treinamento a até 100m e isso não é pouco...

o que você propõe túlio? colocar um homem com uma arma 7,62 e luneta por GC e uma metralhadora leve mas em calibre 7,62 por GC também?

Não, um FUZIL-METRALHADOR dedicado (ou seja, não uma cópia reforçada do IA-2 mas uma arma desenhada para a função, com cano removível, toda a estrutura e peças mais robustas e carregador de uns 100 cartuchos - aproveitando o baixo peso da munição) em 5,56 por GC. Atualmente o FAP dispara pouco, então os Sds usam seus potentes FAL para fogo de cobertura. Com 5,56 não vai funcionar. Ademais, lança-granadas seriam interessantes no GC, tanto os que vão sob o Fz quanto o GL-6. O Guerra poderia ir mais longe...