Fórum Defesa Brasil

Túlio escreveu:Tirei isso de um post de um colega do EB, onde dizia que 'repartia' seu FAL com outro militar por falta de armamento.

EDIT - Deve estar neste tópico mesmo.

É bom lembrar que existe uma diferença entre não ter e ter sem funcionar. Como o Cel disse é conjuntural. Já vi disponibilidade grande, como tb já vi situações de não ter armamento nem para equipar a guarnição de serviço. E é justamente esse o problema. O ponto que chegamos é critico devido a idade do armamento. Com a idade do armamento ninguém mais pode dizer com certeza quantas armas um pelotão (eu disse pelotão) vai ter para cumprir uma missão amanha.

Era mais ou menos por aí que li, devo ter entendido meio que mal, como disse. E pior, não consigo lembrar qual foi o colega - temos EBs 'assumidos' aqui e outros não, fica difícil...

Mas não era o Guerra que tinha dito que "dividia" a sua FAL com um outro militar? Provavelmente estaria a referir-se à situação acima referida.

Não achei o post, não tenho como afirmar QUEM. De qualquer modo, o Guerra acaba de dar sua versão, para mim isso encerra a questão, Hammerhead (o que não significa que outros não possam discuti-la, claro). Para mim apenas a realidade não parece nada rósea...

Nos anos 80 já tinha vários fuzis desgastados e com muita "folga" entre as partes. Nos quartéis que passei nunca vi número reduzido. Apenas desgastados.
Talvez por isso a reforma que se faz no momento.
Mas mesmo assim acho jogar dinheiro fora. Troca-se logo pelo novo (seja 7,62 ou 5,56).
A IMBEL produz apenas 20.000 ano? Faz-se contrato com a TAURUS e paga-se pela produção em duas linhas.
Mais segurança em caso de uma delas ser atacada. Teríamos duas linhas ao mesmo tempo.
Garanto que a TAURUS, tendo interesse, teria muito a acrescentar politicamente fortalecendo a defesa da adoção do novo fuzil junto ao GF.

Guerra escreveu:

Túlio escreveu:Tirei isso de um post de um colega do EB, onde dizia que 'repartia' seu FAL com outro militar por falta de armamento.

EDIT - Deve estar neste tópico mesmo.

É bom lembrar que existe uma diferença entre não ter e ter sem funcionar. Como o Cel disse é conjuntural. Já vi disponibilidade grande, como tb já vi situações de não ter armamento nem para equipar a guarnição de serviço. E é justamente esse o problema. O ponto que chegamos é critico devido a idade do armamento. Com a idade do armamento ninguém mais pode dizer com certeza quantas armas um pelotão (eu disse pelotão) vai ter para cumprir uma missão amanha.

Não vamos confundir as cositas. Não tem Fal pra todo mundo num quartel, pelo simples fato de que, vários militares, não são dotados de fuzil e sim de pistola.. Vamos ver se me lembro: atirador de Mag, atirador de canhão 57mm, rádio operador...atirador de lança rojão...etc.. Por isto algums soldados, quando tiram guarda (serviço), utilizam fuzis de terceiros.

Gostei muito deste "GIF".

Mas como o tópico das Fotos está bloqueado (acho que esqueceram de desbloquear), estou postando aqui.

Atirando com FAL no automático. Precisão absoluta.

Atirar é tão bom que precisou aparecer uma outra 'mão' para convencê-lo a parar.
"Só temos mais essas munições, hey, pare por favor!"

Se você não gostou, azar o seu!



abraços]

Prezado Jauro

Se esta ida dos FAL para os TG's se confirmar será uma temeridade.

A gente já fazia caca com o mosquefal, imagine apos esta mudança...


Quando servi na 12ªBdaInfMtz (1º Ten do 39ºBIMtz), certa vez me designaram para inspecionar 07 TG de SP (Pederneiras, Jaú, São Manoel, Lençóis, Botucatu, Dois Córregos e Barra Bonita). Fiquei surpreso com o rendimento e a desenvoltura dos Atiradores. Evidentemente que eles não sabiam tudo o que um soldado de OM de Tropa sabe, mas em Ordem Unida, Educação Física, Tiro, Orientação e Manejo do Armamento os cara eram craques e sabiam aquilo de cor e salteado. Quando algum impasse se verificava! A resposta estava com o Instrutor, normalmente a falha era dele.
Alto o nível intelectual dos atiradores em sua grande maioria. Muitos universitários e muitos com 2º Grau completo.
Posteriormente tive a oportunidade de comprovar tudo isso em outros estados: MG, PR, MA e no PA.
Com certeza com FAL não será diferente.

Brasileiro escreveu:

Atirando com FAL no automático. Precisão absoluta.

Atirar é tão bom que precisou aparecer uma outra 'mão' para convencê-lo a parar.
"Só temos mais essas munições, hey, pare por favor!"

Se você não gostou, azar o seu!



abraços]

O cara apoiou a coronha no bícipes??? se for, deve ter ficado dolorido um mês!

Olá jauro.

Servi em TG do interior de SP. Realmente a qualidade dos atiradores e também dos Sgt Instrutores era excelente.
O manual de Instrução era também muito bom. Levando-se em conta o pequeno período de instrução
(duas horas diárias) o rendimento em ordem unida e tiro era excelente.
Tudo que aprendi sobre armamento e tiro aprendi no TG. As noções de funcionamento (municiamento, carregamento,
extração, todo o funcionamento do sistema) aprendi com o mosquefal. Na Escola de Sgt tive apenas que me familiarizar
com o FAL pois a base já estava bem montada.
Não vejo problema algum com possibilidades de utilizar-se FAL na instrução de TGs.
Mas não podemos nos esquecer que os TGs não oferecem segurança adequada.
Na época em que servi e que você deve ter andado aqui pelo interior de SP ainda não tinha
crime organizado em nosso Estado. Hoje o PCC está em todas as cidades de porte médio do estado de SP.
A criminalidade aumentou muito.
Seria temeroso ter uma reserva de armamento com 100 ou mais FALs guardados em cada cidade
com TG, tendo que se repensar o formato dos prédios, seu funcionamento e sua segurança.

Um abraço
Franz

Fuzil IA2 a partir dos 4 min.:

Franz Luiz escreveu:Olá jauro.

Servi em TG do interior de SP. Realmente a qualidade dos atiradores e também dos Sgt Instrutores era excelente.
O manual de Instrução era também muito bom. Levando-se em conta o pequeno período de instrução
(duas horas diárias) o rendimento em ordem unida e tiro era excelente.
Tudo que aprendi sobre armamento e tiro aprendi no TG. As noções de funcionamento (municiamento, carregamento,
extração, todo o funcionamento do sistema) aprendi com o mosquefal. Na Escola de Sgt tive apenas que me familiarizar
com o FAL pois a base já estava bem montada.
Não vejo problema algum com possibilidades de utilizar-se FAL na instrução de TGs.
Mas não podemos nos esquecer que os TGs não oferecem segurança adequada.
Na época em que servi e que você deve ter andado aqui pelo interior de SP ainda não tinha
crime organizado em nosso Estado. Hoje o PCC está em todas as cidades de porte médio do estado de SP.
A criminalidade aumentou muito.
Seria temeroso ter uma reserva de armamento com 100 ou mais FALs guardados em cada cidade
com TG, tendo que se repensar o formato dos prédios, seu funcionamento e sua segurança.

Um abraço
Franz

Correto amigo, nesse enfoque, tem-se que pensar muito. Os tempos são outros.

Legal esse video bravo.

Também servi em TG e por incrível que pareça, dei mais tiros no TG do que no curso de formação da PCERJ, ou seja, nada de dizer que os atiradores são tão mal formados assim para a função a que se destinam. O curso de CDC na época também foi muito bom, apesar da falta de equipamento especializado.