UCRÂNIA
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- Marcelo Ponciano
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Re: UCRÂNIA
Relatos interessantes de civis e o gigantesco comboio russo que se formou nos primeiros dias de guerra:
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cyj0x8dy9pwo
Se metade disso for real (nunca podemos subestimar a propaganda em tempos de guerra), a imagem da Rússia como potência militar estará para sempre manchada.
Mapas desatualizados da década de 60? Em um ex-território da Uniao Soviética? Não é possível que cometeram esse tipo de erro primário...
Se tudo que é relatado nessa notícia for verdade, o resto da Europa pode dormir em paz que a Rússia não é ameaça para ninguém.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cyj0x8dy9pwo
Se metade disso for real (nunca podemos subestimar a propaganda em tempos de guerra), a imagem da Rússia como potência militar estará para sempre manchada.
Mapas desatualizados da década de 60? Em um ex-território da Uniao Soviética? Não é possível que cometeram esse tipo de erro primário...
Se tudo que é relatado nessa notícia for verdade, o resto da Europa pode dormir em paz que a Rússia não é ameaça para ninguém.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
- gabriel219
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Re: UCRÂNIA
@Suetham não há necessidade imediata dos Russos terem APS contra APFSDS - o AMAP e o Iron Fist também são capazes de "deter" APFSDS - devido a Relitik e a Malatich. Essas ERAs são extremamente capazes contra APFSDS, podendo reduzir a capacidade de penetração dos projéteis em mais de 50%. Os T-72 e os T-80 quando transformados em B3M e BVM recebem tudo novo, até um novo recheio de NERA, então possuem capacidade boa de sobrevivência contra os demais disponíveis por ai.
Claro que em um confronto de primeira classe, os T-90M e os T-14 que fariam a frente. Inclusive há um estudo alemão que diz que as atuais 120 mm seriam insuficientes contra o T-90M devido a Relitk na sua parte frontal, mesmo as DM63. Não que irá salvar em 100%, mas creio que a maior preocupação seja mesmo as munições de Infantaría, mísseis e rojões, então APS já elevaria e muito o patamar desses carros de combate.
Quanto a poder de fogo, não se discute, os canhões e projéteis são excelentes, assim como o sistema de controle de fogo.
Mas voltando a Guerra: essa ofensiva no Norte me parece ser uma exploração de um informe que eu havia ouvido esses dias, em que os Ucranianos erraram em ter iniciado uma Ofensiva, perderam e não tiveram a chance de se recuperar e receberam poucos reforços na região.
Os Russos podem estar aproveitando isso para avançar com mais tropas contra Lyman e Kupyanski para recuperar Izyum, que é de vital importância para uma frente futura contra Slavyansk e Kramatorsk.
Agora parece que os Ucranianos estão transferindo tropas pra Kupyansk e mobilizando civis na área.
Enquanto isso, essas seriam as tropas Ucranianas em Bakhmut:
Isso aqui não parece Popasna, mas parece mais a Operação Urano. A AFU está se garantindo demais nas defesas dos flancos com as trincheiras, mas se caírem, não haverá tempo de recuar e uma grande quantidade de tropas ficarão presas dentro de Bakhmut. Atualmente a Wagner vem se esforçado em flanquear a cidade, assaltando as trincheiras pelo Sul e pelo Norte.
Os Russos já cortaram fisicamente as principais vias de suprimentos e a última rodovia está sob controle de fogo. Agora parece-me que o objetivo é não cometer o mesmo erro em Lysychansk, quando perderam a chance de trancar várias Brigadas na cidade por não conseguirem cruzar o Siversk Donets e os Ucranianos recuaram da cidade em ordem através de estradas rurais.
Ainda há mais três estradas rurais, recentemente a Wagner cortou uma delas, que é em Yahidne. Agora avançam por trás das trincheiras em Berkhivka para controlar uma segunda estrada. Se conseguirem chegar até Bohdanivka, terão acesso a última estrada rural que passa pelo vilarejo em Khromove e ai é o fim da linha para as tropas da AFU, seria uma nova Mariupol, teriam que tentar forçar uma saída já que a AFU já está usando todas as reservas disponíveis dentro da cidade, não terá para uma operação de alívio.
Se eu fosse os Russos, transferia as tropas da reserva para forçar ainda mais a pinça em Bakhmut, prender milhares de tropas e equioamentos valiosos dentro de Bakhmut e pegar momento pra já conquistar Konstantinivka.
Se eu fosse a AFU, ordenava a retirada imediatamente, só possuem duas pistas Rurais para recuar. Vão ter que sacrificar duas Brigadas nessa, mas ao menos salvam o restante. Em Lysychansk tiveram a competência de conter os Russos na tentativa de cruzar o rio, dessa vez vai ser difícil fechar o cerco.
Claro que em um confronto de primeira classe, os T-90M e os T-14 que fariam a frente. Inclusive há um estudo alemão que diz que as atuais 120 mm seriam insuficientes contra o T-90M devido a Relitk na sua parte frontal, mesmo as DM63. Não que irá salvar em 100%, mas creio que a maior preocupação seja mesmo as munições de Infantaría, mísseis e rojões, então APS já elevaria e muito o patamar desses carros de combate.
Quanto a poder de fogo, não se discute, os canhões e projéteis são excelentes, assim como o sistema de controle de fogo.
Mas voltando a Guerra: essa ofensiva no Norte me parece ser uma exploração de um informe que eu havia ouvido esses dias, em que os Ucranianos erraram em ter iniciado uma Ofensiva, perderam e não tiveram a chance de se recuperar e receberam poucos reforços na região.
Os Russos podem estar aproveitando isso para avançar com mais tropas contra Lyman e Kupyanski para recuperar Izyum, que é de vital importância para uma frente futura contra Slavyansk e Kramatorsk.
Agora parece que os Ucranianos estão transferindo tropas pra Kupyansk e mobilizando civis na área.
Enquanto isso, essas seriam as tropas Ucranianas em Bakhmut:
Isso aqui não parece Popasna, mas parece mais a Operação Urano. A AFU está se garantindo demais nas defesas dos flancos com as trincheiras, mas se caírem, não haverá tempo de recuar e uma grande quantidade de tropas ficarão presas dentro de Bakhmut. Atualmente a Wagner vem se esforçado em flanquear a cidade, assaltando as trincheiras pelo Sul e pelo Norte.
Os Russos já cortaram fisicamente as principais vias de suprimentos e a última rodovia está sob controle de fogo. Agora parece-me que o objetivo é não cometer o mesmo erro em Lysychansk, quando perderam a chance de trancar várias Brigadas na cidade por não conseguirem cruzar o Siversk Donets e os Ucranianos recuaram da cidade em ordem através de estradas rurais.
Ainda há mais três estradas rurais, recentemente a Wagner cortou uma delas, que é em Yahidne. Agora avançam por trás das trincheiras em Berkhivka para controlar uma segunda estrada. Se conseguirem chegar até Bohdanivka, terão acesso a última estrada rural que passa pelo vilarejo em Khromove e ai é o fim da linha para as tropas da AFU, seria uma nova Mariupol, teriam que tentar forçar uma saída já que a AFU já está usando todas as reservas disponíveis dentro da cidade, não terá para uma operação de alívio.
Se eu fosse os Russos, transferia as tropas da reserva para forçar ainda mais a pinça em Bakhmut, prender milhares de tropas e equioamentos valiosos dentro de Bakhmut e pegar momento pra já conquistar Konstantinivka.
Se eu fosse a AFU, ordenava a retirada imediatamente, só possuem duas pistas Rurais para recuar. Vão ter que sacrificar duas Brigadas nessa, mas ao menos salvam o restante. Em Lysychansk tiveram a competência de conter os Russos na tentativa de cruzar o rio, dessa vez vai ser difícil fechar o cerco.
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Re: UCRÂNIA
Quando eu começo a pensar que já vi tudo quanto é coisa DOIDA me aparece uma nova: os caras hackeiam emissoras civis de rádio e simulam sirenes de ataque aéreo! Pior que faz sentido, se continuarem ninguém mais vai saber e muito menos dar bola quando o ataque for real, e aí as baixas serão devastadoras, pelo menos entre os civis.
Pode também ser o próprio governo Russo, simulando ataques para manter o povo unido, através do medo aos estrangeiros; se e quando um ataque REAL acontecer, até as crianças vão querer se alistar para o que certamente chamarão de Segunda Guerra Patriótica. Ô mundo doido!
Pode também ser o próprio governo Russo, simulando ataques para manter o povo unido, através do medo aos estrangeiros; se e quando um ataque REAL acontecer, até as crianças vão querer se alistar para o que certamente chamarão de Segunda Guerra Patriótica. Ô mundo doido!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- gabriel219
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Re: UCRÂNIA
Os Russos possuem total controle da margem do Dniper. É praticamente impossível que os Ucranianos possam ter qualquer êxito com uma ofensiva contra Criméia através de Kherson:
Os Ucranianos continuam a insistir em levar equipamentos pra região em Kherson. Foi relatado pelos Ucranianos, além do abate desse Su-25 da AFU, um ataque de drones Shaheds contra Nikopol e Ocharkiv.
Se os Ucranianos forem tentar qualquer contra-ofensiva, definitivamente será por Zaporizhzhia ou Poltava. Não há outro ponto possível.
Percebam que em Bakhmut, a defesa dos flancos estão sob o cuidado tropas nível Unidade em trincheiras, enquanto as Brigadas em si estão na cidade.
As reservas que estão fora do mapa devem já estar engajadas ou vão continuar nas posições.
Os Ucranianos continuam a insistir em levar equipamentos pra região em Kherson. Foi relatado pelos Ucranianos, além do abate desse Su-25 da AFU, um ataque de drones Shaheds contra Nikopol e Ocharkiv.
Se os Ucranianos forem tentar qualquer contra-ofensiva, definitivamente será por Zaporizhzhia ou Poltava. Não há outro ponto possível.
Percebam que em Bakhmut, a defesa dos flancos estão sob o cuidado tropas nível Unidade em trincheiras, enquanto as Brigadas em si estão na cidade.
As reservas que estão fora do mapa devem já estar engajadas ou vão continuar nas posições.
- Goldfinger
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Re: UCRÂNIA
Nenhuma novidade nessa reportagem. Tudo isso já havia sido reportado em março/abril do ano passado.Marcelo Ponciano escreveu: ↑Qua Fev 22, 2023 11:43 am Relatos interessantes de civis e o gigantesco comboio russo que se formou nos primeiros dias de guerra:
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cyj0x8dy9pwo
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Do you expect me to talk?
No, Mr. Bond. I expect you to die.
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- Goldfinger
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Re: UCRÂNIA
Alguém poderia por favor me explicar porque esse vídeo começa em alta resolução e depois do disparo fica tudo borrado e não dá para enxergar nada? Fuligem do missil embaçou a lente?
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- Guilherme
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Re: UCRÂNIA
Acho que é uma câmera que não tem um bom zoom, nem óptico nem digital.Goldfinger escreveu: ↑Qua Fev 22, 2023 7:08 pmAlguém poderia por favor me explicar porque esse vídeo começa em alta resolução e depois do disparo fica tudo borrado e não dá para enxergar nada? Fuligem do missil embaçou a lente?
Poderia ser também a compressão do vídeo, que faz a imagem piorar quando há muito movimento sendo registrado, mas acho bem menos provável.
- Goldfinger
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Re: UCRÂNIA
Ok, nada a ver com não querer mostrar o que realmente aconteceu então? Entendi.
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Re: UCRÂNIA
Verdade. Mas é fato que a imagem fica uma bosta depois do zom.Goldfinger escreveu: ↑Qua Fev 22, 2023 7:49 pm Ok, nada a ver com não querer mostrar o que realmente aconteceu então? Entendi.
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Re: UCRÂNIA
Three Reasons Most Analysts Were Wrong on War in Ukraine
Feb. 23, 2023
(Source: Voice of America News; issued Feb 22, 2023)
By Tatiana Vorozhko
A Russian tank destroyed in Ukraine. Few analysts imagined that Ukraine would put up such a fight against the invasion by Russia, whose armed forces appear in retrospect to have been grossly over-estimated. (Ukraine MoD photo)
WASHINGTON --- During his unannounced trip to Kyiv this week, President Joe Biden spoke admiringly about the resilience of Ukraine's state and democracy. But a year earlier, the United States and its allies harbored grave doubts about Ukraine’s ability to stand up to Russia’s February 24, 2022, invasion.
"The inflated estimates of Russian military capacity and the downplaying of that of Ukraine had real consequences," said Eliot Cohen, professor at the Johns Hopkins School of Advanced International Studies. "They slowed down not only the supply of weaponry to Ukraine but also policymakers' assessment of the realities."
The belief that Ukraine would be quickly defeated prevented the West from supplying Ukraine with heavy military equipment early, agreed British political expert Taras Kuzio.
"Western governments didn't want to give that because they were convinced that Ukraine would be quickly defeated."
The re-examination of these early predictions began within weeks as the Ukrainian army turned back a Russian column driving toward Kyiv. Three primary explanations for the miscalculation have emerged.
Lack of expertise
"Very few people understand Russia sufficiently," said Alexander Vindman, who served as a director for European affairs for the U.S. National Security Council. "Even fewer people understand Ukraine," he said.
A fundamental flaw was a failure to understand that Ukrainians "are people that had been engaged in a war for eight years, that these are very tough-minded folks," Vindman said, referring to Russia’s annexation of the Crimean Peninsula in 2014 and its backing of separatists in eastern Ukraine.
Kuzio said this misunderstanding was compounded by an approach to post-Soviet history that focuses mainly on the Russian perspective.
"Those advisers to the governments are usually experts in Russia, and they believe that they have some God-given right to be also experts on the other 14 republics of the former U.S.S.R., which is completely ridiculous. It does not happen anywhere else in the world. If you're an expert on Argentina, you're not an expert on Brazil or Mexico," he said.
"Many in the West mistakenly thought Ukraine was just like Russia but weaker, more corrupt, and chaotic," agreed Orysia Lutsevych, head of Chatham House's Ukraine Forum, in an article for The Guardian newspaper. "In fact, while Ukraine is by no means perfect, it is more agile and decentralized, compared to the autocratic and rigid Russian state."
Western analysts also didn't account for the reform of the Ukrainian army since 2014, relying too much on "anecdotal studies of Ukrainian capabilities from 2014-2015," said George Barros, an analyst on Russia and Ukraine at the Institute for the Study of War in Washington.
Kuzio believes that some Russian narratives were making their way into the Western analysis, which exaggerated the East-West divide in Ukraine and the weakness of the Ukrainian state.
Cohen at Johns Hopkins suggested that "even a subconscious acceptance of Russian contempt for Ukraine as a lesser people" might have clouded the Western experts’ analysis.
"Most of the Western expert opinion was based on the narratives Russia has been promoting for the last 30 years," said Ukrainian Ambassador to the U.S. Oksana Markarova in an interview with VOA. She said these narratives, which portrayed Russia as a mighty military force and Ukraine as a weak society that would welcome Russian troops, "originated from the Soviet Union and the Russian Empire."
Markarova said the Western thinking also was influenced by the recent experience in Afghanistan, where President Ashraf Ghani fled the country as soon as the Taliban threatened Kabul in 2021. But President Volodymyr Zelenskyy and his government stayed in Kyiv and millions of citizens rushed to defend their country, forcing Western leaders to re-evaluate the situation.
"At least it all began to reduce negative expectations," Markarova said.
Military assessment
The experts also noted that, based on raw numbers and data alone, Russia’s military appeared to be an overwhelming force compared to the Ukrainian army.
"Many analysts also overestimated the Russian military due to relying too heavily on net assessment — the comparative analysis of military, technological, political, economic and other factors governing the relative military capability of states," said Barros.
He explained that while the Institute for the Study of War was late to predict the invasion, it correctly assessed that the Russians would fail in their effort to capture Kyiv.
"It is clear that the Russian military is suffering endemic problems with leadership, information, command and control, intelligence and other key aspects of combat power, despite having larger resources than Ukraine."
Vindman brought up his experience working at the U.S. Embassy in Russia.
"I spent three years in Moscow working with the Russian military. From monitoring and observing how they operate, it was clear to me that not everything would work, and that they would not be able to use it all in operational concepts that they could employ in Ukraine."
According to Kuzio, Western experts also did not appreciate how Russia’s engrained corruption would affect its military. "If Russia is a mafia state, then the Russian military will be, too; it is a part of that state."
Complex assessments
"Military analysis is not fortune-telling," said Michael Kofman, director of the Russia Studies program at the Center for Naval Analysis. Kofman said he correctly predicted the looming war a year ago but underestimated the Ukrainian resistance.
Still, he said, most analysts understood that Russia would have a hard time trying to control Ukraine. "The consensus was Ukraine would lose the conventional war, but Russia would not succeed in occupation. Many Ukrainian colleagues shared this view."
Kofman said he believes the analysts did not misread Russian capabilities as much as they underestimated the Ukrainian ones.
"There was little knowledge of Ukraine's plan for defense and no evidence of systematic preparation."
He said the analysts had also assumed that Russia would mount "a joint force operation, taking Ukraine’s ability to resist seriously, rather than a risky decapitation strike with no Plan B for a sustained war, under the assumption Ukrainian resistance would collapse easily."
Some factors that influenced the outcome — ranging from the strength of Ukrainian society to the unknowns about FSB penetration of Ukrainian elite circles — were too complex to assess, he said, referring to Russia’s Federal Security Service.
Kofman underscored that the U.S. policy on intelligence support and military assistance to Ukraine changed dramatically after the first weeks.
"I think we were never seriously asked how the war could look if the U.S. truly backed Ukraine," he said.
-ends-
Feb. 23, 2023
(Source: Voice of America News; issued Feb 22, 2023)
By Tatiana Vorozhko
A Russian tank destroyed in Ukraine. Few analysts imagined that Ukraine would put up such a fight against the invasion by Russia, whose armed forces appear in retrospect to have been grossly over-estimated. (Ukraine MoD photo)
WASHINGTON --- During his unannounced trip to Kyiv this week, President Joe Biden spoke admiringly about the resilience of Ukraine's state and democracy. But a year earlier, the United States and its allies harbored grave doubts about Ukraine’s ability to stand up to Russia’s February 24, 2022, invasion.
"The inflated estimates of Russian military capacity and the downplaying of that of Ukraine had real consequences," said Eliot Cohen, professor at the Johns Hopkins School of Advanced International Studies. "They slowed down not only the supply of weaponry to Ukraine but also policymakers' assessment of the realities."
The belief that Ukraine would be quickly defeated prevented the West from supplying Ukraine with heavy military equipment early, agreed British political expert Taras Kuzio.
"Western governments didn't want to give that because they were convinced that Ukraine would be quickly defeated."
The re-examination of these early predictions began within weeks as the Ukrainian army turned back a Russian column driving toward Kyiv. Three primary explanations for the miscalculation have emerged.
Lack of expertise
"Very few people understand Russia sufficiently," said Alexander Vindman, who served as a director for European affairs for the U.S. National Security Council. "Even fewer people understand Ukraine," he said.
A fundamental flaw was a failure to understand that Ukrainians "are people that had been engaged in a war for eight years, that these are very tough-minded folks," Vindman said, referring to Russia’s annexation of the Crimean Peninsula in 2014 and its backing of separatists in eastern Ukraine.
Kuzio said this misunderstanding was compounded by an approach to post-Soviet history that focuses mainly on the Russian perspective.
"Those advisers to the governments are usually experts in Russia, and they believe that they have some God-given right to be also experts on the other 14 republics of the former U.S.S.R., which is completely ridiculous. It does not happen anywhere else in the world. If you're an expert on Argentina, you're not an expert on Brazil or Mexico," he said.
"Many in the West mistakenly thought Ukraine was just like Russia but weaker, more corrupt, and chaotic," agreed Orysia Lutsevych, head of Chatham House's Ukraine Forum, in an article for The Guardian newspaper. "In fact, while Ukraine is by no means perfect, it is more agile and decentralized, compared to the autocratic and rigid Russian state."
Western analysts also didn't account for the reform of the Ukrainian army since 2014, relying too much on "anecdotal studies of Ukrainian capabilities from 2014-2015," said George Barros, an analyst on Russia and Ukraine at the Institute for the Study of War in Washington.
Kuzio believes that some Russian narratives were making their way into the Western analysis, which exaggerated the East-West divide in Ukraine and the weakness of the Ukrainian state.
Cohen at Johns Hopkins suggested that "even a subconscious acceptance of Russian contempt for Ukraine as a lesser people" might have clouded the Western experts’ analysis.
"Most of the Western expert opinion was based on the narratives Russia has been promoting for the last 30 years," said Ukrainian Ambassador to the U.S. Oksana Markarova in an interview with VOA. She said these narratives, which portrayed Russia as a mighty military force and Ukraine as a weak society that would welcome Russian troops, "originated from the Soviet Union and the Russian Empire."
Markarova said the Western thinking also was influenced by the recent experience in Afghanistan, where President Ashraf Ghani fled the country as soon as the Taliban threatened Kabul in 2021. But President Volodymyr Zelenskyy and his government stayed in Kyiv and millions of citizens rushed to defend their country, forcing Western leaders to re-evaluate the situation.
"At least it all began to reduce negative expectations," Markarova said.
Military assessment
The experts also noted that, based on raw numbers and data alone, Russia’s military appeared to be an overwhelming force compared to the Ukrainian army.
"Many analysts also overestimated the Russian military due to relying too heavily on net assessment — the comparative analysis of military, technological, political, economic and other factors governing the relative military capability of states," said Barros.
He explained that while the Institute for the Study of War was late to predict the invasion, it correctly assessed that the Russians would fail in their effort to capture Kyiv.
"It is clear that the Russian military is suffering endemic problems with leadership, information, command and control, intelligence and other key aspects of combat power, despite having larger resources than Ukraine."
Vindman brought up his experience working at the U.S. Embassy in Russia.
"I spent three years in Moscow working with the Russian military. From monitoring and observing how they operate, it was clear to me that not everything would work, and that they would not be able to use it all in operational concepts that they could employ in Ukraine."
According to Kuzio, Western experts also did not appreciate how Russia’s engrained corruption would affect its military. "If Russia is a mafia state, then the Russian military will be, too; it is a part of that state."
Complex assessments
"Military analysis is not fortune-telling," said Michael Kofman, director of the Russia Studies program at the Center for Naval Analysis. Kofman said he correctly predicted the looming war a year ago but underestimated the Ukrainian resistance.
Still, he said, most analysts understood that Russia would have a hard time trying to control Ukraine. "The consensus was Ukraine would lose the conventional war, but Russia would not succeed in occupation. Many Ukrainian colleagues shared this view."
Kofman said he believes the analysts did not misread Russian capabilities as much as they underestimated the Ukrainian ones.
"There was little knowledge of Ukraine's plan for defense and no evidence of systematic preparation."
He said the analysts had also assumed that Russia would mount "a joint force operation, taking Ukraine’s ability to resist seriously, rather than a risky decapitation strike with no Plan B for a sustained war, under the assumption Ukrainian resistance would collapse easily."
Some factors that influenced the outcome — ranging from the strength of Ukrainian society to the unknowns about FSB penetration of Ukrainian elite circles — were too complex to assess, he said, referring to Russia’s Federal Security Service.
Kofman underscored that the U.S. policy on intelligence support and military assistance to Ukraine changed dramatically after the first weeks.
"I think we were never seriously asked how the war could look if the U.S. truly backed Ukraine," he said.
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Triste sina ter nascido português
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Re: UCRÂNIA
https://sputniknewsbrasil.com.br/202302 ... 91117.html
Em retaliação à posição do Brasil sobre Ucrânia, Alemanha embarga exportação de blindados Guarani
Os veículos – fabricados em Sete Lagoas (MG) – possuem peças e sistemas alemães, sendo assim, estão sujeitos ao controle de exportação de Berlim. Brasil também estava prestes a vender 156 unidades para Argentina.
O órgão Bundesamt für Wirtschaft und Ausfuhrkontrolle (BAFA), Escritório Federal de Assuntos Econômicos e Controle de Exportação na tradução, confirmou, segundo a revista Veja, o embargo à exportação de 28 veículos blindados Guarani do Brasil para as Filipinas.
Segundo fonte do Ministério da Defesa do Brasil ouvida pela mídia, a ação foi uma espécie de "toma lá da cá", após o posicionamento tanto do governo anterior quanto do governo vigente de não fornecer ajuda militar para Ucrânia, mesmo após a visita do chanceler alemão, Olaf Scholz, esse mês a Brasília para tentar mediar o assunto.
Cinco das 28 unidades destinadas à exportação já estão no pátio da empresa aguardando o comprador, relata a mídia.
De acordo com o Tecnologia e Defesa, Em 7 de fevereiro de 2021, a Elbit Systems anunciou um contrato avaliado em aproximadamente US$ 46 milhões (R$ 236 milhões), para fornecer VBTP 6X6 Guarani para o Exército das Filipinas, anunciado como um "Exército de um país da Ásia-Pacífico", para serem entregues em até três anos. A operação comercial com Manila foi feita por meio do governo de Israel.
As negociações com o país asiático iniciaram em 2017 e naquela época, não foi anunciado a quantidade de veículos a serem entregues nesse contrato, porém, o interesse, em um primeiro momento, era de 114 Guaranis para serem adquiridos em três etapas.
Em retaliação à posição do Brasil sobre Ucrânia, Alemanha embarga exportação de blindados Guarani
Os veículos – fabricados em Sete Lagoas (MG) – possuem peças e sistemas alemães, sendo assim, estão sujeitos ao controle de exportação de Berlim. Brasil também estava prestes a vender 156 unidades para Argentina.
O órgão Bundesamt für Wirtschaft und Ausfuhrkontrolle (BAFA), Escritório Federal de Assuntos Econômicos e Controle de Exportação na tradução, confirmou, segundo a revista Veja, o embargo à exportação de 28 veículos blindados Guarani do Brasil para as Filipinas.
Segundo fonte do Ministério da Defesa do Brasil ouvida pela mídia, a ação foi uma espécie de "toma lá da cá", após o posicionamento tanto do governo anterior quanto do governo vigente de não fornecer ajuda militar para Ucrânia, mesmo após a visita do chanceler alemão, Olaf Scholz, esse mês a Brasília para tentar mediar o assunto.
Cinco das 28 unidades destinadas à exportação já estão no pátio da empresa aguardando o comprador, relata a mídia.
De acordo com o Tecnologia e Defesa, Em 7 de fevereiro de 2021, a Elbit Systems anunciou um contrato avaliado em aproximadamente US$ 46 milhões (R$ 236 milhões), para fornecer VBTP 6X6 Guarani para o Exército das Filipinas, anunciado como um "Exército de um país da Ásia-Pacífico", para serem entregues em até três anos. A operação comercial com Manila foi feita por meio do governo de Israel.
As negociações com o país asiático iniciaram em 2017 e naquela época, não foi anunciado a quantidade de veículos a serem entregues nesse contrato, porém, o interesse, em um primeiro momento, era de 114 Guaranis para serem adquiridos em três etapas.
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Re: UCRÂNIA
Penso no funcionário público do departamento de mapas ao levar uma bronca do superior hierárquico: "como assim você passou 30 anos sem atualizar os mapas?"
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: UCRÂNIA
Quais sistemas alemães o Guarani possui?mauri escreveu: ↑Qui Fev 23, 2023 10:02 pm https://sputniknewsbrasil.com.br/202302 ... 91117.html
Em retaliação à posição do Brasil sobre Ucrânia, Alemanha embarga exportação de blindados Guarani
Os veículos – fabricados em Sete Lagoas (MG) – possuem peças e sistemas alemães, sendo assim, estão sujeitos ao controle de exportação de Berlim. Brasil também estava prestes a vender 156 unidades para Argentina.
O órgão Bundesamt für Wirtschaft und Ausfuhrkontrolle (BAFA), Escritório Federal de Assuntos Econômicos e Controle de Exportação na tradução, confirmou, segundo a revista Veja, o embargo à exportação de 28 veículos blindados Guarani do Brasil para as Filipinas.
Segundo fonte do Ministério da Defesa do Brasil ouvida pela mídia, a ação foi uma espécie de "toma lá da cá", após o posicionamento tanto do governo anterior quanto do governo vigente de não fornecer ajuda militar para Ucrânia, mesmo após a visita do chanceler alemão, Olaf Scholz, esse mês a Brasília para tentar mediar o assunto.
Cinco das 28 unidades destinadas à exportação já estão no pátio da empresa aguardando o comprador, relata a mídia.
De acordo com o Tecnologia e Defesa, Em 7 de fevereiro de 2021, a Elbit Systems anunciou um contrato avaliado em aproximadamente US$ 46 milhões (R$ 236 milhões), para fornecer VBTP 6X6 Guarani para o Exército das Filipinas, anunciado como um "Exército de um país da Ásia-Pacífico", para serem entregues em até três anos. A operação comercial com Manila foi feita por meio do governo de Israel.
As negociações com o país asiático iniciaram em 2017 e naquela época, não foi anunciado a quantidade de veículos a serem entregues nesse contrato, porém, o interesse, em um primeiro momento, era de 114 Guaranis para serem adquiridos em três etapas.