Somália diz que 3 morreram ao libertar iate de luxo francês
Veleiro foi tomado por piratas no país africano, na última sexta-feira (4).
Segundo presidente francês, libertação teria ocorrido 'sem incidentes'.
Do G1, com agências* entre em contato
Três pessoas morreram nesta sexta-feira (11) na Somália durante a operação das forças armadas francesas contra o grupo de piratas que haviam seqüestrado um veleiro de luxo, pouco depois da libertação dos reféns, segundo o governador da região de Mudug, Abdul Kadir Ahmed.
"Posso confirmar que três corpos foram encontrados e recolhidos. Outras oito pessoas foram feridas e oito estão detidas", afirmou.
Mais cedo, o presidente francês Nicolas Sarkozy, anunciou que os 30 tripulantes do iate de luxo francês "Le Ponant", seqüestrados há uma semana na costa da Somália por piratas, haviam sido libertados "sem incidentes". O comunicado não explica as condições da libertação.
No último domingo (6), a França havia anunciado que tinha estabelecido "contato" com os piratas, que abordaram um veleiro de luxo francês no Golfo de Áden.
O veleiro de luxo, de três mastros, não levava passageiros a bordo quando foi abordado por dez piratas armados na última sexta (4), entre o Iêmen e a Somália.
Na ocasião, as autoridades francesas disseram que puderam constatar que os reféns, 22 deles franceses, estavam bem tratados e que tinham permissão para se alimentar e tomar banho.
Com o sinal verde das autoridades da Somália, uma embarcação militar francesa havia entrado nas águas do país para seguir o veleiro Ponant.
Sarkozy expressou "sua profunda gratidão às forças armadas francesas e a todos os serviços do Estado que permitiram uma solução rápida e sem incidentes para este seqüestro", segundo a nota.
Não foi informado o que aconteceu com os piratas seqüestradores.
Após navegar durante dois dias sob a vigilância de uma embarcação da Marinha francesa, os piratas o ancoraram no domingo à altura de Garaad, na região semi-autônoma somali de Puntland.
Nesse dia, o ministro de Exteriores, Bernard Kouchner, anunciou que as autoridades francesas tinham estabelecido "contato" com os piratas. Também informou que os reféns estavam sendo bem tratados e que podiam se alimentar e se lavar.
Na segunda-feira passada, uma equipe de elite francesa chegou a Djibuti, onde o país europeu tem uma base militar, para uma eventual operação caso fracassassem as negociações para a libertação dos tripulantes do Ponant.
Esta região da Somália é repleta de piratas marítimos, que assaltam cargueiros para roubar mercadorias ou para seqüestrar turistas e tripulantes em busca de resgates.
Após indicar que no ano passado entre 200 e 300 navios foram atacados nessa região sem que houvesse mortos, Kouchner antecipou esta semana que a França pedirá ao Conselho de Segurança da ONU "uma vigilância internacional regular" nessas águas.
Navios da Marinha francesa escoltaram no final de 2007 e princípio de 2008 navios fretados pelo Programa Mundial de Alimentos, depois que vários fossem atacados por piratas e perdessem os alimentos que transportavam.
Piratas são vistos no iate de luxo, em foto liberada pelo Ministério do Exterior francês, no último dia 4 de abril (Foto: Reuters)
Link:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... ANCES.html
Abraços,
Wesley