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Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Ter Out 26, 2010 10:15 am
por Marino
Embaixador dos EUA conversa com Jobim sobre parcerias na área de
defesa
Thomas Shannon destacou a importância do fortalecimento militar do Brasil
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, recebeu, nessa segunda-feira, o embaixador dos Estados
Unidos no Brasil, Thomas Shannon, para conversar sobre a viagem que Jobim fez na semana passada
aos Estados Unidos (EUA). Após o encontro, Shannon disse à Agência Brasil que seu país "tem
interesse em fazer negociações" com o Brasil na área da defesa. No entanto, conforme o embaixador,
para os EUA, "mais importante que fechar eventuais negócios é estreitar cada vez mais os laços de
amizade e de cooperação" com o Brasil.
Shannon disse que o governo norte-americano "naturalmente tem interesse em participar dos
negócios na área da defesa", referindo-se aos planos do Brasil de modernizar as Forças Armadas. Para
ele, "o fortalecimento militar do Brasil é muito importante, pois um Brasil forte significa também uma
região mais forte".
O embaixador não informou se, na conversa com o ministro brasileiro, se falou em negócios,
como compra de equipamentos bélicos. Em diversas oportunidades, Nelson Jobim tem dito que o maior
empecilho que o Brasil encontra para fechar negócios com os Estados Unidos está nas exigências que
os norte-americanos impõe para transferir tecnologia. Jobim reiterou que o Brasil só vai adquirir
aeronaves ou outros equipamentos militares de países que garantirem a transferência de tecnologia e
que ofereçam assistência técnica.

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Ter Out 26, 2010 9:34 pm
por Left Hand of God
Começou a urubuzação, sai daqui EUA, a não ser que vocês estejam dispostos a nos venderem 600 AIM-120C7 (pros
nossos futuros Rafales) e entregarem.

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Sex Nov 19, 2010 10:07 am
por Marino
A reestruturação da indústria de defesa
EDUARDO MARSON
As instituições brasileiras não estão acostumadas a "vender" o nosso país como produtor
de material de defesa; essa mentalidade precisa mudar
Uma das questões que recomendará especial atenção da nova administração do país em 2011
será a consolidação do processo de modernização da estrutura nacional de defesa, que tem na
reestruturação da indústria brasileira de material de defesa um dos seus pilares.
É inegável que o setor vive atualmente excelentes perspectivas para a institucionalização de
novas práticas, capazes de impedir a descontinuidade que tem marcado as políticas públicas para o
setor.
A começar pela centralização, no Ministério da Defesa, da aquisição de materiais para as Forças
Armadas, prática que já ocorre em vários países, como EUA, França, Alemanha, Índia e África do Sul, e
que favorece a otimização de recursos e o aproveitamento das tecnologias para que as Forças atuem em
rede.
A criação de um sistema integrado com o setor privado, que inclui a busca de parcerias com
outros países, é outra perspectiva promissora para aparelhar a indústria nacional de defesa e para
conferir eficiência ao processo de capacitação tecnológica e de desenvolvimento da produção no país.
Há um entendimento, já consolidado em todo o mundo, de que o sucesso de empreendimentos
em setores de ponta, como a indústria de defesa, envolve a criação de grandes projetos integradores,
com a formação de redes globais de produção com arranjos produtivos locais, processo que, no Brasil,
tem a Embraer como a empresa mais bem posicionada.
Nesse mercado, é praticamente impossível desenvolver um projeto sem ampla cooperação
internacional. Os níveis de investimento e de sofisticação são altos e os ciclos de desenvolvimento das
tecnologias empregadas são muito longos.
Os projetos exigem parceiros estratégicos, que ofereçam não apenas novas soluções
tecnológicas mas também contrapartidas para as indústrias locais e acesso aos mercados internacionais.
Baseado numa estratégia de Estado estabelecida pelo atual governo, esse processo está em
curso no Brasil. Mas, para a formação desses grandes projetos no país, serão necessárias três
condições.
A primeira é garantir a continuidade do investimento, para que a indústria também tenha
segurança para investir.
A segunda condição exigirá mudança de mentalidade. As instituições brasileiras não estão
acostumadas a "vender" o país como produtor de material de defesa, como vemos ocorrer em processos
de fornecimento de equipamentos, como o dos caças FX, ainda em andamento, em que os esforços de
venda têm sido principalmente institucionais, com a participação dos governos.
O terceiro grande desafio para a reestruturação da indústria de defesa brasileira será unir
competências de gestão com processos formais de inovação num país que, em pleno século 21, ainda
enfrenta dilemas do século 20, como os gargalos de infraestrutura, e até mesmo do século 19, como as
deficiências da educação.
EDUARDO MARSON, 47, é presidente da Helibras -Helicópteros do Brasil e presidente do
conselho de administração da Eads Brasil, empresa do grupo europeu Eads, que atua nos setores
aeroespacial e de defesa.

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Sáb Nov 20, 2010 5:55 pm
por Boss
Eu notei que nos últimos tempos as coisas vem andando de fato. O governo entrou na Avibrás, a Embraer mudou sua razão social para poder atuar em outras áreas de defesa, além da que atua atualmente, a Odebrecht, entrou em parceria com a DCNS no Prosub, além de ter criado uma joint-venture (que ninguém sabe como chama, ninguém viu) com a EADS além da tal Copa Gestão em Defesa...

Espero que continuem avançando com a ajuda do que prevê a END :mrgreen:

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Dom Nov 21, 2010 1:20 pm
por Marino
Marino escreveu:Vídeo do Globo News Painel:
http://globonews.globo.com/Jornalismo/G ... 12,00.html

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Qui Nov 25, 2010 3:41 pm
por Marino
CRE destina R$ 4 bilhões para a defesa
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) pretende destinar R$ 4 bilhões do
Orçamento para que o Ministério da Defesa implemente a Estratégia Nacional de Defesa. Ela reorganiza
as Forças Armadas, reestrutura a indústria brasileira de material de defesa e melhora a política de
composição dos efetivos das Forças Armadas.
Essa foi a principal emenda da CRE ao Orçamento da União para 2011. Também foram
aprovadas ontem emendas destinando R$ 100 milhões a operações de assistência especial no exterior,
R$ 872,4 milhões à modernização operacional do Exército e R$ 50 milhões a programas de alimentação
militar. O relator das emendas foi o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Qui Nov 25, 2010 6:46 pm
por Vinicius Pimenta
4 bilhões A MAIS ou APENAS?

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Qui Nov 25, 2010 7:50 pm
por Marino
Como é emenda ao orçamento, estou interpretando que é acréscimo ao que já estava previsto.

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Qua Dez 01, 2010 3:50 pm
por Junker
Acordo Polônia-Brasil
01-12-2010

Durante sua visita à Polônia, o ministro da defesa brasileiro Nelson Azevedo Jobim, assinou o acordo de cooperação militar.

Imagem
Ministro Jobim em frente aos representantes da companhia / Foto: MON

O acordo, assinado pelos Ministros, Bogdan Klich e Nelson Jobim, acima de tudo, visa permitir visitas recíprocas, inclusive de meios como navios, aviões e aeronaves militares. Ele também permite que os soldados das duas nações participem como observadores em exercícios militares. Além disso, a cooperação abrange uma ampla gama de intercâmbio de formação, cultura e experiência adquiridas com operações de manutenção da paz e humanitárias.

Isso irá se traduzir principalmente na oportunidade de ter ou participar de exercícios de soldados poloneses em centros especializados do exército brasileiro na Amazônia. Os Brasileiros estão interessados em contar com as necessidades potenciais do Centro de Formação de Forças de Paz da ONU, localizado em Kielce.

Um sinal do estreitamento das relações militares entre os dois países é também o estabelecimento de um adido militar polonês no Brasil.

Acordo assinado hoje prevê o aumento do grau de cooperação entre os estabelecimentos da indústria de defesa dos dois países. Contatos anteriores - incluindo fornecimento pela empresa Radwar, de Varsóvia, do sistema IFF para o radar de longo alcance brasileiro - foram considerados insuficientes. Segundo informações extra-oficiais, o lado brasileiro expressou interesse em produtos e serviços selecionados das plantas industriais de defesa polonesas. Cooperação também é possível para a criação de veículos de combate, com base na solução Plataforma Multidisciplinar de Batalha Anders.

É muito importante que o país está entrando em um período de intenso desenvolvimento, associado com a descoberta de ricas jazidas de petróleo, que se traduz na modernização em larga escala das forças armadas.

Até agora, a Polónia assinou acordos similares com China, Vietnã e Índia, considerados como parceiros estratégicos de fora da área imediata da preocupação de nossas autoridades militares. O acordo com o Brasil está sujeito a ratificação pelo Presidente.
http://www.altair.com.pl/start-5450

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Sáb Dez 04, 2010 1:08 am
por Junker
Israel descobre um novo mercado multibilionário
01.12.10 11:17

Imagem

O ministro da Defesa, Ehud Barak, assinou há poucos dias, um acordo histórico de cooperação de segurança entre Israel e Brasil. O primeiro acordo de cooperação nesta área entre os dois países abre uma nova perspectiva para a indústria de defesa de Israel.

Na ordem do dia estiveram um grande número de acordos entre Israel Aircraft Industries, Elbit e Rafael com o Brasil, de acordo com o jornal Ma'ariv.

O primeiro negócio envolve o fornecimento de UAVs para a polícia brasileira e equipamento de terra, incluindo radares e equipamentos eletrônicos, sensores, dispositivos ópticos, veículos e tecnologia de satélites.

A Polícia Federal brasileira escolheu aviões teleguiados israelenses depois de compará-los com os similares provenientes dos EUA. Além disso, a empresa Taasiya Avirit irá abrir uma joint venture no Brasil para a produção de UAVs.

O Brasil precisa da tecnologia israelense, em particular, para garantir a segurança da Copa do Mundo a ser realizada lá em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Além disso, o Brasil tem de lidar com fenômenos de grande escala como tráfico de drogas, ataques de guerrilheiras e o contrabando.
http://cursorinfo.co.il/news/busines/20 ... hon-brazi/

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Sáb Dez 04, 2010 1:23 am
por prp
Eu quero que quem escolheu esses aviões para a PF os enfie no !@#$.

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Sáb Dez 04, 2010 3:05 pm
por Crotalus
Porque prp? São ótimos uavs...

Um abraço Crotalus

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Sáb Dez 04, 2010 3:33 pm
por Brasileiro
Marino escreveu:CRE destina R$ 4 bilhões para a defesa
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) pretende destinar R$ 4 bilhões do
Orçamento para que o Ministério da Defesa implemente a Estratégia Nacional de Defesa. Ela reorganiza
as Forças Armadas, reestrutura a indústria brasileira de material de defesa e melhora a política de
composição dos efetivos das Forças Armadas.
Essa foi a principal emenda da CRE ao Orçamento da União para 2011. Também foram
aprovadas ontem emendas destinando R$ 100 milhões a operações de assistência especial no exterior,
R$ 872,4 milhões à modernização operacional do Exército e R$ 50 milhões a programas de alimentação
militar. O relator das emendas foi o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).
Hmmm.. 872 milhões para o programa de reaparelhamento e adequação do Exército... nada mal para o começo.

Este ano acho que foram pouco mais de 400...


abraços]

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Dom Dez 05, 2010 3:11 pm
por jauro
0620 Preparo e Emprego da Força Terrestre: R$ 783.790.892,00 (LOA 2010).

0620 Preparo e Emprego da Força Terrestre: R$ 872.685.263,00 (PLO 2011).

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Seg Dez 06, 2010 12:20 pm
por PRick
Ministério da Defesa prepara política industrial para setor
Intenção é fortalecer empresas nacionais em programa de reaparelhamento das Forças Armadas, avaliado em R$ 150 bilhões em 30 anos

André Vieira, iG São Paulo | 06/12/2010 05:57


O Ministério da Defesa está elaborando uma política industrial para o setor, que contempla a desoneração de carga tributária, vantagens às empresas nacionais nas compras das Forças Armadas e incentivos à exportação. A proposta, no âmbito da Estratégia de Defesa Nacional, lançada no fim de 2008, prevê o fortalecimento da indústria de defesa brasileira.


De acordo com o ministério, o comitê técnico da indústria de Defesa está avaliando desde meados de outubro uma proposta de política, que será encaminhada ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmado no cargo pela presidente eleita Dilma Rousseff. Essa proposta, sem data para ser levada ao ministro, é esperada por representantes do setor para 2011.

“A confirmação de Jobim no cargo dá continuidade à elaboração da política lançada pela Estratégia de Defesa Nacional”, diz o coronel da reserva, Armando Lemos, diretor-técnico da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), que participou de reuniões com o governo sobre o assunto em setembro. “Estamos na expectativa que a política industrial surja no ano que vem, mas até agora os resultados de investimentos esperados pelo programa da Estratégia de Defesa Nacional foram poucos.”

A indústria bélica brasileira já foi uma das dez maiores do mundo até meados dos anos 1980, mas perdeu dinamismo nos anos seguintes. A política industrial faz parte da tentativa de revitalização do setor. No orçamento da área de Defesa para 2010, a verba é de R$ 40 bilhões. Projeções não-confirmadas indicam que os investimentos para reaparelhamento das Forças Armadas poderão alcançar mais de R$ 150 bilhões em 30 anos.

O setor aposta forte. Além de tradicionais empresas como a Avibrás e Taurus, a Embraer mudou recentemente seu estatuto para deixar mais claro sua participação no setor, assim como novos entrantes, como a empreiteira Odebrecht, que firmou acordo para a criação de uma joint venture em partes iguais com o grupo europeu EADS.

Empresas estrangeiras sediadas no Brasil estão tentando fechar acordos com companhias nacionais. Tradicionalmente relutantes, até empresas americanas despertaram para o grande orçamento de defesa brasileiro e já conversam com empresas nacionais para negociar acordos de transferência de tecnologia.

Uma das sugestões em estudo na política industrial é definir claramente a condição de empresa do setor de Defesa. Segundo Lemos, determinadas empresas fazem fornecimento às Forças Armadas, mas também atuam em mercados civis. “Não faz sentido um fabricante de parafuso usado em um tanque ter uma vantagem como empresa do setor de defesa”, diz.

Nos últimos meses, o governo editou duas medidas provisórias que atendem os objetivos da política. A MP 495 muda regras da lei de licitações permitindo que o governo use do seu poder de compra como instrumento de promoção do desenvolvimento da indústria nacional. A outra, a MP 497, promove a desoneração tributária para fomentar as atividades de pesquisa e o desenvolvimento de inovação tecnológica por parte das empresas.
http://economia.ig.com.br/ministerio+da ... 49462.html