Fórum Defesa Brasil

denilson escreveu:
Suspeito que o não recolhimento do trem de pouco nesse caso (radar) pode deteriorar a "visualização" a vante. O flir, dependendo do ângulo de varredura da antena, pode não ser um obstáculo, mas o trem de pouso com certeza, mas por não saber qual é o sistema radar proposto, e suas capacidades e limitações, fica complicado avaliar, mas com certeza tem um obstáculo a vante da antena....
A primeira coisa que me veio a mente (sem considerar "pequenos" detalhes como aerodinâmica e distribuição de peso) é inverter a posição do flir com a antena do radar...

Olha, eu acho que alguém "comeu mosca" nessa art aí... se for ver nas fotos do modelo real, o FLIR está justamente no meio da aeronave, não na proa.

"Uma das versões do Falcão proposta pela Avibras é destinada à vigilância marítima-Notar as novas carenagens que abrigam as antenas SATCOM e do radar de vigilância marítima. Estes aparelhos serão utilizados na região do Pré-Sal-Imagem Avibras"

Como foi dito , a imagem seria de uma versão de vigilância marítima proposta pela Avibras. Acredito que o mock-up apresentado na LAAD seria/ deve ser a versão "terrestre", mais simples que a versão marítima, daí terem que arranjar um lugar para o Flir e outro para o radar. Como o radar deve pesar mais que o flir e ocupar mais espaço a escolha natural para não atrapalhar o equilibrio da aeronave deve ser ali mesmo no meio.

thelmo rodrigues escreveu:"Uma das versões do Falcão proposta pela Avibras é destinada à vigilância marítima-Notar as novas carenagens que abrigam as antenas SATCOM e do radar de vigilância marítima. Estes aparelhos serão utilizados na região do Pré-Sal-Imagem Avibras"

Como foi dito , a imagem seria de uma versão de vigilância marítima proposta pela Avibras. Acredito que o mock-up apresentado na LAAD seria/ deve ser a versão "terrestre", mais simples que a versão marítima, daí terem que arranjar um lugar para o Flir e outro para o radar. Como o radar deve pesar mais que o flir e ocupar mais espaço a escolha natural para não atrapalhar o equilibrio da aeronave deve ser ali mesmo no meio.

A utilização de um radar não significa necessariamente que será uma versão naval, mas é muito provável que seja naval, o radar pode ser utilizado para encontrar alvos em movimento no solo, para depois ser observado pelo Flir, muitas aeronaves navais foram utilizadas para encontrar alvos em solo. Bueno o grande problema de a antena do radar estar colocada naquela posição é que inviabiliza sua utilização a vante pois a antena do Flir e o trem de pouso (que me parece que não é retrátil) são obstáculos tanto para as emissões da antena quanto para a recepção. Dessa forma o radar só teria visada lateral e obliqua. É por esse motivo que o EC725, modelo que vai utilizar o Exocet da Marinha, teve o Flir reposicionado, como mostra a imagem a baixo.

Grato
Denilson

Me parece que a Avibras escolheu tal posição para o radar por uma questão de peso mesmo.

O radar, em proporção ao VANT, é um equipamento relativamente pesado. E a posição que menos comprometeria o desempenho da aeronave seria num local próximo ao centro de gravidade, que deve ficar localizado no meio do mesmo, embaixo e entre as asas. Certamente a Avibras deve ter feito esta análise.

Já o FLIR, como é bem mais leve, não teria problemas em ser deslocado para a frente.

Porém, muita coisa é possível dependendo do peso destes componentes (radar e FLIR) e do VANT, da potência do motor, do consumo de combustível e energia elétrica, etc e pode ser também, visto tudo isto, que seja possível trocar estas posições jogando o radar para frente e o FLIR para o meio.

A propósito, quais são os modelos de radares compactos apropriados para aplicação em VANTs médios?



abraços]

denilson escreveu:

thelmo rodrigues escreveu:"Uma das versões do Falcão proposta pela Avibras é destinada à vigilância marítima-Notar as novas carenagens que abrigam as antenas SATCOM e do radar de vigilância marítima. Estes aparelhos serão utilizados na região do Pré-Sal-Imagem Avibras"

Como foi dito , a imagem seria de uma versão de vigilância marítima proposta pela Avibras. Acredito que o mock-up apresentado na LAAD seria/ deve ser a versão "terrestre", mais simples que a versão marítima, daí terem que arranjar um lugar para o Flir e outro para o radar. Como o radar deve pesar mais que o flir e ocupar mais espaço a escolha natural para não atrapalhar o equilibrio da aeronave deve ser ali mesmo no meio.

A utilização de um radar não significa necessariamente que será uma versão naval, mas é muito provável que seja naval, o radar pode ser utilizado para encontrar alvos em movimento no solo, para depois ser observado pelo Flir, muitas aeronaves navais foram utilizadas para encontrar alvos em solo. Bueno o grande problema de a antena do radar estar colocada naquela posição é que inviabiliza sua utilização a vante pois a antena do Flir e o trem de pouso (que me parece que não é retrátil) são obstáculos tanto para as emissões da antena quanto para a recepção. Dessa forma o radar só teria visada lateral e obliqua. É por esse motivo que o EC725, modelo que vai utilizar o Exocet da Marinha, teve o Flir reposicionado, como mostra a imagem a baixo.

Grato
Denilson

Pois é Denilson, mas quem disse, ou melhor escreveu não fui eu, ou beltrano ou cicrano foi a própria Avibras. Então ninguém tem mais autoridade, no momento, para dizer isso que a empresa criadora ou propositora do produto. No meu post eu tentei deixar claro a minha opinião pessoal (pitaco mesmo) que a posição escolhida pela engenharia da empresa parece ser , se não a melhor, pelo menos a possível, devido, creio eu, às dimensões e peso do radar, que segundo a própria empresa será ou deverá ser , ou poderá ser para vigilância marítima.

Entendo que possa ter sido um "primeiro momento" do desenho, pq posso afirmar que um obstaculo na frente da antena do radar compromete o desempenho do mesmo (e não é pitaco), agora quanto ao peso (ou massa) da antena do radar ser maior que o peso do Flir, tenho minhas duvidas, pois em muitos casos o Flir tem um peso relativamente maior que algumas antenas de radar, mas como nesse caso não tenho a minima ideia de qual radar sera utilizado e muito menos o peso da antena do radar e do Flir que serão utilizados, não posso afirmar nada. Um detalhe bastante importante nisso tudo é que no caso de um radar, apenas a antena tem que estar "para fora", e no Flir, é praticamente todo o equipamento, com câmeras, laser, sistemas de estabilização motores etc...

Pois é,...vamos então aguardar informações mais concretas sobre os detalhes e características do projeto, e tomara que se concretize, parece ser bem interessante.

Podemos verificar por exemplo esse vant israelense, é a mesma configuração, Flir a vante e antena de radar atras, notem que em primeiro lugar o trem de pouco é retrátil (não sei se o do Falcão é ou não), o outro detalhe é que esta exposto apenas o "necessário" da antena do Flir (que não parece ser o caso do Falcão), depois o domo do radar parece ter sido "esticado" para que o Flir não seja um obstaculo para o radar. O importante mesmo é que nesse caso foi feita uma engenharia para que não houvesse obstáculos a vante do radar.

Pelo menos na foto esse parece ser mais "encorpado" que o Falcão, portanto com mais espaço e talvez com um motor mais potente, podendo carregar mais pêso e volume.

Brasileiro escreveu:Me parece que a Avibras escolheu tal posição para o radar por uma questão de peso mesmo.

O radar, em proporção ao VANT, é um equipamento relativamente pesado. E a posição que menos comprometeria o desempenho da aeronave seria num local próximo ao centro de gravidade, que deve ficar localizado no meio do mesmo, embaixo e entre as asas. Certamente a Avibras deve ter feito esta análise.

Já o FLIR, como é bem mais leve, não teria problemas em ser deslocado para a frente.

Porém, muita coisa é possível dependendo do peso destes componentes (radar e FLIR) e do VANT, da potência do motor, do consumo de combustível e energia elétrica, etc e pode ser também, visto tudo isto, que seja possível trocar estas posições jogando o radar para frente e o FLIR para o meio.

A propósito, quais são os modelos de radares compactos apropriados para aplicação em VANTs médios?



abraços]

Brasileiro,
a posição de todo o equipamento vai depender da escolha do mesmo.
Com o peso definido, ai começa a briga para se trabalhar em qual posição do CG ele deve ser colocado X qual posição vai gerar menos ruido (ou interferencia) no equipamento.
Em algumas fotos que vi do Hermes 450 com radar SAR, ele não aparecia com o FLIR e quando estava com o FLIR não estava com o RADAR; talvez seja essa a solução: ter a capacidade de operar os dois, mas não simultaneamente.
E ele opera o RADAR SAR mesmo com o trem fixo; o que nos leva a crer que as perdas pode ser despreziveis ou minimizadas de alguma maneira no propria geração dos dados.


Vale ressaltar que o 450 é considerado "tático", apesar de ser capaz de operar por link satelite. Eu particularmente não gosto dessa definição, mas talvez por isso a diferença de carga.
Nesse site aqui: http://defense-update.com/products/h/hermes-450.htm
existem algumas fotos e alguns dados de peso do RADAR e sistema eletrootico (no caso, o COMPASS da propria ELBIT), e diz que ele carrega ambos juntos.
Não sei a confiabilidade do autor, mas pode ser um ponto de partida.

Sobre mudar a posição com o sistema eletrootico, eu não sei se seria viavel porque atrapalharia a operação de aproximação do ARP onde o piloto utiliza a visão do sistema como auxilio.

O radar SAR é um radar de varredura lateral, e principalmente nesse tipo de radar, qualquer objeto na frente da antena é prejudicial, pois ele sintetiza um tamanho maior da antena utilizando o movimento da aeronave. Para outros tipos de radar, um objeto na frente da antena vai causar um "ponto sego" que vai depender muito do comprimento e largura do objeto.

Neste caso, não me parece um radar SAR, e o trem de pouso (talvez pela espessura) pode sim ter sido considerado desprezível ou aceitável, mas não tem Flir.


Neste outro caso, foi também procurada uma solução para evitar que a antena do Flir se torne um obstáculo.

Documento: 2012NE000471
Data: 13/11/2012
Órgão / Entidade Vinculada: 52111 - COMANDO DA AERONAUTICA
Favorecido: 88.031.539/0001-59 - AEROELETRONICA LTDA
Valor: R$ 4.693.385,87
Observação do Documento: COPAC MD 304/SDFIN DE 12NOV12 CONTRATO 004/SDDP-COPAC/10 PAG 677.016.229/09
Descrição AQUISICAO DE DOIS SISTEMAS VANT (VEICULO AEREO NAO TRIPULADO), COMPOSTOS DE 02 (DUAS) AERONAVES, 01 (UMA) ESTACAO DE SOLO, SENSORES E AQUISICAO DA LOGIS TICA INICIAL ASSOCIADA. APL: COPAC

http://www.portaltransparencia.gov.br/d ... 12NE000471

Fiquei com uma duvida o "sistema vant" = COMPOSTOS DE 02 (DUAS) AERONAVES, 01 (UMA) ESTACAO DE SOLO.
então seriam 04 aeronaves e 02 Estações de solo, é isso?

Qual o modelo mais Hermes 450 Abraços

thelmo rodrigues escreveu:"Uma das versões do Falcão proposta pela Avibras é destinada à vigilância marítima-Notar as novas carenagens que abrigam as antenas SATCOM e do radar de vigilância marítima. Estes aparelhos serão utilizados na região do Pré-Sal-Imagem Avibras"

Como foi dito , a imagem seria de uma versão de vigilância marítima proposta pela Avibras. Acredito que o mock-up apresentado na LAAD seria/ deve ser a versão "terrestre", mais simples que a versão marítima, daí terem que arranjar um lugar para o Flir e outro para o radar. Como o radar deve pesar mais que o flir e ocupar mais espaço a escolha natural para não atrapalhar o equilibrio da aeronave deve ser ali mesmo no meio.

A versão LAAD 011 era apenas um demonstrador/prova de conceito.