Enviado: Sáb Ago 20, 2005 9:20 pm
Precisamos de Outro Mourao Filho.
Alcantara escreveu:talharim escreveu:Ó tempos bons ,tempos que não voltam mais
HAHAHAHA... se eu pudesse colocaria como avatar!!!
Esquerda fashion week
por Daniel Sant'Anna em 26 de agosto de 2005
Resumo: Considerando que o mundo artístico brasileiro apoio em peso a candidatura Lula, é interessante saber como seus membros estão reagindo diante da corrupção promovida pelo PT.
Os mesmos artistas que não vacilam um segundo sequer em culpar George W. Bush por qualquer espirro dado por um soldado americano a dezenas de milhares de quilômetros da Casa Branca têm se mostrado extremamente cuidadosos quando o assunto é prever as relações entre o nosso presidente e a realidade que o cerca, incluindo-se aí o esquema político-eleitoral-financeiro que o conduziu ao poder e o manteve governando até agora. Muitos desses artistas são os mesmos que, por bem menos, esperneavam pelo impeachment de Collor ou de Celso Pitta. São figurinhas carimbadas da bravataria nacional.
Artistas engajados sabem, enfim, onde, quando e em quem bater, embora se importem bem menos com os porquês fundamentais. Na crise atual, têm adotado um comportamento contraditório: ao mesmo tempo em que condenam a corrupção, fecham os olhos para os corruptos, com medo de enxergarem alguém conhecido. Alguns se dizem decepcionados, outros botam a culpa no “sistema político” (como se este fosse o mesmo que o clima, como se não fosse resultado direto da ação dos homens), na administração anterior, ou simplesmente se calam. Poucos parecem ter coragem de vestir carapuças. Pois bem, sem problema: tratemos de fazê-lo:
O ator Marcos Winter diz não passar por sua cabeça que Lula soubesse “das sacanagens do seu Delúbio, do seu Silvio, do seu Valério”. Chama-o de “meu amigo”. Paloma Duarte, por sua vez, ativa participante na campanha que conduziu o atual “time” à administração federal, pede prazo, e diz estarmos “muito no meio da investigação” para se declarar. Bate o pé, convicta, e afirma não estar arrependida. Moça firme. Hugo Carvana (que como diretor de cinema é excelente ator) esconde-se atrás de sua assessoria de imprensa, e prefere não aparecer. Agora, porque na época da eleição fez questão de ser fotografado ao lado de Lula e de descomunais estrelas vermelhas. Assim como Marina Lima, “incomunicável” para dar depoimentos a respeito da baixaria generalizada. Esta noite ela não quer ter... confusão. Chico Buarque, o poeta de nossas mulheres (mas não dos presos políticos cubanos, por exemplo), também “não fala, não comenta, não dá entrevista”, segundo sua assessoria. Mas jamais se furtou a emprestar a José Dirceu um pouco de seu prestígio. Dizem que, para Chico, a pior das ofensas é ser chamado de “perna-de-pau”. Poderíamos imaginar outras melhores para alcunhá-lo. A empresária de Zeca Pagodinho diz que ele “não se mete em política”. Mas o pagodeiro apoiou Lula publicamente durante a campanha de 2002. Terá sido resultado do mesmo entusiasmo desenfreado com que se entrega às campanhas milionárias das grandes cervejarias? Camila Pitanga dizia na época das eleições que “o país não agüentava mais do mesmo” e chegou a chorar de “contentamento e emoção” na festa da posse. Hoje, curiosamente, “não se sente apta para comentar o assunto”. Passou de comentarista política a alienada em pouco tempo. E a musa do MST, Letícia Sabatella, o que diz agora? Diz assim: “É pra falar sobre o Lula? Me liga amanhã...”. E nos três dias seguintes se recusa a atender o celular. Talvez estivesse incomunicável invadindo alguma propriedade rural não-produtiva.
E como estariam reagindo ao mar de lama dois dos principais veículos de comunicação voltados ao público jovem, ou seja, supostamente mais propensos a arroubos tremelicosos de indignação? O site da MTV é ao mesmo tempo deserto das denúncias e sepultura da crise política por que passa o Brasil. O apresentador Rafa, em seu blog, afirma: “escolhi um candidato, um conjunto de idéias, uma identidade de valores.
Preferi o Lula entre os outros rostos naquela máquina de votar. E enquanto os defeitos e os desarranjos do partido do governo vêm à tona, não me arrependo. E não pulo fora”. Politizado e consciente como a emissora onde trabalha, ele vota em rostos. Talvez apoiasse Ana Paula Arósio em 2006. A edição atual da revista da MTV nas bancas dá ênfase a assuntos mais importantes, como “pais que se tornam os melhores amigos dos filhos”. Sempre estiveram mais preocupados com a invasão do Iraque e os abusos em Abu Ghraib que com escândalos genuinamente nacionais.
A Trip, por sua vez, vai ainda mais longe na idiotice e, frente ao mar de lama, traz Caetano Veloso... NU! Não podemos acusá-los de não estar trazendo a público informações nunca antes reveladas. É a indignação seletiva: nada muito significativo a respeito do mensalão, mas uma bem servida reportagem sobre carro-bomba no Iraque. Bush não lê a Trip e assim nenhum contrato de publicidade pode ser ocasionalmente prejudicado.
Eles podem, enfim, parecer artistas, descolados, gente engajada, politizada, mas são apenas um bando de bonitinhos, sedentos por atenção, verbas, contratos em comícios milionários, parcerias com ONGs, patrocínios de estatais, vernissages, inaugurações de toda natureza, anos temáticos em Paris. Usam camisetas vagabundas com a estampa de Che Guevara que custam 100 reais e se acham o máximo. São bobos alegres. São a nossa esquerdinha fashion week.
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=4019
Guilherme escreveu:Esquerda fashion week
por Daniel Sant'Anna em 26 de agosto de 2005
Resumo: Considerando que o mundo artístico brasileiro apoio em peso a candidatura Lula, é interessante saber como seus membros estão reagindo diante da corrupção promovida pelo PT.
Os mesmos artistas que não vacilam um segundo sequer em culpar George W. Bush por qualquer espirro dado por um soldado americano a dezenas de milhares de quilômetros da Casa Branca têm se mostrado extremamente cuidadosos quando o assunto é prever as relações entre o nosso presidente e a realidade que o cerca, incluindo-se aí o esquema político-eleitoral-financeiro que o conduziu ao poder e o manteve governando até agora. Muitos desses artistas são os mesmos que, por bem menos, esperneavam pelo impeachment de Collor ou de Celso Pitta. São figurinhas carimbadas da bravataria nacional.
Artistas engajados sabem, enfim, onde, quando e em quem bater, embora se importem bem menos com os porquês fundamentais. Na crise atual, têm adotado um comportamento contraditório: ao mesmo tempo em que condenam a corrupção, fecham os olhos para os corruptos, com medo de enxergarem alguém conhecido. Alguns se dizem decepcionados, outros botam a culpa no “sistema político” (como se este fosse o mesmo que o clima, como se não fosse resultado direto da ação dos homens), na administração anterior, ou simplesmente se calam. Poucos parecem ter coragem de vestir carapuças. Pois bem, sem problema: tratemos de fazê-lo:
O ator Marcos Winter diz não passar por sua cabeça que Lula soubesse “das sacanagens do seu Delúbio, do seu Silvio, do seu Valério”. Chama-o de “meu amigo”. Paloma Duarte, por sua vez, ativa participante na campanha que conduziu o atual “time” à administração federal, pede prazo, e diz estarmos “muito no meio da investigação” para se declarar. Bate o pé, convicta, e afirma não estar arrependida. Moça firme. Hugo Carvana (que como diretor de cinema é excelente ator) esconde-se atrás de sua assessoria de imprensa, e prefere não aparecer. Agora, porque na época da eleição fez questão de ser fotografado ao lado de Lula e de descomunais estrelas vermelhas. Assim como Marina Lima, “incomunicável” para dar depoimentos a respeito da baixaria generalizada. Esta noite ela não quer ter... confusão. Chico Buarque, o poeta de nossas mulheres (mas não dos presos políticos cubanos, por exemplo), também “não fala, não comenta, não dá entrevista”, segundo sua assessoria. Mas jamais se furtou a emprestar a José Dirceu um pouco de seu prestígio. Dizem que, para Chico, a pior das ofensas é ser chamado de “perna-de-pau”. Poderíamos imaginar outras melhores para alcunhá-lo. A empresária de Zeca Pagodinho diz que ele “não se mete em política”. Mas o pagodeiro apoiou Lula publicamente durante a campanha de 2002. Terá sido resultado do mesmo entusiasmo desenfreado com que se entrega às campanhas milionárias das grandes cervejarias? Camila Pitanga dizia na época das eleições que “o país não agüentava mais do mesmo” e chegou a chorar de “contentamento e emoção” na festa da posse. Hoje, curiosamente, “não se sente apta para comentar o assunto”. Passou de comentarista política a alienada em pouco tempo. E a musa do MST, Letícia Sabatella, o que diz agora? Diz assim: “É pra falar sobre o Lula? Me liga amanhã...”. E nos três dias seguintes se recusa a atender o celular. Talvez estivesse incomunicável invadindo alguma propriedade rural não-produtiva.
E como estariam reagindo ao mar de lama dois dos principais veículos de comunicação voltados ao público jovem, ou seja, supostamente mais propensos a arroubos tremelicosos de indignação? O site da MTV é ao mesmo tempo deserto das denúncias e sepultura da crise política por que passa o Brasil. O apresentador Rafa, em seu blog, afirma: “escolhi um candidato, um conjunto de idéias, uma identidade de valores.
Preferi o Lula entre os outros rostos naquela máquina de votar. E enquanto os defeitos e os desarranjos do partido do governo vêm à tona, não me arrependo. E não pulo fora”. Politizado e consciente como a emissora onde trabalha, ele vota em rostos. Talvez apoiasse Ana Paula Arósio em 2006. A edição atual da revista da MTV nas bancas dá ênfase a assuntos mais importantes, como “pais que se tornam os melhores amigos dos filhos”. Sempre estiveram mais preocupados com a invasão do Iraque e os abusos em Abu Ghraib que com escândalos genuinamente nacionais.
A Trip, por sua vez, vai ainda mais longe na idiotice e, frente ao mar de lama, traz Caetano Veloso... NU! Não podemos acusá-los de não estar trazendo a público informações nunca antes reveladas. É a indignação seletiva: nada muito significativo a respeito do mensalão, mas uma bem servida reportagem sobre carro-bomba no Iraque. Bush não lê a Trip e assim nenhum contrato de publicidade pode ser ocasionalmente prejudicado.
Eles podem, enfim, parecer artistas, descolados, gente engajada, politizada, mas são apenas um bando de bonitinhos, sedentos por atenção, verbas, contratos em comícios milionários, parcerias com ONGs, patrocínios de estatais, vernissages, inaugurações de toda natureza, anos temáticos em Paris. Usam camisetas vagabundas com a estampa de Che Guevara que custam 100 reais e se acham o máximo. São bobos alegres. São a nossa esquerdinha fashion week.
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=4019
De Ubiratan Brasil em O Estado de S. Paulo, hoje:
"A descrença na política que hoje domina a sociedade brasileira motivou o escritor e colunista do Estado Luis Fernando Verissimo a anunciar, em crônica publicada na quinta-feira, a morte da Velhinha de Taubaté, um dos seus mais conhecidos personagens. "Ela surgiu durante outro período de pouca crença do povo no governo, o regime militar, e agora não suportou o que está acontecendo", disse Verissimo, durante o último dia da 11.ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo.
A Velhinha de Taubaté tornou-se uma celebridade nacional por ser a última pessoa do Brasil que ainda acreditava no governo.
Verissimo conta que precisava revelar sua indignação com as denúncia de corrupção que cercam o governo Lula e, para isso, preferiu uma forma mais lúdica para mostrar que agora ninguém acredita em nada. Mas não nega que a personagem ainda poderá voltar. "Com os avanços da medicina atual, ela pode estar mantida por aparelhos ou até pode ser clonada", brincou.
O escritor pretendeu, com isso, demonstrar como essa é uma das maiores crises já vividas no País. "Nem o ministro Palocci merece mais confiança", comentou. "Não se trata apenas de uma ameaça à existência de um partido, o PT, mas comprova a existência de uma oposição, movida a ideologia, que pretende acabar totalmente com a esquerda no Brasil."
Verissimo concordou com Chico Buarque de Hollanda, que, durante sua passagem por Passo Fundo, comentou que o País está com a alma ferida. "Os acontecimentos são tão impressionantes que ainda não temos a distância necessária para avaliar seus efeitos", disse. "Nossa tarefa agora é descobrir o que está nos acontecendo. Na micro-história, trata-se da derrocada de um partido. Mas, na grande história, parece que vivemos uma tentativa de repetir algo semelhante ao que aconteceu a João Goulart, governante de esquerda que acabou derrubado da Presidência."
*Ricardo Noblat
Lição de humildade
O governo, que se acha um sucesso internacional, só leva gol contra
Tudo o que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz, segundo ele próprio, cai em duas, e só duas, categorias. Na primeira, o que faz, em qualquer área de atividade, é sempre o melhor (ou maior) do mundo. Na segunda, é sempre o melhor (ou maior) jamais feito "na história deste país". Ao longo dos últimos dias, juntou-se a essas duas auto-avaliações uma terceira, segundo a qual pode haver, talvez, alguém tão honesto quanto o presidente entre os 180 milhões de brasileiros, mas ninguém seria "mais honesto" do que ele. Em matéria de megalomania boba, fica difícil encontrar algum governo que consiga competir com o de Lula, seja "no mundo", seja "na história deste país", mas isso é o de menos.
O curioso é que o julgamento que o governo faz a respeito de si próprio é exatamente o oposto do que ocorre no mundo dos fatos. Nunca houve na era republicana (para usar a palavra fetiche do PT), ou em qualquer outra, um governo que roubasse tanto e de forma tão inepta como o atual. Mas é nesse momento, justamente, que Lula escolhe para informar ao público que nenhum brasileiro o supera em termos de honestidade -- deixando o público, obviamente, sem entender nada. Nunca houve, também, tanta incompetência na gestão da máquina pública, exceção feita à área econômica. Quanto mais erra, porém, mais o governo diz que acerta. A pose é de Real Madrid. Os resultados, no mundo das realidades, são de Jabaquara.
Nessa balada, é natural que também a política externa do governo Lula seja descrita como a melhor de todos os tempos. Mas, da mesma forma como ocorre com os "10 milhões de novos empregos", com o "Fome Zero", com as "políticas públicas", e por aí afora, o que se pode ver, na tabela de pontos corridos, é que a diplomacia brasileira não consegue ganhar uma -- não, com certeza, na sua estratégia de transformar o Brasil no farol dos países subdesenvolvidos e, com isso, alterar a "balança de poder" vigente no planeta Terra. Como o personagem Augusto Matraga, o Itamaraty petista dedica-se a fazer política sempre do lado que perde, constrói alianças sem aliados, proclama liderança sem liderados e candidata-se a cargos nas organizações internacionais sem ter votos. O resultado prático disso tudo, até agora, tem sido derrota em cima de derrota. No falatório do PT e de Lula, é claro, a diplomacia do Itamaraty é a mais fabulosa que já se fez na "história deste país". Na vida real, ela consegue exatamente o contrário do que pretende -- em vez de fazer amigos e influenciar nações, o Brasil se vê cada vez mais isolado no Terceiro Mundo, que imagina estar liderando, e levado cada vez menos a sério no Primeiro, ao qual imagina estar impondo respeito. Devem ser as "perdas internacionais" de que tanto falava o governador Leonel Brizola.
A última goleada que o Itamaraty tomou foi a candidatura brasileira à presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID): conseguiu o lamentável total de 11 votos para o candidato João Sayad, contra os 20 dados ao vencedor, o colombiano Luis Alberto Moreno, após uma campanha desastrada do começo ao fim. Os estrategistas da política externa do PT imaginavam derrotar Moreno, o candidato apoiado pelos Estados Unidos, mobilizando em favor do Brasil as ilhas do Caribe -- países sem dúvida muito simpáticos e numerosos, mas cuja possibilidade de decidir uma disputa nas três Américas é próxima a zero. A eles deveriam se somar, no sonho do Itamaraty, os votos da Venezuela do companheiro Hugo Chávez, depois os do Mercosul, e assim por diante, até que os Estados Unidos se curvassem diante do Brasil. Só poderia dar errado, e deu.
No fim das contas, o candidato brasileiro acabou não ficando sequer com todos os votos do Caribe. Do Mercosul, que o governo Lula insiste em liderar, é melhor nem falar: dos três votos com os quais o Itamaraty contava, dois foram contra. O pior, na história toda, é que mais uma vez a atual diplomacia brasileira acabou obtendo o exato oposto daquilo que pretendia obter: em vez de aumentar, diminuiu a influência que tinha no BID, onde a vice-presidência era até agora ocupada pelo mesmo João Sayad. Durante a campanha, surgiu a chance de uma composição. O Brasil apoiaria a candidatura de Luis Alberto Moreno e seria compensado com a manutenção de seu peso relativo na estrutura do banco. Mas o Itamaraty decidiu bater chapa, perdeu feio e agora não se sabe nem mesmo se o pobre João Sayad, que não tinha nada a ver com a briga, ficará no BID. Ao fim e ao cabo, deu perda total. O Brasil não conseguiu o que queria ter e está ameaçado de perder o que tinha.
O desastre do BID é irmão gêmeo do desastre que a política externa do governo já tinha oferecido ao país em maio, com a candidatura do embaixador Luiz Felipe Seixas Corrêa à diretoria-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). O Itamaraty, na ocasião, conseguiu o prodígio de ver seu candidato ficar em quarto lugar numa disputa entre quatro nomes. Não só isso: após uma disputa em que se cometeram todos os erros que seria possível cometer, o ganhador foi o diplomata uruguaio Carlos Pérez del Castillo. Sobrou a constatação de que nem no Mercosul, mais uma vez, o Brasil consegue apitar alguma coisa, e que nem o Uruguai, nosso excelente vizinho, parece estar impressionado com o poder de fogo que o Itamaraty acredita ter. A surra na eleição da OMC não deveria ensinar a diplomacia do governo Lula a pensar um pouco melhor nas suas limitações? Deveria, mas não ensinou. Sem aprender nada e sem esquecer nada, o Itamaraty logo se meteu na aventura do BID, e agora trabalha a todo o vapor para perder de novo, com sua tentativa de obter uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Trata-se de uma candidatura que só existe na cabeça dos três ministros de Relações Exteriores que o Brasil tem hoje, e que eram quatro até José Dirceu, o ex-chefe da Casa Civil, ser incinerado na fogueira do mensalão: o ministro propriamente dito, o chanceler Celso Amorim, o secretário-geral Samuel Pinheiro e o assessor internacional do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia. Nem mesmo os países da América Latina, que pela teoria geopolítica do PT deveriam estar torcendo feito loucos para ter um hermano entre os grandes regentes da ONU, apóiam o Brasil. Ao contrário, fazem questão de vetar em público a pretensão brasileira, como é o caso, por exemplo, do México e da Argentina. As potências da vida real, por sua vez, nem perdem tempo em discutir o assunto -- da mesma forma como nunca levaram a sério a idéia de criar um "imposto mundial" sobre transações financeiras para combater a fome, uma espécie de globalização da CPMF que Lula acredita ser um dos maiores achados da sua política externa. É óbvio que nunca vai sair um único centavo disso. Mas e daí? O que importa é cuidar da imagem. Na esfera do marketing, o presente governo se acha um grande sucesso internacional. Na vida como ela é, lembra cada vez mais um Luís XV de escola de samba
Alcantara escreveu:Você, não sei, mas eu com certeza NÃO vou votar em ninguém que seja do PT ou que esteja coligado ao PT. Aliás, como fiz na últimas eleições.
Jet Crash®, obrigado pelo "avatar". Vou ver se coloco depois, quando as coisas esquentarem para o Lula. Não quero ser acusado de fazer apologia sem se ter provas contra ele, hehehhe