Qual o Melhor Caça de Ataque na América Latina ?

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Qual o Melhor Caça de Ataque na América Latina ?

AMX- M ( A-1 ) Brasil
55
60%
Mirage 50 (M50M/DCM) Chile
5
5%
A-4 AR ( Argentina )
16
18%
A-4 KU ( Marinha Brasil )
1
1%
SU-22 ( Peru )
0
Não há votos registrados
SU-25 ( Peru )
10
11%
Mirage 50EV ( Venezuela )
4
4%
 
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ZeRo4
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#91 Mensagem por ZeRo4 » Qua Out 19, 2005 12:48 am

Ótima análise do AMX feita pelo forista do Pepe... sem dúvida nenhuma corretíssima! Como falei em outro tópico, o problema de nós Brasileiros é que temos mania de engrandecer demais as coisas construídas por aqui, quando no mais elas são "medianas".

----------------------------------------------------------------

Eu sempre vejo esta questão do AMX em Kosovo, mas nunca vejo uma analise mais detalhada do que aconteceu lá.



Os AMX fizeram os mesmos papeis que os A-10 da USAF, isto é, apoio aéreo aproximado, porem com uma enorme gama de diferenças em relação a uma missão CAS “clássica”



* Não havia interceptadores inimigos
* Havia um sistema de C3I excelente
* Outras plataformas fizeram um forte trabalho SEAD e suprimiram a maior parte da defesa AA
* O trabalho de inteligência para catalogação dos alvos já foram executado de ante mão, de modo que o planejamento de missão favorecia a sobrevivência do atacante.
* O AMX era armado com bombas IR que lhe permitia atacar acima de 3000m de altura e portanto fora do envelope das defesas AA moveis como Manpads e canhões AA. Quando armados com bombas laser o AMX dependia do Tornado para fazer designação dos alvos.





Isto é completamente diferente de um cenário europeu imaginado até 1990 quando o AMX entrou em serviço onde existiria:



* Interceptadores inimigos
* Impossibilidade de anulação massiva das defesas AA do pacto de Varsóvia
* Impossibilidade tática de voar em território hostil acima de 1000 pés, e portanto dentro de AA Manpads e canhões de tiro rápido.
* Ausência de armamentos SOW para caças de segunda linha



Qual seria o papel do AMX em um conflito europeu em larga escala como o imaginado na época em que ele foi planejado?



Seria um papel bastante limitado.



A Europa nos anos 80 tinha 3 níveis de aeronaves de ataque.



Um primeiro nível de interdição estratégica seria executado pelos Tornados e F-111, atacando bases aéreas e centros estratégicos a centenas de quilômetros dentro de território inimigo. Em missões noturnas e em condições meteorologias ruins se necessário.



Um segundo nível, a ser executado pelos Jaguares, F-16, Mirage 2000 e F1, penetraria em território inimigo para destruição de alvos táticos como a linha de suprimento atrás do front.



E um primeiro nível que seria composto por aeronaves subsônicas, seja elas derivadas de treinadores como o Alpha Jet ou Hawk ou projetos específicos como o Harrier, a função de. dotar a OTAN de uma espécie de reserva de emergência a ser utilizadas em missões mais simples de interdição de modo a liberar os caças sofisticados para as missões de maior complexidade.



O AMX se enquadraria nesta classe, seria uma espécie de “reserva operacional” as forças do ocidente de uma aeronave de segunda linha.



Em cenários complexos como o europeu o AMX não era é não é um caça de primeiro emprego.



Em cenários sul americanos o AMX é valido como caça de primeira linha.



Existem 4 plataformas dedicadas para ataque na América do Sul.



A-4AR na Argentina

Jaguar no Equador

Su-22 no Peru

A-1 no Brasil



Desta relação os Su-22 são as piores plataformas, seja pela ausência de qualquer modernização, seja pela FAP ser uma péssima operadora.



Mas vamos dar uma olhadinha nos outros casos.



Das três plataformas, o Jaguar é de longe a melhor, em desempenho na sua arena de atuação.



Entre AMX e A-4 considerando apenas o aspecto “plataforma”, ambos se equivalem, com a diferença que o primeiro A-4 voou 30 anos antes do primeiro AMX (1954 x 1984).



Considerando instrumentação, os A-4AR estão a frente dos A-1 da FAB, até que o A-1M de o ar da graça onde novamente as coisas se equilibram.



De modo, que mesmo no cenário sul americano, o AMX apesar de validos, não são nem a melhor plataforma (Jaguar) nem o melhor sistema de armas (A-4R), com o triste agravante que estão em grande numero estocados por falta de recursos.



Eu não quero com isto, diminuir a importância do AMX, apenas colocar a coisa por um outro ângulo.



Existe no Brasil uma “maquina de propaganda” bastante azeitada para os projetos nacionais de aeronaves militares.



Por falta de um caça realmente moderno na FAB, sempre procuraram dar ao AMX alguns “superpoderes” que ele não tem, com o ALX a mesma coisa.



O AMX é um A-4 projetado 30 anos depois, para que Itália e Brasil na época pudessem amadurecer sua industria aeronáutica.



Os brasileiros queriam participar de um programa de projeto de aeronave militar pela primeira vez, e os italianos queriam voltar a liderar um programa desta natureza depois de ocuparem papeis menores em projetos europeus.



Pelo aspecto político e de capacitação das industrias o programa foi um sucesso, porem como resultado, se analisado por critérios operacionais o produto era mediano.



Com o ALX existe um fenômeno parecido.



Estão dando “super poderes” a uma aeronave mediana, talvez porque não existe hoje nada na frota da FAB que possa servir de padrão de comparação.



O ALX é uma forma relativamente barata do Brasil continuar a produzir aeronaves militares. É uma espécie de “Púcara” projetado 25 anos depois, onde o resultado político e econômico parece favorável, mas analisando por critérios operacionais temos também uma aeronaves mediana.



Não sabemos se ele serve ou não como treinador avançado



Sabemos que ele não consegue interceptar aeronaves turbohelices de maior performance.



Como alternativa barata para problemas limitados ele é valido, mas de modo algum é uma aeronave moderna em conceito.




As GATs e RPs estão em toda cidade!

Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..." ;)
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Vinicius Pimenta
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#92 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Out 19, 2005 1:03 am

Fala, ZeRo, também li essa opinião do Pedro Paulo. No entanto, gostaria de comentar:

Os AMX fizeram os mesmos papeis que os A-10 da USAF, isto é, apoio aéreo aproximado, porem com uma enorme gama de diferenças em relação a uma missão CAS “clássica”

* Não havia interceptadores inimigos
* Havia um sistema de C3I excelente
* Outras plataformas fizeram um forte trabalho SEAD e suprimiram a maior parte da defesa AA
* O trabalho de inteligência para catalogação dos alvos já foram executado de ante mão, de modo que o planejamento de missão favorecia a sobrevivência do atacante.
* O AMX era armado com bombas IR que lhe permitia atacar acima de 3000m de altura e portanto fora do envelope das defesas AA moveis como Manpads e canhões AA. Quando armados com bombas laser o AMX dependia do Tornado para fazer designação dos alvos.


E no que isso desmerece o AMX? Essa estrutura valia para toda e qualquer aeronave da OTAN. Ruim seria se com todo esse apoio ele fosse um fracasso. Mas, pelo contrário, obteve taxa de acertos igual ou superior a média das outras aeronaves.

Isto é completamente diferente de um cenário europeu imaginado até 1990 quando o AMX entrou em serviço onde existiria:

* Interceptadores inimigos
* Impossibilidade de anulação massiva das defesas AA do pacto de Varsóvia
* Impossibilidade tática de voar em território hostil acima de 1000 pés, e portanto dentro de AA Manpads e canhões de tiro rápido.
* Ausência de armamentos SOW para caças de segunda linha


Correto, mas não vejo razões para não conseguir cumprir suas missões nesse cenário. Óbvio que teria mais dificuldades. Qualquer aeronave teria.

Qual seria o papel do AMX em um conflito europeu em larga escala como o imaginado na época em que ele foi planejado?

Seria um papel bastante limitado.


Seriam as tarefas para o qual foi planejado. E só.

No mais concordo com praticamente tudo.

-------------

Minha opinião sobre o AMX: aeronave cumpre o papel para a qual foi planejada. No Brasil é sub-aproveitada. Ainda assim é um bom vetor. Perfeitamente compatível com cenários propostos.




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#93 Mensagem por VICTOR » Qua Out 19, 2005 12:39 pm

Concordo coma mensagem do Pepe que o Zero postou, principalmente "Jaguar = melhor plataforma, A-4AR melhor instrumentacao". O AMX eh bom caca de ataque leve, com capacidade Revo, mas estah longe ser uma maquina mortifera, e pior ainda na comparacao com outras Forcas.

A FAB pode ser elogiada na sua capacidade geral, mas sua avaicao de caca ainda eh muito, muito ruim, na minha opiniao.

E nem sei se ja escrevi isso, mas esta enquete, com A-1M contra cacas que estao em operacao ha 10 ou 20 anos, nao me parece precisa.

Ou se compara nosso F-5E vanilla como Tiger III chileno, ou nosso F-5EM com o A-4AR argentino, e assim por diante. Senao, eh muito ovo na cloaca.

EDIT descobri que a mensagem eh da Elizabeth Koslowa, e nao do Pepe, apesar dele concordar com ela.




Editado pela última vez por VICTOR em Qua Out 19, 2005 1:58 pm, em um total de 1 vez.
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#94 Mensagem por helio » Qua Out 19, 2005 12:53 pm

Estou satisfeito!!!
apesar de muitas contestações,foi uma pedreira tentar convencer muitos foristas que o AMX é um avião medíocre. Até que enfim alguns se convenceram que o AMX é apenas um vetor mediano.(mediano nada mais é que o eufemismo de medíocre)
Pouco a pouco voces vão entender que o AMX foi um dos aviões que menos compensaram em ter na frota da FAB.

Abraços

Hélio




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#95 Mensagem por Lauro Melo » Qua Out 19, 2005 1:12 pm

helio escreveu:Estou satisfeito!!!
apesar de muitas contestações,foi uma pedreira tentar convencer muitos foristas que o AMX é um avião medíocre. Até que enfim alguns se convenceram que o AMX é apenas um vetor mediano.(mediano nada mais é que o eufemismo de medíocre)
Pouco a pouco voces vão entender que o AMX foi um dos aviões que menos compensaram em ter na frota da FAB.
Abraços
Hélio

Hélio,
Acho QUE ESTA totalmente errado.
O que dizer da Polônia que vai modernizar cerca de 48 SU-22.
A Itália que vai operar os AMX até 2020 ( serão modernizados )
O que dizer da Argentina que vai operar o A-4 até 2015 no mínimo.
O que dizer Singapura que vai utilizar os A-4 até 2012.
O que dizer da Tailândia que utiliza os A-7.
O que dizer da Red Flag 1998/3, do qual vc nem tocou no assunto, onde os AMX foram melhores que os F-16 AM.
Os AMX atuaram junto com os F-16A/B MLU belgas e holandeses, CF-18 canadenses e caça americanos. Singapura participou com os CH-47D Chinooks para CSAR. Os AMX acertaram mais de 75% dos alvos contra uma média de 60% dos outros participantes, penetrando defesas em terra e no ar. Nenhum AMX foi "derrubado" e ainda conseguiram duas vitórias contra os caças inimigos que tentaram intercepta-los a baixa altitude.

O que dizer de Kosovo, onde apesar do cenário mostrado acima os AMX obteve taxa de acertos igual ou superior a média das outras aeronaves. Sendo que efetuo mais missões do que os Tornados Italianos.
Por fim sua opinião é apenas o que vc acha. Assim como a minha e nenhuma são uma verdade absoluta. So porque diz que é tão ruim, isto pode não ser uma verdade apenas sua opinião.
E com caças ( A-4 B e C ) "parecidos" com aos AMX os Argentinos conseguiram isto :
A Guerra Aérea No Atlântico Sul, vista pelos Argentinos

http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=3660

sds,




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#96 Mensagem por J.Ricardo » Qua Out 19, 2005 1:12 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Fala, ZeRo, também li essa opinião do Pedro Paulo. No entanto, gostaria de comentar:

Os AMX fizeram os mesmos papeis que os A-10 da USAF, isto é, apoio aéreo aproximado, porem com uma enorme gama de diferenças em relação a uma missão CAS “clássica”

* Não havia interceptadores inimigos
* Havia um sistema de C3I excelente
* Outras plataformas fizeram um forte trabalho SEAD e suprimiram a maior parte da defesa AA
* O trabalho de inteligência para catalogação dos alvos já foram executado de ante mão, de modo que o planejamento de missão favorecia a sobrevivência do atacante.
* O AMX era armado com bombas IR que lhe permitia atacar acima de 3000m de altura e portanto fora do envelope das defesas AA moveis como Manpads e canhões AA. Quando armados com bombas laser o AMX dependia do Tornado para fazer designação dos alvos.


E no que isso desmerece o AMX? Essa estrutura valia para toda e qualquer aeronave da OTAN. Ruim seria se com todo esse apoio ele fosse um fracasso. Mas, pelo contrário, obteve taxa de acertos igual ou superior a média das outras aeronaves.

Isto é completamente diferente de um cenário europeu imaginado até 1990 quando o AMX entrou em serviço onde existiria:

* Interceptadores inimigos
* Impossibilidade de anulação massiva das defesas AA do pacto de Varsóvia
* Impossibilidade tática de voar em território hostil acima de 1000 pés, e portanto dentro de AA Manpads e canhões de tiro rápido.
* Ausência de armamentos SOW para caças de segunda linha


Correto, mas não vejo razões para não conseguir cumprir suas missões nesse cenário. Óbvio que teria mais dificuldades. Qualquer aeronave teria.

Qual seria o papel do AMX em um conflito europeu em larga escala como o imaginado na época em que ele foi planejado?

Seria um papel bastante limitado.


Seriam as tarefas para o qual foi planejado. E só.

No mais concordo com praticamente tudo.

-------------

Minha opinião sobre o AMX: aeronave cumpre o papel para a qual foi planejada. No Brasil é sub-aproveitada. Ainda assim é um bom vetor. Perfeitamente compatível com cenários propostos.


Vocês estão se esquecendo de que o AMX foi projetado para operar em um pacote composto por Tornados e AMX, ele nunca foi projetado como um avião de primeira linha, e sim para operar junto com os Tornados na Europa, enquanto no contexto da América do Sul ele (quando estiver equipado com radar) vai dar conta do recado, afinal com AA existente por essas bandas ele vai fazer a festa!!!




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#97 Mensagem por Lauro Melo » Qua Out 19, 2005 1:28 pm

helio escreveu:Estou satisfeito!!!
apesar de muitas contestações,foi uma pedreira tentar convencer muitos foristas que o AMX é um avião medíocre. Até que enfim alguns se convenceram que o AMX é apenas um vetor mediano.(mediano nada mais é que o eufemismo de medíocre)
Pouco a pouco voces vão entender que o AMX foi um dos aviões que menos compensaram em ter na frota da FAB.
Abraços
Hélio

Hélio poderia convencer este cara ai, sobre sua opinião.
Neil R.Anderson. Diretor Internacional de Marketing da Lockheed com mais de 10.700 horas de voô em 249 diferentes aeronaves
Comparação : A-7, A-4, F-5 e AMX :
Plinio Jr:
Trechos da matéria que saiu na AFM-de 03/1995, onde Neil R.Anderson. diretor internacional de marketing da Lockheed com mais de 10.700 horas de voô em 249 diferentes aeronaves testou um A-1B de Santa Cruz, acompanhado do Capt João Vilela.
Colocarei alguns trechos da narração dele:
¨At medium altitude,above the intermittent overcast, I had ample opportunity to review several of the A-1 characteristics. Qualitative evaluations resulted from turns, reversals, stick bumps and cycles, accels, decels. several medium g turns, all axis pulses, rolls, loops and approaches to various stall manoeuvres. As expected, the gains and gradients are fully satisfactory for a strike fighter mission.
Control performance was checked with high roll rates (360o. in 1.5 seconds) being the most impressive.
Aerobatics are always fun; the A-1 seems to be equally comfortable in various altitudes.
The high roll rate makes full rolls and roll reversals (which are much more significant) easy in VFR conditions (I wondered about formation approaches in the soup at night) .
The partial (roll and yaw) fly-by-wire flight control development has yielded characteristics which are certainly easy to learn and effective in use. I would rate A-1 aerobatics as superior to the A-7 (due to quickness and low forces) and slighty better than the quicker A-4 (manoeuvre flaps are better than spring driven slats) and the F-5, although I´m convinced the F-5 qualities hold up better at higher altitudes.
The Spey engine performance was most impressive at low altitudes. Throttle slams, bodie reversals and others abuses were accepted without difficulty. Fuel consumption is high but mitigated somewhat by a high resistance to snap commands and small object FOD.
Engine acceleration and deceleration rates, especially above 75% are nearly instantaneous but fall off rapidly near the idle power range.
The low altitudes qualities of the A-1 combined with reasonable fuel fraction yield a machine compatible with future international consortium operations. The high-speed stability would be most appreciated by pilots in actual or simulated bombing patterns, and the installed electronic weapons system assures good accuracy even with unguided bombs

SDS,




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#98 Mensagem por VICTOR » Qua Out 19, 2005 2:05 pm

Outra mensagem equilibrada sobre o AMX, de autoria de Humberto Leite

No cenário europeu dos anos 80, creio que a função de Apoio Aéreo Aproximado realmente seria a função primordial dos AMX. Vide que eles substituiram os Fiat G-91.

Entretanto, naquele cenário os AMX ainda poderiam ser utilizados em umas das missões mais importantes da OTAN: transformar o Mediterrâneo no "Mare Nostrum". Na AMI, há inclusive um esquadrão de AMX especializado em ataque naval, com as aeronaves recebendo a pintura de um tubarão no nariz. Mas com que armamentos? Provavelmente com bombas.

Isso realmente parece ser meio tolo por parte dos Italianos, que preferiram instalar um radar nos AMX sem muita capacidade. Mas essas aeronaves poderiam muito bem cumprir essas missões contra lanchas e outras embarcações que representariam uma ameaça menor. É bem verdade: eis uma tarefa não muito nobre. Mas é certo que se a AMI decidiu ter um esquadrão dedicado a isso, certamente alguma coisa ela viu no AMX. Seria o ótimo alcance lo-lo-lo?

Claro, claro, vale lembrar que a Itália não tem uma das Forças Aéreas mais capazes da OTAN. Nem faz muito tempo eles ainda voavam os F-104 como ponta de lança da interceptação. Então qualquer argumento a favor do AMX já fica um pouco fraco vendo-se quem o adquiriu e projetou.

Mas trazendo para a realidade do Brasil, a introdução do AMX foi incrível. Além dos benefícios tecnológicos, houve avanços na área operacional, também. Dentro da lógica do "em terra de cego, quem tem olho é rei".

A introdução do CCIP (Continued Computed Impact Point) na FAB fez o estante de tiro de Marambaia ver uma revolução não apenas na incrível quantidade de acertos (se comparados aos F-5 e AT-27 que ali operavam), mas também frente ao próprio planejamento de missão. Os sistemas de defesa também revolucionaram aspectos operacionais, sobretudo quando os caças operam em operações conjuntas com as armas anti-aéreas do Exército e da Marinha. O alcance também é notavél. Basta lembrar que um F-5 completamente carregado só tem 222Km de alcance no perfil lo-lo-lo.

Enfim, comparativamente às outras aeronaves de ataque sub-sônico que operam na América do Sul, o AMX pode muito bem ser superado em muito pelos Jaguares e A-4AR, mas vamos nos contextualizar um pouco mais!

:arrow: Os Jaguares são tecnologicamente tão defasados quanto os AMX. E os A-4AR são uma realidade do século XXI, ou seja, bem depois da introdução dos AMX. Se há crítica contundente ao A-1, é certamente a imensa demora na conclusão dos SCP-01 e da aquisição de armamento adequado. No final dos anos 80, quando o AMX entrou em operação, ele tinha uma tecnologia comparável ou superior aos A-4 argentinos. Se tivesse recebido sua modernização quando estava planejado, com radar, míssil ar-mar, bombas inteligentes... Poderia até não conseguir a qualidade que um A-4AR tem hoje, mas seria uma das aeronaves mais modernas no cenário sul-americano.

Além do mais, vale ressaltar que se for olhar as quantidades, o A-1 não tem rival no cenário latino. A FAB dispoõe hoje de 47+16 caças supersônicos. Eles superam numericamente a primeira linha de qualquer outra nação da área. Pode-se dizer, por exemplo, que os A-4AR da FAA estão como paralelos aos F-5, e não os AMX. A questão é que o Brasil é o único que tem caças, e caças de ataque.

Enfim, acho apenas que nos atrasamos no processo de modernização mas, mesmo assim, quando essa acontecer o AMX será bem mais preciso que os "rivais". Se a FAB tem algum problema, é não ter dado continuidade aos seus planos nos anos 80. Imagine se os F-5 estivessem modernizados desde a metade dos anos 80 e se os AMX com radar e mísseis fossem uma realidade nem tão recente. E se em 2005 estivéssemos começando a operar um caça de 5° geração...

O problema da FAB nem são os caminhos dos planos de modernização, são os atrasos!

:wink:




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#99 Mensagem por Lauro Melo » Qua Out 19, 2005 2:46 pm

PERFEITO

Apenas lembrando que o Jaguar já aposentou no Equador e o A-4 AR foi feito para defesa aérea.




"Os guerreiros não caem se ajoelham e levantam ainda mais fortes."
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#100 Mensagem por Degan » Qua Out 19, 2005 2:54 pm

Amigo Victor,

Algunos alcances:

A introdução do CCIP (Continued Computed Impact Point) na FAB


Esa es una capacidad básica de los HUD, recordemos que el Pucará actualizado en los ´80 (después de Malvinas) integra una mira Saab con esa capacidad.

Basta lembrar que um F-5 completamente carregado só tem 222Km de alcance no perfil lo-lo-lo.


Esa es una comparación un poco injusta, el F-5 es un avión de caza optimizado para misiones en alta o media altura.

A questão é que o Brasil é o único que tem caças, e caças de ataque.


Eso, desde el punto de vista de planificación, no es positivo, es caro de comprar y mantener. Mejor hubiera sido comprar F-16A en esa época (el doble de cantidad que los AMX.... :shock: ), ahora tendrían la fuerza aérea mas poderosa del hemisferio sur....

o AMX será bem mais preciso que os "rivais"


No entiendo por qué :?: , ¿qué aria al AMX más preciso que un A-4AR o un Elkan, si todos poseen los mismos INS+GPS, computadoras de misión, etc...?

Yo creo que el problema es la tasa de costo/eficiencia.
El AMX es un buen y noble avión de ataque liviano (muy maniobrable Lauro..... :wink: ), pero no se justifica JAMAS a un costo del doble que un F-16A.....

Saludos cordiales,




Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
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#101 Mensagem por VICTOR » Qua Out 19, 2005 4:07 pm

Quanto ao CCIP, o autor da mensagem estava se referindo ao avanco trazido para a FAB, e nao comparando com outros paises. O inicio dos 80 foram uma epoca horrivel para a capacidade da FAB entao muitas capacidades do AMX sao muito celebradas.

Quanto ao AMX, a polemica e justamente essa - se valeu a pena ou nao gastar com ele. Eu penso que valeu, como desenvolvimento da industria, capacitacao da Embraer e acesso a tecnologias. Isso custa caro mesmo. Mas os frutos vem sendo colhidos, na forma de uma Embraer que tem um desempenho muito bom na area civil.

Se o Brasil tivesse comprado F-16A na decada de 80, sim, teria uma FAB muito poderosa, mas nao se sabe se a Embraer seria o que eh hoje sem o AMX. Ha quem discorde, claro.

:arrow: A Venezuela comprou F-16A nos anos 80, teve os cacas mais avancados do subcontinente por muito tempo, mas a longo prazo, certos investimentos na industria nacional podem ser melhores a longo prazo do que simplesmente comprar de fora. Mas essa discussao eh mais filosofica do que tecnica nesse caso.




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#102 Mensagem por Lauro Melo » Qua Out 19, 2005 4:22 pm

Duplamente perfeito, simples e no alvo.
''Active Eletronic Countermeasures'', AECM ELT 553 MK I
Mais uma capacidade trazida pelo AMX Ø Resumo:
O presente trabalho se inicia comentando o funcionamento de um radar monopulso para facilitar o entendimento do despistamento contra ele aplicado. Analisou-se na seqüência a capacidade atual da Força Aérea Brasileira nessa tecnologia e a necessidade de uma maior capacidade de autodefesa para as aeronaves da FAB, utilizando como exemplo a aeronave A-1, com o objetivo de propor uma melhoria nesta capacidade.
1 - Introdução
O radar monopulso é um tipo de radar que naturalmente oferece uma grande dificuldade para aplicações de contramedidas eletrônicas eficientes. O bloqueio eletrônico, técnica bastante eficaz contra os mais variados sistemas radar, não obtém um bom resultado contra este radar. Várias são as técnicas e equipamentos utilizados com o intuito de iludir este sistema, porém ainda são poucas as comprovações de resultados eficazes que apontem para a melhor técnica ou o melhor equipamento. Em contrapartida, os armamentos associados a esse sistema estão proliferando rapidamente, ao passo que não visualizo uma mobilização correspondente no desenvolvimento de sistemas capazes de se contrapor com eficiência a este sistema de detecção. A situação se agrava ainda mais quando se fala de Força Aérea Brasileira, já que o pouco que possuímos em termos de despistamento é representado pelo equipamento de contramedidas instalado na aeronave A-1 e, até mesmo ele, deixa uma lacuna no que diz respeito a radar monopulso.
2 - O Radar Monopulso
Para o entendimento do motivo pelo qual o radar monopulso possui uma capacidade inerente de proteção frente a contramedidas eletrônicas faz-se necessário analisar o seu funcionamento. Considerando um sistema típico de quatro cornetas, a transmissão de um sinal através dessas cornetas, gera um único pulso constituído por quatro feixes que serão recebidos independentemente em sua respectiva corneta.
3 - Bloqueio eletrônico
O bloqueio eletrônico é uma medida genericamente simples de ser implementada, porém o efeito desta forma de contramedidas contra este sistema é bastante característico. Ao direcionar um sinal de bloqueio convencional a um radar monopulso pode-se obter um resultado inverso ao que se deseja, uma vez que as antenas reconhecem diferenças de fase ou de amplitude do sinal de bloqueio e conseguem se guiar por este sinal, posicionando assim o armamento na direção do interferidor, aeronave esta que podia não ter sido detectada se não estivesse emitindo um sinal de grande potência como o de bloqueio.
3 - Despistamento
Segundo Skolnik ( Radar handbook, 1990, p.9.5 ), o despistamento é uma intencional e deliberativa transmissão ou retransmissão de amplitude, freqüência, fase, ou outra modulação de um sinal intermitente ou contínuo com o propósito de confundir a interpretação ou de uso da informação por um sistema eletrônico.
4 - Os despistadores na FAB
No atual contexto mundial, a auto-proteção eletrônica é uma condição imprescindível para a sobrevivência de uma aeronave realizando qualquer missão em um teatro de operações moderno. A preocupação da Força Aérea Brasileira com esta necessidade, embora recente, é grande, porém esbarra nas grandes dificuldades financeiras pelas quais o país atravessa. A realidade da força está bem aquém da desejada, sendo necessário uma razoável disponibilização de recursos para modernização da força. Sem considerar essa problemática financeira, a capacitação eletrônica da FAB deve raciocinar com a utilização de despistadores mecânicos e eletrônicos de última geração com o objetivo de fazer frente as ameaças encontradas no espectro eletromagnético. O programa AMX, embora já não tão recente, já pensou em dotar esta aeronave com uma boa capacidade de auto-proteção eletrônica. O A-1 possui um despistador eletrônico que é capaz de realizar vários tipos de despistamento. O ''Active Eletronic Countermeasures'', AECM ELT 553 MK I, que equipa a aeronave atua contra vários tipos de radares e, pode-se dizer que o que atualmente temos de melhor na força para a essa finalidade, porém mesmo esse equipamento ainda possui algumas restrições.
5 - Conclusão
Os radares monopulso são os sistemas mais perigosos para as aeronaves, haja vista sua peculiar proteção a contramedidas eletrônicas. A maior parte das técnicas de despistamento contra este sistema existentes hoje em dia possuem eficiência duvidosa, porém não se pode imaginar um conflito em que não se necessite uma proteção contra ele, por isso, é justificável uma grande preocupação com este problema. A Marinha, talvez por se encontrar num estágio de desenvolvimento na área da guerra eletrônica acima da FAB, já reconhece a importância e é capaz de se proteger contra esses radares e, logicamente, acredito que não seja difícil a transmissão dessa tecnologia. Apesar de ser o A-1 a aeronave citada como exemplo, a importância em se capacitar eletronicamente uma aeronave deve ser igualmente dividida por toda a força, pois cada uma terá um papel relevante caso seja necessária a sua utilização real num conflito e, apesar de muitos hoje condenarem a necessidade de se ter uma Força Aérea moderna num país de paz, muitos serão também os que cobrarão eficiência no caso de uma guerra.




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#103 Mensagem por juarez castro » Qua Out 19, 2005 4:37 pm

Lauro Melo escreveu:
helio escreveu:Estou satisfeito!!!
apesar de muitas contestações,foi uma pedreira tentar convencer muitos foristas que o AMX é um avião medíocre. Até que enfim alguns se convenceram que o AMX é apenas um vetor mediano.(mediano nada mais é que o eufemismo de medíocre)
Pouco a pouco voces vão entender que o AMX foi um dos aviões que menos compensaram em ter na frota da FAB.
Abraços
Hélio

Hélio,
Acho QUE ESTA totalmente errado.
O que dizer da Polônia que vai modernizar cerca de 48 SU-22.
A Itália que vai operar os AMX até 2020 ( serão modernizados )
O que dizer da Argentina que vai operar o A-4 até 2015 no mínimo.
O que dizer Singapura que vai utilizar os A-4 até 2012.
O que dizer da Tailândia que utiliza os A-7.
O que dizer da Red Flag 1998/3, do qual vc nem tocou no assunto, onde os AMX foram melhores que os F-16 AM.
Os AMX atuaram junto com os F-16A/B MLU belgas e holandeses, CF-18 canadenses e caça americanos. Singapura participou com os CH-47D Chinooks para CSAR. Os AMX acertaram mais de 75% dos alvos contra uma média de 60% dos outros participantes, penetrando defesas em terra e no ar. Nenhum AMX foi "derrubado" e ainda conseguiram duas vitórias contra os caças inimigos que tentaram intercepta-los a baixa altitude.

O que dizer de Kosovo, onde apesar do cenário mostrado acima os AMX obteve taxa de acertos igual ou superior a média das outras aeronaves. Sendo que efetuo mais missões do que os Tornados Italianos.
Por fim sua opinião é apenas o que vc acha. Assim como a minha e nenhuma são uma verdade absoluta. So porque diz que é tão ruim, isto pode não ser uma verdade apenas sua opinião.
E com caças ( A-4 B e C ) "parecidos" com aos AMX os Argentinos conseguiram isto :
A Guerra Aérea No Atlântico Sul, vista pelos Argentinos

http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=3660

sds,

Boa tarde! Lauro a informação de que o AMX foi melhor que F16 na Red Flag é confiável? De onde é?
Abraço




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#104 Mensagem por eu sou eu » Qua Out 19, 2005 6:10 pm

a diferença é que quando amx mod. estiverem entrando em serviço, Mirage Elkan e A4AR, estaram indo para um museu, e esses paises pela jeito não terão nada de novo para apresentar até la´, a não ser 10 F16 do Chile, e mais nada nada repito nada




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#105 Mensagem por Lauro Melo » Qua Out 19, 2005 6:17 pm

juarez castro escreveu:Boa tarde! Lauro a informação de que o AMX foi melhor que F16 na Red Flag é confiável? De onde é?
Abraço

Boa Tarde Juarez,
A informação é mais confiável possível. E pode ser confirmada de 3 formas :

Red-Flag Parte 1
RED-FLAG Parte 2: A estrada para Nellis


http://www.alide.com.br/

Batizado em Combate - AMX

http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/ ... intro.html

ADELPHI

http://www.fumacaja.com.br/amx_b.htm

Além dos próprios relatórios da Red Flag 1998 / 3.

sds,




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