China...

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Re: China...

#91 Mensagem por FOXTROT » Qui Set 08, 2011 12:57 pm

A China vai consolidando sua influência, já consegue vetar a venda de armas ianques para Taiwan deixando a ilha literalmente ilhada, se forem espertos, podem acelerar a aproximação com a China ao ponto de manterem certa autonomia, porque fica cada vez mais claro que os EUA não conseguiram sustentá-los em caso de necessidade.

Saudações




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Re: China...

#92 Mensagem por Slotrop » Qui Set 08, 2011 1:47 pm

Pelo jeito dessa vez ninguem segura a China então, os Japoneses devem estár com um frio na espinha.




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Re: China...

#93 Mensagem por Brasileiro » Qui Set 08, 2011 3:45 pm

Slotrop escreveu:Pelo jeito dessa vez ninguem segura a China então, os Japoneses devem estár com um frio na espinha.
O Japão não é pouca coisa. Só que depois da segunda guerra, aquele que era um dos povos mais temidos, habilidosos na guerra, guerreiros de força impiedosa se tornaram um monte de bunda-moles sem nenhum brio.

Já faz muito tempo que eles deveriam deixar de lado essa coleira invisível (até porque o Japão de hoje já tem força econômica e política suficiente a ponto de os EUA não poderem fazer absolutamente nada contra), encherem seus porta-aviões com caças feitos localmente, desenvolverem armas de ataque, mísseis de cruzeiro de milhares de km de alcance, armas hipersônicas, satélites-espiões, submarinos invisíveis, fuzis a laser e tudo o que a sua capacidade tecnológica interminável lhes permitir.



abraços]




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Re: China...

#94 Mensagem por Slotrop » Qui Set 08, 2011 4:53 pm

Um Japão militarizado hoje esbarraria no mesmo problema que teve na segunda guerra recursos naturais.

Não acho que eles são tudo isso, por que não usaram sua capacidade tecnologica pra sair da estagnação economica?




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Re: China...

#95 Mensagem por marcelo l. » Qui Set 08, 2011 11:09 pm

http://the-diplomat.com/china-power/201 ... a-attacks/

Um grupo militante islâmico assumiu a responsabilidade por uma série de ataques mortais na região de Xinjiang na China este verão, e advertiu de greves ainda para vir.

De acordo com o grupo de inteligência norte-americana SITE, Sheikh Abdul Shakoor Damla, líder do Partido Islâmico do Turquistão, prometeu em uma declaração em vídeo para vingar a "ocupação chinesa" da região.

"Todas as políticas praticadas pelo governo comunista chinês contra os muçulmanos no leste do Turquistão visam mutilar completamente a identidade dos muçulmanos e suas fortes tradições", ele é citado pela Reuters como dizendo. "As operações jihadistas nas províncias de Hotan e Kashgar são meramente atos de vingança contra os comunistas ateus, que lutou a religião de Alá, o Todo-Poderoso pública e abertamente."

O vídeo segue reivindicações chinês em julho que militantes islâmicos que tinham sido treinados no Paquistão planejaram o Hotan e ataques de Kashgar, que custou a vida, pelo menos de 40 pessoas e dezenas ficaram feridas mais. Esta sugestão, porém, foi contestado por grupos de etnia uigur exílio que disseram vez que a violência resultou da repressão da China à região de maioria muçulmana população nativa.

cont.




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Re: China...

#96 Mensagem por FoxHound » Qui Set 08, 2011 11:16 pm

Um grupo militante islâmico assumiu a responsabilidade por uma série de ataques mortais na região de Xinjiang na China este verão, e advertiu de greves ainda para vir.

De acordo com o grupo de inteligência norte-americana SITE, Sheikh Abdul Shakoor Damla, líder do Partido Islâmico do Turquistão, prometeu em uma declaração em vídeo para vingar a "ocupação chinesa" da região.

"Todas as políticas praticadas pelo governo comunista chinês contra os muçulmanos no leste do Turquistão visam mutilar completamente a identidade dos muçulmanos e suas fortes tradições", ele é citado pela Reuters como dizendo. "As operações jihadistas nas províncias de Hotan e Kashgar são meramente atos de vingança contra os comunistas ateus, que lutou a religião de Alá, o Todo-Poderoso pública e abertamente."

O vídeo segue reivindicações chinês em julho que militantes islâmicos que tinham sido treinados no Paquistão planejaram o Hotan e ataques de Kashgar, que custou a vida, pelo menos de 40 pessoas e dezenas ficaram feridas mais. Esta sugestão, porém, foi contestado por grupos de etnia uigur exílio que disseram vez que a violência resultou da repressão da China à região de maioria muçulmana população nativa.
Os chineses vão dar um tratamento similar ao que os russos dão ao terroristas do cáucaso eles não tem poder para sobrepujar o ELP(Exercito de Libertação Popular), o exercito chines não tem os principios de direitos humanos que tem o ocidente pode vir um milhão de fanáticos islamicos que isso não amoleçera o o coração deles nada mais nada menos do que o exterminio desses terroristas.




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#97 Mensagem por marcelo l. » Sex Set 09, 2011 10:30 am

FoxHound escreveu:
Um grupo militante islâmico assumiu a responsabilidade por uma série de ataques mortais na região de Xinjiang na China este verão, e advertiu de greves ainda para vir.

De acordo com o grupo de inteligência norte-americana SITE, Sheikh Abdul Shakoor Damla, líder do Partido Islâmico do Turquistão, prometeu em uma declaração em vídeo para vingar a "ocupação chinesa" da região.

"Todas as políticas praticadas pelo governo comunista chinês contra os muçulmanos no leste do Turquistão visam mutilar completamente a identidade dos muçulmanos e suas fortes tradições", ele é citado pela Reuters como dizendo. "As operações jihadistas nas províncias de Hotan e Kashgar são meramente atos de vingança contra os comunistas ateus, que lutou a religião de Alá, o Todo-Poderoso pública e abertamente."

O vídeo segue reivindicações chinês em julho que militantes islâmicos que tinham sido treinados no Paquistão planejaram o Hotan e ataques de Kashgar, que custou a vida, pelo menos de 40 pessoas e dezenas ficaram feridas mais. Esta sugestão, porém, foi contestado por grupos de etnia uigur exílio que disseram vez que a violência resultou da repressão da China à região de maioria muçulmana população nativa.
Os chineses vão dar um tratamento similar ao que os russos dão ao terroristas do cáucaso eles não tem poder para sobrepujar o ELP(Exercito de Libertação Popular), o exercito chines não tem os principios de direitos humanos que tem o ocidente pode vir um milhão de fanáticos islamicos que isso não amoleçera o o coração deles nada mais nada menos do que o exterminio desses terroristas.
Bom, a guerra colonial russa no Cáucaso só trouxe morte para russos e está em seu pior ano desde a invasão que foi a segunda guerra da Chechenia, isso sem os insurgentes terem qualquer apoio estrangeiro. Os Chineses são mais capazes que russos, já provaram ser mais inteligentes na transição da ditadura do capitalismo de estado para uma autocracia sem perdas de território, não vão arrasar o território e ter que banca-lo.




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#98 Mensagem por FoxHound » Sex Set 09, 2011 11:55 am

a guerra colonial russa no Cáucaso só trouxe morte para russos e está em seu pior ano desde a invasão que foi a segunda guerra da Chechenia, isso sem os insurgentes terem qualquer apoio estrangeiro.
Estude bem a guerra russa no cáucaso não é isso que você acha não mesmos os russos jamais e repito jamais darão independência é melhor a morte do que a dar indepêndencia eles já tiveram a sua indepencencia depois da primeira guerra chechena de 1994-1996 e resolveram alastra o seu califado para todo o cáucaso com a invasão da republica do Daguestão os russos virão que foram burrada dar independencia , grozny foi reconstruida e os unicos que continuam a lutar são fanaticos wahhabitas súnitas que tem apoio da Àrabia Saudita,Paquistão(Por que será heim?)vide o ISI,Emirados Àrabes unidos,Kuwait,e jordania e turquia que tem uma grande comunidade chechena esses países dão abrigos a esses terroristas e financiam, fora o financiamento de sequestros na zona de conflito e extorsão de chechenos que moram no exterior.
Já vi comentarios de veteranos russos que combateram no cáucaso eles tem muito orgulho do que fizeram e não se arrepende nem um pouco do que fizeram e se tiver que fazer tudo de novo fariam e com muito orgulho por que para eles é questão de honra e isso não tem preço, fora que é comum Chineses fazerem intercambio com os russos no cáucaso para como lidar com os seus terroritas o método russo no cáucaso é método que os chineses utilizam para lidar os com terroristas, Xinjiang só não foi a arrazada por que os chineses já querem conter o mal pelas raiz sem contar que eles nunca tiveram um Boris Yeltsin como governate sendo ele e Grashev o maior rresponsavel pela campanha russa na primeira guerra chechena.
Os russos e chineses não se incomodam com baixas por que sabe que o inmigo do outro lado teve baixas bem piores e resposta sempre é imediata e brutal sendo que a maioria que lutam e incentivam o terrorismo são teroristas dos países citados que aprendem a lutar no afeganistão para depois ensinar os métodos para zonas de respectivos conflitos.
Fale com os Russos no MP.net e em forums militares russo você vai ter uma visão maior do que ocorre lá.
Por isso que essa guerra ao terror no mundo é um fracasso por que o que vejo Freedom Fighters para algums e terrorista para outros pura hipocrisia nada mais nada menos do que usos de grupos subversivos para se chegar a um objetivo.
O mundo não é divido em preto e branco meu amigo.




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#99 Mensagem por marcelo l. » Sex Set 09, 2011 2:19 pm

FoxHound escreveu:
a guerra colonial russa no Cáucaso só trouxe morte para russos e está em seu pior ano desde a invasão que foi a segunda guerra da Chechenia, isso sem os insurgentes terem qualquer apoio estrangeiro.
Estude bem a guerra russa no cáucaso não é isso que você acha não mesmos os russos jamais e repito jamais darão independência é melhor a morte do que a dar indepêndencia eles já tiveram a sua indepencencia depois da primeira guerra chechena de 1994-1996 e resolveram alastra o seu califado para todo o cáucaso com a invasão da republica do Daguestão os russos virão que foram burrada dar independencia , grozny foi reconstruida e os unicos que continuam a lutar são fanaticos wahhabitas súnitas que tem apoio da Àrabia Saudita,Paquistão(Por que será heim?)vide o ISI,Emirados Àrabes unidos,Kuwait,e jordania e turquia que tem uma grande comunidade chechena esses países dão abrigos a esses terroristas e financiam, fora o financiamento de sequestros na zona de conflito e extorsão de chechenos que moram no exterior.
Já vi comentarios de veteranos russos que combateram no cáucaso eles tem muito orgulho do que fizeram e não se arrepende nem um pouco do que fizeram e se tiver que fazer tudo de novo fariam e com muito orgulho por que para eles é questão de honra e isso não tem preço, fora que é comum Chineses fazerem intercambio com os russos no cáucaso para como lidar com os seus terroritas o método russo no cáucaso é método que os chineses utilizam para lidar os com terroristas, Xinjiang só não foi a arrazada por que os chineses já querem conter o mal pelas raiz sem contar que eles nunca tiveram um Boris Yeltsin como governate sendo ele e Grashev o maior rresponsavel pela campanha russa na primeira guerra chechena.
Os russos e chineses não se incomodam com baixas por que sabe que o inmigo do outro lado teve baixas bem piores e resposta sempre é imediata e brutal sendo que a maioria que lutam e incentivam o terrorismo são teroristas dos países citados que aprendem a lutar no afeganistão para depois ensinar os métodos para zonas de respectivos conflitos.
Fale com os Russos no MP.net e em forums militares russo você vai ter uma visão maior do que ocorre lá.
Por isso que essa guerra ao terror no mundo é um fracasso por que o que vejo Freedom Fighters para algums e terrorista para outros pura hipocrisia nada mais nada menos do que usos de grupos subversivos para se chegar a um objetivo.
O mundo não é divido em preto e branco meu amigo.
Então, o que você coloca é a guerra defensiva ou a guerra justa são conceitos conhecidos e guerra colonial é outra, e os mesmos não excludentes, dizer que Chechenia é uma guerra colonial, é ir a raiz, ou seja, a História daquela região dentro da atual Rússia deve-se ao expansionismo Tzares que subjugaram a região, mais tarde foi tragada no fim da guerra civil rússia para Rússia agora sob nova direção.

É nítido que a colonização não deu certo por que senão os chechenos seriam ateus em sua totalidade e apoiantes de Moscou, o que os números não são bem estes, há uma guerra que aumentou de intensidade este ano, que se espalha pela região, é fato.

E que a região é rica em recursos naturais além de ser um ponto importante dentro do que se chama do grande jogo da Ásia Central que é quem controlará as vias de acesso aos produtos enérgicos da região, há vários projetos. Quem detiver com segurança essas rotas terá uma vantagem nesse século, principalmente ligando tanto dois locais sedentos por recursos que são o Mercado Comum Europeu e a China.

O jogo dos russos é claro ficam enquanto vale a pena tanto estrategicamente e economicamente, caso contrário farão o mesmo que ocorreu no Afeganistão, nenhuma potência militar hoje pode se dar ao luxo de perder preciosos recursos com incursões militares caras, vide os EUA que saiu de uma posição privilegiada para crise em poucos anos.

Falar da competência chinesa é no mínimo ser realista, eles tem hoje uma posição melhor no mundo que americanos e russos, fizeram a sua transição melhor, tem menos custos estratégicos das suas opções, e ainda as minorias que são ameaças são realmente minorias dadas o tamanho da população Han.

Não duvido que mais esmagar, os chineses pensem em assimilar até por que tem a seu favor um modelo econômico cresce e traz vantagens terrenas para as minorias revoltosas.




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Re: China...

#100 Mensagem por FoxHound » Sex Set 09, 2011 8:11 pm

Então, o que você coloca é a guerra defensiva ou a guerra justa são conceitos conhecidos e guerra colonial é outra, e os mesmos não excludentes, dizer que Chechenia é uma guerra colonial, é ir a raiz, ou seja, a História daquela região dentro da atual Rússia deve-se ao expansionismo Tzares que subjugaram a região, mais tarde foi tragada no fim da guerra civil rússia para Rússia agora sob nova direção.

É nítido que a colonização não deu certo por que senão os chechenos seriam ateus em sua totalidade e apoiantes de Moscou, o que os números não são bem estes, há uma guerra que aumentou de intensidade este ano, que se espalha pela região, é fato.

E que a região é rica em recursos naturais além de ser um ponto importante dentro do que se chama do grande jogo da Ásia Central que é quem controlará as vias de acesso aos produtos enérgicos da região, há vários projetos. Quem detiver com segurança essas rotas terá uma vantagem nesse século, principalmente ligando tanto dois locais sedentos por recursos que são o Mercado Comum Europeu e a China.

O jogo dos russos é claro ficam enquanto vale a pena tanto estrategicamente e economicamente, caso contrário farão o mesmo que ocorreu no Afeganistão, nenhuma potência militar hoje pode se dar ao luxo de perder preciosos recursos com incursões militares caras, vide os EUA que saiu de uma posição privilegiada para crise em poucos anos.

È melhor nós colocarmos isso numa outra sala sobre o conflito e não na sala da China para não desvirtua a sala, assim a discussão sera melhor.




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Re: China...

#101 Mensagem por akivrx78 » Sáb Set 10, 2011 5:17 pm

Slotrop escreveu:Um Japão militarizado hoje esbarraria no mesmo problema que teve na segunda guerra recursos naturais.

Não acho que eles são tudo isso, por que não usaram sua capacidade tecnologica pra sair da estagnação economica?
Sem viajar na maionese, alguns tipos de armamentos que hoje não possuem poderia ser desenvolvido sem problemas de capacidade tecnológica, mas esbarra em problemas financeiros.

Não saiu até hoje da estagnação econômica porque a bolha imobiliária que estourou no inicio dos anos 90 afetou a vida de todas as pessoas e até hoje mesmo trocando acho que 19 primeiros ministros em 20 anos nenhum deles conseguiu resolver os problemas que se iniciou no inicio dos anos 90.

Simplificando alguns problemas causados pela bolha, os salários diminuíram em 200/300% passou de 30.000/40.000 ienes / dia para 10.000 ienes /dia hoje, mas o custo de vida ou preço dos produtos não diminuíram na mesma proporção mesmo com a deflação, isto fez com que as famílias reduzirem a projeção familiar passando a criar um filho por família, como a medicina evoluiu e por boa alimentação as pessoas passaram a viver mais isto fez criar o país com a população mais velha do mundo.

Se aumentar os impostos a tendencia com um custo de vida maior é das pessoas passarem a criar menos filhos ainda, além do medo do consumo das famílias diminuírem mais ainda, passaram a emitir títulos para cobrir o rombo na previdência que aumenta ano pós ano, o déficit orçamentário esta hoje em US$600 Bilhões / ano...isto fez com que a divida /PIB chegasse a mais de 200%/PIB.

Como todos sabem no passado países como o Brasil eram assaltados vendendo suas matérias primas a preços de banana, e países como o Japão sem dispor destes recursos se beneficiavam dos preços baixos, mas hoje a coisa se inverteu o que faz com que a industria procure mão de obra mais barata em outros países prejudicando mais ainda a economia interna, na minha opinião o Japão tem um futuro negro pela frente nos próximos 50 anos.

Apesar dos japoneses ainda dominar o desenvolvimento de produtos eletrônicos, acredito que este mercado esta com os dias contados para os japoneses por causa do avanço da Coreia do Sul, Taiwan e China com a desvantagem destes países possuírem moedas mais fracas que tornam seus produtos mais competitivos.
Uma pequena chance do Japão dar uma melhorada seria a passar a desenvolver, produzir e exportar produtos que hoje não exportam um exemplo, Mitsubishi vai entrar no mercado de jatos regionais se vai dar certo ou não somente o futuro dirá, o Japão estava doido para vender tecnologia nuclear mas com o acidente....poderiam explorar o mercado bélico não o fazem não sei porque....

Entre os japoneses já se discutiu um aumento de poderio militar para pelo menos evitar problemas com a China no futuro mas isto somente iria ser uma solução temporária porque não soluciona os problemas colaterais causados pela crise dos anos 90.

Dizem que os problemas da bolha foram agravados justamente pelas bruscas valorizações do iene por pressão do Eua nos anos 80, o iene passou de 380/1 dólar para 180 e chegou a 120=1 dólar na época do estouro da bolha, a China sem os devidos ajustes passaria talvez pelos mesmos problemas do Japão se valorizasse sua moeda de forma rápida.




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Re: China...

#102 Mensagem por marcelo l. » Sáb Nov 19, 2011 2:40 pm

As autoridades de mídia da China baniram quaisquer filmes ou seriados que mostrem viagens no tempo, segundo o site Hollywood Reporter. A ordem chega durante ano de comemoração do 90º aniversário do Partido Comunista da China. A razão para a medida seria o "desrespeito histórico" que esse tipo de obra de ficção científica mostra.

O crítico Raymond Zhou Liming, que notou que a norma curiosamente não abrange o campo da literatura e teatro, afirma que essa decisão tem relação com a China ter a maior audiência de televisão no mundo e o mercado de cinema em maior ascensão no momento.

- A explicação política [para a medida] é que tudo que não é possível no mundo real pertence ao campo da superstição.

Um dos seriados de maior sucesso na China, Shen Hua, mostra um homem voltando à época da China antiga onde encontra amor e felicidade. Para Zhou, tem a ver com o fato de a viagem no tempo não ser ainda um estudo científico, pelo menos não tão popular.

- A maioria das obras com viagem no tempo que vi não são fortes na ciência, mas sim em seus comentários aos assuntos atuais

Pelo jeito, é nisso que acredita a Administração Estadual de Rádio, Filme e Televisão, que interpretou a mensagem do seriado como uma sugestão de que felicidade é uma coisa do passado para o cidadão chinês. Em anúncio, a associação ressaltou a importância da proibição.

- Produtores e escritores têm retratado a história antiga de forma frívola, algo que não pode mais ser encorajado.

Como não existe uma lei específica sobre cinema no país e a organização tem grande influência, é provavel que o comunicado seja aceito pelos artistas chineses. A Administração, que tem força também para cancelar qualquer produção chinesa a qualquer momento, recomenda seguir as regras.

- Sigam o espírito do Partido Comunista para celebrar seu 90º aniversário [...], todos níveis devem se preparar para lançar reproduções realistas da Revolução Chinesa, da construção da nação e sua reforma e abertura.

http://entretenimento.r7.com/cinema/not ... 10413.html




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Re: China...

#103 Mensagem por nelson38899 » Seg Nov 21, 2011 3:43 pm

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Re: China...

#104 Mensagem por akivrx78 » Sex Nov 25, 2011 1:58 pm

VISÃO GLOBAL
25.novembro.2011 03:00:20
VISÃO GLOBAL: O caminho para a China derrotar os EUA

Supremacia mundial dependerá principalmente da capacidade de fazer os amigos mais valiosos

Por Yan Xuetong, do New York Times*

Como a China exerce influência cada vez maior na economia global e aumenta a crescente capacidade de projetar seu poderio militar, a concorrência entre o país asiático e os EUA é inevitável. Segundo o discurso otimista dos líderes de ambas nações, a concorrência pode ser administrada sem nenhum confronto que ameace a ordem mundial, mas a maioria dos acadêmicos não se mostra tão animada.

Enquanto as potências emergentes procuram conquistar uma autoridade maior no sistema global, as potências em declínio raramente optam pelo confronto. E considerando as divergências entre o sistema político chinês e o americano, os pessimistas talvez acreditem que é maior a probabilidade de uma guerra.

Sou um realista em termos políticos. Os analistas ocidentais rotularam minhas convicções políticas como “agressivas”. Mas realismo não significa que os políticos devam se preocupar somente com o poderio militar e econômico. Na realidade, o senso moral pode ser um elemento fundamental na concepção da concorrência internacional entre potências políticas – e na distinção entre vencedores e vencidos.

Cheguei a essa conclusão estudando os antigos teóricos políticos chineses como Guanzi, Confúcio, Xunzi e Mêncio. Eles escreveram no período pré-Qin, antes da unificação da China num império, há mais de 2 mil anos – um mundo no qual pequenos países competiam cruelmente por vantagens territoriais. Esse foi talvez o maior período do pensamento chinês, no qual as várias escolas concorriam pela supremacia ideológica e pela influência política. Elas coincidiam em apenas uma concepção crucial: o elemento fundamental da influência internacional era o poderio político, e o atributo central do poderio político era a liderança com base na moral.

A China foi unificada pelo cruel rei de Qin em 221 a.C., mas seu breve governo não foi tão bem-sucedido quanto o do imperador Wu da dinastia Han, que se inspirou numa mistura de realismo legalista e de “poder brando” confucionista para governar o país de 140 a.C. a 86 d. C.

O filósofo chinês Xunzi afirmava que existiam três tipos de liderança: a autoridade humana, a hegemonia e a tirania. A autoridade humana conquistava os corações e as mentes das pessoas interna e externamente. A tirania – com base na força militar – inevitavelmente criava inimigos. As potências hegemônicas se encontravam no meio do caminho: elas não enganavam as pessoas internamente, nem os aliados externamente.

A fragmentação da era pré-Qin assemelha-se às divisões globais dos nossos tempos, e, hoje em dia, as prescrições sugeridas pelos teóricos políticos daquela época são diretamente pertinentes – ou seja, os Estados com base no poderio militar ou econômico sem se preocupar com uma liderança ligada à moral estão destinados ao fracasso.

Infelizmente, tais conceitos não são tão influentes nessa época de determinismo econômico, mesmo que os governos frequentemente os proclamem solenemente. O governo chinês afirma que a liderança política do Partido Comunista é a base do milagre econômico da China, mas em geral ele age como se a concorrência com os EUA se desse exclusivamente no plano econômico. E nos EUA, os políticos atribuem regularmente o progresso, mas nunca o fracasso, à própria liderança. Ambos governos precisam compreender que é a liderança política que determinará quem ganhará a corrida à supremacia global, e não a quantidade de dinheiro gasto para a solução de problemas.

Muitas pessoas equivocadas acreditam que a China pode melhorar suas relações internacionais apenas aumentando consideravelmente a ajuda econômica. Mas é difícil comprar o afeto. Essa “amizade” não resiste ao teste dos tempos difíceis. Então, como poderá a China conquistar os corações das pessoas em todo o mundo? Segundo os antigos filósofos chineses, ela terá de começar com o seu próprio povo.

Isso significa que a China precisa transferir as suas prioridades do desenvolvimento econômico para o estabelecimento de uma sociedade harmoniosa em que não existam os enormes fossos entre ricos e pobres. Ela precisa substituir a adoração ao dinheiro pela moral tradicional e extirpar a corrupção política em favor da justiça social e da integridade.

Influência. O poderio militar é a base da hegemonia e contribui para explicar o motivo pelo qual os EUA têm tantos aliados. O presidente Obama cometeu erros estratégicos no Afeganistão, Iraque e Líbia, mas suas ações também demonstram que Washington pode sustentar ao mesmo tempo três guerras. Em contraposição, o Exército da China não se envolveu em nenhuma guerra depois da de 1984, com o Vietnã. Poucos dos seus oficiais, e muito menos suas tropas, têm experiência de batalha.

Os EUA desfrutam de relações muito mais profícuas com o resto do mundo do que a China em quantidade e qualidade. Os EUA têm mais de 50 aliados militares formais, enquanto a China não tem nenhum. A Coreia do Norte e o Paquistão são os únicos países que podem ser considerados de certo modo aliados da China. Nenhuma potência preeminente pode manter relações amistosas com todos os países do mundo, portanto o cerne da competição entre China e EUA se dará em termos dos amigos mais valiosos.

A China precisa também reconhecer que é uma potência em ascensão e assumir as responsabilidades. Por exemplo, proteger potências mais fracas, como os EUA fizeram com a Europa e o Golfo Pérsico. Em termos políticos, a China deveria inspirar-se em sua tradição de meritocracia. Também deveria abrir-se e escolher funcionários de todas as nacionalidades que atendessem aos seus padrões, de forma a aperfeiçoar a sua governança. A dinastia Tang – que se estendeu do século 7 ao 10, talvez o período mais glorioso da China – empregava um grande número de estrangeiros em cargos elevados. A China deveria fazer o mesmo hoje e competir com os EUA para atrair imigrantes talentosos.

Na próxima década, os novos líderes da China sairão de uma geração que experimentou as agruras da Revolução Cultural. Trata-se de figuras resolutas e muito provavelmente valorizam os princípios políticos mais do que os benefícios materiais. Esses líderes deverão desempenhar um papel maior no cenário mundial e oferecer maior proteção em termos de segurança e apoio econômico a países menos poderosos.

É isso que significará competir com os EUA em termos políticos, econômicos e tecnológicos. Essa competição poderá causar tensões diplomáticas, mas não haverá perigo de confrontos militares. Ocorre que a competição entre China e EUA será diferente da que se dava entre os EUA e a União Soviética durante a Guerra Fria. Nem a China nem os EUA precisam de conflitos indiretos para proteger os seus interesses estratégicos ou para obter o acesso a recursos naturais e tecnologia.

A tentativa da China de ampliar seu status de líder mundial e o esforço dos EUA para manter sua atual posição é um jogo de soma zero. É uma batalha pela conquista dos corações e das mentes que determinarão quem deverá prevalecer. Como previram os antigos filósofos da China, ganhará o país que mostrar maior autoridade humana.

*É AUTOR DE ‘ANCIENT CHINESE THOUGHT, MODERN CHINESE POWER’ E PROFESSOR DE CIÊNCIAS POLÍTICAS E REITOR DO INSTITUTO DE MODERNAS RELAÇÕES

TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
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akivrx78
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Re: China...

#105 Mensagem por akivrx78 » Seg Nov 28, 2011 8:02 am

NOVEMBER 27, 2011, 6:35 P.M. ET
Crescem críticas às regalias da elite política da China

Por JEREMY PAGE

Uma noite no início deste ano, uma Ferrari vermelha parou na porta da residência do embaixador americano em Pequim. Quem saiu do carro foi o filho de um dos principais líderes chineses, trajando um smoking.

Bo Guagua, de 23 anos, era esperado. Ele tinha um jantar marcado com a filha do então embaixador, Jon Huntsman.

O carro, porém, foi uma surpresa. O pai do rapaz, Bo Xilai, estava em meio a uma polêmica campanha para reviver o espírito de Mao Tsetung, fazendo as pessoas cantarem os velhos hinos revolucionários, o chamado "canto vermelho". Havia ordenado que alunos e funcionários públicos trabalhassem em fazendas durante certos períodos, para se reconectarem com a vida no campo. Seu filho, enquanto isso, estava dirigindo um carro que custa centenas de milhares de dólares, vermelho como a bandeira chinesa, em um país onde a renda familiar média anual foi de cerca de US$ 3.300 no ano passado.

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Em 2008, Bo Guagua (esq.) convidou Jackie Chan para dar palestra em Oxford, e cantou com ele no palco

O episódio, relatado por várias pessoas familiarizadas com ele, é sintomático do desafio que se coloca ao Partido Comunista Chinês, enquanto tenta manter a sua legitimidade em uma sociedade cada vez mais diversificada, bem informada e exigente. Os filhos dos líderes do Partido, muitas vezes chamados de "príncipes", estão se tornando mais visíveis, tanto por seus crescentes interesses comerciais como por seu evidente apetite pelo luxo, em um momento em que a aumenta a indignação pública devido a denúncias de corrupção das autoridades e abuso de poder.

Segundo os meios de comunicação do país, que são estatais, os líderes chineses vivem de acordo com os austeros valores comunistas que defendem publicamente. Mas à medida que os descendentes da aristocracia política conseguem papéis lucrativos no mundo dos negócios e adotam as manifestações conspícuas de riqueza, sua visibilidade crescente levanta questões incômodas para um partido que justifica seu monopólio sobre o poder apontando para suas origens como um movimento de operários e camponeses.

Essa visibilidade tem especial ressonância agora que o país se prepara para uma mudança nos quadros da liderança no próximo ano, algo que só ocorre uma vez a cada década, quando vários "príncipes" mais velhos devem assumir cargos altos do Partido Comunista. Essa perspectiva levou algumas pessoas nos círculos empresariais e políticos chineses a se perguntarem se o Partido será dominado, durante a próxima década, por um grupo de famílias de elite que já controla grandes segmentos da segunda maior economia mundial e exerce influência considerável sobre as forças armadas.

"Não há ambiguidade — a tendência se tornou tão clara", disse Cheng Li, especialista em política da elite chinesa na Brookings Institution, em Washington. "Os príncipes nunca foram populares, mas agora que se tornaram tão poderosos politicamente, há séria preocupação sobre a legitimidade dessa 'Nobreza Vermelha'. O público chinês se ressente, especialmente, de que os 'príncipes' controlem tanto o poder político como a riqueza econômica."

A atual liderança inclui alguns príncipes, mas isso é contrabalançado por um grupo rival não hereditário, que inclui o presidente Hu Jintao, que também é o chefe do partido, e o primeiro-ministro Wen Jiabao. Espera-se, porém, que o sucessor de Hu seja Xi Jinping, o atual vice-presidente, que é filho de um herói da revolução e seria o primeiro príncipe a assumir o principal cargo do país. Muitos especialistas em política chinesa julgam que ele forjou uma aliança informal com vários outros príncipes que são candidatos a promoções.

Entre eles está o pai de Bo, que também é filho de um líder revolucionário. Ele costuma falar sobre seus estreitos laços com a família Xi, segundo duas pessoas que costumam encontrá-lo regularmente. A filha de Xi atualmente estuda em Harvard, onde o filho de Bo faz pós-graduação na Faculdade de Governo Kennedy.

Já participante do Politburo, que tem 25 membros, Bo Xilai é um favorito para a promoção ao órgão decisório superior, o Comitê Permanente. Ele não respondeu a um pedido de comentário por meio do seu gabinete, e seu filho não respondeu a pedidos por e-mail e por intermédio de amigos.

Supõe-se que os principais líderes chineses não devam ter riquezas herdadas, nem uma carreira nos negócios para complementar seus modestos salários, que aparentemente giram em torno de 140.000 yuans (US$ 22.000) por ano para um ministro. Seus parentes têm autorização para fazer negócios, desde que não lucrem com suas conexões políticas. Na prática, a origem da riqueza das famílias é, de modo geral, impossível de se rastrear.

No ano passado, chineses ficaram sabendo, através da internet, que o filho de um ex-vice presidente do país — e neto de um ex-comandante do Exército Vermelho — tinha comprado uma mansão de US$ 32,4 milhões na Austrália, de frente para o porto. Ele pediu permissão para demolir o casarão secular e ali construir uma nova residência, com duas piscinas interligadas por uma cachoeira.

Muitos príncipes realizam negócios legítimos, mas há uma percepção generalizada na China de que eles levam uma vantagem injusta em um sistema econômico que, apesar da adoção do capitalismo, continua dominado pelo Estado e não permite nenhum exame público significativo dos processos de tomada de decisão.

O Estado é proprietário de todas as terras urbanas e de todas as indústrias estratégicas, assim como dos bancos, que distribuem empréstimos favorecendo, esmagadoramente, as empresas estatais. Assim, os maiores prêmios vão para os que estão dentro dos círculos políticos, que podem utilizar suas conexões pessoais e o prestígio de suas famílias para garantirem recursos, e então mobilizar as mesmas redes de contatos para protegê-los.

O "Diário do Povo", porta-voz do Partido, reconheceu o problema no ano passado, com uma pesquisa mostrando que 91% dos entrevistados acreditavam que todas as famílias ricas na China vinham da política. Um ex-auditor geral, Li Jinhua, escreveu em um fórum on-line que a riqueza dos familiares das autoridades "é a principal causa de insatisfação do público".

Uma princesa contesta a ideia de que ela e seus colegas se beneficiam de suas origens. "Pertencer a uma família famosa do governo não me proporciona um aluguel mais barato, nem um empréstimo bancário especial, nem contratos governamentais", disse em um e-mail Ye Mingzi, de 32 anos, designer de moda e neta de um dos fundadores do Exército Vermelho. "Na realidade", diz ela, "os filhos das famílias importantes do governo são observados rigorosamente. A maioria toma muito cuidado para evitar até mesmo a aparência de um favoritismo indevido".

Durante as primeiras décadas após a revolução de Mao de 1949, os filhos dos chefes comunistas ficaram, de modo geral, fora das vistas da população, vivendo em residências muradas e frequentando escolas de elite.

Nas décadas de 1980 e 90, muitos príncipes foram fazer pós-graduação no exterior, e na volta entravam em empresas estatais ou agências governamentais chinesas, ou bancos estrangeiros de investimento. Mas, de modo geral, mantinham um estilo de vida discreto.

Agora as famílias dos líderes chineses mandam seus filhos para o exterior em idade cada vez mais tenra, com frequência para as melhores escolas particulares dos Estados Unidos, Grã-Bretanha ou Suíça, para ter certeza de que mais tarde entrarão nas melhores universidades do Ocidente. Príncipes na casa dos 20, 30 e 40 anos ocupam cada vez mais posições de destaque nos negócios, especialmente em private equity, o que lhes permite maximizar seus lucros e também os põe em contato regular com a elite empresarial chinesa e internacional.

Os príncipes mais jovens são vistos com frequência em meio a modelos, atores e astros do esporte que se reúnem em uma rua cheia de boates e discotecas perto do Estádio dos Trabalhadores, em Pequim, para exibir suas Ferraris, Lamborghinis e Maseratis. Outros já foram vistos falando de negócios em meio a charutos e bebidas chinesas de boa safra, em locais exclusivos como o Clube Maotai, em uma casa histórica perto da Cidade Proibida.

Recentemente, em um novo clube de pólo nos arredores de Pequim, aberto pelo neto de um ex-vice-premier, jogadores argentinos em pôneis importados fizeram uma partida de exibição para possíveis novos sócios. "Estamos trazendo o pólo para o público. Bem, não exatamente o público", disse um funiconário. "Aquele ali é filho de um general do exército. O avô daquele outro foi prefeito de Pequim."

O custo da educação é um tema muito quente entre os membros da classe média chinesa, muitos deles insatisfeitos com a qualidade do ensino no país. Mas só os relativamente ricos podem mandar os filhos estudar no exterior.

Para outros, porém, o que é polêmico é um estilo de vida de liberdade e prazer. Fotos de Bo Guagua em eventos sociais em Oxford, na Inglaterra, já circularam muito na internet.

Em 2008, Bo ajudou a organizar um evento chamado Baile da Rota da Seda, que incluiu uma performance de artes marciais com monges do templo chinês Shaolin, segundo amigos de Bo. Ele também convidou Jackie Chan, astro dos filmes chineses de kung-fu, para dar palestra em Oxford, e em dado momento subiu no palco para cantar com ele.

Este ano, circularam fotos na internet mostrando Bo em férias no Tibete com uma princesa, Chen Xiaodan, filha do diretor do Banco de Desenvolvimento da China e neta de um conhecido revolucionário. O resultado foi uma enxurrada de fofocas, bem como críticas on-line dirigidas aos dois por viajarem, evidentemente, com escolta policial. Chen não respondeu aos pedidos de comentários enviados por e-mail e no Facebook.

Questionado sobre o aparente romance de seu filho em uma entrevista coletiva durante a reunião do Parlamento este ano, Bo Xilai respondeu, enigmaticamente: "Creio que o negócio da terceira geração — não estamos falando em democracia agora?"

Não está claro o que Bo vai fazer depois de se formar, e se conseguirá manter um perfil público tão visível se seu pai for promovido, segundo amigos. Ele disse, em um discurso na Universidade de Pequim em 2009, que queria "servir o povo" nas áreas da cultura e educação, segundo o jornal chinês "Semanário do Sul".

Ele descartou a possibilidade de carreira política, mas mostrou um pouco do carisma e das contradições de seu pai ao responder às perguntas dos estudantes, segundo o jornal. Indagado sobre as fotos que o mostram em festas em Oxford, ele respondeu que uma vez Mao disse: "Deve-se ter um lado sério e um lado vivaz", e passou a discutir o que significa pertencer à nova nobreza da China.

"Coisas como dirigir um carro esporte. Sei que os aristocratas britânicos não são tão arrogantes", disse ele. "Os aristocratas de verdade não fazem isso, em absoluto, mas são relativamente discretos."

(Colaborou Dinny McMahon.)
http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... 33770.html




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