Guerra do Paraguai

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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#91 Mensagem por Brigadeiro » Seg Fev 25, 2008 3:10 pm

Ninguém sabe? :? :?

Até mais!




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#92 Mensagem por Marino » Dom Mar 02, 2008 3:50 pm

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Re: Guerra do Paraguai

#93 Mensagem por Marino » Dom Mar 09, 2008 12:46 pm

Guerras sul-americanas, por Sérgio de Costa Franco*



O episódio ocorrido na fronteira entre Colômbia e Equador, que felizmente se acha esfriado pela suasória intervenção da OEA, trouxe à memória da imprensa as guerras da América do Sul. Trata-se, felizmente, de episódios bastante antigos. Salvo alguns pequenos conflitos de fronteira, a última guerra, merecedora do nome, entre países do subcontinente, foi a do Chaco, entre Paraguai e Bolívia. Houve, é certo, a lamentável aventura da Argentina nas Ilhas Malvinas, mas tratou-se de conflito com a distante e poderosa Grã-Bretanha.

Em função da escaramuça andina, envolvendo a Colômbia e os guerrilheiros das Farc homiziados no Equador, veio à tona a nossa velha Guerra do Paraguai, com a borbulha de seus revisionismos fantasistas. Nenhum capítulo da história brasileira e sul-americana ensejou a publicação de tantas inverdades e bobagens, que sobretudo prosperaram pelo interesse político das esquerdas. Ao contestar mitos e tradições de nossas Forças Armadas, cuidava-se de investir contra elas e seus ícones, sem nenhuma preocupação com a verdade.

Foi assim que prosperaram os Chiavenatos & Companhia, ainda hoje exercendo certa influência sobre intelectuais de respeito.

Em livro recente (Maldita Guerra, Cia. das Letras, 2002, 615 p.), o historiador Francisco Doratioto, de forma objetiva e livre de ufanismos tolos, incumbiu-se de desmoralizar as teses absurdas dos pretensos revisionistas. Estes chegaram a converter o infame Paraguai dos Francias e dos López em país supostamente avançado e progressista, que resistiria ao predomínio econômico da Inglaterra. E, no curso dessa desinformação programada, a Guerra do Paraguai foi apontada como maquinação inglesa, que teria empreitado e mobilizado Brasil e Argentina para destruírem a independência guarani!

Esses pretensos revisionistas fazem questão de omitir que, desde 1863, o Império Brasileiro estava de relações rompidas com a Inglaterra por causa da Questão Christie, e que, por seu turno, o Paraguai dos López importara armas, equipamentos e técnicos da Grã-Bretanha. E quem construiu, senão os ingleses, a primeira ferrovia paraguaia? Doratioto provou, com documentos irrespondíveis, que a Inglaterra, por seu embaixador em Buenos Aires, empenhou-se decididamente em evitar o conflito. No mais, não seria o insignificante mercado consumidor do Paraguai que iria determinar a poderosa Grã-Bretanha a provocar uma agressão internacional. De resto, antes de 1865, 76% das importações paraguaias seriam manufaturas oriundas da Inglaterra, via Buenos Aires.

Não se foge à tentação de citar a obra de Doratioto, para fulminar os fantasistas que inventaram um Paraguai tão falsificado quanto o uísque que ainda há pouco nos vendia: "Também é equivocada a apresentação do Paraguai como um Estado onde haveria igualdade social e educação avançada. A realidade era outra e havia uma promíscua relação entre os interesses do Estado e os da família López, a qual soube se tornar a maior proprietária privada do país, enquanto esteve no poder".

A triste e onerosa aventura bélica de 1865-70 resultou sobretudo de equívocos dos que manejavam os negócios do Prata. Solano López, muito próximo da paranóia, imaginou-se capaz de derrotar a Argentina e o Brasil, atacando-os simultaneamente. De sua parte, Bartolomé Mitre e Pedro II, com seus países agredidos, pensaram esmagar o agressor em poucos meses de luta. E desse drama de equívocos resultou uma guerra de cinco anos, que foi, em sua última fase, mera perseguição e caçada ao ditador paraguaio e seus derradeiros soldados. Além da obra de Doratioto, antes citada, também merece ser lido o excelente livro do argentino Miguel Angel de Marco, La Guerra del Paraguay. O que não cabe é recorrer aos panfletos dos revisionistas de araque.

*Historiador




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Re: Guerra do Paraguai

#94 Mensagem por Brigadeiro » Seg Mar 10, 2008 12:43 pm

Até que enfim a historiografia brasileira está revendo os valores e dando o devido valor à Guerra do Paraguai, sem revanchismo comuna...

O livro que o Marino postou aqui no fórum pode ser encontrado no Serviço de Documentação da Marinha. Tem muitos livros bacanas! Eu já comprei alguns livros lá (e fiz outra encomenda de livros que falam sobre a Guerra do Paraguai) e recomendo...

PS.: é só a minha contribuição para a utilidade pública... :mrgreen:

Até mais!




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Re: Guerra do Paraguai

#95 Mensagem por Marino » Sex Mai 23, 2008 1:21 pm

Pedido de auxílio.
Preciso de 2 imagens que não estou conseguindo encontrar:
1) do vapor Marquês de Olinda; e
2) alguma imagem da retirada paraguaia de Corrientes, mesmo que seja desenho ou mapa.
Obrigado antecipadamente.




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Re: Guerra do Paraguai

#96 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sex Mai 23, 2008 1:41 pm

Marino, procurei bastante mas o máximo que consegui acho que foi a foto de um modelo do vapor Amazonas. :( Será que não tem no SDM?




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Re: Guerra do Paraguai

#97 Mensagem por Marino » Sex Mai 23, 2008 1:45 pm

Vou tentar.
Obrigadão.




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Re: Guerra do Paraguai

#98 Mensagem por jauro » Sex Mai 23, 2008 4:13 pm

Para quem quer entender e saber como foi sem muitos detalhes leia:
MALDIDA GUERRA de Doratioto, Francisco. Cia das Letras.

Para quem quer descer aos detalhes das batalhas e das manobras da FT ler:
"História da Guerra entre a Tríplice Aliança e o Paraguai" de Tasso Fragoso, Augusto (1934 em 5 Vol.) e
"Os Voluntários da Pátria na G. do P." de Duarte, Paulo Queiroz.

Para pesquisa e aprofundamento o acervo é de mais de 400 livros e Docs e depois vem um chiavenatto na vida, querendo dar outros rumos para história.

Há tava me esquecendo, para quem gosta de livros leves, saudosistas e com um bom humor leia "Reminicências da G. P." de Cerqueira, Dionísio que foi Asp Of e Ten na Guerra.




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Re: Guerra do Paraguai

#99 Mensagem por cvn73 » Sáb Mai 24, 2008 1:57 am

O interesante na carta do Almirante é sua preocupação com os civis não beligerantes . Sem dúvida um Grande Brasileiro.




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Re: Guerra do Paraguai

#100 Mensagem por Marino » Dom Nov 16, 2008 11:25 am

Pois é, voltamos a este tema.
Agora por mais um artigo do Doratioto, que transcrevo abaixo, publicado na FSP.
Parece que depois do livro "Maldita Guerra", o mesmo volta à carga, agora sustentado em um "historiador paraguaio".
Que país é este?
Que tipo de homens o Brasil possui?
Até quando a ideologia se sobrepõe à verdade?
Uma simples pergunta deveria ter sido feita ao entrevistado: "Quem atacou o Brasil e a Argentina, iniciando uma guerra?"
É o fim.
Folha de São Paulo
LIVROS
Imperialismo tupiniquim
Novos estudos sobre a Guerra do Paraguai atribuem o conflito ao desejo expansionista do Brasil
FRANCISCO DORATIOTO

ESPECIAL PARA A FOLHA
A Guerra do Paraguai desperta interesse crescente de historiadores de diferentes países, como demonstram os seminários sobre o tema realizados em Paris (2005), Montevidéu (2008) e, entre 3 e 5 deste mês, Buenos Aires. Este intitulou-se A Guerra do Paraguai - Historiografias, Representações, Contextos, foi organizado pelo Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade Nacional de San Martín e contou com a presença de especialistas de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, França, Paraguai, Peru e Uruguai.

Na ocasião, foi lançado o livro Epistolário Inédito (1864-1883) - Juan Bautista Alberdi-Gregorio Benites (Fondec, Academia Paraguaia de História, Universidade Nacional de San Martín e Biblioteca Furt, 1.726 págs.), em três volumes, com estudos introdutórios dos historiadores Liliana Brezzo, argentina, e Ricardo Scavone Yegros, paraguaio.

Brezzo é uma das maiores especialistas em história paraguaia e publicou importantes artigos e livros sobre o tema, a partir de pesquisas em arquivos argentinos e paraguaios. No seminário, fez uma apresentação intitulada A Grande Polêmica Continua! Discursos e Repercussões da Disputa entre Cecilio Báez e Juan O'Leary sobre a Guerra do Paraguai e, na ocasião, concedeu à Folha a entrevista abaixo.

FOLHA - Poderia apresentar Alberdi e Benites ao leitor brasileiro? Quem foram eles?
LILIANA BREZZO - O argentino Juan Bautista Alberdi (1810-84) e o paraguaio Gregorio Benites (1834-1909) foram escritores e expoentes da vida política no rio da Prata na segunda metade do século 19. Foram representantes diplomáticos de seus países perante os governos europeus e seus escritos influenciaram fortemente as elites políticas argentina e paraguaia, particularmente no contexto de formação dos respectivos Estados nacionais e de suas relações exteriores. Seus vínculos de amizade se iniciaram às vésperas da Guerra da Tríplice Aliança, ou Guerra do Paraguai, diante da qual Alberdi assumiu posição de defesa intelectual da causa paraguaia, enquanto Benites era o secretário da legação paraguaia na Europa, com sede em Paris.

FOLHA - O que é o Epistolário Alberdi-Benites?
BREZZO - O Epistolário traz a correspondência inédita entre esses dois importantes intelectuais e homens públicos americanos. Compreendendo o período de 1864 a 1883, esse intercâmbio epistolar contém valiosa informação para compreender a essência de acontecimentos históricos do rio da Prata. O principal momento dessa correspondência é o dos anos da Guerra do Paraguai e o pós-guerra. Esses documentos -mais de 800 cartas provenientes de arquivos do Paraguai e da Argentina- constituem testemunhos de uma teia de significados que motivaram os atos políticos que foram construindo projetos de nação e de integração regional. A obra, publicada em três tomos, é o resultado de uma pesquisa desenvolvida ao longo de cinco anos, na qual trabalharam historiadores e filólogos argentinos e paraguaios procedentes do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet), da Universidade Nacional de San Martín, da Universidade Católica Argentina e da Academia Paraguaia de História.

FOLHA - Como Alberdi via o Império do Brasil?
BREZZO - Acredito que as idéias de Alberdi sobre o Império do Brasil e, particularmente, sobre a política regional ficam bem definidas no contexto da Guerra da Tríplice Aliança. Ele escreveu, entre 1865 e 1869, seis de suas principais obras que mostram seu universo intelectual em relação ao conflito: Las Disensiones de las Repúblicas del Plata y las Maquinaciones del Brasil" (março de 1865); Los Intereses Argentinos en la Guerra del Paraguay con el Brasil" (julho de 1865); "La Crisis de 1866 y los Efectos de la Guerra de los Aliados en el Orden Económico y Político de las Repúblicas del Plata (fevereiro de 1866); Tratado de la Alianza Contra el Paraguay (abril de 1866); Las Dos Guerras del Plata y su Filiación en 1867 (1867); e El Imperio del Brasil ante las Democracias de América (1869). Alberdi atribui a responsabilidade da guerra à ambição brasileira, da qual acusava de cúmplice o presidente argentino Bartolomé Mitre. Por exemplo, no livro El Império del Brasil ante las Democracias de América, escreve: O fato é que a questão de fundo que se disfarça com a Guerra do Paraguai se reduz à reconstrução do Império do Brasil. Já no ensaio Las Dos Guerras del Plata y su Filiación en 1867, Alberdi afirma: As manifestações de simpatia em relação ao Paraguai durante a guerra não foram insultos à República Argentina, mas, sim, o doloroso e oportuno protesto contra uma aliança que faz dos povos argentinos os instrumentos do Brasil em prejuízo deles mesmos: foram as manifestações a oposição necessária, imposta ao patriotismo argentino pela aliança bastarda com o Brasil.

FOLHA - Como a sra. analisa os novos estudos sobre a guerra e suas repercussões?
BREZZO - Uma observação cuidadosa do movimento intelectual sobre o assunto, neste início do século 21, mostra que, apesar das controvérsias e discussões, das querelas e duelos retóricos e de se ter escrito sobre o tema grande quantidade de livros, a Guerra da Tríplice Aliança continua sendo objeto de pesquisas não só por parte de historiadores dos quatro países que nela atuaram, mas também por pesquisadores de outros lugares -não só no resto da América Latina, mas também nos EUA e na Europa. Uma prova disso são os encontros internacionais sobre a Guerra do Paraguai realizados recentemente em Paris, em Montevidéu e, agora, em Buenos Aires. Nos últimos anos, publicou-se mais de uma dezena de livros que abordam tanto o desenvolvimento militar da guerra quanto aspectos e personagens vinculados diretamente a ela. O resultado é promissor: nas entrelinhas dessa produção recente se percebe o impulso de historiar a guerra de modo novo, que o diferencia das interpretações que nos ofereceram as diversas reconstruções, reinterpretações feitas desde finais do século 19 sobre o tema. Essa produção recente é definida, a meu ver, ao menos por três características: o esforço de superar uma interpretação nacionalista do acontecimento bélico; a inclusão de assuntos considerados tabus, não abordados em trabalhos anteriores; a presença de estudos que mostram a conexão entre a guerra e a cultura.
FRANCISCO DORATIOTO é professor de história na Universidade de Brasília.




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Re: Guerra do Paraguai

#101 Mensagem por cvn73 » Dom Nov 16, 2008 6:36 pm

Uma história muito interessante sobre a guerra que não conhecia.
Durante la Guerra contra la Triple Alianza, habiendo ocupado los aliados Asuncion, los buques de López, ya desarmados de material bélico, huyeron hacia el norte por el Río Paraguay. Una division d ela escuadra brasileña al mando del Capitan de Fragata Delfin Carlos de Carbalho, Baron del Pasaje, compuesta por el acorazado Bahía y los monitores Halagaos, Seara, Pará, Piahuy y Santa Catalina y los cañoneros Ybahy y Mearim, parten aguas arriba con el propopsito de capturar al resto de los barcos de la marina paraguaya, el 5 de Enero de 1869. Sobre todo deseaban recapturar al Anhambay, que habia sido asaltado y capturado por los paraguayos en el Matto Grosso por el Ypora y el Río Apa en el Río San Lorenzo antes de comenzar la guerra, el 6 de Enero de 1865.

Imagem
Monitor Brasileño

La escuadra paraguaya, huyendo, entra al río Manduvirá y para trabar la entrada de los brasileños hunde en un recodo, donde se formaba una curiosa bifurcacion formando un islote, al buque Paraguarí (o lo que quedaba de él luego de Riachuelo). Las demás naves siguen navegando por el Manduvirá y en el paso "Tobatí Tuyá" (Arroyos y Esteros) hunden la segunda nave, la "Yberá" y una chalana, lo que imposibilitó el paso ya que en la margen opuesta existe una restinga con piedras.





Los brasileños comprenden que sólo sus monitores pueden seguir navegando y así continúan con mucha prudencia y cautela, dejando los buques acorazados en la desembocadura del río Manduvirá con el río Paraguay. Luego de algunas horas de navegación, encuentran el tercer buque hundido cerca de otra restinga, en la margen opuesta en un lugar llamado Lagunita de las Salinas, que el Vizconde de Ouro Preto denomina el barco como el "Cotitey", siendo en realidad el "Mboitetey", que estaba estrangulando el pasaje para llegar al Yhaguý.

Debido a esta operacion, los buques brasileños no logran maniobrar y navegan marcha atrás hasta llegar a la desembocadura con el Manduvira. La falta de profundidad, los obstáculos y lo sinuoso del río les obliga a dejar en el lugar dos barcos en el río Paraguay, frente a la iglesia de Olivares.

Las naves paraguayas que quedan aún a flote son : Rio Apa, Paraná, Yporá, Salto del Guairá, Pirabebé y el Anhambay, llegando a un lugar entonces conocido como "Capilla de Caraguataý".

Al saber el mando paraguayo del ingreso de los buques brasileños al Manduvirá, se encomendó al CF Romualdo Núñez que con un batallon de marina se uniera a un regimiento, para cerrar el paso de retorno a las naves aliadas, en el paso "Garayo". Una vez que las embarcaciones traspasaron el sitio, Núñez mando echar en el mencionado paso carretas encadenadas, gran cantidad de piedras arrancadas del cerrito cercano y gruesos trozos de ramas y madera fresca cortadas de los bosques vecinos; pero los mejores planes dependen de la naturaleza; una fuerte tormenta hizo crecer al río dejando paso a los acorazados brasileños, que sin pérdida de tiempo emprendieron la marcha aprovechando esta ventaja, bajo los fuegos de las tropas paraguayas, que no lograron hacerles daño alguno.

Mas adelante tres de los acorazados brasileños, con dos vapores chicos, remontaron el Manduvirá hasta frente de la capilla de Caraguataý, con la idea de apoderarse de las naves paraguayas, varadas en aquel puerto. Ante la superioridad numérica de la fuerza aliada y en cumplimiento de órdenes de López, los marinos que las custodiaban les prendieron fuego y huyeron por la rinconada de Saladillo para incorporarse a las fuerzas de López, siendo el 18 de Agosto de 1869.

Vapor-Cué está situado en el Departamento de las Cordilleras, a 4 kms. de la ciudad de Caraguataý (que vale la pena conocer!) y a 98 kms. de Asuncion, por una muy buena ruta asfaltada que de paso hace conocer las bellezas del Paraguay, las sierras boscosas y lugares turísticos como el lago de Ypacaraí y la basílica de Caacupé (aparte de los deliciosos chipá en la ruta).



Actualmente Vapor Cué es un parque nacional de 56 Hs, por el que pasa el río Yhaguý, que nace entre las ciudades de Piribebuý y Valenzuela, en la cordillera de Altos. Este río es afluente del Manduvirá y juntos forman un recorrido de 121 kms. En tiempos de creciente es navegable hasta Tobatituyá y en época de estiaje hasta Naranja Jhái. Es un río de llanura y fácilmente se sale de cauce, su corriente es rápida, sinuosa y con muchos obstáculos para la navegación.
Mais informações no site.
http://www.histarmar.com.ar/ArmadasExtr ... rCue-1.htm




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Re: Guerra do Paraguai

#102 Mensagem por Marino » Dom Mai 03, 2009 12:52 pm

Fonte: ESP 01/MAI
OPINIÃO

Guerra e paz com o Paraguai

Aldo Rebelo



Os deputados paraguaios Héctor Lacognata e Ricardo Canese apresentaram ao Parlamento do Mercosul proposta para que os quatro países que integram o bloco criem o Memorial da Guerra da Tríplice Aliança. A iniciativa remonta aos acontecimentos de 1864 a 1870, quando Brasil, Argentina e Uruguai enfrentaram o Paraguai no confronto mais sangrento e demorado do subcontinente. Quase um século e meio depois do armistício, é pleno de atualidade todo esforço na busca de instrumentos para sublimar na paz o horror da guerra.

O Brasil e o Paraguai podem e devem, para além da iniciativa em exame no Parlamento do Mercosul, constituir um fundo comum para a restauração da memória da guerra, de seus sítios históricos e arquivos, em proveito da história dos dois povos. Governos, Parlamentos, universidades, instituições militares integrarão o trabalho comum. Os recursos serão providos dentro das possibilidades de cada país e com a participação de entidades como a empresa binacional de energia Itaipu.

Em visitas ao itinerário dos combates pude testemunhar o significado e as marcas do conflito nas gerações paraguaias. É comovedor contemplar as ruínas da velha igreja de Humaitá bombardeada pela esquadra imperial e as águas cristalinas do Arroio Aquidabã, em Cerro Corá, em cujas margens tombaram empunhando a espada o marechal Francisco Solano López e seu filho ainda adolescente, o coronel Juan Francisco.

Apesar de registrar que o projeto "não busca fazer sangrar uma antiga ferida", os parlamentares do país irmão falam de "genocídio levado a cabo contra o povo paraguaio", abordagem inaceitável para o propósito da cooperação na reconstrução da memória do conflito.

As análises da Guerra do Paraguai e, sobretudo, a avaliação de seus protagonistas variam de acordo com os autores e as conjunturas, resultando em diferentes construções de heróis nacionais erigidos como figuras míticas calcadas no contexto histórico em que foram elaboradas. Examinar o passado com as lentes do presente é uma distorção de historiadores que submetem os fatos à interpretação. A historiografia ainda tem um longo caminho a percorrer e, sobretudo, muitos documentos a apresentar, antes de oferecer conclusões irrefutáveis acerca de aspectos particularmente controversos da guerra, a começar de suas causas e motivações, das estatísticas e suas manipulações, do desempenho dos chefes de Estado e dos generais, assim como das tropas de formação e composição heterogêneas que integraram os exércitos beligerantes.

As primeiras interpretações tecidas nos panteões oficiais foram sucedidas por um criticismo exacerbado que o historiador Francisco Doratioto, autor de uma Nova História da Guerra do Paraguai, chamou de "revisionismo infantil". Na poeira dessa revisão se forjou um fomentador externo do conflito, a Inglaterra, que teria financiado a Tríplice Aliança para barrar a modernização do Paraguai - capítulo fantasioso já desmontado por pesquisas. De fato, os ingleses tentaram pôr panos quentes na desavença. Nosso Império escravista e militarista seria antípoda à expansão das forças produtivas no Paraguai. Na verdade, o Segundo Reinado era pacifista e manteve o Exército à míngua, e foi a guerra que conferiu a esta força militar fôlego e consciência para se reorganizar e se consolidar como instituição decisiva, a ponto de ser protagonista das rupturas históricas representadas pela Abolição e pela República.

A corrente historiográfica revisionista plantou ainda a tese do "genocídio", do Brasil como combatente desleal que dizimou populações civis indefesas, inclusive crianças. As pesquisas, mesmo as mais recentes, não apresentam conclusões sobre o censo da população paraguaia antes e depois da guerra, mas desautorizam os cálculos imaginosos dos ideólogos do "genocídio". A pesquisadora americana Vera Blinn Reber argumenta que, em lugar de 1,1 milhão, os habitantes do Paraguai eram 320 mil em 1864, e 60 mil morreram durante a guerra - em combate e por causas não militares. Mais uma vez se confirmou o ditado de que na guerra a primeira vítima é a verdade.

A tese do genocídio é uma ignomínia contra o Brasil e não faz justiça ao brio do povo e à valentia do soldado paraguaio. Em Itororó os vencedores - os brasileiros - tiveram mais baixas que os vencidos. No assalto a essa pequena ponte o Brasil perdeu 1.800 soldados, dois generais, dezenas de oficiais, e o futuro primeiro presidente da República, Deodoro da Fonseca, foi gravemente ferido, além de presenciar a morte de dois irmãos oficiais. Os combatentes paraguaios merecem a honra eterna de seus compatriotas. Da mesma maneira, os mais de 50 mil brasileiros mortos merecem e aguardam o reconhecimento pleno da Pátria, pois foi por ela e em nome dela que pereceram num dos mais cruéis e sangrentos conflitos da História.

Cabe-nos perfilar os heróis de cada lado - não como semideuses, e sim como homens concretos, plenos de historicidade, desempenhando, na hora, no lugar e no posto a que foram conduzidos pelas circunstâncias, um papel distintivo nas suas nacionalidades. Reconstruir a História, e não recontá-la, respeitá-la como patrimônio de dois povos e duas nações irmanadas no objetivo comum da fraternidade e do desenvolvimento equilibrado. Vale lembrar que mesmo em meio ao fogo da batalha os dois povos deram início à reconciliação. Tenho parentes em Alagoas descendentes de avó remota paraguaia que casou com soldado brasileiro, da mesma forma que dona Rafaela López de Bedoya, irmã de ninguém menos que o presidente Solano López, casou com o capitão brasileiro Augusto de Azevedo Pedra antes de a guerra acabar.

Aldo Rebelo é deputado federal (PCdoB-SP).




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Re: Guerra do Paraguai

#103 Mensagem por Túlio » Dom Mai 03, 2009 1:29 pm

Essas revisionices aí são pura charlaiada comuna, estão pouco se lixando pro Paraguai, querem é sacanear o Brasil, que está crescendo mesmo durante essa baita crise mundial e, com isso, atrapalhando bastante - diria INVIABILIZANDO - a sua tão sonhada URSSA... :evil:




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Re: Guerra do Paraguai

#104 Mensagem por toalinha » Dom Mai 03, 2009 7:29 pm

Os deputados paraguaios Héctor Lacognata e Ricardo Canese apresentaram ao Parlamento do Mercosul proposta para que os quatro países que integram o bloco criem o Memorial da Guerra da Tríplice Aliança.
Sou mais fazer um filme sobre a guerra, tudo ao estilo O Patriota, ou seja, estandarte imperial sendo carregado pelo Wagner Moura no campo de batalha, trazendo consigo os bravos soldados brasileiros rumo a vitória e, como não poderia ser diferente, uma morte bem bizarra e indigna para o Solano Lopez, tudo em nome da integração e espírito de amizade entre os povos. :lol: :twisted: :twisted:




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Re: Guerra do Paraguai

#105 Mensagem por WalterGaudério » Dom Mai 03, 2009 8:04 pm

toalinha escreveu:
Os deputados paraguaios Héctor Lacognata e Ricardo Canese apresentaram ao Parlamento do Mercosul proposta para que os quatro países que integram o bloco criem o Memorial da Guerra da Tríplice Aliança.
Sou mais fazer um filme sobre a guerra, tudo ao estilo O Patriota, ou seja, estandarte imperial sendo carregado pelo Wagner Moura no campo de batalha, trazendo consigo os bravos soldados brasileiros rumo a vitória e, como não poderia ser diferente, uma morte bem bizarra e indigna para o Solano Lopez, tudo em nome da integração e espírito de amizade entre os povos. :lol: :twisted: :twisted:
Qual é a unidade da Infanteria de Marina estacionada atualmente em Ciudad del este? Não vai dizer que é a sexta!




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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