Heer.Skuda escreveu:Com licença...
Não posso deixar de ser otimista, pq a tempos não via um presidente do Brasil falar a respeito como se foi falado, eu penso que Bons frutos teremos, acho que as principais linhas a serem adotadas pelo MD do Brasil, seja a de valorizar produtos nacionais, acho que, se de fato! isso tudo acontecer, se a Engesa, Avibrás, Embraer, forem realmente colocadas na lista destes grandes planos de investimento, teremos uma mudança significativa no Brasil, principalmente com relação a parcerias internacionais.
Ainda que por algum tempo (mais) tenhamos que frear a aquisição de material para investir em tecnologia e industrias no Brasil, não podemos deixar de concordar que futuramente as parcerias internacionais e o próprio campo de pesquisa no Brasil têm muito a ganhar.
Falando agora no perfil psicológico do nosso Ministro da Defesa, acho que sua postura de imediatismo(como meu colega coloca) pode ajudar a abreviar ou respeitar o prazo de 1 ano colocado pelo governo, a questão do mesmo ser de um partido diferente tb me soa positivamente.
Basicamente, gosto dos vetores russos, mas acho que optar pelo Mirage 2005 / Rafale produzidos com participação da Embraer, pode ser mais interessante, acho que a retomada dos planos do MBT Osório, tb serão interessantes neste novo momento do MD, o SNA, agora com o envolvimento do governo Francês, me inspira bons momentos para nós Brasileiros.
Embora precisemos de material IMEDIATAMENTE, prefiro ter algo não TOP num médio prazo, para no futuro próximo ver meu país reassumir seu lugar no cenário mundial.
Olá Heer Skuda,
acho que é "quase" isso que você colocou. Acho porque a coisa não é tão simples assim.
Claro que precisamos incentivas a indústria nacional e colocá-las dentro do processo, mas isso não basta. Não podemos que elas ditem as regras, elas têm que ser parceiras e não dizer o que as FFAA precisam.
Absurdo? Claro que não! Basta lembrar do que a Embraer fez no finado FX-1 e seu todo poderoso Mirage 2000 BR. As FFAA escolhem dentro do Plano de Defesa a ser elaborado pelo governo e as empresas locais se candidatam a participação. Mas como trabalho de iniciativa privada, com investimento e não com projetos de riscos bancados pelo governo (diga-se de passagem, pelo contribuinte). Sempre foi assim, precisa mudar. Tenho a nítida sensação que mudará mesmo, para melhor.
A postura "imediatista" do novo ministro é positiva sim, mas imediatismo não deve ser sinômino de "simplismo". Abreviar o prazo de um ano não depende apenas do ministro, mas principalmente do governo e de suas reais intenções, principalmente de ordem econômica. Não adianta usar palavras bonitas e frear o processo porque a coisa "está ficando cara".
A minha preocupação não é com o ministro do MD em si, mas com sua ambição política (natural e nada de mais). Mais adiante outros igualmente interessados se manifestarão (o próprio PT), principalmente se este ministro conseguir se destacar e obter bons resultados nesta pasta. Isso me faz lembrar do atual governador de São Paulo, José Serra, que no governo FHC foi ministro da Saúde e fez desta pasta seu trampolim político à presidência da República. Mais uma vez, nada de mais, porém os "gatos escaldados" podem se antecipar e jogar mais um balde... Acho que já entendeu... rsrsrs
Não faz sentido hoje em dia falar sobre o Mirage 2000 -5 (ou BR), este vetor já saiu de linha, não se produz mais, passado. O Rafale procede e muito, mas tenho grandes dúvidas se a França permitiria sua produção local com transferência tecnológica. Se quer minha opinião... O máximo que vislumbro é "montagem" local (no máximo mesmo), nada de transferência de tecnologia, a menos que se chame montagem como transferência tecnológica.
O M-2000 era um vetor praticamente "morto", que já sairia de linha de montagem, os franceses viram no FX-1 uma grande oportunidade de negócio e ofereceram tudo deste vetor, até um radar mais moderno (e que seria fabricado lá e instalado aqui). Rafale? A menina dos olhos dos franceses? Sem chances alguma!
SNA é broma, ainda não cola e não acredito em menos de 10 anos. Este irá influenciar fortemente a escolha do sub convencional que será adquirido e que pode mesmo ser o Scorpéne, mas... O Brasil não tem condições tecnológicas ainda, mas terá e este é o ponto importante na proposta da MB e que conta com apoio deste governo. Ninguém repassa tecnologia de graça e outros, nem pagando. Isto se aplica a França e seu Barracuda, não nos passará ou venderá absolutamente nada. O máximo que podemos imaginar é a presença de nossos técnicos nos locais de montagem e projetos, mas sem acesso aos "detalhes".
Ter ou não ter algo "top" no momento ou a médio prazo é um ponto de discussão e longa, muito complexo. Um ponto desfavorável a sua tese é que neste país, o que não se comprar hoje, não se garante amanhã. Deixar de comprar hoje planejando o futuro, tudo bem, mas o que os políticos escrevem em seus mandatos, costuma ser ragasdo pelos seus sucessores. Este talvez seja o principal problema.
Aguardemos o tal "Plano"... Se o governo acatar os estudos e não interferir no mesmo, acredito que um bom caminho será trilhado. Caso contrário (interferências), o resultado poderá ser pior do que temos hoje em dia.
Grande abraço,
Orestes