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Enviado: Seg Jun 11, 2007 12:54 pm
por cabeça de martelo
P44 escreveu:olhando para esse mapa sinceramente não vejo como as ex-colónias portuguesas iriam ser grandes democracias, veja-se o exemplo das ex-colonias francesas, inglesas, belgas.

Praticamente toda a África Sub-Saariana vive num estado semi ou totalmente ditatorial...

:roll:


Exacto e foram países omde a descolonização não foi feita à pressa, pelo menos não na forma de que foi feita a nossa descolonização.

O passado é passado, deixem isso nas memórias do tempo. O PCP e a extrema-esquerda Portuguesa foi julgada nas várias eleições e neste momento pouca ou nenhuma importância têm na politica Portuguesa.

Enviado: Seg Jun 11, 2007 1:54 pm
por Duarte
Rui Elias Maltez escreveu:Já deu para ver que a coisa animou.

E ainda bem, desde que o debate seja elevado e com consideração pelo contrário.


Já me chamaram tudo o que havia, talvez não haveria mais nada a chamar?.. :lol:


Duarte:

Mais parece referência aos demagogos de Abril, porque acho que mais culpa têm as estúpidas nacionalizações, a incrível instabilidade, as perseguições políticas, o terrorismo das FP-25, a entrega de bandeja ao comunismo do ultramar, de Angola especialmente, em condições completamente desfavoráveis ao país, é que são as razões bem fortes do nosso atraso. Passadas décadas da morte de Salazar, ainda há quem quer culpá-lo pelo atraso do país, como se 4 décadas não tivessem passado, e dezenas de governos incompetentes.


Tenho uma pequena dúvida:

O que é que as FP-25, e os seus actos terroristas, tiveram a ver com o PREC ou com o 25 de Abril?


O elo constante nos 3 casos seria Otelo Saraiva de Carvalho. Esteve fortemente involvido nos 3. Não percebo qual é a sua dúvida...
Sei perfeitamente que as FP-25 começaram a actuar muito mais tarde, mas claro que há uma ligação directa. Até no nome da organização.


Eu devia ter enumerado as minhas razões por ordem cronológica, mas não o fiz na altura. De qualquer forma, a conclusão onde queria chegar era que acções terroristas deste tipo foram um factor destabilizador, e dissuasor de investimento estrangeiro, especialmente quando muitos dos seus atentados eram contra empresas estrangeiras. O resultado: atraso económico.

Enviado: Seg Jun 11, 2007 2:03 pm
por Duarte
cabeça de martelo escreveu:
P44 escreveu:olhando para esse mapa sinceramente não vejo como as ex-colónias portuguesas iriam ser grandes democracias, veja-se o exemplo das ex-colonias francesas, inglesas, belgas.

Praticamente toda a África Sub-Saariana vive num estado semi ou totalmente ditatorial...

:roll:


Exacto e foram países omde a descolonização não foi feita à pressa, pelo menos não na forma de que foi feita a nossa descolonização.

O passado é passado, deixem isso nas memórias do tempo. O PCP e a extrema-esquerda Portuguesa foi julgada nas várias eleições e neste momento pouca ou nenhuma importância têm na politica Portuguesa.


E defende que por este motivo, era escusado tentar fazer uma descolonização reponsável e democrática? É só lavar as mão assim ao fim de 4 séculos?

Enviado: Seg Jun 11, 2007 2:27 pm
por cabeça de martelo
Deixa-me dizer-te com calma e D E V A G A R I N H O... afinal o que é que tu defendes? A realidade é só uma, Portugal tinha que descolonizar, se não foi bem feito é tanto culpa do Estado Novo como do Verão quente de 75! Tão simples quanto isso.

Enviado: Seg Jun 11, 2007 2:40 pm
por Duarte
cabeça de martelo escreveu:Deixa-me dizer-te com calma e D E V A G A R I N H O... afinal o que é que tu defendes? A realidade é só uma, Portugal tinha que descolonizar, se não foi bem feito é tanto culpa do Estado Novo como do Verão quente de 75! Tão simples quanto isso.


:lol: calma.. Deve ser este capacete de aço, sob o sol escaldante do deserto... :mrgreen:

O que eu defendo é que houve e dois pesos e medidas, uma dualidade de critérios na atribuição de culpas, é só. Se lhe aborrece, há outros tópicos..
:wink:

Enviado: Seg Jun 11, 2007 3:32 pm
por pt
É evidente que nenhum país poderia aguentar uma guerra durante um periodo que se eternizava e Portugal não era excepção.

Mas não é verdade que a guerra em Angola e em Moçambique estivesse perdida (ao contrário da Guiné).

Em Angola especialmente não havia NADA, os movimentos oposicionistas estavam derrotados e a UNITA, o mais importante por causa da importância étnica dos ovimbundos (a maioria da população) estava controlado. Até o pai so Savimbi recebeu emprego de funcionário público.

A ideia da completa desorganização e indisciplina entre as tropas portuguesas, a meu ver foi exagerada e em muitos casos, provocada pelos militares a soldo do PC, que recebia ordens da URSS.

A URSS queria o poder em Angola. Especialmente em Angola.
E para isso inventaram uma guerra civil, com o envio maciço de armas para o NMPLA, um movimento que nem sequer existia, e que apenas se distinguia por ter o apoio de Cuba e da URSS.

Se os soldados portugueses quisessem, e se tivessem tido o apoio do poder politico, não acredito que não fosse possível manter as coisas sob controlo.

Em nenhum lugar do mundo há notícia de ter havido uma mudança tão gritante da situação.

Os portugueses sairam, porque toda a gente sabia que sem os portugueses fora de Angola, não haveria possibilidade de haver combates.

Obviamente que Salazar e o regime em termos gerais foram responsáveis e tiveram vistas curtas, mesmo durante o periodo pós 25 de Abril, ainda se tentou negociar para dar a independência a Angola e a Moçambique, mantendo Cabo-Verde, São Tomé e eventualmente Timor.

Os indonésios pediram aos portugueses para ficarem em Timor. Os australianos idem. Mas não!
A ideia era desocolonizar à pressa, porque a pressa é aliada da incompetência e da confusão, e a confusão era o ideal naquele periodo.

Os indonesios não estiveram para ver um país comunista nas suas fronteiras, e foi o que se viu...

Politicos com P grande, há poucos, e após 25 de Abril, fomos governados por politiquinhos que conseguiram ser piores que os de hoje.
Fomos governados por pataratas saidos das manifestações do Maio de 68, que achavam que o golpe de 25 de Abril era um sinal para a revolução na Europa Ocidental, quando na realidade o golpe não foi mais nada que um movimento corporativo destinado a mudar o governo e forçar a solução do problema africano.

Mas a solução do problema africano não passava necessáriamente pela rendição.

E se tivesse havido um golpe dos Ultras do Kaulza, o que aconteceria ?

também teria acontecido a mesma debandada?

A História é muitas vezes distorcida para justificar os actos dos seus protagonistas.

Repito:
Afirmar que estava tudo perdido, é uma desculpa clara para justificar a deserção.

O exército em 1974 não estava numa situação boa.
Mas e em 1961 estava?

Duranta TODA A GUERRA, todos os jornais internacionais vaticinavam que Portugal só aguentava mais seis meses de guerra antes de ser derrotado, no entanto seis anos depois e doze anos depois o país ainda estava envolvido no conflito, e documentos da KGB em relatórios para o politburo do PCUS afirmavam:
...Não é possível vencer o exército português. Só uma mudança em Lisboa poderá levar à vitória dos movimentos revolucionários...

No entanto, há quem afirme que em 1974 estava tudo perdido.

Estava tudo tão perdido, como estava tudo perdido em 1961 quando começou a guerra, como estava tudo perdido em 1965 quando os americanos fizeram mais pressão sobre Portugal, como estava tudo perdido em 1971 quando se começou a falar dos mísseis Strela na Guiné.
A verdade é que de uma forma ou de outra acabámos por encontrar soluções imaginativas umas, disparatadas outras.

Lembro que estava tudo perdido quando a marinha da Guiné Conakri e o PAIGS receberam lanchas torpedeiras lança-mísseis quando Portugal nem sabia o que era um Míssil...

Estava tudo perdido.
no entanto, com a operação Mar Verde, a marinha da Guiné Conakri foi toda ao fundo em algumas horas.
e não precisámos de navios com mísseis para destruir os navios inimigos.

A ideia de que estava tudo perdido vai contra toda a lógica de toda a guerra.
A guerra foi uma sucessão de declarações de toda a gente a afirmar que para Portugal estava tudo perdido, mas essas declarações acabaram por se provar não terem sentido.

Mas claro, os senhores do PC depois da deserção afirmam que estava tudo perdido, e DESSA VEZ afinal tinham razão.
Estava tudo perdido, porque seguiram as instruções do KGB.
É em Lisboa E SÓ EM LISBOA que se pode ganhar a guerra contra Portugal.

E foi assim que ela foi ganha. Foi ganha em Lisboa durante o Verão quente em que se trabalhou com ardor revolucionário para garantir que as forças portuguesas sem coordenação, sem comando e sem disciplina,entravam em desagregação em África.

E conseguiram-no.
Eles ganharam, mas o que não temos o direito é de distorcer a História e conta-la às avessas, apenas porque alguns camaradas de Abril, em vez de herois apareceriam na Historia como traidores, bandidos e assassinos da pior espécie.

É contra essa ocultação da verdade e da realidade, para proteger uma parte da clique revolucionária que não tinha o direito de se intitular «de Abril» que eu falo.

Não há nenhuma defesa de Salazar ou do regime de Salazar, por muito que o nosso camarada P44 queira, utilizando a tradicional estratégia dos nazistas: Mentir e mentir outra vez até ver se a mentira passa.

A mentira não passará P44.

Pergunte a muitos dos capitães de Abril, porque é que depois da independência, muitos deles complementavam os seus salários com a criação de empresas de exportação para Angola.
Algumas dessas empresas exportavam autêntica porcaria, que chegava a Luanda e ía para o Lixo.

Explique, P44, porque é que o MPLA tinha tantos amigos entre tantos (alguns) dos capitães de Abril.

Pergunte P44, porque é que enquanto os capitães de Abril ligados ao PC e ao processo de descolonização enriqueciam com negócios com Angola, outros, como Salgueiro Maia, morreram a receber salário de Oficial do Exército.

Gostaria de ouvir opiniões.
Gostaria de ouvir o que é que muitos dos verdadeiros capitães de Abril que não se meteram na baderna promiscua da traição da entrega, teriam a dizer e não dizem por causa do «Espirito de Corpo».

Mas não são só alguns dos militares que venderam o país e trairam os seus camaradas de armas que são protegidos pelo Status Quo.
A esquerda festiva e a esquerda soviética, são corruptas e sempre foram corruptas, à sua maneira.
O mais conhecido dos camaradas soviéticos, a cara «pintada» do PCP do periodo revolucionario, chama-se Pina Moura.

Ele é o estereotipo do comunista de 75, que ficou exemplarmente descrito naquela frase do humorista brasileiro Badaró:
"O Abreu, dá cá o meu"

O Portugal de Abril de hoje está corrupto, porque na sua génese, nasceu com a corrupção. E não foi a corrupção dos grandes grupos economicos.

Foi a corrupção dentro da Esquerda Portuguesa, mascarada de periodo revolucionário.

Enviado: Seg Jun 11, 2007 3:41 pm
por Dieneces
P44 escreveu:olhando para esse mapa sinceramente não vejo como as ex-colónias portuguesas iriam ser grandes democracias, veja-se o exemplo das ex-colonias francesas, inglesas, belgas.

Praticamente toda a África Sub-Saariana vive num estado semi ou totalmente ditatorial...

:roll:
No meu monitor eu enxergo que praticamente toda áfrica sub-saariana vive num estado semi ou totalmente democrático...deve ser porque meu pc é fabricado pela Dell... :D

Enviado: Seg Jun 11, 2007 3:49 pm
por Dieneces
pt escreveu:É evidente que nenhum país poderia aguentar uma guerra durante um periodo que se eternizava e Portugal não era excepção.

Mas não é verdade que a guerra em Angola e em Moçambique estivesse perdida (ao contrário da Guiné).

Em Angola especialmente não havia NADA, os movimentos oposicionistas estavam derrotados e a UNITA, o mais importante por causa da importância étnica dos ovimbundos (a maioria da população) estava controlado. Até o pai so Savimbi recebeu emprego de funcionário público.

A ideia da completa desorganização e indisciplina entre as tropas portuguesas, a meu ver foi exagerada e em muitos casos, provocada pelos militares a soldo do PC, que recebia ordens da URSS.

A URSS queria o poder em Angola. Especialmente em Angola.
E para isso inventaram uma guerra civil, com o envio maciço de armas para o NMPLA, um movimento que nem sequer existia, e que apenas se distinguia por ter o apoio de Cuba e da URSS.

Se os soldados portugueses quisessem, e se tivessem tido o apoio do poder politico, não acredito que não fosse possível manter as coisas sob controlo.

Em nenhum lugar do mundo há notícia de ter havido uma mudança tão gritante da situação.

Os portugueses sairam, porque toda a gente sabia que sem os portugueses fora de Angola, não haveria possibilidade de haver combates.

Obviamente que Salazar e o regime em termos gerais foram responsáveis e tiveram vistas curtas, mesmo durante o periodo pós 25 de Abril, ainda se tentou negociar para dar a independência a Angola e a Moçambique, mantendo Cabo-Verde, São Tomé e eventualmente Timor.

Os indonésios pediram aos portugueses para ficarem em Timor. Os australianos idem. Mas não!
A ideia era desocolonizar à pressa, porque a pressa é aliada da incompetência e da confusão, e a confusão era o ideal naquele periodo.

Os indonesios não estiveram para ver um país comunista nas suas fronteiras, e foi o que se viu...

Politicos com P grande, há poucos, e após 25 de Abril, fomos governados por politiquinhos que conseguiram ser piores que os de hoje.
Fomos governados por pataratas saidos das manifestações do Maio de 68, que achavam que o golpe de 25 de Abril era um sinal para a revolução na Europa Ocidental, quando na realidade o golpe não foi mais nada que um movimento corporativo destinado a mudar o governo e forçar a solução do problema africano.

Mas a solução do problema africano não passava necessáriamente pela rendição.

E se tivesse havido um golpe dos Ultras do Kaulza, o que aconteceria ?

também teria acontecido a mesma debandada?

A História é muitas vezes distorcida para justificar os actos dos seus protagonistas.

Repito:
Afirmar que estava tudo perdido, é uma desculpa clara para justificar a deserção.

O exército em 1974 não estava numa situação boa.
Mas e em 1961 estava?

Duranta TODA A GUERRA, todos os jornais internacionais vaticinavam que Portugal só aguentava mais seis meses de guerra antes de ser derrotado, no entanto seis anos depois e doze anos depois o país ainda estava envolvido no conflito, e documentos da KGB em relatórios para o politburo do PCUS afirmavam:
...Não é possível vencer o exército português. Só uma mudança em Lisboa poderá levar à vitória dos movimentos revolucionários...

No entanto, há quem afirme que em 1974 estava tudo perdido.

Estava tudo tão perdido, como estava tudo perdido em 1961 quando começou a guerra, como estava tudo perdido em 1965 quando os americanos fizeram mais pressão sobre Portugal, como estava tudo perdido em 1971 quando se começou a falar dos mísseis Strela na Guiné.
A verdade é que de uma forma ou de outra acabámos por encontrar soluções imaginativas umas, disparatadas outras.

Lembro que estava tudo perdido quando a marinha da Guiné Conakri e o PAIGS receberam lanchas torpedeiras lança-mísseis quando Portugal nem sabia o que era um Míssil...

Estava tudo perdido.
no entanto, com a operação Mar Verde, a marinha da Guiné Conakri foi toda ao fundo em algumas horas.
e não precisámos de navios com mísseis para destruir os navios inimigos.

A ideia de que estava tudo perdido vai contra toda a lógica de toda a guerra.
A guerra foi uma sucessão de declarações de toda a gente a afirmar que para Portugal estava tudo perdido, mas essas declarações acabaram por se provar não terem sentido.

Mas claro, os senhores do PC depois da deserção afirmam que estava tudo perdido, e DESSA VEZ afinal tinham razão.
Estava tudo perdido, porque seguiram as instruções do KGB.
É em Lisboa E SÓ EM LISBOA que se pode ganhar a guerra contra Portugal.

E foi assim que ela foi ganha. Foi ganha em Lisboa durante o Verão quente em que se trabalhou com ardor revolucionário para garantir que as forças portuguesas sem coordenação, sem comando e sem disciplina,entravam em desagregação em África.

E conseguiram-no.
Eles ganharam, mas o que não temos o direito é de distorcer a História e conta-la às avessas, apenas porque alguns camaradas de Abril, em vez de herois apareceriam na Historia como traidores, bandidos e assassinos da pior espécie.

É contra essa ocultação da verdade e da realidade, para proteger uma parte da clique revolucionária que não tinha o direito de se intitular «de Abril» que eu falo.

Não há nenhuma defesa de Salazar ou do regime de Salazar, por muito que o nosso camarada P44 queira, utilizando a tradicional estratégia dos nazistas: Mentir e mentir outra vez até ver se a mentira passa.

A mentira não passará P44.

Pergunte a muitos dos capitães de Abril, porque é que depois da independência, muitos deles complementavam os seus salários com a criação de empresas de exportação para Angola.
Algumas dessas empresas exportavam autêntica porcaria, que chegava a Luanda e ía para o Lixo.

Explique, P44, porque é que o MPLA tinha tantos amigos entre tantos (alguns) dos capitães de Abril.

Pergunte P44, porque é que enquanto os capitães de Abril ligados ao PC e ao processo de descolonização enriqueciam com negócios com Angola, outros, como Salgueiro Maia, morreram a receber salário de Oficial do Exército.

Gostaria de ouvir opiniões.
Gostaria de ouvir o que é que muitos dos verdadeiros capitães de Abril que não se meteram na baderna promiscua da traição da entrega, teriam a dizer e não dizem por causa do «Espirito de Corpo».

Mas não são só alguns dos militares que venderam o país e trairam os seus camaradas de armas que são protegidos pelo Status Quo.
A esquerda festiva e a esquerda soviética, são corruptas e sempre foram corruptas, à sua maneira.
O mais conhecido dos camaradas soviéticos, a cara «pintada» do PCP do periodo revolucionario, chama-se Pina Moura.

Ele é o estereotipo do comunista de 75, que ficou exemplarmente descrito naquela frase do humorista brasileiro Badaró:
"O Abreu, dá cá o meu"

O Portugal de Abril de hoje está corrupto, porque na sua génese, nasceu com a corrupção. E não foi a corrupção dos grandes grupos economicos.

Foi a corrupção dentro da Esquerda Portuguesa, mascarada de periodo revolucionário.
É mais que claro que os Portugueses não seriam vencidos militarmente em Angola . Essa análise se impunha , PT , continue nos mostrando o "outro lado da história" . Não esqueça de complementar o post das intenções do governo militar brasileiro , de 64 , para com Angola , estou aguardando...

Enviado: Seg Jun 11, 2007 5:09 pm
por Einsamkeit
Foi isso que eu li, dai como fui fuzilado, calei

8-]

Imaginem se portugal ainda controlasse Sao tome

Petroleo :D :D :D :D

Enviado: Seg Jun 11, 2007 6:20 pm
por soultrain
Pois,

Mas embora concorde contigo PT na maior parte da tua analize, existem algumas nuances:

A entrega das ex colonias deu-se num episódio pouco conhecido, pelo Otelo, nas negociações em que foi com o Mário Soares. O MS como ministro dos negócios estrangeiros tinha ordens para ouvir e tentar traçar um quadro de negociações, mas na primeira frase o Otelo disse algo como: "A independencia é para dar já". Acabaran-se as negociações ali.

Outro facto curioso foi a tentativa de apróximação do Agostinho Neto ao Ocidente, através do PS e o Mário Soares estave-se nas tintas, O Agostinho Neto na altura mostrou-se disponivel para uma grande aproximação a Portugal e aos EUA, pouco depois morreu na URSS.

Com o fornecimento dos stinger tinhamos perdido o domínio aéreo, mas a verdade é que Luanda e Cabinda (básicamente o que interessava em Angola) estavam calmas. O meu pai conta que ouviu o primeiro tiro em Luanda só depois do 25 de Abril.

O facto é que a guerra tinha desgastado muito os Portugueses, que faziam comissões de 2 anos e ás vezes 3 ou 4, não havia aldeia portuguesa que não tivesse um estropiado, morto ou um que tenha retornado maluco. Não havia condições para continuar a guerra, aliás arrisco a dizer que foi isso levou á revolução, muitos preferiram arriscar a vida aqui do que em Africa.

Três tios meus serviram na Guiné, o meu pai em Angola (antes e depois do 25 de Abril) e posso-vos dizer que ainda hoje não resolveram muitas coisas do tempo que lá passaram.

Os serviços de inteligencia da URSS e dos EUA, tiveram um papel muito mais importante do que a maioria julga, no pós 25 de Abril em Portugal e nas Ex-colónias.

[[]]'s

Enviado: Seg Jun 11, 2007 9:33 pm
por pt
Soultrain ->

Eu obviamente não tenho respostas para tudo.

Otelo é uma personalidade interessante de estudar. Não se lhe conhece um pensamento seguro, argumentado e defendido sobre nada. Ele era um capitão do exército, com conhecimentos politicos limitados, que evidentemente não estava preparado para tratar dos assuntos que tinha em frente.

Otelo era um idiota útil, que evidentemente só criaria confusão (como criou). Ele não conseguia dizer duas palavras sem dizer três vezes "pá", o que já de si é uma demonstração de grande dificuldade em articular um discurso.

Qualquer psicologo teria reprovado o Otelo para gerente de loja, quanto mais para gerir o CopCon e determinar os destinos de um país.

Muito do que se passou não foi estudado, e há ainda hoje receio em estuda-lo, porque quem estudar essas questões, quem se atrever em tocar em alguns capitães de Abril, será trucidado e insultado pelo PC e pela esquerda-festiva/Caviar.

Isso vê-se por exemplo com a questão do museu Salazar em Santa Comba-Dão.

Qualquer pessoa culta, mesmo que seja de esquerda não pode ter nada contra um museu, porque o periodo do Salazarismo faz parte da nossa historia, gostemos ou não.

O problema da esquerda mais comprometida, não é o Salazar.
O problema é que ao analizar Salazar, as pessoas possam vir a ter uma ideia diferente do estereotipo que foi criado a seguir a 25 de Abril, que cada vez se torna mais evidente que não corresponde à realidade.

O problema não é "limpara" a imagem de Salazar.

O problema para a "esquerda" é que o espirito critico dos portugueses se debruce pela primeira vez sobre aquele periodo da história de Portugal.
Se cair o "Salazar demoniaco" e se a maioria das pessoas começar a questionar o que realmente aconteceu depois de os moderados terem sido corridos do governo já depois de 25 de Abril de 1974, aí muitas das vacas sagradas do PC, do PS e dos partidos de esquerda, vão começar a caír.

Eles não têm medo que se volte a colocar o Salazar na cadeira.

Eles têm medo é que desta vez sejam eles a cair dela.

Enviado: Seg Jun 11, 2007 9:43 pm
por Dieneces
Apareça com mais frequência , PT...

Enviado: Seg Jun 11, 2007 9:48 pm
por VICTOR
Dieneces escreveu:Apareça com mais frequência , PT...


x 20

Enviado: Ter Jun 12, 2007 5:46 am
por P44
Duarte escreveu:
P44 escreveu:olhando para esse mapa sinceramente não vejo como as ex-colónias portuguesas iriam ser grandes democracias, veja-se o exemplo das ex-colonias francesas, inglesas, belgas.

Praticamente toda a África Sub-Saariana vive num estado semi ou totalmente ditatorial...

:roll:


E a razão será?...

pelos vistos parece que a Democracia não se enfia garganta abaixo com uma vara , ao exemplo do Iraque... :roll:

Portanto, se nem as grandes potencias coloniais , que há altura das SUAS descolonizações eram democracias, conseguiram que as suas colonias o fossem, muito menos estou a ver Portugal a fazê-lo, nme no tempo da ditadura nem na confusão pós-revolucionária....

nós nem a nós mesmos nos sabemos governar (isto desde os tempos do Império Romano), quanto mais governar os outros... :roll: :oops: :(

Enviado: Ter Jun 12, 2007 5:52 am
por P44
PT escreveu:Não há nenhuma defesa de Salazar ou do regime de Salazar, por muito que o nosso camarada P44 queira, utilizando a tradicional estratégia dos nazistas: Mentir e mentir outra vez até ver se a mentira passa.

A mentira não passará P44.


Desejava saber se a moderação que pelos vistos agora está a adorar o sr. pt , que chama aos outros de nazistas e mentirosos (NUNCA LHE DEI CONFIANÇA PARA TAL!) não toma medidas.

adiante...

PT:
E vc tem muito que aprender a meu respeito, não sou nem nunca fui comunista, embora vc tenha essa convicção profunda, ilude-se.

Simplesmente não suporto endeusamentos falsos.

Se houve muito mal no 25 de abril, para mim muito mais mal houve na Ditadura Bolorenta Salazarista que muitos tentam agora branquear!

Ditadura por ditadura, vc que tanto odeia o Franco e os Espanhois, parece viver numa contradição...ao fim e ao cabo o Franco , pelo menos fez Espanha evoluir para a potência que é hoje, e mandou fuzilar montes de comunas e esquerdistas, coisa que a si estou convicto lhe dará muito prazer (não só a si como a muitos outros membros do DB!)

Pois para mim a ideia que tenho é que vc me parece um Franquista frustrado, se calhar tem inveja do que o Franco fez em Espanha e que o Salazar não fez em Portugal.

Do ponto de vista económico (que é afinal o que interessa e rege o mundo actual), o Franco foi um homem excepcional, não acha? Eliminou a oposição toda (ao contrário do Salazar que deixou os bandidos traidores vendidos dos comunas vivos!)e desenvolveu economicamente o País DELE.

A César o que é de César, há que dar esse mérito ao Caudilho!

Não interessam os valores morais, a decência, nada...

Vc acha que eu gosto muito e me revejo no País onde vivo? Está muito enganado, sou um reles bardamerdas que aqui anda a ganhar o sustento do dia a dia para a minha familia, não tenho ideias de me fazer a tachos politicos ou ao que quer que seja...não fiz bem nunca farei campanhas seja porque partido fôr...estive 10 anos sem votar e em 2005 fui votar para tirar o Santana do poder e aparece-me este "Engenheiro" ainda pior.

Mas vc acha que eu gosto do Pina Moura ou do Mário Lino?
Digo-lhe já o que penso dessas criaturas: São uns bandalhos e uns bandidos!

Eu, politicos, digo-lhe, nem os posso ver! É tudo a mm corja, a mesma mrd* de palhaços que só estão no poleiro para se encherem!

Vc pode achar muito bem a Guerra Colonial, e que Portugal ia do "Minho a Timor", eu acho que isso era uma idiotice completa, sei muitas histórias passadas em África em que os "pretos" eram tratados abaixo de cão pelos colonos brancos, e quando me vêm com essas nostlagias do Império, só me ocorre uma palavra: HIPÓCRITAS!