Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Carlos Lima
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8941 Mensagem por Carlos Lima » Sex Jun 22, 2012 7:27 pm

Eu sei lá.

Eu prefiro que a MB compre navios de apoio como compra de oportunidade do que esse tipo de navio.

Precisamos de algo para substituir o Rio de Janeiro e o Ceará e algo para dar um descanço para o nosso Marajó véio de Guerra.

Eu acho que essa seria a minha prioridade.

Esses navios italianos são interessantes, mas parecem 'velhos' com todas aquelas antenas e domos saltando para fora do navio. Eu sei que é uma maneira ultra simplista de ver as coisas, mas isso já me coloca com as barbas de molho, sem contar com armamentos diferentes e que já são antigos ( ++++ custo de operação).

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8942 Mensagem por Andre Correa » Sex Jun 22, 2012 7:42 pm

Carlos Lima escreveu:Eu sei lá.

Eu prefiro que a MB compre navios de apoio como compra de oportunidade do que esse tipo de navio.

Precisamos de algo para substituir o Rio de Janeiro e o Ceará e algo para dar um descanço para o nosso Marajó véio de Guerra.

Eu acho que essa seria a minha prioridade.

Esses navios italianos são interessantes, mas parecem 'velhos' com todas aquelas antenas e domos saltando para fora do navio. Eu sei que é uma maneira ultra simplista de ver as coisas, mas isso já me coloca com as barbas de molho, sem contar com armamentos diferentes e que já são antigos ( ++++ custo de operação).

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Tudo isso seria válido, se estivéssemos com PROSUPER definido, etc, ou seja, se fosse qualquer outro país, menos o Brasil.
Eu também sou de opinião que, se puserem a venda, não podemos deixar de aproveitar, pois, por mais velho que seja, é mais novo do que tudo o que temos... e é preferível um pássaro na mão do que 2 a voarem...

Escolta é escolta, apoio é apoio. Cada assunto tem que ser tratado separadamente.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8943 Mensagem por Carlos Lima » Sex Jun 22, 2012 7:57 pm

O problema é que na hora das prioridades as 2 coisas caem na mesma categoria (escolta e apoio). E honestamente a nossa esquadra de Apoio está em muito pior estado do que as escoltas. Sendo assim...

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8944 Mensagem por Andre Correa » Sex Jun 22, 2012 8:00 pm

Carlos Lima escreveu:O problema é que na hora das prioridades as 2 coisas caem na mesma categoria (escolta e apoio). E honestamente a nossa esquadra de Apoio está em muito pior estado do que as escoltas. Sendo assim...

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Ou seja, um problema é para já, e o outro é para daqui a pouco... portanto, ambos precisam ser remediados...
Aí eu ter falado que cada um é um problema separado.
Por mais que saia logo o PROSUPER, vamos ter problemas com falta de escoltas... ainda mais quando o SP estiver operante.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8945 Mensagem por faterra » Sex Jun 22, 2012 10:53 pm

Quantos destes armamentos e sensores seriam mantidos no navio em caso de compra pela MB?
[024] Aaarrrggghhh! Tá dando coceiras!




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8946 Mensagem por henriquejr » Sex Jun 22, 2012 11:18 pm

Andre Correa escreveu:
Carlos Lima escreveu:Eu sei lá.

Eu prefiro que a MB compre navios de apoio como compra de oportunidade do que esse tipo de navio.

Precisamos de algo para substituir o Rio de Janeiro e o Ceará e algo para dar um descanço para o nosso Marajó véio de Guerra.

Eu acho que essa seria a minha prioridade.

Esses navios italianos são interessantes, mas parecem 'velhos' com todas aquelas antenas e domos saltando para fora do navio. Eu sei que é uma maneira ultra simplista de ver as coisas, mas isso já me coloca com as barbas de molho, sem contar com armamentos diferentes e que já são antigos ( ++++ custo de operação).


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Tudo isso seria válido, se estivéssemos com PROSUPER definido, etc, ou seja, se fosse qualquer outro país, menos o Brasil.
Eu também sou de opinião que, se puserem a venda, não podemos deixar de aproveitar, pois, por mais velho que seja, é mais novo do que tudo o que temos... e é preferível um pássaro na mão do que 2 a voarem...

Escolta é escolta, apoio é apoio. Cada assunto tem que ser tratado separadamente.

[009]
Não são navios velhos, foram comissionados em 1992. Pelo que andei vendo na internet, eles passaram por algumas atualizações, inclusive com a substituição do míssil Standard pelo Standard 2.

Apesar de possuir diversos sistemas que hj não são utilizados pela MB, se junto com os dois navios viesse também um bom estoque de mísseis Standard 2 e Otomat (ou até a substituição destes por MM-40 Block 2 ou 3), talvez fosse o suficiente para empregar estes navios por pelo menos uns 15 anos, quando finalmente poderão ser substituídos pelas novas escoltas provenientes do PROSUPER.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8947 Mensagem por faterra » Sex Jun 22, 2012 11:59 pm

Se a MB comprasse esse bando de navios velhos e nas quantidades sugeridas, qual seria o índice de disponibilidade da frota? Quanto ela gastaria para mantê-los em uma disponibilidade razoável?




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8948 Mensagem por Andre Correa » Sáb Jun 23, 2012 12:32 am

faterra escreveu:Se a MB comprasse esse bando de navios velhos e nas quantidades sugeridas, qual seria o índice de disponibilidade da frota? Quanto ela gastaria para mantê-los em uma disponibilidade razoável?
Também gostava de saber...

[009]




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8949 Mensagem por knigh7 » Sáb Jun 23, 2012 12:48 am

LeandroGCard escreveu: Por princípio não sou favorável à aquisição de navios de combate usados pela MB, por ameaçarem a possibilidade de se iniciar a produção e o desenvolvimento locais deste tipo de embarcação. Mas no caso específico desta classe Durand de la Penne até que pode ser um aboa idéia, pois são navios bem mais completos do que a MB possui ou mesmo do que ela está procurando, contando com uma defesa AAe completa em 3 camadas, mísseis anti-navio bem mais robustos que o Exocet e eletrônica razoável.

Mas alguns de seus sistemas de armas teriam pouco tempo de utilização ou por serem antigos (Standard) ou por estarem fora do padrão da Mb (Otomat, Milas), levando a dificuldades e aumento nos custos de manutenção. Por conta disso preço de aquisição dos navios teria que ser bem reduzido para valer realmente à pena, sob risco de até inviabilizar o próprio PRO-SUPER.

Aliás, estes navios serão mesmo colocados em disponibilidade ou não?


Leandro G. Card
Eu não sou favorável a aquisição de escoltas e outros navios usados pela simples questão da grande probabiliddade que teria da decisão do PROSUPER em ser postergada.

Se fosse no Governo Lula, pelo menos o FX2 e esse programa da MB já teriam sido resolvidos. Mas o Governo Dilma não é o Lula. Não tem certos defeitos que o Governo antecessor tinha, mas também não tem certas virtudes...




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8950 Mensagem por Lord Nauta » Sáb Jun 23, 2012 3:54 pm

Prezados Senhores,

Os navios da classe Durand de La Penne não podem ser classificados ainda como navios ''velhos''. Eles tem pelo menos metade da idade dos navios de escolta em operação na MB, sendo perfeitamente validos para os TOM atuais.Estes navios passaram por uma atualização a poucos anos e também não tiveram um nível muito intenso de operação na Marinha italiana o que nós faz inferir que estão em boas condições materiais. Caso sejam colocados a disposição para a venda sou favorável a obtenção por oportunidade dos mesmos, o que já não considero valido para os navios da classe Maestrale.

A vinda da classe Durand de La Penne permitiria prover o GT do A12 de defesa antiaérea de área, o que acontecera somente com a chegada dos navios do PROSUPER. Seria possível também retirar de serviço uma ou duas das atuais fragatas, que se encontram em piores condições materiais. Estes navios caso sejam incorporados a MB poderiam operar até por volta de 2030, quando seriam substituídos por exemplares de um segundo lote (caso haja outro lote) de fragatas novas. As atuais fragatas serão retiradas de serviço até 2023 e as corvetas até 2030, sendo que a Barroso sai de serviço em 2035.
Considerando esta projeção de retirada de meios, em 2025 a MB teria em operação os seguintes navios de escolta:
2 classe La Penne;
5 fragatas de 6.000 ton;
1 corveta Barroso;
4 corvetas classe Inhaúma.

Eu, sou da opinião que a vinda somente destes dois navios não inviabilizaria o PROSUPER, o que poderia prejudicar o andamento do mesmo seria a obtenção por oportunidade de um nº maior de navios de escolta de uma outra classe qualquer. Quanto aos sistemas de armas destes navios acredito que os mísseis Milam deviam ser retirados e os Otomat substituídos pelos Exocet MM-40 Block III. Os canhões de 127 mm e 76 mm poderiam ter a munição produzida no país. Vale lembrar que o calibre de 76 mm esta previsto para os novos NaPaOc e o 127 mm para as novas escolta. Outro aspecto importante e a experiência que a MB tem em operar e manter as turbinas GE LM 2.500 que equipam esta classe de navios.

Quanto aos meios anfíbios e auxiliares considero que a MB deveria lançar um plano de contigencia, prevendo a obtenção de alguns meios por oportunidade. Em relação aos navios anfíbios a MNF fez seu papel ao operar com o CFN a partir do Dixmude. Esta classe de navios tem demonstrado as qualidades do seu projeto e se mostra uma escolha inicial acertada por parte do Almirantado brasileiro. Entretanto para que navios desta classe sejam construídos para a MB e necessário que haja financiamento internacional devidamente autorizado e avalizado pelo GF. A MB fez sua parte ao especificar e justificar cada um dos meios previstos no PAEMB, mas para que os mesmos se tornem realidade e preciso que haja liberação de recursos pela área econômica do GF, quem de fato da ultima palavra.
Eu, já ouvi de pessoas de alto nível desta área que o PROSUPER e compatível com a maioria dos programas navais em curso em países com maior tradição naval que o Brasil. Esquecem eles que estes países tem AJM muito menores e que não sofrem solução de continuidade na renovação de seus meios navais.
O fato e que dificilmente, em médio prazo, teremos navios da classe Mistral em operação na Esquadra brasileira. O que fazer então? O caminho vai passar necessariamente pelas compras de oportunidade de navios ou dos EUA ou na Europa. Outro caminho, aproveitando o discurso politico de criação de empregos e renda, seria conclusão do projeto do NaTrAp e a construção de pelo menos dois dos quatro navios previstos pela MB.

Quanto aos navios auxiliares todos nós sabemos que entre as características do Poder Naval estão a mobilidade e a permanência. Para que isto aconteça e necessário meios de apoio para a realização de operações longe do litoral. Hoje a Esquadra esta limitada ao apoio de dois navios tanque.
Destes o Marajó do programa naval de 1963 esta passando, com grandes dificuldades, por um período de revitalização. Esta navio esta passando por este processo para poder atender as demandas de combustível do A12. Neste caso, acredito que para apoiar o São Paulo seria possível ter como alternativa a obtenção por oportunidade de um navio da classe Fort George. Neste caso o Marajó ficaria operando em apoio aos GT's e FT's da Esquadra até a incorporação do novo NaApLo previsto no PAEMB. Quanto ao Gastão Motta por ser um navio relativamente novo deve ser submetido a um processo de revitalização e operar por muitos anos ainda.

A obtenção de NaApLo também passa pela necessidade de financiamento internacional o que levanta também duvidas quanto a viabilidade de se obter as cinco unidades previstas no PAEMB. Havendo a possibilidade de obtenção por oportunidade de um navio desta classe este se juntaria ao novo meio o que equalizaria esta necessidade da Esquadra.
No caso da inviabilidade de incorporar todos os NaApLo previstos penso que uma alternativa valida seria se pensar em construir em estaleiros nacionais pelo menos dois navios-tanque de Esquadra.Estes navios apesar de não estarem inicialmente previstos no PAEMB seriam uma alternativa de menor custo e contribuiriam efetivamente para ampliar a capacidade de permanência de GT’s da Esquadra em operação no Atlântico Sul.

Sds

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8951 Mensagem por Lord Nauta » Sáb Jun 23, 2012 4:09 pm

Lord Nauta escreveu:Prezados Senhores,

Os navios da classe Durand de La Penne não podem ser classificados ainda como navios ''velhos''. Eles tem pelo menos metade da idade dos navios de escolta em operação na MB, sendo perfeitamente validos para os TOM atuais.Estes navios passaram por uma atualização a poucos anos e também não tiveram um nível muito intenso de operação na Marinha italiana o que nós faz inferir que estão em boas condições materiais. Caso sejam colocados a disposição para a venda sou favorável a obtenção por oportunidade dos mesmos, o que já não considero valido para os navios da classe Maestrale.

A vinda da classe Durand de La Penne permitiria prover o GT do A12 de defesa antiaérea de área, o que acontecera somente com a chegada dos navios do PROSUPER. Seria possível também retirar de serviço uma ou duas das atuais fragatas, que se encontram em piores condições materiais. Estes navios caso sejam incorporados a MB poderiam operar até por volta de 2030, quando seriam substituídos por exemplares de um segundo lote (caso haja outro lote) de fragatas novas. As atuais fragatas serão retiradas de serviço até 2023 e as corvetas até 2030, sendo que a Barroso sai de serviço em 2035.
Considerando esta projeção de retirada de meios, em 2025 a MB teria em operação os seguintes navios de escolta:
2 classe La Penne;
5 fragatas de 6.000 ton;
1 corveta Barroso;
4 corvetas classe Inhaúma.

Eu, sou da opinião que a vinda somente destes dois navios não inviabilizaria o PROSUPER, o que poderia prejudicar o andamento do mesmo seria a obtenção por oportunidade de um nº maior de navios de escolta de uma outra classe qualquer. Quanto aos sistemas de armas destes navios acredito que os mísseis Milam deviam ser retirados e os Otomat substituídos pelos Exocet MM-40 Block III. Os canhões de 127 mm e 76 mm poderiam ter a munição produzida no país. Vale lembrar que o calibre de 76 mm esta previsto para os novos NaPaOc e o 127 mm para as novas escolta. Outro aspecto importante e a experiência que a MB tem em operar e manter as turbinas GE LM 2.500 que equipam esta classe de navios.

Quanto aos meios anfíbios e auxiliares considero que a MB deveria lançar um plano de contigencia, prevendo a obtenção de alguns meios por oportunidade. Em relação aos navios anfíbios a MNF fez seu papel ao operar com o CFN a partir do Dixmude. Esta classe de navios tem demonstrado as qualidades do seu projeto e se mostra uma escolha inicial acertada por parte do Almirantado brasileiro. Entretanto para que navios desta classe sejam construídos para a MB e necessário que haja financiamento internacional devidamente autorizado e avalizado pelo GF. A MB fez sua parte ao especificar e justificar cada um dos meios previstos no PAEMB, mas para que os mesmos se tornem realidade e preciso que haja liberação de recursos pela área econômica do GF, quem de fato da ultima palavra.
Eu, já ouvi de pessoas de alto nível desta área que o PROSUPER e compatível com a maioria dos programas navais em curso em países com maior tradição naval que o Brasil. Esquecem eles que estes países tem AJM muito menores e que não sofrem solução de continuidade na renovação de seus meios navais.

O discurso da DR no 11 de junho e emblemático quando cita os navios-patrulha. Na minha opinião por alguns anos as prioridades por parte do GF na área naval será a obtenção desta classe de navios, além dos submarinos, com algumas liberações em espasmos de outros meios.

O fato e que dificilmente, em médio prazo, teremos navios da classe Mistral em operação na Esquadra brasileira. O que fazer então? O caminho vai passar necessariamente pelas compras de oportunidade de navios ou dos EUA ou na Europa. Outro caminho, aproveitando o discurso politico de criação de empregos e renda, seria conclusão do projeto do NaTrAp e a construção de pelo menos dois dos quatro navios previstos pela MB.

Quanto aos navios auxiliares todos nós sabemos que entre as características do Poder Naval estão a mobilidade e a permanência. Para que isto aconteça e necessário meios de apoio para a realização de operações longe do litoral. Hoje a Esquadra esta limitada ao apoio de dois navios tanque.
Destes o Marajó do programa naval de 1963 esta passando, com grandes dificuldades, por um período de revitalização. Esta navio esta passando por este processo para poder atender as demandas de combustível do A12. Neste caso, acredito que para apoiar o São Paulo seria possível ter como alternativa a obtenção por oportunidade de um navio da classe Fort George. Neste caso o Marajó ficaria operando em apoio aos GT's e FT's da Esquadra até a incorporação do novo NaApLo previsto no PAEMB. Quanto ao Gastão Motta por ser um navio relativamente novo deve ser submetido a um processo de revitalização e operar por muitos anos ainda.

A obtenção de NaApLo também passa pela necessidade de financiamento internacional o que levanta também duvidas quanto a viabilidade de se obter as cinco unidades previstas no PAEMB. Havendo a possibilidade de obtenção por oportunidade de um navio desta classe este se juntaria ao novo meio o que equalizaria esta necessidade da Esquadra.
No caso da inviabilidade de incorporar todos os NaApLo previstos penso que uma alternativa valida seria se pensar em construir em estaleiros nacionais pelo menos dois navios-tanque de Esquadra.Estes navios apesar de não estarem inicialmente previstos no PAEMB seriam uma alternativa de menor custo e contribuiriam efetivamente para ampliar a capacidade de permanência de GT’s da Esquadra em operação no Atlântico Sul.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8952 Mensagem por osolamaalua » Sáb Jun 23, 2012 6:40 pm

Conversei com alguns navais que me disseram o seguinte quando perguntei sobre os navios novos: a escolha do casco já esta feita, e estavam escolhemdo os subsistemas como radar, armamentos. Porem a informaçao é que a compra ficará talvez para ano que vem, se autorizada. A prioridade se autorizada esse ano sao os caças. Dizem que o clima é de desanimo pois a situaçao esta critica, pois os corvetas estao com baixa disponibilidade, a barroso deu problema de eixo, as fragatas niteroi estao trabalhando mais que aguentam e as 22 ora tem uma, ora a outra em atividade. Disseram que a situaçao tambem anda meio ruim pelo lado da aviaçao com a baixa disponibilidade de alguns meios. Quanto ao A-12 dizem que o navio fica bom daqui quebra outra coisa ali. O pessoal tambem disse estar desanimado com a situaçao financeira e alguns inclusive estao estudando para meter o pé das Forças Armadas. O pessoal se mostrou bastante desanimado e triste com a situaçao. A gente não deve torcer para coisas ruins, mas se acontecesse alguma coisa séria eu queria ver o que fariamos.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8953 Mensagem por Lord Nauta » Sáb Jun 23, 2012 7:16 pm

osolamaalua escreveu:Conversei com alguns navais que me disseram o seguinte quando perguntei sobre os navios novos: a escolha do casco já esta feita, e estavam escolhemdo os subsistemas como radar, armamentos. Porem a informaçao é que a compra ficará talvez para ano que vem, se autorizada. A prioridade se autorizada esse ano sao os caças. Dizem que o clima é de desanimo pois a situaçao esta critica, pois os corvetas estao com baixa disponibilidade, a barroso deu problema de eixo, as fragatas niteroi estao trabalhando mais que aguentam e as 22 ora tem uma, ora a outra em atividade. Disseram que a situaçao tambem anda meio ruim pelo lado da aviaçao com a baixa disponibilidade de alguns meios. Quanto ao A-12 dizem que o navio fica bom daqui quebra outra coisa ali. O pessoal tambem disse estar desanimado com a situaçao financeira e alguns inclusive estao estudando para meter o pé das Forças Armadas. O pessoal se mostrou bastante desanimado e triste com a situaçao. A gente não deve torcer para coisas ruins, mas se acontecesse alguma coisa séria eu queria ver o que fariamos.

O colega descreveu com propriedade o que de fato esta acontecendo, inclusive em relação ao desanimo que começa a atingir uma parcela dos profissionais militares de nosso Brasil varonil.
Entretanto devemos manter o otimismo, o que a maioria procura ter em alto nível frente as noticias pouco auspiciosas referentes a atualização das FAAA's frente as gigantescas demandas reprimidas pelo descaso de anos a fio do GF.
Considerando esta realidade e que acredito que as opiniões postadas podem ser consideradas como realizáveis como alternativa a manutenção da credibilidade do Poder Naval nacional.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8954 Mensagem por brisa » Sáb Jun 23, 2012 8:22 pm

O único que eu não entendo, é que hoje a gente tem no exterior, quase metade da esquadra..... alguem poderia me explicar isso? Sou todo ouvidos.....

e diria mais..... em missoes e exercícios de alta significancia.....

talvez, Jisuizzzz explica :roll: :mrgreen:




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#8955 Mensagem por Andre Correa » Sáb Jun 23, 2012 8:41 pm

Pois, metade da parte operacional, é o que o brisa esqueceu de dizer...
O ufanismo precisa ser mais comedido... :lol: :lol:

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