Noticias de Portugal

Área para discussão de Assuntos Gerais e off-topics.

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
cabeça de martelo
Sênior
Sênior
Mensagens: 40609
Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
Localização: Portugal
Agradeceu: 1207 vezes
Agradeceram: 3034 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8881 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Mai 03, 2018 8:04 am

Túlio escreveu: Qua Mai 02, 2018 8:20 pm PQP!!!

Pensei que prestava... :oops: :oops: :oops: :oops:
Algumas criações do artista:

Imagem

Imagem

Imagem

Imagem

Imagem

Mais em: http://www.tomastaveira.com/




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
Avatar do usuário
cabeça de martelo
Sênior
Sênior
Mensagens: 40609
Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
Localização: Portugal
Agradeceu: 1207 vezes
Agradeceram: 3034 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8882 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Mai 03, 2018 2:14 pm

Lítio transmontano pode tornar Portugal o primeiro produtor da Europa
https://www.jornaldenegocios.pt/empresa ... -da-europa

A britânica Savannah Resources actualizou as previsões sobre a quantidade de espodumena, um mineral que contém lítio, existente na Mina do Barroso. As novas estimativas apontam para mais 50% do que o previsto inicialmente, de acordo com um comunicado emitido esta quarta-feira, 2 de Maio.

Portugal pode ser o primeiro produtor europeu de lítio
https://www.dn.pt/dinheiro/interior/por ... 02108.html

Mina do Barroso tem o dobro das reservas de lítio estimadas. Britânicos querem licença para construir fábrica em Vila Real. Os britânicos da empresa mineira Savannah Resources descobriram em Portugal aquela que será a maior reserva do mineral na Europa Ocidental.

A titulo de curiosidade, a empresa britânica já tem uma página dedicada à mina do barroso
http://www.savannahresources.com/assets ... o-barroso/




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
Avatar do usuário
P44
Sênior
Sênior
Mensagens: 55684
Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
Localização: O raio que vos parta
Agradeceu: 2889 vezes
Agradeceram: 2550 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8883 Mensagem por P44 » Qui Mai 03, 2018 5:29 pm

Olha o gajo das bolachas CUÉTARA




*Turn on the news and eat their lies*
Avatar do usuário
cabeça de martelo
Sênior
Sênior
Mensagens: 40609
Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
Localização: Portugal
Agradeceu: 1207 vezes
Agradeceram: 3034 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8884 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Mai 05, 2018 1:35 pm

Rumo ao défice zero? O “milagre” orçamental do Governo
O economista Joaquim Miranda Sarmento analisa as diferenças entre o Orçamento do Estado para este ano e o Programa de Estabilidade. E explica como a consolidação das contas públicas é conjuntural.



5 DE MAIO DE 2018, ÀS 14:56

O economista Joaquim Miranda Sarmento analisa as diferenças entre o Orçamento do Estado para este ano e o Programa de Estabilidade. E explica como a consolidação das contas públicas é conjuntural.

A apresentação do Programa de Estabilidade (PE) há duas semanas trouxe uma revisão do défice para 2018. Já não se prevê um défice de 1,1% (OE/2018), mas sim um défice de 0,3% (0,7% mas com um efeitos “one-off” que valem 0,4% PIB, entre Novo Banco, lesados do BES, incêndios e recuperação da garantia do BPP).

O défice para 2018 na versão do OE/2018
Em primeiro lugar, vale a pena olhar para este novo valor de 0,3%. O Governo previa para 2017, no OE/2018, um défice de 1,4% que depois se reduziria para 1,1% em 2018. Temos assim que a consolidação orçamental nominal entre 2017 e 2018 valia 0,3 p.p. Isto é, o efeito do ciclo económico somado às medidas discricionárias e à redução da despesa com juros representava em 2018 menos 0,3 p.p. de défice face a 2017.

O défice orçamental teria assim de se reduzir em 2018 cerca de 700 milhões de euros. Para alcançar esse objetivo, o Governo tinha medidas que, pelas minhas contas, agravavam o défice em cerca de 300 milhões de euros, ou seja, o défice tinha de ser reduzido em mil milhões de euros. O relatório do OE tem outro numero (o total das medidas dariam uma redução do défice de 500 milhões de euros), mas considerando apenas as medidas do lado da receita (que entre redução de impostos e aumento de outros impostos e aumento dos dividendos do Banco de Portugal, é neutra do ponto de vista orçamental) e as medidas do lado da despesa excluindo aquelas que são vagas e por explicitar, temos esse agravamento do défice.

Esta diferença de 800 milhões de euros vem dos 300 milhões de euros de “congelamento dos consumos intermédios” e dos 300 milhões de euros de “revisão da despesa” e 200 milhões de euros de “contenção da outra despesa corrente”).

Assim, o Governo contava com o crescimento económico para corrigir mil milhões de euros de défice nominal (cerca de 0,5% PIB). Perfeitamente alcançável com esta conjuntura extremamente favorável, desde que não houvesse muitos excessos do lado da despesa.

O défice para 2018 na versão do PE
Agora, o défice para 2018 passa a ser, sem “one-offs”, de 0,3%. Trata-se de uma revisão de 0,8 p.p. face ao objetivo de défice para 2018 constante do OE (ou seja, ao invés de 1.1% passa para 0.3%). Contudo, o ponto de partida (ou seja o défice de 2017) já não é 1,4% mas sim 0,9%. Como entre os 1,1% previstos no OE e os 03.% previstos no PE vão 0,8 p.p., temos que 0,5 p.p. são efeito “carry-over” do défice de 2017 ser mais baixo.

O que significa que a consolidação orçamental nominal já não é de 0,3 p.p. (passar de 1,4% para 1,1%) mas sim de 0,6 p.p. (passar de 0,9% para 0,3%). Na realidade, como vou explicar a seguir, o esforço de consolidação nominal é um pouco maior que os 0,6 p.p. que a simples observação da variação do défice pode induzir. É que as medidas tomadas para 2018 não são neutras do ponto de vista orçamental. No entanto, há uma outra diferença para 2018 entre o que foi apresentado no OE e o que foi apresentado agora no PE. E tem a ver com as medidas propostas para 2018.

No OE, o Governo previa medidas do lado da receita e despesa com impacto de redução do défice de 500 milhões de euros (embora as minhas contas, como referi, apontavam para que as medidas exequíveis agravassem o défice em 300 milhões de euros). Agora, no PE, o Governo prevê medidas para 2018 que agravam o défice em cerca de 80 milhões de euros. O que se alterou?

Do lado da receita, as medidas propostas no PE até tem um maior impacto na redução do défice face ao proposto no OE. No PE, as medidas do lado da receita reduzem o défice em quase 300 milhões de euros (tinham um impacto de 50 milhões de euros no OE). Essa diferença de 250 milhões de euros de mais receita resulta de mais 50 milhões de euros de fundos estruturais, mais 60 milhões de euros de derrama estadual (passou de 7% para 9%) e o descongelamento de carreiras na AP traduz-se num aumento de receita de IRS e segurança social de 150 milhões de euros.

Do lado da despesa, o OE previa medidas que, somadas, reduziam a despesa em 430 milhões de euros e o PE prevê medidas que, somadas, agravam a despesa em 360 milhões de euros, mesmo com uma maior poupança de juros (quase 100 milhões de euros). Esta diferença de mais de 900 milhões de euros resulta de 220 milhões de euros de combate e prevenção de incêndios, de mais 140 milhões de euros para o descongelamento das carreiras para além do que já estava previsto no OE/2018, mais 300 milhões de euros para prestações sociais e de o governo ter deixado cair uma das linhas mal explicadas, neste caso os 300 milhões de euros de “revisão da despesa”.

O défice para 2018
Assim, é exequível que o défice possa reduzir-se para o objetivo de 0,3%? Tendo como ponto de partida os 0,9%, as medidas propostas aumentam o défice em 400 milhões de euros (0,2% PIB) (são os 80 milhões de euros previstos no PE mais as medidas vagas de “congelamento dos consumos intermédios” e “contenção da outra despesa corrente”).

Temos, pois, que o ponto de partida do défice será de 1,1%, o que obriga a um esforço de consolidação orçamental já não dos 0,6 p.p. que falávamos atrás, mas sim de 0,8 p.p., ou seja, cerca de 1,6 mil milhões de euros. No entanto, o efeito do crescimento económico (3,7% crescimento nominal, ou seja, 2,4% de crescimento real mais 1,4% de deflator do produto) poderá representar uma redução do défice próxima de 1% (sobretudo se este crescimento em 2018 continuar a reduzir o desemprego de forma rápida, gerando assim um crescimento da receita fiscal acima do crescimento económico).

Basta ver que o défice de 2017 é de 1,5 mil milhões de euros (sem “one-offs”) e só o aumento de receita fiscal e contributiva em 2018 é de 2,5 mil milhões de euros. Quando o PIB cresce nominalmente 10 euros, a receita fiscal e contributiva cresce, de forma quase automática, entre 3 a 4 euros. Assim, há margem para reduzir o défice, e até há margem para algum aumento da despesa corrente primária, como veremos mais à frente. E ainda há alguma margem de contenção de despesa no investimento público.

Eu sei que vão dizer que o investimento em 2017 foi de 1,7% do PIB. Mas para 2018, a previsão do PE é de 2,3%. Isto dá uma diferença de 0,5 p.p. do PIB (cerca de mil milhões de euros). Além de que há margem nas autarquias, que em 2017, ano de eleições, gastaram mais 400 milhões de euros que em 2016 (100 milhões de euros de despesas correntes e 300 milhões de euros de investimento).

Desta forma, creio que o governo pode alcançar, sem “one-offs”, um défice de 0,3%. Até acho que se o ministro Centeno continuar a impor-se ao Doutor Centeno (o do programa do PS), ao resto do governo (“que são todos Centeno”) e à geringonça (que se habituou a engolir sapos e já defende a primazia das Finanças Públicas e a necessidade de Contas Públicas equilibradas), pode mesmo chegar a um défice próximo de zero. Ou seja, apresentar um equilíbrio orçamental já em 2018.

Penso é que se chegarmos a um défice próximo de 0%, essa boa nova apenas será apresentada em março de 2019 (quando em contas nacionais se fecha o défice de 2018). Apresentando essa boa nova em março de 2019 e não em outubro de 2018, na discussão do OE/2019 (onde o ministro trará um défice em linha com os 0,3%), tem três vantagens:

Facilita a aprovação do OE/2019 pela extrema-esquerda.
Permite ao Governo dar uma boa noticia mais próximo das eleições europeias e das Legislativas.
Permite ao ministro Centeno ter mais um trunfo na sua corrida à sucessão do Comissário Moscovici (que já veio dizer que quer fazer um segundo mandato).
Porque desce (tão pouco) o défice?
O problema é que, mesmo chegando a um défice de 0% em 2018, o resultado não é propriamente extraordinário. É mesmo relativamente pouco ambicioso.

Por um lado, Portugal tem ainda um dos défices mais elevados da União Europeia e da zona Euro. Mesmo sem a operação da CGD, um défice em 2017 de 0,9% coloca-nos em 19º lugar nos 28 Estados. Sendo que temos a terceira maior divida pública, isto deve preocupar-nos, e muito. Basta pensar que, neste contexto de crescimento internacional e europeu e de taxas de juro historicamente baixas, há 10 países com excedentes orçamentais. Mas o ponto principal é que entre 2015 e 2018, o défice terá descido pouco e de forma cíclica e não sustentável.

Olhando para a tabela abaixo, verifica-se que em 2016 o défice reduziu-se, nominalmente, em mil milhões de euros. Mas a redução da despesa com juros e o aumento dos dividendos do Banco de Portugal representaram 700 milhões de euros. Como houve um corte de mais de mil milhões de euros de investimento e um aumento de cativações face a 2015 de quase 400 milhões de euros, percebemos como 2016 foi um ano de política expansionista. Havia que fazer rapidamente as reversões de medidas tomadas entre 2010 e 2014, para segurar o acordo político da geringonça. A margem orçamental foi sobretudo direcionada para a reversão de salários e da sobretaxa de IRS, bem como para a descida do IVA da restauração.

Depois, chegámos a 2017 e há de facto uma redução do défice muito significativa. São quase menos três mil milhões de euros de défice, e mesmo com a poupança de juros e mais dividendos do Banco de Portugal, temos menos 2.5 mil milhões de euros de défice. É verdade que o investimento continuou bastante baixo, mas, mesmo assim, acima de 2016 e as cativações em 2017 foram menores que em 2016.

Como é que o défice se reduziu em 2.5 mil milhões de euros em 2017? A receita de impostos (recorde-se que as medidas de redução de alguns impostos – IRS e IVA da restauração – foram compensadas por aumento de outros impostos – indiretos), aumentou, por via do ciclo económico, 2,3 mil milhões de eurose a receita de contribuições sociais aumentou 1,1 mil milhões de euros. Estes 3,4 mil milhões de euros a mais de receita fiscal compensou a redução da outra receita corrente em 250 milhões de euros e da receita de capital em 150 milhões de euros. Tudo somado, a receita total cresceu três mil milhões de euros. Isso permitiu que a despesa corrente primária crescesse em 2017 cerca de 650 milhões de euros e ainda reduzir o défice no tal valor de 2,5 mil milhões de euros.

Vemos que, para 2018, mesmo sendo “mais ambicioso”, o governo apenas vai reduzir o défice em 600 milhões de euros, resultantes da redução de despesa com juros e do aumento dos dividendos do Banco de Portugal.

Caso se confirme o crescimento da receita fiscal e contributiva em 2,5 mil milhões de euros e da receita total em 3,4 mil milhões de euros, isso deixa ao governo uma “folga” de aumento da despesa corrente primária de 2,1 mil milhões de euros e de aumento do investimento de mil milhões de euros.

Explica-se assim como pode haver margem para cumprir o défice. Mas também como podíamos ser muito mais ambiciosos na consolidação orçamental. Só que, para o ano, há três eleições e o primeiro-ministro já disse que quer ganhar as três!

Imagem

O défice estrutural
O Governo previa no OE/2018 que, para 2017, o défice estrutural fosse de 1.7% e em 2018 de 1.3%. Apresenta agora no PE um défice estrutural para 2018 de 0,6%. Ou seja, sem medidas de redução estrutural do défice, uma vez que o saldo de medidas discricionárias têm sido nulo ou ligeiramente negativo, como se explica que o défice estrutural se reduza de 2017 para 2018 em 1 p.p. do PIB?

A única explicação só pode ser a de revisão da série do PIB potencial. Essa revisão, se começou em 2013-2014, explica, via efeito cascata, isto é, via a melhoria do défice estrutural ao longo dos últimos 4-5 anos, este salto de um ponto percentual (p.p.) entre os dois documentos que o governo apresentou com seis meses de diferença.

Mas se esta diferença é difícil de explicar, ainda mais é o que se prevê para 2018 e anos seguintes. No PE, a redução do défice estrutural é de apenas 0,4 p.p. em 2018 e 0,3 p.p. em 2019, o que é inferior ao recomendado pela Comissão Europeia (redução não inferior a 0,5% PIB para países que ainda não atingiram o objetivo orçamental de médio prazo que no caso de Portugal é um saldo estrutural de 0,25% do PIB, o que no PE é atingido em 2020).

Creio que haverá uma ausência de redução do défice estrutural entre 2017 e 2019. Nesse caso, a redução do défice estrutural no PE estará sobrestimada porque o Governo prevê crescimentos do PIB potencial muito acima do previsto pelas instituições internacionais, e com maior PIB potencial, a componente estrutural das receitas é maior e o défice estrutural menor. Isto é, com as estimativas de crescimento do PIB potencial que conhecemos do OE/2018 não há qualquer redução do défice estrutural, mantendo-se este em torno dos 2%.

Veremos o que a Comissão Europeia dirá na sua avaliação, que vai ocorrer durante o mês de maio.

Síntese final
Este PE mostra como a consolidação orçamental tem sido conjuntural e baseada em fatores cíclicos. Faltam propostas de reformas estruturais. Se o PE traduz o Plano Nacional de Reformas, os efeitos de tais reformas estruturais não estão visíveis na evolução das contas públicas.

Bem pode agora o ministro Centeno falar de poupar para os tempos difíceis e que é necessário preparar o país para os embates recessivos futuros. Isso andámos muitos a dizer desde 2016. Veio com dois anos de atraso, senhor ministro. E agora, em cima de um ano eleitoral e com o senhor já a olhar para Bruxelas, pouco ou nada vai conseguir fazer. Mesmo que chegue ao défice zero, isso será ilusório. Será nominal e conjuntural. Estruturalmente, os problemas só se agravaram desde 2016. Na próxima recessão, Portugal voltará a confrontar-se com os mesmos problemas de Finanças Públicas.

“Se os nossos príncipes de Itália, depois de governarem, vierem as perder os seus reinos, que não acusem a sorte, mas sim a falta de coragem”. Maquiavel

https://www.sapo.pt/noticias/economia/r ... ba37f8eb44




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
Avatar do usuário
tgcastilho
Sênior
Sênior
Mensagens: 932
Registrado em: Qua Jun 18, 2008 10:59 am
Localização: No meu cantinho a beira mar plantado
Agradeceu: 194 vezes
Agradeceram: 249 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8885 Mensagem por tgcastilho » Seg Mai 07, 2018 8:13 am

Irá a eventual exploração de petróleo ao largo de Aljezur resolver todos os nossos problemas? Não, não irá. A questão é saber se queremos continuar atavicamente presos às mais retrógradas ideologias.

Conta-se a história de Salazar, então Presidente do Conselho de Ministros, quando alguém, eufórico, lhe foi anunciar a descoberta de petróleo em Angola, se ter limitado a comentar descorçoado: só me faltava essa!…

Mudam-se os tempos, mudam-se as razões, mas há atitudes que persistem imutáveis, atávicas, irredutíveis. Parece haver petróleo comercialmente explorável ao largo de Aljezur? Maldição!…

Tocam-se as trombetas, reúnem-se as tropas e ruma-se, seja lá onde for, ordeira e ordenadamente, para tudo de imediato fazer parar, para que tudo permaneça para todo o sempre quedo e mudo, em nome de uma vaga noção de protecção da Natureza, de uma vaga noção de preservação de um suposto idílico Éden e sacralização quase absoluta da deusa matéria e da perfeita imobilidade.

Segundo os dados revelados, embora ainda sujeitos a confirmação, ao largo de Aljezur poderão encontrar-se jazidas passíveis de exploração comercial que poderão gerar entre mil 1 000 a 1 500 milhões de barris, recebendo o Governo Português 5% do respectivo valor comercial nos primeiros 10 milhões e 7% na restantes produção, ou seja, a preços actuais, um valor calculado na ordem dos 4 mil milhões de euros, para além de outros proventos a receber por impostos a cobrar, como o IRC, às respectivas empresas, como tem sido comummente relatado nos meios de comunicação.

Tal como no passado ocorreu já em relação à prospecção e possível exploração de gás natural ao largo do Algarve, autarcas, novos hippies, os ingénuos úteis do costume e todos quantos gostam sempre de seguir as multidões apenas pelo simples gosto de seguirem qualquer multidão, muito bem capitaneados pelos novos Ambientalistas de serviço, sempre de serviço, publicada a notícia, lá vieram acentuar e contestar, uma vez mais, veementemente, a respectiva prospecção e, mais ainda, a possível futura exploração, promovendo mais umas quantas novas e muito ruidosas manifestações para gáudio de muitos.

Nós nunca defendemos, de acordo, de resto, com a mais sábia e verdadeira tradição Portuguesa, ser missão do Homem «tornar-se dono e senhor da natureza», como determinado por Descartes, mas a argumentação apresentada pelos novos e muito dedicados militantes Ambientalistas, em grande medida pela razões aquijá explicadas, não pode senão fazer-nos sorrir, no mínimo.

Como sempre, e mais ainda quando vivemos uma época crescentemente dominada pelo império dos «afectos», não há como tudo descer e simplificar de acordo com a mais infantil razão dicotómica, colocando de um lado os mais altruístas paladinos da Natureza, de coração puro e imaculado, tudo sacrificando ao mais supremo bem do futuro e da Humanidade, e, do outro, o mais baixo e reles capitalismo selvagem, os gananciosos de sempre, os absolutamente incapazes de pensar em algo mais senão no interesse próprio e no mais vil e imediato lucro financeiro, não sendo assim difícil saber e estabelecer que lado escolher.

O mundo, porém, é um pouco mais complexo.

Vivemos um momento de transição energética? Vivemos, mas mesmo que se pretendesse acabar amanhã com o petróleo, seria materialmente impossível por manifesta falta de alternativa, e não apenas pela gula das grandes petrolíferas. A idade do petróleo irá terminar e passar como toda as idades, mas além de ir ficar por aqui ainda por alguns anos, inevitavelmente, do petróleo também não se extrai apenas gasolina, gasóleo e fuel para os transportes e produção de energia, sendo ainda importante em múltiplas outras áreas, incluindo, indirectamente, até a cosmética ou mesmo a farmacêutica.

Devemos pugnar mais pela produção alternativa de energia? Com certeza, mas mesmo a produção de energia hídrica não deixa de ter os seus óbices, desde o problema da erosão costeira pela retenção de sedimentos, até à eutrofização e consequente produção de metano nas respectivas águas, assim como a produção de energia eólica não deixa de provocar poluição visual e sonora, para além de todos os efeitos negativos que poderá ter sobre a fauna, assim como, mesmo sendo possível produzir energia de forma alternativa para alimentar toda a frota mundial de veículos, não haver actualmente nem capacidade ou sequer a quantidade necessária em terra, tanto quanto se saiba, de determinados elementos minerais indispensáveis à produção das correspondentes baterias.


O mundo é, de facto, um pouco mais complexo do que gostaríamos que fosse.

Numa muito louvável atitude de precaução ambiental, decidiu Angela Merkel terminar com as Centrais Nucleares? Magnífico, a Alemanha passou a importar o carvão que os Estados Unidos deixaram de consumir devido à nova produção de gás de xisto que os Ambientalistas, com os melhores argumentos, com certeza, sempre contestaram e contestam, transformando os mesmos sempre tão odiados Estados Unidos uma das nações mais gaseificadas do mundo de hoje, se assim se pode dizer.

Tem perigos a exploração petrolífera em mar aberto? Tem, com certeza, mas os riscos estão cada vez mais mitigados. Mesmo na Noruega, uma das nações mais avançadas em termos ambientais, mesmo na produção e uso de energias alternativas, a exploração petrolífera não só não parou como a contínua investigação e desenvolvimento de novas tecnologias de extracção já permitem à Statoil, por exemplo, instalar plataformas de quase perfeita economia circular, ou seja, plataformas onde não há praticamente produção de resíduos, ou talvez melhor dizer, onde os resíduos produzidos são virtualmente reutilizados e eliminados na sua quase absoluta integralidade.

Por outro lado, para se contestar as vantagens de tal possível exploração, afirma-se igualmente não ser pelo facto de vir a verificar-se a mesma exploração que os preços dos combustíveis irão diminuir em Portugal.

Argumento interessante. É possível que assim aconteça, não sabemos, mas o que sabemos, com certeza, é, por um lado, dever-se o actual preço dos combustíveis muito mais ao valor dos impostos cobrados e nem tanto, eventualmente, ao respectivo preço base, bem como, como outro, residir a importância da exploração de petróleo ao largo de Aljezur em factores que vão muito para além de uma mera questão de preço dos combustíveis, o que, não deixando de ser igualmente importante, não é, de facto, no caso, o mais decisivo.

E não, não é também por a questão da respectiva receita financeira, muito criticada por muitos por se entender escassa, como se, sendo os contractos eventualmente melhor negociados e se mais avultada fosse, não ficando o principal do vil lucro para as empresas investidoras, talvez, de acordo com o raciocínio e argumento defendido, menos críticos muitos dos actuais ambientalistas críticos fossem, quanto se entende como mais decisivo.

No aperto financeiro em que vivemos, as potenciais receitas financeiras não serão, com certeza, inteiramente de descurar mas, de facto, muito mais importante do que as receitas financeiras, o que a possível futura exploração poderá permitir, assim tenhamos inteligência, visão, estratégia e consequente plano, é Portugal dar um decisivo salto para o início de uma nova era de exploração do mar profundo, nas suas mais variadas dimensões, compreendendo também como irá ser igualmente determinante no futuro para qualquer nação, possuir ou não possuir tal capacidade. Isso sim, isso é que é decisivo, o mais decisivo.

É terrível termos de escrever isto, mas olhe-se, uma vez mais, para a Noruega e perceba-se, de uma vez por todas, tudo quanto tem vindo a realizar em termos de investigação, ciência e desenvolvimento tecnológico, nesse domínio.
Exploração do mar profundo irá significar investigação, muita investigação, desenvolvimento científico, desenvolvimento tecnológico, robótica, novos sistemas de informação, inteligência artificial, metalomecânica, novas plataformas marinhas dos mais variados tipos, o desenvolvimento dos mais variados tipos de veículos autónomos, aéreos, de superfície, submarinos, ou simplesmente submersíveis, novos serviços de consultoria, serviços financeiros, seguros até, assim como novos serviços de manutenção, de vigilância e segurança, enfim, todo um novo mundo que começa a surgir um pouco por todo o mundo e que nós, distraídos e muito satisfeitos por estarmos a servir cafés a um número crescente de turistas, ocupando assim também um mesmo crescente número de muitos que a última crise conjugada com os desvarios de muitos dos nossos sucessivos governos, parecemos dar pouco por isso.

Ainda há um par e anos se falou na possibilidade de um investimento da Volstad para a instalação em Sines de um centro de apoio para as plataformas offshore no Atlântico. Um projecto que razões, umas mais obscuras do que outras, veio a determinar que nunca se concretizasse, mas, independentemente da situação específica, não seria, e é, exactamente esse mesmo tipo de projectos que necessitamos e, tanto quanto possível, ainda mais sofisticados e maior contributo da inteligência, imaginação e criatividade nacional, melhor?

Afinal, que Nação Marítima é que queremos realmente ser? Uma Nação Marítima que fica apenas a ver os navios passar ou que avança decidida e determinadamente para a exploração do mar do futuro?

Irá a eventual exploração de petróleo ao largo de Aljezur pelo consórcio ENI/GALP resolver, por si só, todos os nossos problemas? Não, não irá, evidentemente. Mas essa não é a questão. A questão é saber se queremos continuar atavicamente presos às mais retrógradas ideologias políticas travestidas de pseudo-nobre preocupação ambientalista ou, pelo contrário, se mudamos de atitude e compreendemos, de uma vez por todas, quais os verdadeiros desafios do nosso tempo, planeando, agindo e investindo consequentemente, sabendo ver no petróleo não apenas uma maldição mas também uma oportunidade para irmos, eventualmente, mesmo mais além.

Tão simples quanto isso, como simples e evidente onde nos conduzirá a correspondente decisão sobre o caminho a seguir.




"Socialist governments traditionally do make a financial mess. They [socialists] always run out of other people's money. It's quite a characteristic of them."
Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 62304
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceu: 6529 vezes
Agradeceram: 6899 vezes
Contato:

Re: Noticias de Portugal

#8886 Mensagem por Túlio » Seg Mai 07, 2018 12:10 pm

@tgcastilho
Conta-se a história de Salazar, então Presidente do Conselho de Ministros, quando alguém, eufórico, lhe foi anunciar a descoberta de petróleo em Angola, se ter limitado a comentar descorçoado: só me faltava essa!…
Creio ser esta a parte do texto que ficou meio que perdida no meio do resto e, como parece tê-lo embasado em seu argumento fulcral, tende a comprometer o resultado. A dita descoberta de petróleo comercialmente explorável se deu, se não me engano, em meados dos anos 50, quando Angola ainda era colônia de Portugal. Estou escrevendo de memória, posso estar errado na década, mas não creio que o erro seja grande. De qualquer modo, vale que era uma colônia.

E ter colônias sempre, junto com os benefícios, trouxe inevitáveis problemas. Sigamos por aquela que conheço bem, onde nasci e vivo: o Brasil! Portugal precisou defendê-lo, ao longo de séculos, contra Franceses, Ingleses, Holandeses e, claro, Espanhóis, que tentavam pelo menos pegar de volta uma parte do que lhes foi tomado ao rasgar-se o Tratado de Tordesilhas. Até finalmente perdê-lo para um príncipe Português, o que na época seria a alternativa menos pior. Agora vejamos Angola: já era alvo de cobiça por outras potências, daí descobrem o chamado "ouro negro". Claro que Salazar não poderia ver isso com bons olhos, pois adicionava mais um motivo para ou lhe tentarem tomar a colônia ou, bem no estilo da Guerra Fria, tanto EUA quanto URSS estimularem movimentos de independência para, com a influência advinda do apoio dado aos rebeldes, passar a auferir lucros para si. O resto da história nós sabemos, Portugal gastou o que não podia na guerra e no final quem ficou com o botim foram os soviéticos. Para os ianques, mais um número para acrescentar à (ainda) pequena conta dos prejuízos com intervenções na vida dos outros Países...

Já o chamado Largo de Aljezur se localiza em águas Portuguesas e ainda por cima perto do litoral da Nação. Não é uma colônia mas parte territorial, onde a Soberania do Estado Português é incontestável. Não vão tentar tomar nem estimular movimentos de independência.

Logo, fico sem entender aonde queria chegar o autor ao se referir a Salazar: suas razões não se aplicam de forma alguma às de qualquer pessoa sensata hoje. Pelo menos eu, Túlio, não vejo como...




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Avatar do usuário
tgcastilho
Sênior
Sênior
Mensagens: 932
Registrado em: Qua Jun 18, 2008 10:59 am
Localização: No meu cantinho a beira mar plantado
Agradeceu: 194 vezes
Agradeceram: 249 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8887 Mensagem por tgcastilho » Seg Mai 07, 2018 12:36 pm

Caro @Túlio, nem vou argumentar, porque me parece que tens inteiramente razão no teu ponto de vista. Parece-me é que o autor do texto também concorda contigo, pois se reparares logo no paragrafo abaixo ele diz:
Mudam-se os tempos, mudam-se as razões, mas há atitudes que persistem imutáveis

Penso que terá sido mais uma falácia propositada para tornar o ponto de vista mais forte. Contra mim falo, mas esta raça de pseudo-hippies "queremos sol na eira, chuva no nabal" leva muitas vezes a que pessoas com propósitos honestos nos seus argumentos coloquem alguns atropelozinhos para ver se acordam a malta da estupidez que estes hippies vomitam...




"Socialist governments traditionally do make a financial mess. They [socialists] always run out of other people's money. It's quite a characteristic of them."
Avatar do usuário
cabeça de martelo
Sênior
Sênior
Mensagens: 40609
Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
Localização: Portugal
Agradeceu: 1207 vezes
Agradeceram: 3034 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8888 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Mai 11, 2018 10:50 am

Empresa de barrigas de aluguer abre em Lisboa e promete filhos a quem possa pagar

Uma empresa de barrigas de aluguer, prática proibida em Portugal, vai abrir um escritório em Lisboa, que promete realizar o sonho de ser pai ou mãe biológicos a quem possa pagar entre 40 mil aos 85 mil euros.

A empresa Tammuz, criada há dez anos em Israel, quer agora instalar-se em Lisboa, juntando-se a outras que já operam no mercado português mas apenas ‘online’. Em declarações à Lusa, o administrador da empresa israelita, Roy Nir, garante que tudo será legal.

Em Portugal, as barrigas de aluguer são proibidas. Até há poucos dias era permitido apenas às mulheres que não podiam ter filhos, por ausência de útero, recorrer a uma gestante de substituição, mas nunca poderia haver dinheiro envolvido. A 24 de abril, a lei de gestação de substituição foi considerada inconstitucional.

Na Tammuz, as mulheres que aceitam ser barrigas de aluguer são remuneradas e qualquer pessoa, independentemente do seu estado de saúde, pode recorrer aos seus serviços.

A ideologia da empresa é simples: “Todos têm direito a ter uma família”, desde casais heterossexuais ou homossexuais, mulheres ou homens sozinhos, conta o administrador.

“Ajudámos a criar mais de 750 famílias [numa década]”, referiu.

“Vamos receber, com muito prazer, toda e qualquer pessoa que queira fazer o processo fora de Portugal. Não vamos fazer nada em Portugal, porque a legislação portuguesa nem sequer possibilita a opção das agências”, conta Roy Nir.

O administrador explica que o espaço físico que vai abrir em Lisboa servirá apenas para que as pessoas se sintam mais seguras e confiantes no momento de iniciar um processo que “tem muito dinheiro e muita emoção envolvidos”.



É na Ucrânia e nos Estados Unidos da América (EUA) que nasce a grande maioria destes bebés.

Segundo Roy Nir, para serem barrigas de aluguer, as ucranianas recebem entre 20 mil a 22 mil euros e as norte-americanas cerca de 50 mil dólares (cerca de 42 mil euros).

A escolha do país para avançar com o processo está relacionada com a legislação local: na Ucrânia só é permitido a casais heterossexuais casados e “a mulher tem de ter uma condição médica que não seja possível engravidar”, explica.

Já nos EUA o cenário é diferente: “Não há discriminação”. É ali que os casais gays realizam o sonho da paternidade.

Para estes casais, o processo pode custar o dobro do que custa a uma família heterossexual. É que ter um filho naquele país fica muito mais caro: as mulheres norte-americanas recebem muito mais para serem gestantes e os custos com serviços de saúde são muito mais elevados.

Roy Nir lembra que este é um processo muito complexo, já que é preciso uma dadora de ovócitos, uma outra mulher disponível para a gravidez, serviços clínicos, médicos e serviços jurídicos.

Mas o administrador garante que a empresa trata de tudo, desde o primeiro contacto dos clientes até ao dia em que regressam a casa com o filho.

Nos EUA, o processo começa com a seleção da mulher que será a barriga de aluguer. “Tem de haver um ‘match’”. Ou seja, quem sonha em ter um filho tem de encontrar uma mulher em quem confie e vice-versa. A distância faz com que se conheçam via Skype. Falam dos seus hábitos, da família, antecedentes. Quando há empatia, o processo avança. De contrário, procura-se uma nova barriga de aluguer.

Há, contudo, muito mais gente a querer ter um filho do que mulheres dispostas a serem barrigas de aluguer. Resultado: “Existe sempre um tempo de espera”, reconhece Roy Nir, garantindo que não costuma ultrapassar os três meses.

Roy Nir, que também é pai de duas crianças que nasceram há sete anos de duas barrigas de aluguer indianas, recorda que este processo é uma "verdadeira montanha russa de emoções", que começa com o receio de não encontrar ninguém de confiança, depois são nove meses de ansiedade sem nunca saber se a gravidez corre bem e, finalmente, o medo de as mulheres se recusarem a entregar o recém-nascido que carregaram durante a gestação.

Curiosamente, as mulheres que aceitam ser barrigas de aluguer também têm medo que os futuros pais rejeitem o bebé no momento do nascimento.

Sentimento por que passa a maioria dos envolvidos, segundo Roy Nir, mas sem razão de ser: “Nunca aconteceu. Não há casos”, garante, baseando-se num trabalho realizado por uma investigadora que estudou milhares de processos em Israel, onde as barrigas de aluguer são permitidas por lei há duas décadas.

Na maioria dos casos, os futuros pais mantêm as rotinas de sempre. A gravidez vai sendo acompanhada à distância, muitas vezes a milhares de quilómetros.

Durante os nove meses de gestação, os futuros pais vão sendo informados de tudo o que se passa. Alguns preferem ter uma ligação próxima com a gestante, enquanto outros optam por se manter afastados, fazendo apenas a viagem final para ir buscar a criança. Roy Nir explica que são formas de gerir um processo complicado.

“Ter uma gravidez a dez mil quilómetros de distância não é muito fácil”, sublinha o responsável da empresa, recordando que a ansiedade vivida até ao dia do nascimento dos seus filhos, Saar e Rotem, foi substituída pela realização de um sonho que tornou “a vida preenchida”.

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/e ... ossa-pagar




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
Avatar do usuário
tgcastilho
Sênior
Sênior
Mensagens: 932
Registrado em: Qua Jun 18, 2008 10:59 am
Localização: No meu cantinho a beira mar plantado
Agradeceu: 194 vezes
Agradeceram: 249 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8889 Mensagem por tgcastilho » Sex Mai 11, 2018 2:32 pm

Ao ler a Noticia do cabeça, nojo foi a palavra que me veio à cabeça. Trata-se crianças como se fosse gado...




"Socialist governments traditionally do make a financial mess. They [socialists] always run out of other people's money. It's quite a characteristic of them."
Avatar do usuário
cabeça de martelo
Sênior
Sênior
Mensagens: 40609
Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
Localização: Portugal
Agradeceu: 1207 vezes
Agradeceram: 3034 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8890 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Mai 12, 2018 7:42 am

Então se visses um programa britânico sobre esse negócio no mundo... Um exemplo, havia um casal gay em que um deles era médico da área. Eles escolhia as mulheres, escolhia o sexo, cor do cabelo, cor dos olhos dos seus rebentos. Pior, havia dois dos filhos que eram gémeos, só que tinham nascido com vários anos de diferença porque eles no principio só queriam ter um filho.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
Avatar do usuário
cabeça de martelo
Sênior
Sênior
Mensagens: 40609
Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
Localização: Portugal
Agradeceu: 1207 vezes
Agradeceram: 3034 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8891 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Mai 15, 2018 10:41 am





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
Avatar do usuário
cabeça de martelo
Sênior
Sênior
Mensagens: 40609
Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
Localização: Portugal
Agradeceu: 1207 vezes
Agradeceram: 3034 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8892 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Mai 16, 2018 8:05 am

As longas 96 horas que envergonham o Sporting

Primeiro, uma entrevista que desenterrou o que parecia já enterrado. A paz era podre entre Bruno e Jesus, entre o presidente e os jogadores. À derrota na Madeira seguiu-se a violência em Alcochete.

Há muito que o ambiente em Alvalade, entre Bruno e Jesus, entre os capitães e alguns elementos das claques — as tochas arremessadas para a baliza onde estava Patrício no começo do último Sporting-Benfica são bem reveladoras –, é tenso, situação que se arrasta desde o início de abril, altura da derrota em Madrid, com o Atlético. À derrota seguiram-se suspensões, recuos destas, posts inflamados nas redes sociais e críticas de parte a parte. No relvado, o Sporting respondeu com vitórias atrás de vitórias, seis ao todo, incluindo ao próprio Atlético de Madrid (ainda que sendo eliminado) e ao FC Porto, na Taça de Portugal. No entanto, o empate no dérbi com o Benfica e, sobretudo, a derrota com o Marítimo — que afastaria o Sporting dos (muitos) milhões da Champions –, vieram precipitar o clima de mal-estar em Alvalade e a violência, inqualificável e injustificável, ocorrida na tarde desta terça-feira na Academia de Alcochete. Esta é a cronologia (ainda muito ocorrerá nas próximas horas) possível dos acontecimentos que envergonham o clube e que, certamente, muito vão mudar no clube.

...

https://observador.pt/especiais/a-crono ... -sporting/




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
Avatar do usuário
cabeça de martelo
Sênior
Sênior
Mensagens: 40609
Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
Localização: Portugal
Agradeceu: 1207 vezes
Agradeceram: 3034 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8893 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Mai 18, 2018 12:19 pm

Seleção. Quem é quem?

A "espinha-dorsal" é, apesar das ausências de André Gomes ou Nani, a mesma do último Europeu. Rúben Dias estreia-se na Rússia pela Seleção, Ronaldo é, entre todos, o que tem mais partidas jogadas.

:arrow: https://observador.pt/2018/05/18/selecao-quem-e-quem/




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
Avatar do usuário
cabeça de martelo
Sênior
Sênior
Mensagens: 40609
Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
Localização: Portugal
Agradeceu: 1207 vezes
Agradeceram: 3034 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8894 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Mai 22, 2018 1:06 pm

UE e EUA tentam evitar “invasão” da China enquanto Portugal ‘escancara’ as portas, alerta imprensa espanhola
Gustavo Sampaio

Jornal espanhol “El Economista” salienta o contraste entre a UE e os EUA, por um lado, “cada vez mais preocupados com os fluxos de capitais que chegam da China”, e Portugal, por outro lado, cujo Governo vê com bons olhos OPA da China Three Gorges sobre a EDP e demais investimento direto chinês.


Enquanto a União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA) estão “cada vez mais preocupados com os fluxos de capitais que chegam da China”, na forma de investimento direto estrangeiro, a reação do Governo português perante a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da China Three Gorges sobre a EDP “destoa e rompe qualquer esforço da UE para evitar a ‘invasão’ económica do gigante asiático”, salienta o jornal espanhol “El Economista”, na edição de hoje, dia 22 de maio.

“As divergências dentro da Europa geram um sério problema para colocar em marcha as fórmulas que a UE quer implementar como bloqueio, que têm como objetivo evitar que a China se estabeleça em setores estratégicos, transfira conhecimentos-chave para as suas empresas e termine a controlar esses segmentos da economia”, alerta o mesmo jornal.

De acordo com o “El Economista”, a falta de entendimento no seio da Europa viu-se recentemente no caso EDP, isto é, no que concerne à OPA da China Three Gorges sobre a EDP. “O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, mostrou-se absolutamente aberto a receber o investimento direto estrangeiro de Pequim, ainda que isso suponha perder o controlo de uma empresa emblemática”. Ou seja, enquanto a UE e os EUA tentam limitar o investimento chinês, Portugal como que “escancara as portas”.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
Avatar do usuário
cabeça de martelo
Sênior
Sênior
Mensagens: 40609
Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
Localização: Portugal
Agradeceu: 1207 vezes
Agradeceram: 3034 vezes

Re: Noticias de Portugal

#8895 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Mai 23, 2018 1:45 pm

Temos mesmo o melhor Serviço Nacional de Saúde do mundo? Nem por isso
22 Maio 2018649

Mário Amorim Lopes

É uma das principais ideias feitas do debate público em Portugal: temos o melhor Serviço Nacional de Saúde do mundo. Mas os números mostram uma realidade diferente. Ensaio de Mário Amorim Lopes.

...

Conclusão: quatro ideias principais e o muito trabalho a ser feito

Uma das principais conclusões de quase todos os estudos que analisam a eficiência dos sistemas de saúde é de que há enormes ineficiências em quase todos. Portugal não é excepção, e é, aliás, um dos principais beneficiários de um sistema de saúde mais eficiente do que o actual, especialmente para a redução das listas de espera. O estudo da Comissão Europeia estima que existe um potencial de redução de quase 50% na mortalidade evitável em Portugal e de um aumento entre 1 e 5 anos na esperança de vida com saúde caso consigamos tirar partido de um sistema mais eficiente. Em jeito de súmula, sintetizamos as principais ideias veiculadas neste ensaio.

Primeira ideia. Portugal apresenta bons indicadores de saúde à escala mundial, razoáveis no contexto europeu. É incontornável que os resultados alcançados por Portugal são muito positivos quando vistos à escala global (31º lugar de 195 países num índice de acesso e de qualidade). Mas, no contexto europeu, em que os contextos nacionais são mais semelhantes, há vários países que alcançam resultados melhores do que Portugal.

Segunda ideia. O sistema de saúde português não é caro. Para os resultados alcançados em termos de indicadores de saúde, o sistema de saúde português, e em particular o SNS, não é caro, sendo um dos mais baratos da União Europeia, e estando bem abaixo da média da OCDE.

Terceira ideia. Embora não seja caro, o SNS não é particularmente eficiente: tudo considerado, há países que fazem um melhor uso dos recursos. Pese embora o custo reduzido do sistema de saúde e os bons resultados alcançados em termos de indicadores de saúde, há países que, usando até menos recursos, alcançam resultados melhores. Portugal não tem, sob nenhuma perspectiva, o melhor SNS do mundo.

Quarta ideia. Há muito trabalho a ser feito. O melhor serviço de saúde do mundo não deixa pacientes meses, e até anos, à espera de tratamento. Todos os ganhos de eficiência que possam ser alcançados no âmbito do sistema de saúde português, que, uma vez mais, não está circunscrito ao SNS, são fundamentais para prestar mais e melhores cuidados de saúde.

Espero um dia poder rever este ensaio, explicando como é que chegamos ao topo. Mas esse dia ainda está para chegar.

Mário Amorim Lopes é Professor Auxiliar Convidado na Universidade do Porto, Assistente Convidado na Católica Porto Business School, Investigador no INESC-TEC, membro do Parlamento da Saúde, doutoramento na área de Gestão e Economia da Saúde.

https://observador.pt/especiais/temos-m ... -por-isso/




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
Responder