Marechal-do-ar escreveu:A 3000m praticamente qualquer canhão perfura o Leo 1, mas o canhão do Leo 1 não perfura qualquer blindagem, essas distâncias elevadas só favorecem o Leo 1 contra tanques ainda mais velhos e/ou carros mais leves.
A afirmação resulta da análise dos dados conhecidos.
A 3.000m o sistema de tiro do Leopard-1A5 á superior ao que a Argentina tem, ou a qualquer dos tanques da Venezuela. O único carro que é claramente superior a uma distância de 3000m é o Leopard-2 do Chile.
Mas na realidade, o Brasil tem apenas um potêncial inimigo para viaturas blindadas: A Argentina. E os argentinos, descontando as questões economicas, não têm material à altura para derrotar o Leopard-1A5 a uma distância elevada.
Na verdade, o que conta mesmo é a qualidade do treino e a capacidade para aproveitar todos os sistemas disponibilizados.
Pelo que sei há problemas com alguns dos sistemas de gestão de dados de combate do Leopard-1A5. Mas aí não há como fazer comparações.
A verdade é que o Leopard-1A5 não é assim tão mau quanto o podem pintar, caso haja intenção de utiliza-lo e potenciar as suas capacidades.
Marechal-do-ar escreveu:Já li sobre o A5 ter reforço na blindagem, não sei se é verdade e sei que não é suficiente.
Mas sabe que não é suficiente... ?
O que está publicado, e o que se sabe, é que o Leopard-1 começou a ser concebido para lutar contra o T-55 e o T-62, mas quando ficou pronto para entrar ao serviço, já se falava num novo tanque (que viria a ser o T-64 e o T-72) com canhão de 125mm.
Os alemães acharam que eram «sitting ducks» e por isso todos os Leopard alemães receberam modificações e aumento de blindagem.
As placas adicionais de blindagem são em aço revestido a borracha, mas essa proteção adicional está em volta da torre que era relativamente pouco blindada, especialmente dos lados. Na frente da torre o blindado também foi reforçado com uma cunha em aço.
Mas na doutrina alemã, o que mudou foi a utilização do tanque, com o novo sistema de combate e a nova munição perfurante, que tornava inutil a munição ERA dos T-64 e T-72. O Leopard-1A5 podia disparar contra os tanques russos de distâncias superiores e com uma probabilidade de acerto muito elevada, sem precisar parar.
Até ali, os alemães consideravam que a melhor proteção do Leopard-1 era andar depressa.
Os militares criticaram a ideia, porque os primeiros tanques Leopard não tinham estabilização e não podiam disparar em movimento. Logo, a mobilidade do Leopard não servia de nada se para disparar ele precisava parar.
Aí, os alemães começaram a instalar estabilizadores nos novos lotes de carros, que então passaram a aproveitar a sua mobilidade.
Com os T-64 eles precisavam disparar de uma distância superior e daí a principal razão para o aparecimento do Leopard-1A5.
A principal diferença do A5 não é a blindagem adicional, que foi instalada no final da década de 1970 em praticamente todos os Leopard alemães. A principal diferença são os novos sistemas de tiro e a nova munição.
É também evidente que, a nova munição aumentou muito o desgaste da arma. E isso, para quem compra em II mão é que pode ser problemático.