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Enviado: Ter Fev 05, 2008 1:54 am
por Carlos Lima
Bolovo escreveu:
cb_lima escreveu:Pois 'e...

Eu sei que 'e meio 'sonho' mas precisamos do ca'ca para mudar doutrinas ou precisamos mudar as doutrinas e escolher o mais adequado?

Pergunta 'Tostines' essa :D .

Adoro o Gripen, mas realmente acho que ele sob o nosso ponto de vista 'e uma solucao 'Low' e nao 'High' (caso a FAB pense em ter dois tipos de aeronave).

Para o Gripen N chegar perto do que 'e o EF-2000 ou o Rafale sao hoje em dia... a sua c'elula sofrera modificacoes que certamente colocaram ele contra a sua propria filosofia inicial (barato de manter/operar e agil)... da'i teremos um ca'ca no "Limite" contra aeronaves que ainda tem muito o que explorar em termos de c'elula... :cry:

[]s
CB_Lima

Lima, segundo a última entrevista com o Saito, a FAB terá somente um modelo FX que substituirá TODAS as aeronaves de dotação atual, ou seja, nada de mix lo-hi ou coisa parecida, será um avião só. SDS


Entao Bolovo acho que fica dificil para o Gripen.

Sei nao... gosto do aviao, mas 'e s'o um 'pressentimento'.

[]s
CB_Lima

Enviado: Ter Fev 05, 2008 2:05 am
por knigh7
orestespf escreveu:
rcolistete escreveu:
orestespf escreveu:
Existe uma preocupação da minha parte, Roberto, desta vez eu não vejo unanimidade no Governo/FAB. Da outra vez percebíamos uma coesão, algo contra o lobby, e agora?

Não me preocupo com os caças, todos bons, mas me preocupo de vir um caça que a FAB não quer (seja lá qual for) e depois o processo ser congelado por "insatisfação" e termos nova "luta" para comprar outro caça (seja lá qual for). Dinheiro público jogado fora, política de compras equivocada, etc.

Abraços,

Orestes


Olá Orestes,

Ah, parabéns pela sua análise anterior.

O meu medo é que Rafale e Su-35-1 sejam muito avião para a FAB, e que o Gripen C/N nessa jogatina política esteja fora de consideração. Para quem viu o preço do Gripen N para a Dinamarca, uns EUR 60 e poucos mi com manutenção incluída, seria uma proposta bem interessante para a FAB (ou até Gripen C).

[]s, Roberto


Obrigado amigo Roberto!

Gripen? Talvez... Mas o jogo político desta vez invade certos setores de BSB, então prefiro acreditar que esta análise técnica do equipamento não está sendo levada em conta (lamentavelmente), o jogo está sendo baseado em "financiamento" (2010).

Grande abraço,

Orestes


No tocante ao Gripen, parafraseando a interjeição sulina do Túlio- Bah!!!
No way, no chance!

Quando a FAB voltou a cogitá-lo?

Desde o momento e que os jornalistas foram chamados para receber as explicações do fim da concorrência FX1,5 observa-se que ela passou a ignorar este caça. Passaram a explicar que desejavam uma aeronave mais capaz, e começaram a mensionar o Typhoon, o Rafale, o Su-35, o F-35.
Alguém por acaso leu ou ouviu novamente algum brigadeiro mensioná-lo?
Quanto a esta matéria (requentada) da Quantoé, ops, Istoé é puro
nonsense, aliás tão inverossímil quanto a matéria da própria revista há 2 meses atrás sobre a intenção de produzir no país a classe Tikuna para venda p. a Venezuela e Argentina(rsrsrs)
Acordo estratégico entre Brasil e França
por Getúlio Goulart
02.02.2008
Fonte : Areamilitar.net


--------------------------------------------------------------------------------
Oficiais da Aeronáutica brasileira afirmam que ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso houve uma enorme pressão dos Estados Unidos para que o Brasil comprasse o caça Gripen e deixasse de desenvolver tecnologia própria. Fernando Henrique não cedeu, mas também não os enfrentou. Deixou o problema para o sucessor resolver. Essas mesmas forças voltaram a atuar nos últimos meses, agora com novos interlocutores. Apesar de ser apresentado como um avião feito pela Suécia e pelo Reino Unido, o Gripen possui diversos componentes americanos, inclusive mísseis, radares e processadores.

E não é segredo para ninguém que os Estados Unidos não têm o menor interesse em transferir tecnologia, o que para o Brasil é fundamental para o seu desenvolvimento e sua autonomia. Documentos obtidos pela revista «ISTO É» comprovam isso. Para que empresas americanas possam transferir tecnologia militar a outros países, é necessário que obtenham a autorização do "Escritório de Controle de Negócios de Defesa", no "Departamento de Estado dos Estados Unidos". Recentemente, duas autorizações envolvendo o Brasil foram negadas. Uma delas se refere a um míssil anti-radiação, capaz de localizar o alvo através do calor. No documento do "Departamento de Estado dos EUA" em resposta à empresa, a mensagem vem sem rodeios: "Mísseis anti-radiação têm uma significativa capacidade de combate. A introdução dessa capacidade na região da América Latina é incompatível com os interesses da segurança nacional dos Estados Unidos." O segundo pedido refere-se à tecnologia anti-radar, o que permite a seu portador escapar dos aviões adversários. "Esta tecnologia excede o nível de capacidade aprovado para o Brasil", registra o documento do governo americano.

Tecnologia de ponta dará novos mercados, por exemplo, à empresa de fabricação de aeronaves Embraer.
Por trás da disputa entre o caça Rafale (francês) da empresa Dasault e o Gripen está uma velha briga que já teve o Brasil como palco na ocasião da compra dos equipamentos para o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). O processador do Gripen – coração do avião, responsável pelo comando dos sistemas de armas e de radares – é americano, produzido pela Raytheon, a mesma empresa que forneceu os radares do Sivam. No Rafale, o processador é fabricado pela Thales, antiga Thomson, que perdeu a disputa no projeto Sivam. "Os americanos já têm ingerência nos radares da Amazônia, não passaram tecnologia e não podemos, agora, cair na mesma armadilha com os aviões", diz um membro do "Conselho de Defesa Nacional." E segue: "O fato do Gripen ser mais barato não pode nos obrigar a abrir mão da transferência tecnológica." Na sociedade com a Embraer, os franceses asseguram toda transferência de tecnologia, o que permitirá ao Brasil montar um sistema de armas independente, inclusive envolvendo a Avibrás, empresa nacional que detém tecnologia de ponta na fabricação de mísseis e que é possível beneficiária do projeto. Além disso, a Embraer poderá alçar vôos mais altos. "Com a tecnologia supersônica poderemos apostar na construção de aviões comerciais ainda mais competitivos do que os EMB 170 e EMB 190", diz Maurício Botelho, presidente da Embraer.

Sem licitaçãoO presidente Lula decidiu fazer a compra sem licitação, o que é permitido por lei, uma vez que se trata de equipamentos de segurança nacional. Será, portanto, o momento privilegiado para incrementar a PNID. No Ministério da Defesa, uma vez livre da licitação, o Brasil comprará um avião mais moderno do que os oferecidos até agora. Nesse caso, a menina-dos-olhos da FAB também é o francês Rafale. "Precisamos contar com o que há de mais moderno e com a garantia de que haverá transferência de tecnologia para a indústria nacional", disse o vice-presidente e ex-ministro da Defesa, José Alencar. É por isso que o acordo estratégico, tecnológico e militar firmado entre Brasil e França é fundamental. Os dois presidentes dos respectivos países se encontrarão no próximo dia 15 de fevereiro na fronteira entre Brasil e Guiana francesa para anunciar o acordo histórico. Era o salto fundamental que o governo esperava para fazer do país um dos líderes mundiais no Conselho de Segurança da ONU. Resta ainda saber como o governo irá enfrentar a pressão constante dos Estados Unidos.



Falo que é uma notícia requentada, vejam abaixo o texto extraído da mesma revista na edição 1716 de 16/08/2002:

...
O que Baptista não contou foi a principal razão da preferência: a pressão dos Estados Unidos para tirar a França do negócio. Ela ficou explícita, segundo um especialista do setor, na audiência do secretário do Tesouro americano, Paul O’Neill, com o presidente Fernando Henrique Cardoso no Palácio do Planalto, duas semanas atrás. Na conversa, o secretário teria escancarado o interesse da Casa Branca na vitória do Gripen, por uma simples razão: os equipamentos mais caros, como turbinas e peças de alta tecnologia, são fabricados por empresas americanas. Os concorrentes suspeitam que essa conversa ajudou a selar o estratégico apoio americano ao novo empréstimo de US$ 30 bilhões que o FMI concedeu ao Brasil, 48 horas após a visita de O’Neill a Brasília. Até a visita do secretário, ninguém apostava um dólar na vitória do Gripen.
...



Qual a reação de FHC diante dessa reportagem?
"Isso é da cabeça de jornalista que tem a mentalidade de que ainda somos colonizados"
Claro.
Faço minha a resposta dele.
Ainda há no Brasil quem supervaloriza a influência Yankee, que pensa que a causa do subdesenvolvimento da AL é devido a eles, de que eles estão por traz de tudo, etc....

Além disso, PT colocou no comando justamente 2 figurinhas reconhecidamente Anti-EUA no comando do MRE, o Celso Amorin e anti-diplomático Samuel Pinheiro Guimarães. Eles fizeram um verdadeiro macartismo às avessas neste ministério. Um verdadeiro expurgo anti-EUA. Por acaso não era intenção do PT?



Outro ponto: a FAB nunca deu a entender que desejasse adquirir 2 novos vetores para compor um perfil Low/High. Ao contrário. Desde 1996, a 1ª vez que vi um jornalista levantar a bola sobre o assunto, o Brigadeiro Taveira, que na época, juntamente com o Brigadeiro Veiga era um dos artífices do plano Fênix, fora bem claro.E isto fora sendo repetido em outras ocasiões,pelo comandante Carlos de Almeida Batista, pelo Comandante Bueno, na Comissão de Rel. Ext e Def. Nacional, etc.

Desta vez, este processo de escolha tem um peso maior, não apenas pela verba (que é 3X maior) mas também pela perspectiva futura que se tem, devido ao atual quadro da Am do Sul. E o que a Suécia pode nos oferecer em troca de relevante?
Como no tabuleiro político tudo é possível, pode até vir uma aeronave Estadunidense. Mas Gripen, ao meu ver , é quase impossível.
[/i]

ATT

Knight7

Enviado: Ter Fev 05, 2008 2:21 am
por Bourne
Immortal Horgh escreveu:
Bolovo escreveu:
Túlio escreveu:Pois é precisamente AÍ que o Rafale me atrai: tem muita kôza enferrujada nas doutrinas operacionais, talvez com o Rafale se dê um passo além...

Se o Gripen não fosse tão perna-curta, seria meu preferido, precisamente por isso, magina, quatro ou seis caças BEM separados controlando uma baita fatia do céu, isso seria uma baita novidade por estas bandas... :wink:

Dizem que o Gripen N terá um alcance comparável com o EF-2000 ou Rafale.



Impossível: o Gripen atual tem raio de combate da ordem de 850 km, e a versão N transporta cerca de 40% a mais de combustível, porém tem um motor que consome um pouquinho a mais, já o Rafale tem raio de combate da ordem de 1800 km e o Typhoon em torno de 1500 km.


[ ]s


Não precisa ter o alcance do Typhoon/Rafale, uma perna mais longa já serve, o que interessa é que é caça novo [075]

Será que tem Gripen N na FAB????????????????????????/

Enviado: Ter Fev 05, 2008 2:25 am
por Bourne
PRick escreveu:
piratadabaixada escreveu:
jacquessantiago escreveu:Pela quantidade de combustivel que ele carrega internamente, nao duvidaria que fosse mais de 3 tanques.


Raio de Combate:
a. 1100 km: 3 tanques com 4300 L + 4 MICA + 12 bombas de 1000 Ib
b. 1830 km: 2 CFTs de 1150L+ 3 tanques com 5700 + 2 SCALP-EG + 2 MICA
c. 1852 km: 4 tanques com 6600 L + 8 MICA
d. Traslado: 5593 km com tanques externos e 2100 km apenas com combustível interno


A carga bélica/combustível do Rafale é impressionante, uma caça com 15 metros de comprimento por pouco mais de 10 metros de largura. É um feito de projeto de engenharia. 8-]

[ ]´s


Agora me deixou com medo de que a FAB/governo achem que o Rafale é caça de mais para o Brasil e procurem algo mais em conta. :roll:

Enviado: Ter Fev 05, 2008 2:30 am
por piratadabaixada
born escreveu:Agora me deixou com medo de que a FAB/governo achem que o Rafale é caça de mais para o Brasil e procurem algo mais em conta. :roll:


O complexo de cachorro vagabundo...

Enviado: Ter Fev 05, 2008 2:31 am
por Bourne
cb_lima escreveu:
Bolovo escreveu:
cb_lima escreveu:Pois 'e...

Eu sei que 'e meio 'sonho' mas precisamos do ca'ca para mudar doutrinas ou precisamos mudar as doutrinas e escolher o mais adequado?

Pergunta 'Tostines' essa :D .

Adoro o Gripen, mas realmente acho que ele sob o nosso ponto de vista 'e uma solucao 'Low' e nao 'High' (caso a FAB pense em ter dois tipos de aeronave).

Para o Gripen N chegar perto do que 'e o EF-2000 ou o Rafale sao hoje em dia... a sua c'elula sofrera modificacoes que certamente colocaram ele contra a sua propria filosofia inicial (barato de manter/operar e agil)... da'i teremos um ca'ca no "Limite" contra aeronaves que ainda tem muito o que explorar em termos de c'elula... :cry:

[]s
CB_Lima

Lima, segundo a última entrevista com o Saito, a FAB terá somente um modelo FX que substituirá TODAS as aeronaves de dotação atual, ou seja, nada de mix lo-hi ou coisa parecida, será um avião só. SDS


Entao Bolovo acho que fica dificil para o Gripen.

Sei nao... gosto do aviao, mas 'e s'o um 'pressentimento'.

[]s
CB_Lima


Se for para substituir todos os caças o Gripen é o ideal, não é nenhum Typhoon/Rafale, mas faz o serviço direitinho e sai mais em conta. Caso a FAB opte por um hi-lo, creio que um caça como o Rafale e Su-35BM ganham força e, no futuro, serão complementados por algo mais barato adquirir e manter.

Contudo, sinceramente, espero que a FAB opte pelo hi-lo e, assim, terá uma possibilidade maior de ver um super caça voando nas cores da FAB.

Enviado: Ter Fev 05, 2008 2:36 am
por piratadabaixada
Quando o Brasil perdeu a Copa de 50, diziam que o brasileiro não tinha competência para ser campeão mundial... quem dizia isso era brasileiro...

Enviado: Ter Fev 05, 2008 3:05 am
por Bolovo
cb_lima escreveu:
Bolovo escreveu:
cb_lima escreveu:Pois 'e...

Eu sei que 'e meio 'sonho' mas precisamos do ca'ca para mudar doutrinas ou precisamos mudar as doutrinas e escolher o mais adequado?

Pergunta 'Tostines' essa :D .

Adoro o Gripen, mas realmente acho que ele sob o nosso ponto de vista 'e uma solucao 'Low' e nao 'High' (caso a FAB pense em ter dois tipos de aeronave).

Para o Gripen N chegar perto do que 'e o EF-2000 ou o Rafale sao hoje em dia... a sua c'elula sofrera modificacoes que certamente colocaram ele contra a sua propria filosofia inicial (barato de manter/operar e agil)... da'i teremos um ca'ca no "Limite" contra aeronaves que ainda tem muito o que explorar em termos de c'elula... :cry:

[]s
CB_Lima

Lima, segundo a última entrevista com o Saito, a FAB terá somente um modelo FX que substituirá TODAS as aeronaves de dotação atual, ou seja, nada de mix lo-hi ou coisa parecida, será um avião só. SDS


Entao Bolovo acho que fica dificil para o Gripen.

Sei nao... gosto do aviao, mas 'e s'o um 'pressentimento'.

[]s
CB_Lima

Olha, eu também acho que não. É uma pena, mas há outras aeronaves boas concorrendo, melhores e mais capazes que o Gripen, talvez não tão baratas quanto, mas o resto é verdadeiro. :mrgreen:

Enviado: Ter Fev 05, 2008 3:08 am
por Bolovo
knight7 escreveu:
orestespf escreveu:
rcolistete escreveu:
orestespf escreveu:
Existe uma preocupação da minha parte, Roberto, desta vez eu não vejo unanimidade no Governo/FAB. Da outra vez percebíamos uma coesão, algo contra o lobby, e agora?

Não me preocupo com os caças, todos bons, mas me preocupo de vir um caça que a FAB não quer (seja lá qual for) e depois o processo ser congelado por "insatisfação" e termos nova "luta" para comprar outro caça (seja lá qual for). Dinheiro público jogado fora, política de compras equivocada, etc.

Abraços,

Orestes


Olá Orestes,

Ah, parabéns pela sua análise anterior.

O meu medo é que Rafale e Su-35-1 sejam muito avião para a FAB, e que o Gripen C/N nessa jogatina política esteja fora de consideração. Para quem viu o preço do Gripen N para a Dinamarca, uns EUR 60 e poucos mi com manutenção incluída, seria uma proposta bem interessante para a FAB (ou até Gripen C).

[]s, Roberto


Obrigado amigo Roberto!

Gripen? Talvez... Mas o jogo político desta vez invade certos setores de BSB, então prefiro acreditar que esta análise técnica do equipamento não está sendo levada em conta (lamentavelmente), o jogo está sendo baseado em "financiamento" (2010).

Grande abraço,

Orestes


No tocante ao Gripen, parafraseando a interjeição sulina do Túlio- Bah!!!
No way, no chance!

Quando a FAB voltou a cogitá-lo?

Desde o momento e que os jornalistas foram chamados para receber as explicações do fim da concorrência FX1,5 observa-se que ela passou a ignorar este caça. Passaram a explicar que desejavam uma aeronave mais capaz, e começaram a mensionar o Typhoon, o Rafale, o Su-35, o F-35.
Alguém por acaso leu ou ouviu novamente algum brigadeiro mensioná-lo?
Quanto a esta matéria (requentada) da Quantoé, ops, Istoé é puro
nonsense, aliás tão inverossímil quanto a matéria da própria revista há 2 meses atrás sobre a intenção de produzir no país a classe Tikuna para venda p. a Venezuela e Argentina(rsrsrs)
Acordo estratégico entre Brasil e França
por Getúlio Goulart
02.02.2008
Fonte : Areamilitar.net


--------------------------------------------------------------------------------
Oficiais da Aeronáutica brasileira afirmam que ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso houve uma enorme pressão dos Estados Unidos para que o Brasil comprasse o caça Gripen e deixasse de desenvolver tecnologia própria. Fernando Henrique não cedeu, mas também não os enfrentou. Deixou o problema para o sucessor resolver. Essas mesmas forças voltaram a atuar nos últimos meses, agora com novos interlocutores. Apesar de ser apresentado como um avião feito pela Suécia e pelo Reino Unido, o Gripen possui diversos componentes americanos, inclusive mísseis, radares e processadores.

E não é segredo para ninguém que os Estados Unidos não têm o menor interesse em transferir tecnologia, o que para o Brasil é fundamental para o seu desenvolvimento e sua autonomia. Documentos obtidos pela revista «ISTO É» comprovam isso. Para que empresas americanas possam transferir tecnologia militar a outros países, é necessário que obtenham a autorização do "Escritório de Controle de Negócios de Defesa", no "Departamento de Estado dos Estados Unidos". Recentemente, duas autorizações envolvendo o Brasil foram negadas. Uma delas se refere a um míssil anti-radiação, capaz de localizar o alvo através do calor. No documento do "Departamento de Estado dos EUA" em resposta à empresa, a mensagem vem sem rodeios: "Mísseis anti-radiação têm uma significativa capacidade de combate. A introdução dessa capacidade na região da América Latina é incompatível com os interesses da segurança nacional dos Estados Unidos." O segundo pedido refere-se à tecnologia anti-radar, o que permite a seu portador escapar dos aviões adversários. "Esta tecnologia excede o nível de capacidade aprovado para o Brasil", registra o documento do governo americano.

Tecnologia de ponta dará novos mercados, por exemplo, à empresa de fabricação de aeronaves Embraer.
Por trás da disputa entre o caça Rafale (francês) da empresa Dasault e o Gripen está uma velha briga que já teve o Brasil como palco na ocasião da compra dos equipamentos para o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). O processador do Gripen – coração do avião, responsável pelo comando dos sistemas de armas e de radares – é americano, produzido pela Raytheon, a mesma empresa que forneceu os radares do Sivam. No Rafale, o processador é fabricado pela Thales, antiga Thomson, que perdeu a disputa no projeto Sivam. "Os americanos já têm ingerência nos radares da Amazônia, não passaram tecnologia e não podemos, agora, cair na mesma armadilha com os aviões", diz um membro do "Conselho de Defesa Nacional." E segue: "O fato do Gripen ser mais barato não pode nos obrigar a abrir mão da transferência tecnológica." Na sociedade com a Embraer, os franceses asseguram toda transferência de tecnologia, o que permitirá ao Brasil montar um sistema de armas independente, inclusive envolvendo a Avibrás, empresa nacional que detém tecnologia de ponta na fabricação de mísseis e que é possível beneficiária do projeto. Além disso, a Embraer poderá alçar vôos mais altos. "Com a tecnologia supersônica poderemos apostar na construção de aviões comerciais ainda mais competitivos do que os EMB 170 e EMB 190", diz Maurício Botelho, presidente da Embraer.

Sem licitaçãoO presidente Lula decidiu fazer a compra sem licitação, o que é permitido por lei, uma vez que se trata de equipamentos de segurança nacional. Será, portanto, o momento privilegiado para incrementar a PNID. No Ministério da Defesa, uma vez livre da licitação, o Brasil comprará um avião mais moderno do que os oferecidos até agora. Nesse caso, a menina-dos-olhos da FAB também é o francês Rafale. "Precisamos contar com o que há de mais moderno e com a garantia de que haverá transferência de tecnologia para a indústria nacional", disse o vice-presidente e ex-ministro da Defesa, José Alencar. É por isso que o acordo estratégico, tecnológico e militar firmado entre Brasil e França é fundamental. Os dois presidentes dos respectivos países se encontrarão no próximo dia 15 de fevereiro na fronteira entre Brasil e Guiana francesa para anunciar o acordo histórico. Era o salto fundamental que o governo esperava para fazer do país um dos líderes mundiais no Conselho de Segurança da ONU. Resta ainda saber como o governo irá enfrentar a pressão constante dos Estados Unidos.



Falo que é uma notícia requentada, vejam abaixo o texto extraído da mesma revista na edição 1716 de 16/08/2002:

...
O que Baptista não contou foi a principal razão da preferência: a pressão dos Estados Unidos para tirar a França do negócio. Ela ficou explícita, segundo um especialista do setor, na audiência do secretário do Tesouro americano, Paul O’Neill, com o presidente Fernando Henrique Cardoso no Palácio do Planalto, duas semanas atrás. Na conversa, o secretário teria escancarado o interesse da Casa Branca na vitória do Gripen, por uma simples razão: os equipamentos mais caros, como turbinas e peças de alta tecnologia, são fabricados por empresas americanas. Os concorrentes suspeitam que essa conversa ajudou a selar o estratégico apoio americano ao novo empréstimo de US$ 30 bilhões que o FMI concedeu ao Brasil, 48 horas após a visita de O’Neill a Brasília. Até a visita do secretário, ninguém apostava um dólar na vitória do Gripen.
...



Qual a reação de FHC diante dessa reportagem?
"Isso é da cabeça de jornalista que tem a mentalidade de que ainda somos colonizados"
Claro.
Faço minha a resposta dele.
Ainda há no Brasil quem supervaloriza a influência Yankee, que pensa que a causa do subdesenvolvimento da AL é devido a eles, de que eles estão por traz de tudo, etc....

Além disso, PT colocou no comando justamente 2 figurinhas reconhecidamente Anti-EUA no comando do MRE, o Celso Amorin e anti-diplomático Samuel Pinheiro Guimarães. Eles fizeram um verdadeiro macartismo às avessas neste ministério. Um verdadeiro expurgo anti-EUA. Por acaso não era intenção do PT?



Outro ponto: a FAB nunca deu a entender que desejasse adquirir 2 novos vetores para compor um perfil Low/High. Ao contrário. Desde 1996, a 1ª vez que vi um jornalista levantar a bola sobre o assunto, o Brigadeiro Taveira, que na época, juntamente com o Brigadeiro Veiga era um dos artífices do plano Fênix, fora bem claro.E isto fora sendo repetido em outras ocasiões,pelo comandante Carlos de Almeida Batista, pelo Comandante Bueno, na Comissão de Rel. Ext e Def. Nacional, etc.

Desta vez, este processo de escolha tem um peso maior, não apenas pela verba (que é 3X maior) mas também pela perspectiva futura que se tem, devido ao atual quadro da Am do Sul. E o que a Suécia pode nos oferecer em troca de relevante?
Como no tabuleiro político tudo é possível, pode até vir uma aeronave Estadunidense. Mas Gripen, ao meu ver , é quase impossível.
[/i]

ATT

Knight7

É verdade. A Suécia pode oferecer MUITA coisa (muita mesmo, o acordo sueco do FX1 já era gigante, hoje poderia ser maior), mas que talvez não chegue a iluminar o povo de BSB. Nesse atual governo, dúvido que seja o Gripen, mas há uma esperança. Acredito que será francês, russo ou americano, nessa ordem. Quanto a vitória do Gripen no FX1, pelo menos tecnicamente ela foi sim verdadeira, um cara da FAB que participou do processo de escolha me confidenciou isso. A vitória sueca foi em 2001.

Enviado: Ter Fev 05, 2008 3:09 am
por Bolovo
born escreveu:
Immortal Horgh escreveu:
Bolovo escreveu:
Túlio escreveu:Pois é precisamente AÍ que o Rafale me atrai: tem muita kôza enferrujada nas doutrinas operacionais, talvez com o Rafale se dê um passo além...

Se o Gripen não fosse tão perna-curta, seria meu preferido, precisamente por isso, magina, quatro ou seis caças BEM separados controlando uma baita fatia do céu, isso seria uma baita novidade por estas bandas... :wink:

Dizem que o Gripen N terá um alcance comparável com o EF-2000 ou Rafale.



Impossível: o Gripen atual tem raio de combate da ordem de 850 km, e a versão N transporta cerca de 40% a mais de combustível, porém tem um motor que consome um pouquinho a mais, já o Rafale tem raio de combate da ordem de 1800 km e o Typhoon em torno de 1500 km.


[ ]s


Não precisa ter o alcance do Typhoon/Rafale, uma perna mais longa já serve, o que interessa é que é caça novo [075]

Será que tem Gripen N na FAB????????????????????????/

Seria muito bom, pode ter certeza que seria um grande caça e cumpriria muito bem o serviço. Só de te-los (desde que bem armados e voando bastante), teríamos uma das forças aéreas mais poderosas do mundo (alias, isso com qualquer caça).

Enviado: Ter Fev 05, 2008 3:11 am
por Bolovo
born escreveu:
cb_lima escreveu:
Bolovo escreveu:
cb_lima escreveu:Pois 'e...

Eu sei que 'e meio 'sonho' mas precisamos do ca'ca para mudar doutrinas ou precisamos mudar as doutrinas e escolher o mais adequado?

Pergunta 'Tostines' essa :D .

Adoro o Gripen, mas realmente acho que ele sob o nosso ponto de vista 'e uma solucao 'Low' e nao 'High' (caso a FAB pense em ter dois tipos de aeronave).

Para o Gripen N chegar perto do que 'e o EF-2000 ou o Rafale sao hoje em dia... a sua c'elula sofrera modificacoes que certamente colocaram ele contra a sua propria filosofia inicial (barato de manter/operar e agil)... da'i teremos um ca'ca no "Limite" contra aeronaves que ainda tem muito o que explorar em termos de c'elula... :cry:

[]s
CB_Lima

Lima, segundo a última entrevista com o Saito, a FAB terá somente um modelo FX que substituirá TODAS as aeronaves de dotação atual, ou seja, nada de mix lo-hi ou coisa parecida, será um avião só. SDS


Entao Bolovo acho que fica dificil para o Gripen.

Sei nao... gosto do aviao, mas 'e s'o um 'pressentimento'.

[]s
CB_Lima


Se for para substituir todos os caças o Gripen é o ideal, não é nenhum Typhoon/Rafale, mas faz o serviço direitinho e sai mais em conta. Caso a FAB opte por um hi-lo, creio que um caça como o Rafale e Su-35BM ganham força e, no futuro, serão complementados por algo mais barato adquirir e manter.

Contudo, sinceramente, espero que a FAB opte pelo hi-lo e, assim, terá uma possibilidade maior de ver um super caça voando nas cores da FAB.

Eu também acho isso, mas parece que o pessoal que escolhe não pensa assim, querem algo maior, mas TEMO eu que não vá dá certo. Tomara que eu esteja errado. Comprar um caça não é que nem comprar um carro, mas acho que os caras sabem disso. Dependendo de mim, teríamos Gripen C voando na FAB desde 2001, uns 120 deles, hoje sequer teríamos que propor modernização de F-5 e AMX. SDS

Enviado: Ter Fev 05, 2008 4:10 am
por Carlos Lima
Bolovo escreveu:
cb_lima escreveu:
Bolovo escreveu:
cb_lima escreveu:Pois 'e...

Eu sei que 'e meio 'sonho' mas precisamos do ca'ca para mudar doutrinas ou precisamos mudar as doutrinas e escolher o mais adequado?

Pergunta 'Tostines' essa :D .

Adoro o Gripen, mas realmente acho que ele sob o nosso ponto de vista 'e uma solucao 'Low' e nao 'High' (caso a FAB pense em ter dois tipos de aeronave).

Para o Gripen N chegar perto do que 'e o EF-2000 ou o Rafale sao hoje em dia... a sua c'elula sofrera modificacoes que certamente colocaram ele contra a sua propria filosofia inicial (barato de manter/operar e agil)... da'i teremos um ca'ca no "Limite" contra aeronaves que ainda tem muito o que explorar em termos de c'elula... :cry:

[]s
CB_Lima

Lima, segundo a última entrevista com o Saito, a FAB terá somente um modelo FX que substituirá TODAS as aeronaves de dotação atual, ou seja, nada de mix lo-hi ou coisa parecida, será um avião só. SDS


Entao Bolovo acho que fica dificil para o Gripen.

Sei nao... gosto do aviao, mas 'e s'o um 'pressentimento'.

[]s
CB_Lima

Olha, eu também acho que não. É uma pena, mas há outras aeronaves boas concorrendo, melhores e mais capazes que o Gripen, talvez não tão baratas quanto, mas o resto é verdadeiro. :mrgreen:


[009]! Amem [009]

:D 8-]

[]s
CB_Lima

Enviado: Ter Fev 05, 2008 5:50 am
por Túlio
Não adianta sonhar, a kôza tá entre Rafale e Flanker mesmo, sobre o Rafale já foi dada a largada e, acredito eu, a França está jogando todas as fichas neste e em outros negócios, tendo percebido que o que está em jogo é a sobrevivência de sua Indústria Aeronáutica Militar, ou o Rafale emplaca de vez ou será o ÚLTIMO caça Francês desde os véios Nieuport, uma pena...

Aliás, suspeito precisamente DISSO em toda essa buena vontade, sofá & quetales, França pedindo pro Brasil cuidar da Guiana Francesa, bobear e inté base nossa lá, no fundo querem é salvar o braço militar da Dassault e PODEM MUITO QUE BEM TERMINAR LEVANDO tudo. Seria ruim? Sou Flankeiro, todos sabem, mas não me desagradaria um cenário no qual as black-boxes Francesas viessem ABERTAS e ventos de mudança soprassem num véia e enferrujada FAB, com um caça que trouxesse sob as asas, além de novos mísseis, novos CONCEITOS operacionais...

Aliás, aí a desvantagem do Flanker: mito pouco mudaria na FAB, apenas o alcance de suas operações e a capacidade de transporte de armamentos, uma espécie de F-5 BEM GRANDÃO, PERNALONGA E PODEROSO, mas a ser operado com a filosofia normal em uso.

Então, entre um e outro, ambos trazem maior alcance e capacidade de armamento para uma FAB que carece disso e começa a implementar a NCW; o diferencial do Rafale seria exatamente já forçar a FAB a dar OUTRO PASSO ALÉM, mexendo profundamente na doutrina e levando-a a fórceps para o século XXI...

E é exatamente pelos setores mais afeitos às TRADICIONALICES que creio que, no fim, ainda dá Flanker que, como acima citado, é feito para ser operado num conceito apenas espacialmente expandido do F-5M, sem alterações filosóficas e, portanto, doutrinárias...

Mas posso - e gostaria de - estar enganado, apostar em novas doutrinas é sempre arriscado. Só que quem não arrisca não petisca, como se diz aqui no Sul... :wink:

Enviado: Ter Fev 05, 2008 8:35 am
por Franz Luiz
O bom do Brasil é o brasileiro. E o mau do Brasil também é o brasileiro.
Como diria o filósofo, "Sou meu maior problema e também minha única solução".
Não me preocupo com anti-americanismo, anti-russismo, anti-francesismo, etc.
Quem nos retarda o progresso são brasileiros, nascidos bem aqui pertinho. Quando nos respeitarmos todo o mundo nos respeitará.
Nunca gostei desta idéia de economia, comprando o mais barato para se economizar para o país. Desde que comprei uma chave-de-fenda em um 1,99 e, na primeira virada, o parafuso mostrou-se mais resistente que ela entortando sua ponta (tive que comprar uma boa logo em seguida e gastar mais) tenho medo desta história de economia. Quem conhece alguém da área de finanças (Estadual ou Federal) sabe que se tem muito dinheiro neste país para realizar projetos de muita qualidade. O problema não é falta de dinheiro. É falta de moral, excesso de desvios. É claro que é sempre bom fazer economia, mas não economizar comprando algo apenas para fingir que funciona, com aquela mentalidade não declarada, mas muito forte, de que nunca irá se utilizar mesmo, então basta fazer parecer que funciona para o público leigo. Acredito que o país irá melhorar muito nos próximos cinqüenta anos (processo natural de maturação de nossa sociedade). Então agora é hora de começarmos a implantar projetos de qualidade e resultados. Custo-benefício.
Não defendo um equipamento, mas defendo o melhor sistema. Que venha algo de qualidade e eficiência garantida, que o país possa usar dentro de uma boa estratégia e implementar melhorias com o passar dos anos. Isto sim para mim é boa utilização do dinheiro que pagamos juntos.
Um abraço

Franz

Enviado: Ter Fev 05, 2008 11:17 am
por Edu Lopes
Túlio escreveu:...Aliás, aí a desvantagem do Flanker: mito pouco mudaria na FAB, apenas o alcance de suas operações e a capacidade de transporte de armamentos, uma espécie de F-5 BEM GRANDÃO, PERNALONGA E PODEROSO, mas a ser operado com a filosofia normal em uso.

Então, entre um e outro, ambos trazem maior alcance e capacidade de armamento para uma FAB que carece disso e começa a implementar a NCW; o diferencial do Rafale seria exatamente já forçar a FAB a dar OUTRO PASSO ALÉM, mexendo profundamente na doutrina e levando-a a fórceps para o século XXI...

E é exatamente pelos setores mais afeitos às TRADICIONALICES que creio que, no fim, ainda dá Flanker que, como acima citado, é feito para ser operado num conceito apenas espacialmente expandido do F-5M, sem alterações filosóficas e, portanto, doutrinárias...

Mas posso - e gostaria de - estar enganado, apostar em novas doutrinas é sempre arriscado. Só que quem não arrisca não petisca, como se diz aqui no Sul... :wink:

Mas, Túlio, o Flanker não seria apenas um gap de luxo e longo prazo? O interesse da FAB não seria o caça de 5ª geração, no caso o PAK-FA? Já se falou até em F-35, mas como parece que os americanos estão fora da jogada (na opinião de alguns colegas daqui, eu tenho lá minhas dúvidas) acho que a opção russa também estaria forçando a FAB a dar um passo além. De qualquer forma, seja Flanker ou Rafale, e no estado de defasagem que a FAB se encontra, a Força Aérea estará dando um enorme passo a frente. Acho que o nosso problema é justamente aumentar o tamanho das pernas para que esse “passo além” não se transforme num tombo e só espero que os cortes no Orçamento que o governo fará não atinja os planos de modernização das nossas FFAA.

Mas não se esqueçam que o Jobim ainda irá ao “patrão” e esses, se quiserem, levam. E, não sei por que, acho que eles vão querer sim.

[]s.