Fórum Defesa Brasil

rodrigo escreveu:Tem um livro de um general argentino, que participou da guerra, que afirmava que os soviéticos haviam oferecido torpedear navios ingleses, e ficava tudo na conta da Argentina. A ajuda foi recusada. O livro: Malvinas - Gesta e incompetencia.

Essa estória sempre correu solta no meio naval sul-americano. O que se comenta tb, é que seguiu-se uma discussão entre vários da cúpula militar que a derrota militar seria uma tragédia nacional argentina(sic)..., e portanto deveria ser aceita essa ajuda, NÃO IMPORTANDO O PREÇO POLÌTICO, pois a junta na época ainda estava em choque devido a "traição" americana em relação ao TIAR. Levada ao presidente Galtieri em 10 de junho de 82, esse ficou de re-estudar a "oferta". Quatro dias depois, aconteceu o 14/6/1982...

Duvido que a USSR faria alguma coisa. Ganhariam o que? A Terceira Guerra Mundial de graça? Eles seriam identificados na hora, graças as evidências que deixariam nos seus rastros. Não acho que isso estava nos atuais planos do Partido Comunista Soviético em 1982, pelo contrário, nessa época a doutrina era ficar recuado, só reagir caso de agressão direta a eles. Deve ter sido uma retórica política que deixou o coitado do Galtieri doidinho doidinho da cabeça...

Uma boa pergunta: e se os soviéticos agissem sem o aval e conhecimento argentinos? Havia como torpedear navios ingleses sem ser detectado ou deixar traços?

rodrigo escreveu:Uma boa pergunta: e se os soviéticos agissem sem o aval e conhecimento argentinos? Havia como torpedear navios ingleses sem ser detectado ou deixar traços?

Pergunta impossível de ser repondida. Pois dependeria da situação tática no local e momento do disparo.

O fato é que havia submarinos soviéticos lá. Aproveitaram para colher muita informação sobre sistemas e táticas. Testaram os ingleses como nunca teriam feito em outra situação. Em mais de uma ocasião estes testes chegaram ao disparo de armas por parte dos anglos... E os americanos estavam ficando enfurecidos com isso...Mas aí já é outra conversa

A Argentina fez bem em não ter aceitado a ajuda, ele se meteriam numa enorme fria...se tivesem aceitado ajuda soviética.

Os soviéticos iriam ficar com um pé na América do sul, Com influência num país grande como a Argentina, estando mais à vontade para destabilizar o Brasil e Chile. Acho que valia a pena, para eles na altura.

Seria uma repetição da guerra da Coreia mas no mar, desta vez com a URSS no lugar da China. O pior que podia acontecer era o auxilio da NATO aos Ingleses mas ninguém iria escalar o conflito para as armas nucleares. No máximo, seria uma guerra convencional na zona de exclusão. Perigosa mas não fatal. pelo menos essa é a minha opinião.

Hader escreveu:O fato é que havia submarinos soviéticos lá. Aproveitaram para colher muita informação sobre sistemas e táticas. Testaram os ingleses como nunca teriam feito em outra situação. Em mais de uma ocasião estes testes chegaram ao disparo de armas por parte dos anglos... E os americanos estavam ficando enfurecidos com isso...Mas aí já é outra conversa

Um submarino siviético Projekt 671RTM chegou a ser trackeado por mais de 6 horas por um SSN inglês. Ou o Spartan(provavelmente) ou o Splendid. o SSN britânico só desengajou qdo. OUTRO submarino, Trackeou o Sub Britânico.

WalterGaudério escreveu:Projekt 671RTM

Fonte: http://www.military.cz

Estas histórias descabidas, de "torpedeamento de belonaves britânicas" e coisas do tipo, parte do pressuposto que os Soviéticos eram um bando de parvos, infantis. Se há na história da guerra fria, um capítulo de interesse no que tange aos tratos diplomáticos, este versa sobre o extremo cálculo dos vermelhos em suas decisões. Não era por outro motivo, que das estepes provinham campeões de xadrez, em profusão.

Não tinham os soviéticos nada a ganhar, se envolvendo na palhaçada portenha. Para que então, se desgastar?

Termino dizendo, que muito me surpreendo com a lucidez do estudante Bolovo. Não é natural para quem idolatra Magnoli. Esta criança, por vezes, assusta-me.

Magnoli é muito bom, uma das poucas cabeças da USP que prestam. Quanto ao discutido, também acho difícil Moscou pensar em agir por tão pouco.

Mental Ray escreveu:Magnoli é muito bom, uma das poucas cabeças da USP que prestam. Quanto ao discutido, também acho difícil Moscou pensar em agir por tão pouco.

Se você gosta de um intelectual "comercial", consuma-o!
Academicamente, lamento pela USP.

Ilya Ehrenburg escreveu:

Mental Ray escreveu:Magnoli é muito bom, uma das poucas cabeças da USP que prestam. Quanto ao discutido, também acho difícil Moscou pensar em agir por tão pouco.

Se você gosta de um intelectual "comercial", consuma-o!
Academicamente, lamento pela USP.

Pelo que ele se propõe a debater, nesse nicho tão restrito, nem dá para chamá-lo de comercial. As vezes acho que uma tarefa dele é justamente desmantelar o revisionismo que a história tem sido vítima por dinossauros soviéticos, até no que diz respeito a educação básica nas escolas. A leitura que ele vem dando para os assuntos que ele levanta e, consequentemente, seu sucesso comercial, vem em contraponto ao consenso esquerdistinha remelento. Quanto a USP, endosso os lamentos. As vezes vejo aquela cidade com uma célula contaminada.
Mas é só uma opinião. Voltemos ao assunto do tópico.

Mental Ray escreveu:

Ilya Ehrenburg escreveu: Se você gosta de um intelectual "comercial", consuma-o!
Academicamente, lamento pela USP.

Pelo que ele se propõe a debater, nesse nicho tão restrito, nem dá para chamá-lo de comercial. As vezes acho que uma tarefa dele é justamente desmantelar o revisionismo que a história tem sido vítima por dinossauros soviéticos, até no que diz respeito a educação básica nas escolas. A leitura que ele vem dando para os assuntos que ele levanta e, consequentemente, seu sucesso comercial, vem em contraponto ao consenso esquerdistinha remelento. Quanto a USP, endosso os lamentos. As vezes vejo aquela cidade com uma célula contaminada.
Mas é só uma opinião. Voltemos ao assunto do tópico.

Por que escreve mal, sem estilo, é pouco profundo. Em suma, comercial.
A intelectualidade brasileira, é bem servida por pensadores como Da Matta, Minayo, Santos, McCallum e outros. Você não os conhece? O meio acadêmico sim, e os respeita. Já o vosso adorado, só faz política e textos palatáveis.

Eu acho que ele escreve bem, é conciso, relaciona informações muito bem sem ser rebuscado, enfim , objetividade é tudo. Se eu quisesse estilo ia buscar em literatura. Se isso é comercial e palatável, que seja, consumirei com prazer, não sou acadêmico. Só acho que ele não mereça um rótulo digno de Paulo Coelho.
Quanto aos outros citados, conheço só de nome, não li nada deles, portanto sou bem ignorante nessa área. Vou procurar alguma coisa deles para ler e ter embasamento, enquanto isso encaro como qualidade a objetividade do Demétrio.