Página 580 de 912

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Sex Set 08, 2017 11:35 am
por cabeça de martelo
Douro. A seca antecipou as vindimas e pode mudar-lhe a paisagem

08 set, 2017 - 13:00 • Marília Freitas

Não há memória de a vindima começar tão cedo no Douro. A colheita começou em Agosto, devido à seca. Produtores e especialistas contam como as alterações climáticas estão a mudar a viticultura na mais antiga região demarcada do mundo.

“Está a ver aquelas montanhas lá ao fundo?”, pergunta Paulo, apontando para o Marão. “São elas que nos permitem ter esta vinha de qualidade aqui”.

Aqui é Vila Real. Paulo Ruão e José Carlos Fernandes, ambos enólogos, conduzem-nos numa “pickup” pelas vinhas da Casa de Mateus. Pelo caminho, encontramos dezenas de pessoas a vindimar. Andam nestas lides desde 21 de Agosto. Por aqui, não há memória de a vindima começar tão cedo.

“Já faço vindimas há muitos anos, mas no mês de Agosto parece que não me lembro”, desabafa António Correia, um dos trabalhadores.

Imagem


Não se lembra António nem José Carlos Fernandes, que teve de antecipar a vindima em “pelo menos três semanas”. O enólogo confessa que foi por pouco que a colheita não lhe interrompeu as férias. “As uvas ficaram todas prontas ao mesmo tempo. Se soubesse o que sei hoje, tinha começado a vindimar na semana anterior.”

A culpa, dizem os viticultores, é do tempo. Constatação confirmada também pelo balanço intercalar do ano vitícola, feito pela Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID). O relatório destaca “reduções bastante significativas” da precipitação, “em especial nos meses de Dezembro, Janeiro, Abril e Junho”, e, ao mesmo tempo um “aumento significativo das temperaturas médias a partir do mês de Fevereiro”, entre 1ºC e 3ºC.

“Este ano tem sido de facto atípico em termos térmicos. Tivemos um Inverno e um Verão mais quentes do que é normal”, afirma João Santos, investigador do Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Temperatura aumenta 2ºC a 8ºC até ao final do século

Desde 2013 que, em todos os anos sem excepção, os boletins do ano vitícola elaborados pela ADVID, falam de “um ano atípico em termos climáticos”, seja devido ao calor, à seca ou à chuva fora de época. “São anos atípicos que começam a ser típicos”, diz o enólogo Paulo Ruão. “Todos os anos tem havido fenómenos meteorológicos que nos baralham as contas”, acrescenta José Carlos, “pode ser que de vez em quando exista um ano normal.

http://mediaserver2.rr.pt/newrr/chuva_baixo_corgo_0115566cf4.png
http://mediaserver2.rr.pt/newrr/chuva_cima_corgo_0178021422.png
http://mediaserver2.rr.pt/newrr/chuva_douro_superior_0125943ea2.png

Os dados da ADVID mostram que as três sub-regiões (Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior) apresentam níveis térmicos e de precipitação diferentes. É possível, contudo, observar a tendência de diminuição da precipitação, comparando a média de precipitação anual acumulada entre 2000 e 2016, com a média de 1931 a 1960. Quanto à temperatura, os números mostram um aumento de 0,4ºC na sub-região do Baixo Corgo e uma diminuição de 0,1ºC no Cima Corgo e Douro Superior.

A tendência de subida generalizada da temperatura e diminuição da precipitação, que se tem verificado sobretudo a partir dos anos 70, “é para continuar”, sentencia João Santos. O investigador tem-se dedicado a estudar os efeitos das alterações climáticas, também na viticultura, e projecta um futuro quente. “Até ao final deste século, as alterações [na temperatura] previstas podem variar entre subidas de 2ºC - que é aquilo que era considerado o ideal, mas que já é um cenário irrealista - até aos 8ºC.”

Contudo, o investigador alerta que esta é apenas uma previsão e que os vários microclimas existentes na Região Demarcada do Douro não permitem generalizações nas projecções para o futuro.

A luta pela rega

A rega das videiras é ainda tema tabu no Douro, onde se teme que a utilização artificial da água possa aumentar os níveis de produção e, por consequência, provocar excedentes de uvas. Como tal, actualmente, a legislação para a Região Demarcada do Douro só permite a rega da vinha “em casos excepcionais” e autorizados pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).
Porém, a diminuição da precipitação e da percentagem de água no solo, e as respectivas consequências no desenvolvimento do fruto têm levado técnicos e produtores a pedirem mudanças nas regras.

“As videiras têm limites”, sentencia o enólogo José Carlos Fernandes. João Santos concorda que a questão da rega deve ser estudada e revista, para que a viticultura não seja inviabilizada pela falta de água. No entanto, o investigador alerta para um possível "problema da sustentabilidade ambiental". "Numa região como o Douro, se toda a gente começar a regar a vinha, não vai haver água que chegue para todos.”

Que viticultura para o futuro?

Imagem

Perante as previsões de um futuro mais quente e seco, os viticultores começam já a tomar medidas para proteger a vinha e garantir a produção. “Estamos já a tentar adaptar as castas a esta nova situação”, conta Paulo Ruão.

A preocupação passa por garantir que a qualidade dos vinhos do Douro não é comprometida. É, por isso, cada vez mais frequente a selecção clonal. “Escolhem-se clones, dentro da mesma casta, que se adaptam melhor a condições de secura e a temperaturas mais elevadas”, explica João Santos.

O investigador salienta ainda a importância do planeamento a médio e a longo prazo, nomeadamente na plantação de novas vinhas. "Podemos optar por uma encosta virada a Poente ou a Norte que tem menor exposição solar e que permite manter mais tempo a humidade, com menos exigências de rega. Podemos também escolher plantar a vinha em maiores altitudes, onde o clima é mais fresco e chove mais.”

As alterações climáticas podem, por isso, vir a ditar uma mudança na paisagem do Douro vinhateiro. “As zonas que eram óptimas há cinquenta anos atrás - que eram os fundões junto ao rio Douro, nas zonas mais quentes -, se calhar daqui a cinquenta anos não serão as melhores. Teremos zonas que estão a 500/600 metros de altitude, que hoje quase não têm vinha, e que poderão ser, no futuro, as zonas mais adequadas”, projecta João Santos. E deixa o alerta: “tudo isto tem de ser planeado”.

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Qui Set 21, 2017 12:29 pm
por cabeça de martelo
WSJ: Portugal, “um dos elos mais fracos da Zona Euro parece estar cada vez mais seguro”

Depois de o Financial Times ter elogiado a saída de Portugal do rating de “Lixo”, o Wall Street Journal vem agora dizer que Portugal dá uma “lição” aos eurocéticos britânicos.

Há 25 anos que os eurocéticos britânicos preveem o fim da moeda única, servindo mesmo esse fim anunciado como um dos motivos para a saída do Reino Unido da União Europeia. Mas esta narrativa sofreu vários revezes ao longo dos últimos anos, sendo o mais recente a saída da dívida soberana portuguesa do nível de “Lixo”, de acordo com o novo rating da Standard & Poor’s. Com esta mudança, a última ida do país aos mercados traduziu-se numa descida abrupta dos juros, para valores que não eram vistos desde janeiro de 2016.

Para o Wall Street Journal, esta alteração foi mais um passo na recuperação do país da crise financeira que levou o Governo a pedir o resgate à Europa e a aceder à intervenção do FMI. Para o periódico, com o crescimento esperado do país a cifrar-se nos 2,8% e o desemprego a descer novamente para perto dos 9%, “um dos elos mais fracos da Zona Euro parece estar cada vez mais seguro”. A recuperação lusa é descrita como uma “lição” a ser estudada pelos eurocéticos britânicos. As razões para esta afirmação assentam no facto de Portugal ter conseguido passar de um défice de 9% em 2012 para um de 1,5% em 2016, ao passo que o do Reino Unido se mantinha, em março deste ano, nos 2,4%. O nosso país conseguiu ainda que o défice da balança corrente (onde predomina a balança de bens e serviços) passasse dos 6% para um resultado positivo de 0,7%, por oposição à do Reino Unido, cujo défice se cifra em 4,4%. E Portugal conseguiu ainda aumentar as suas exportações como percentagem do PIB para 45%, um valor bem acima dos 28% do Reino Unido.

Apesar dos bons resultados, o jornal afirma que Portugal – tal como a Zona Euro – não está ainda livre de perigo. Os níveis altos de dívida pública e privada deixam o país vulnerável, apesar das perspetivas de crescimento. Tal como muitos países da Zona Euro, o país precisa de aumentar a sua produtividade para dissipar todas as dúvidas acerca da sustentabilidade da dívida a longo prazo. Mas a recuperação de Portugal não deixa de ser um alerta de que o colapso do Euro não é inevitável e de que a sua sobrevivência não precisa de depender da passagem da eurozona para um superestado, tal como a falta de equilíbrio do Reino Unido lembra que uma moeda flexível pode ser uma maldição se permitir que os Governos se esquivem a tomar as decisões difíceis, com tomou Portugal.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... uro-211404

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Sáb Set 23, 2017 2:50 pm
por P44
Só para quem não tem vertigens (ou mesmo para quem tem): miradouro da Ponte 25 de Abril abre na próxima semana

A viagem num elevador transparente, que nos põe ao nível do tabuleiro dos carros, dura 40 segundos. Os bilhetes da nova atracção turística de Lisboa vão custar seis euros.

Isabel Salema
ISABEL SALEMA 22 de setembro de 2017, 13:06

Imagem
Imagem
Imagem
Imagem
Imagem
Imagem

Chegamos finalmente à “prancha”, como lhe chama o arquitecto António Borges, depois de subir 372 degraus. E ainda bem que viemos a pé até ao novo miradouro panorâmico de Lisboa, situado ao nível do tabuleiro rodoviário da Ponte 25 de Abril, porque assim é possível, pouco a pouco, habituarmo-nos às estranhas sensações que vêm do baixo ventre e a que normalmente chamamos vertigens.

Estamos a 70 metros de altura e não conseguimos dar sequer um pequeno passo em direcção ao nosso interlocutor, autor da obra, que espera serenamente no meio da parte mais espectacular do miradouro, uma caixa de vidro, chão incluído, que se projecta no ar em direcção ao Tejo. É um pouco frustrante, porque se trata de percorrer os 2,70 metros de comprimento que tem aqui o miradouro, sendo que o objectivo final da visita é mesmo ter acesso a uma vista avassaladora sobre a zona ribeirinha de Belém ao Terreiro do Paço, e, claro, também sobre Almada e sobre o Tejo. “Isto vai-se vencendo, daqui a meia hora já conseguem”, diz este arquitecto das Infraestruturas de Portugal (IP), o organismo que gere a ponte e que lançou este projecto, em conjunto com o Turismo de Lisboa e a Câmara Municipal de Lisboa. Seguimos as ordens de não olhar para o chão e conseguimos chegar à guarda do miradouro para contar os 13 barcos à vela que passeiam no rio neste último dia de Verão.

Mas quando, na quarta-feira da próxima semana, abrir ao público a Experiência Pilar 7, o nome do Centro Interpretativo da Ponte 25 de Abril, bastarão 40 segundos para chegar aqui ao topo. Toma-se o elevador exterior, escondido numa torre de metal que atinge os 80 metros de altura e que está colada ao pilar 7 – aquele onde nos habituámos a ler em letras garrafais “Ponte 25 de Abril”, na Avenida da Índia. É esse o percurso que o visitante normal vai fazer, depois de pagar seis euros à entrada.

Como promete o nome do centro interpretativo, “a ideia é experimentar através de várias sensações diferentes a Ponte 25 de Abril”, obra de engenharia que marcou o Estado Novo, inaugurada em 1966, e que está em vias de classificação pela Direcção-Geral do Património Cultural. Se a experiência mais intensa é a prancha-varanda do miradouro panorâmico, onde só podem estar 40 pessoas ao mesmo tempo, há outras à espera dentro do pilar 7, a começar pela possibilidade de entrar nesta enorme estrutura em betão, oca, onde estão protegidas as principais amarrações dos cabos de sustentação da ponte. De facto, é este o suporte principal da ponte na margem lisboeta. E é tão fundamental para ela se manter de pé que todos os visitantes têm de passar por um sofisticado sistema de segurança antes de entrar na Experiência Pilar 7.

https://www.publico.pt/2017/09/22/cultu ... na-1786343

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Dom Set 24, 2017 3:50 pm
por P44
Um dos poucos membros daquela "empresa" que se aproveitava...

Morreu D. Manuel Martins, o "bispo vermelho"


Durante os 23 anos em que foi bispo de Setúbal, denunciou o desemprego, a fome, o trabalho infantil, a vida em barracas. Voz incómoda até ao fim, morreu este domingo, aos 90 anos de idade. O funeral é na terça-feira.

Natália Faria
NATÁLIA FARIA 24 de setembro de 2017, 15:26 actualizada às 18:01

Imagem

D. Manuel Martins, bispo de Setúbal entre 1975 e 1998, morreu este domingo, aos 90 anos. Conhecido como o "bispo vermelho", pela sua acção de denúncia das situações de fome e de injustiça social, morreu às 14h05, em casa de familiares, na Maia, onde se encontrava.

O primeiro-ministro, António Costa, reagiu no Twitter à notícia da sua morte: "É com grande tristeza que recebo a notícia do falecimento de D. Manuel Martins, grande referência da consciência social", escreveu, concluíndo que a "melhor homenagem à sua memória é a acção pela erradicação da pobreza". Também no Twitter, o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, despediu-se dizendo que os pobres e os trabalhadores ganharam "um intercessor no céu". Alguém que, segundo o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve sempre atento "à luta pela liberdade" e que foi uma espécie de "projecção da linhagem de D. António Ferreira Gomes no mundo do trabalho".

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, elogiou-lhe também "o inconformismo permanente na luta contra a pobreza e a sua solidariedade". "Recordo com saudade a entrega que lhe fiz, pessoalmente, do projeto do que mais tarde viria a ser o Rendimento Mínimo Garantido", recua Ferro Rodrigues, numa mensagem enviada às redacções e em que se refere "a um homem bom que sempre foi solidário".

Bispo vermelho, sem medo, comunista...

Nascido a 20 de Janeiro de 1927, em Leça do Balio, Matosinhos, e ordenado sacerdote em 1951, Manuel da Silva Martins foi pároco na freguesia de Cedofeita nos anos 60, no centro do Porto, já depois de ter frequentado o curso de direito canónico na Universidade Gregoriana em Roma.

Mas foi enquanto bispo de Setúbal, cargo em que se manteve ao longo de 23 anos (até que, em 1998, o Papa João Paulo II aceitou o seu pedido de resignação), que D. Manuel Martins se notabilizou, pela sua atenção aos problemas do desemprego, da habitação social e do trabalho infantil. "Chamavam-me 'bispo vermelho' porque ocupava espaços de onde a Igreja nunca devia ter saído", sustentara o próprio, numa entrevista à TSF, em Março de 2016.

Durante esses anos, ficaram para a história as polémicas de D. Manuel Martins com Mário Soares e Cavaco Silva, numa Setúbal muito marcada pelo encerramento de fábricas e pelo desemprego. Soares chegou, enquanto primeiro-ministro, a negar publicamente que houvesse fome em Setúbal, depois de o bispo a ter denunciado. "Era evidente que Mário Soares e Cavaco Silva não gostavam das minhas intervenções. Eu falava do que sabia, da fome que o povo passava...", explicitou então.

A sua postura incómoda não se esgotou aí. Ainda em 2014, numa entrevista à SIC, sustentava que nem partidos políticos nem sindicatos estavam a defender como deviam os cidadãos. Em relação aos primeiros, acusou-os mesmo de só pensarem em si próprios e de agirem como grupos de futebol.

"Um homem de coragem e de causas", recorda ainda o arcebispo de Braga, ouvido pela Renascença. "Alguém que tinha voz e queria dar voz a quem não tinha força para a ter." "Foi uma consciência crítica da Igreja em relação à justiça social, o que mais se interessou pelos trabalhadores", sintetiza ao PÚBLICO o teólogo Anselmo Borges, sobre alguém que diz também ter sido muito marcado pela figura de D. António Ferreira Gomes, o bispo do Porto que esteve exilado durante dez anos por ter contestado abertamente a acção de Oliveira Salazar. "Um bispo próximo à realidade do povo da sua diocese que na altura se debatia com uma situação de precariedade e de pobreza", segundo o bispo auxiliar de Lisboa, D. Joaquim Mendes.

No início do ano, num almoço de homenagem pelos 90 anos de D. Manuel Martins, o antigo presidente da República, Ramalho Eanes, elogiava-lhe, ainda sem precisar de recorrer ao pretérito perfeito, o seu "carácter de eleição que impressiona, arrasta e seduz". "Chamaram a D. Manuel Martins o bispo vermelho. Como exemplo da sua acção: a praga do desemprego, a ofensa dos salários em atraso, o flagelo das barracas, a vergonha do trabalho infantil...", enumerava então Ramalho Eanes.

Pouco tempo depois, em Março deste ano, era a vez de Marcelo Rebelo de Sousa, elogiar-lhe, numa mensagem recuperada hoje, "o vigor e o desassombro da sua palavra" e a sua "rigorosa independência face aos poderes instituídos".

https://www.publico.pt/2017/09/24/socie ... al-1786523

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Qua Set 27, 2017 11:25 am
por cabeça de martelo
Portugal sobe 4 lugares no ranking da competitividade

27.09.2017


Portugal é agora o 42.º entre 137 países, diz o estudo do Fórum Económico Mundial. Burocracia e impostos são o principal problema

Portugal está mais competitivo do que há um ano e ocupa presentemente o 42.º lugar 137 países, indica a nova edição do Ranking da Competitividade do Fórum Económico Mundial para 2017-2018.

É uma subida de quatro lugares desde a última edição, mas ainda assim o país fica abaixo da 38ª posição que ocupava em 2015. Na prática, recupera o posto atribuído em 2016 e fica alguns pontos abaixo do seu melhor lugar de sempre (36.º) em 2014.

Entre os 137 países estudados, a Suíça é o mais competitivo, seguida dos Estados Unidos. A Espanha está em 24.º lugar, mas a Itália ficou pior classificada do que Portugal.

Entre os fatores que mais afetam o desempenho de Portugal estão a burocracia, os impostos, a legislação laboral e até a "instabilidade política". Já as infraestruturas, em especial a qualidade das estradas (classificadas entre as 10 melhores do mundo), educação, saúde e tecnologia aparecem com boas avaliações.

http://expresso.sapo.pt/economia/2017-0 ... titividade

http://reports.weforum.org/global-compe ... -rankings/

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Qua Set 27, 2017 12:15 pm
por Túlio
CREDO, estamos em 80º lugar, atrás do Chile (33º), Colômbia (66º), Peru (72º) e Uruguay (76º). :evil: :evil: :evil: :evil:

Estranho a Bolívia não estar na lista...

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Seg Out 02, 2017 9:35 am
por P44

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Ter Out 03, 2017 6:44 am
por cabeça de martelo
Grande derrota do PSD e do PCP, foram literalmente trucidados!

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Ter Out 03, 2017 7:16 am
por cabeça de martelo
Reforma prisional. Oito cadeias fecham e nascem cinco

Com o novo parque prisional haverá uma redução de 1749 presos. Reforma custa 400 milhões. Cadeias de Lisboa e Caxias fecham

Acabar com a sobrelotação nas cadeias e passar dos atuais 13 749 reclusos para um máximo de 12 mil (13 589 numa primeira fase ) é o objetivo da ministra da justiça na estratégia para uma década do sistema prisional. A taxa de reclusão do país é de 140% por 100 mil habitantes quando a média europeia é de 116%.

No relatório do grupo de trabalho que concebeu a estratégia de modernização das cadeias e dos centros educativos (para menores), a que o DN teve acesso, está previsto um parque prisional sem mega cadeias e em que nunca se ultrapasse a lotação de 600 reclusos (atualmente há prisões com mais de mil) por estabelecimento. Serão encerradas oito cadeias, pelo seu estado de velhice e degradação, entre as quais as centrais Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) e Estabelecimento Prisional de Caxias, ambas sobrelotadas. O EPL tem uma lotação oficial de 887 presos e conta atualmente com 1133. Caxias, de onde fugiram três reclusos em abril, tem uma lotação oficial de 398 e comporta atualmente 589%. Serão também fechadas as cadeias de Ponta Delgada (Açores), Setúbal, Leiria (regional), Viseu (regional), Odemira (feminina) e Silves.

Segundo o relatório, vão ser criados cinco novos estabelecimentos prisionais: um no distrito de Setúbal, com lotação máxima para 450 lugares: um no Minho, com lotação de 450; um em Aveiro, para 550 presos; um no Algarve, para 600 e um na ilha açoriana de São Miguel para 300 reclusos. Minho, Setúbal e Açores vão ter unidades ou pavilhões femininos. Também na cadeia de São José do Campo, em Viseu, a ampliar, e na prisão-escola de Leiria serão construídas unidades femininas.

O melhor do Diário de Notícias no seu email

Agora pode subscrever gratuitamente as nossas newsletters e receber o melhor da atualidade com a qualidade Diário de Notícias.

SUBSCREVER
A cadeia de Évora, onde o ex-primeiro-ministro José Sócrates cumpriu prisão preventiva, e que foi concebida para alojar membros das forças de segurança e militares, vai ser reafetada aos presos do distrito. No documento justifica-se a medida, explicando que a afetação da cadeia alentejana a uma população específica (35 reclusos atualmente) fez que com que os 220 presos do país com residência no distrito de Évora tivessem de cumprir pena noutro distrito. Assim, os presos específicos desta cadeia irão para um novo edifício penitenciário a construir no EP Leiria para jovens, escolhido pela sua centralidade geográfica, e com uma lotação de 45 lugares.

A reforma de Francisca Van Dunem tem subjacente a ideia de redistribuir melhor os presos de acordo com a sua área de residência. A situação é agravada no caso das mulheres, refere o documento, com exceção aos distritos de Lisboa e Porto. O relatório lembra que nos distritos de Lisboa e Porto, com maior criminalidade geral participada, é também onde há excesso de oferta de alojamento prisional. Em contraste, há grandes défices noutros distritos como Setúbal, Faro, Braga e Aveiro.

O plano prevê a manutenção de muitas das pequenas cadeias do interior do país e a requalificação de algumas, como a de Olhão, que passará a ser uma prisão de mulheres; a feminina de Tires que tem 663 lugares e passará a acolher homens num total de 400 vagas; e a extinção da cadeia feminina de Odemira (distrito de Beja) porque das 52 reclusas apenas 7 são do distrito de Beja, sendo 30 do distrito de Faro. Um novo espaço será encontrado no Algarve, preconiza o relatório.

Esta reforma tem um custo estimado de 400 milhões de euros, um esforço financeiro que será nacional mas também ao nível do próximo quadro financeiro 2030. Só com a construção das novas cinco prisões serão gastos 252,9 milhões de euros.

Estab. prisional de Lisboa

› Foi alienado à Estamo, do grupo Parpública, em 2008, mas continua em utilização, com o Estado a pagar indemnizações compensatórias à empresa. A cadeia central de Lisboa, severamente degradada, será encerrada.

Lotação: 887

Ocupação: 113

Taxa de ocupação: 127,73%

Estab. prisional de Caxias

› Instalada no antigo Forte de Caxias, com uma construção de finais do século XIX, tem 43% do seu espaço em camaratas e os serviços administrativos funcionam em contentores metálicos.

Lotação: 398

Ocupação: 589

Taxa de ocupação: 147,99%

EP de Setúbal

› Implantado na malha urbana da cidade de Setúbal, nunca teve obras de conservação. A remodelação teria de ser profunda e a ampliação não é viável. Será fechada e construído um novo EP no distrito, de dimensão maior.

Lotação: 169

Ocupação: 314

Taxa de ocupação: 185,80%

EP de Ponta delgada

› É o mais antiga estabelecimento prisional no país, está implantado em plena malha urbana e nunca teve obras de conservação. Está bastante degradado, sem condições para ser reabilitado. O alojamento é só em camaratas. A construção de uma nova cadeia na ilha de São Miguel já está programada.

Lotação: 110 homens (H) e 31 mulheres (M)

Ocupação: 191 H e 3 M

Taxa de ocupação: 173,64% H e 9,68% M

EP Leiria (regional)

› Implantando na malha urbana da cidade de Leiria, a cadeia nunca sofreu obras de conservação. A maior parte do seu alojamento é ocupado por camaratas (63%). As más condições do edifício e a ampliação do EP Leiria (jovens) deve determinar o seu encerramento.

Lotação: 111

Ocupação: 196

Taxa de ocupação: 156,78%

EP Viseu

› É uma cadeia localizada no tecido urbano da cidade e levou obras de erradicação do balde higiénico e de beneficiação de interiores. Não carece de obras atualmente mas vai ser encerrada face à reconversão e ampliação de São José do Campo, no mesmo concelho.

Lotação: 37 H e 30 M

Ocupação: 84

Taxa de ocupação 134,7%

EP de Odemira

› A cadeia feminina do concelho alentejano não precisa de obras, tem 78% de camaratas e até boas condições para as crianças das reclusas. Mas vai ser encerrada por se constatar que apenas sete presas são do distrito de Beja.

Lotação: 56

Ocupação: 52

Taxa de ocupação: 92,85%

EP de Silves

› Foi objeto de avultadas obras de beneficiação e ampliação concluídas em 2000. Recentemente até foi construída uma nova portaria, um parlatório e um espaço oficinal. Mas a construção de um EP no Algarve de dimensão significativa vai ditar o seu encerramento e conversão para instalar um futuro centro educativo.

Lotação: 58

Ocupação: 91

Taxa de ocupação: 156,90%

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Ter Out 03, 2017 4:10 pm
por P44

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Ter Out 03, 2017 4:17 pm
por Túlio
Vai PIORAR, pelo jeito: parece que a representação de Olivença gostou do que viu na Catalunha e pretende fazer um plebiscito para se separar DE PORTUGAL!!!

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Ter Out 03, 2017 4:18 pm
por P44
Larga a cachaça véio :mrgreen:

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Ter Out 03, 2017 4:22 pm
por Túlio
P44 escreveu:Larga a cachaça véio :mrgreen:
É sério, sou amigo no Zap - que como sou chique só uso para contactos internacionais - do Líder do movimento OLAP (Olivença Livre de Aproveitadores Pá), Juequim M'nuel del Tuerto e ele me mandou um Zap avisando. Se moras na região, todo cuidado é pouco, Prepe véio.

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Sáb Out 07, 2017 4:29 pm
por P44
recuerdo de 1964

Imagem

Re: Noticias de Portugal

Enviado: Sex Out 13, 2017 10:31 am
por cabeça de martelo
Investimento de 30 milhões de euros: fábrica da Mecachrome Aeronáutica inaugurada hoje em Évora

A fábrica de Évora da Mecachrome Aeronáutica, que está a laborar desde “o final de março” e produz peças metálicas para a indústria aeronáutica, é inaugurada hoje, representando um investimento de 30 milhões de euros.

“Estamos a laborar desde o final de março. No que respeita à 1.ª fase do projeto, está tudo instalado e estamos a produzir em dois turnos”, com um total de “70 trabalhadores”, disse à agência Lusa Christian Santos, diretor da unidade fabril.

A inauguração oficial da fábrica da Mecachrome Aeronáutica, empresa portuguesa do grupo francês Mecachrome, que tem como ‘chairman’ o português Júlio de Sousa, decorre a partir das 10:00 e é presidida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

O projeto envolve um investimento a rondar os 30 milhões de euros, até 2020, que foi “objeto de um contrato de incentivos com o Estado português, representado pela AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal”, lembrou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Na cerimónia, participam também os ministros do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

“Este é mais um exemplo de um bom investimento e da atração de empresas para o ‘cluster’ nacional da aeronáutica”, realçou, em declarações à agência Lusa, fonte do Ministério da Economia.

Localizada no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora (PIAE), a nova fábrica da Mecachrome Aeronáutica, que detém outra unidade industrial em Portugal, em Setúbal, desde 2014, vai ter, no global, quase 22 mil metros quadrados, segundo Christian Santos.

“Esta 1.ª fase, que está concluída, tem 13.500 metros quadrados” e, na 2.ª fase do projeto, a executar “nos próximos anos”, vão ser construídos “os restantes cerca de 8.500 metros quadrados”, indicou.

Na cidade alentejana, a Mecachrome, que serve clientes como a Airbus, Boeing e Safran, fabrica peças de metal de alta precisão para aviões, nesta 1.ª fase apenas para motores e, na próxima etapa, também para a estrutura de aeronaves.

O diretor assinalou que, das “17 referências” que integram o portefólio de peças a produzir em Évora, “11 já estão industrializadas e em produção”, encontrando-se “as outras em fase de industrialização”.

A empresa planeia instalar, nesta fábrica, um inovador processo produtivo criogénico - à base de azoto líquido –, que é “único no mundo”, concebido pelo próprio grupo Mecachrome, em França.

O processo de recrutamento de trabalhadores, oriundos sobretudo da região, depois de passarem pelo Centro de Formação Aeronáutica de Évora do Instituto do Emprego e Formação Profissional, está “em curso” e a meta, até 2020, segundo Christian Santos, é chegar aos “cerca de 250 a 300” funcionários.

No Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, além deste projeto, estão já instaladas diversas outras fábricas de empresas daquele setor, nomeadamente as duas da construtora brasileira Embraer.

http://24.sapo.pt/economia/artigos/inve ... e-em-evora