Noticias de Portugal

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Rio Tejo está em risco de secar completamente

Os níveis das barragens espanholas encontram- -se nos 11% por causa da seca no país

O rio Tejo está em risco de secar completamente. Pelo menos é o que diz Miguel Ángel Sánchez, porta-voz da organização Plataforma em Defesa do Tejo. O rio está em perigo por causa de uma “combinação das alterações climáticas, da transferência de água e dos resíduos poluentes provenientes de Madrid”, denuncia Miguel Ángel Sánchez, citado pelo jornal “The Guardian”.

A quantidade de água disponível foi mal calculada e as secas cíclicas em Espanha não foram tidas em conta. Hoje, apenas 47% dos recursos hídricos estão disponíveis e os níveis das barragens encontram--se nos 11%, um valor muito baixo para se proceder a transferências.

A abertura das comportas só é permitida quando as barragens atingem uma quantidade suficiente de água. Se, antes, essa abertura era apenas uma opção para o governo espanhol, hoje é uma obrigação por ter recentemente aprovado uma lei que obriga à abertura das barragens assim que haja um excedente de água. A lei foi aprovada na sequência de uma diretiva europeia, após uma delegação da União Europeia ter visitado os rios Tejo e Ebro e emitido um relatório europeu crítico da gestão espanhola dos rios.

Porém, os problemas do rio Tejo não se resumem à falta de recursos hídricos, mas também ao despejo de águas residuais da cidade de Madrid e ao arrefecimento de reatores nucleares, como é o caso da central nuclear de Almaraz.

ong portuguesa acusa autoridades espanholas As autoridades portuguesas têm-se queixado às espanholas por causa da retenção de recursos hídricos e pela poluição do rio, queixas que as últimas rejeitam. Opinião parcialmente coincidente com a das autoridades portuguesas tem Paulo Constantino, porta-voz do movimento ProTEJO, que afirma que as autoridades espanholas só “enviam água quando é necessário produzir energia hidroelétrica. A água é retida e, mesmo que haja, ela não é enviada”.

A seca e a não abertura das barragens espanholas têm feito com que o Tejo entre em Portugal com caudais menores. “Se houver um ano de seca, é óbvio que nesses anos é mais difícil fornecer maiores caudais, mas aquilo que se vê é que, sejam ou não anos de seca, os caudais permanecem baixos”, explica Constantino. O ativista defende que “em vez de caudais mínimos que são técnicos, administrativos e estabelecidos de forma política” se opte por “estabelecer um regime de caudais ecológicos de forma científica” e que tal seja incluído na Convenção de Albufeira, um acordo internacional entre os governos português e espanhol, mas “também no próprio Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo”.

Nuria Hernández-Mora, da Fundação para uma Nova Cultura da Água, afirma, citada pelo “Guardian”, que “a transferência serviu para criar um conflito político e social e tornou o Tejo um dos rios no pior estado ecológico da península” porque os recursos disponíveis “foram sobrevalorizados”.

https://ionline.sapo.pt/576358

[cabeça de martelo]

Não se passa nada, está tudo uma maravilha...

[tgcastilho]

Parece-me óbvio que a desertificação do sahara está-se a alargar para a Península Ibérica. Na minha opinião, a agua tornar-se-á um causus belli entre os dois Países, não me parece ser necessário explicar muito que quando falta um bem como a agua quem tiver a força terá o bem.
Não sou belicista, mas na Península Ibérica Portugal é o David e a Espanha o Golias. Aceitar esse facto e prepararmos-nos é apenas garantir que quando chegar a altura não aceitaremos imposições ou restrições desproporcionais.
No entanto, basta ver o estado das FA Portuguesas para perceber que não cabeça dos dirigentes "no pasa nada".

[cabeça de martelo]

Exacto.

[Túlio]

Mas deve haver alguma ALTERNATIVA: com sua capacidade tecnológica, Portugal poderia se dedicar ao desenvolvimento de um programa de dessalinização em grande volume das águas do mar e seu bombeamento para onde for necessário. Deve custar caro mas por certo bem menos do que se armar até os dentes para altercar aos tiros com Espanha. Não subestimem vossa própria capacidade, exemplos não faltam...

[P44]

Mas alguém neste país tem visao a longo prazo????? É preciso é encher os bolsos o mais rápido possivel!

[cabeça de martelo]

Mas deve haver alguma ALTERNATIVA: com sua capacidade tecnológica, Portugal poderia se dedicar ao desenvolvimento de um programa de dessalinização em grande volume das águas do mar e seu bombeamento para onde for necessário. Deve custar caro mas por certo bem menos do que se armar até os dentes para altercar aos tiros com Espanha. Não subestimem vossa própria capacidade, exemplos não faltam...

No sul de Espanha todos os hotéis são obrigados por lei a terem centrais de dessalinização para obterem água. Em Portugal é pura e simplesmente mais barato termos as barragens. Só para perceberes, tu no norte tens carradas de rios e praticamente todos têm barragens, tens menos no centro e ainda menos no sul. No sul tu tens o maior lago artificial da Europa Ocidental que dá água para as populações e para a agricultura daquela região e para a da estremadura (Espanha).

https://pt.wikipedia.org/wiki/Barragem_de_Alqueva

Eu bebo água de uma barragem que fica a mais de 100km de distância e tenho mar a pouco mais de 10 km. É a mesma barragem que fornece a água a Lisboa, por isso este problema nunca irá afectar a quem importa...

https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Z%C3%AAzere

É uma questão de economia pura... o que fica mais barato? O problema é nos momentos de seca, quando os Espanhóis cortam a água nos rios internacionais. Aí sim, dói a muita gente, mas não a quem pode forçar a mudar as politicas relativas à água.

[Túlio]

Só quis dizer que soluções há, adoptá-las ou não é problema vosso. Aqui água é o que mais tem...

[cabeça de martelo]

Só quis dizer que soluções há, adoptá-las ou não é problema vosso. Aqui água é o que mais tem...

Claro que há e nós até temos as fábricas e os técnicos para criar grandes centrais para dessalinização da água, basta haver vontade politica para tal. Na verdade eu acho que a solução mais simples é fazer algo semelhante como o que se está a fazer à anos com a energia electrica produzida por painéis solares.

https://energia.edp.pt/particulares/ser ... gLLw_D_BwE

[tgcastilho]

Caro Túlio, apesar de a dessalinização ser uma aparente alternativa, não o é.
Temos primeiro o ponto de vista económico, retirar o sal à agua é uma operação cara. No entanto tens depois a questão do bombeamento. Em Portugal, tens cidades que sofrem graves problemas de falta de agua e que para além de estarem a algumas centenas de KM do mar, estão também a algumas centenas de metros acima do nível médio da agua do mar. Portanto, tens de bombear agua em distancia e altura. Acho que já se percebe quão gigantesco seria o esforço energético de tal empreitada.
Em segundo e num plano mais abstracto, porque deve Portugal suportar os custos de uma operação que em parte resulta dos vários transvases feitos por Espanha nos rios partilhados?

A minha visão não é que Portugal se arme aos dentes para uma guerra, bem pelo contrário. Portugal deve-se armar para que quando a agua faltar, -e não haja duvidas, ela vai faltar-, podermos ir à mesa das negociações discutir e partilhar custos e sacrificios, e não apenas aceitar o que nos for imposto. Penso que a melhor frase que poderia resumir a minha intervenção será o adagio romano: "se vis pacem para bellum"

[cabeça de martelo]

Concordo e não concordo com o tgcastilho. Se formos a ver Espanha já faz tanto uma coisa como a outra. Tu tens por exemplo o Transvase Tejo-Segura que é dos primeiros a serem feitos que são quase 100 km e sem problemas. O projecto torna-se económico dado as dimensões desse mesmo transvase, ou seja, quanto maior for a escala, melhor e mais rentável. De qualquer maneira o que eu defendo é que se começa pelo principio, ou seja, que as grandes infraestruturas costeiras (hotéis, hospitais, campos desportivos, etc), com especial relevância no sul do país, sejam obrigadas a terem centrais de dessalinização. Se formos a ver, a grande questão que se coloca não é haver água suficiente para as populações, mas sim para elas e para a agricultura de regadio.

No caso concreto do nosso pais, e dependendo das fontes consideradas, a Agricultura e responsável pela utilização de cerca de 75% do volume anual de água utilizada, seguindo-se a produção de energia (com cerca de 14%), o consumo urbano (com 6%) e, finalmente, o uso industrial (com os restantes 4%). Vale a pena referir, a este propósito, que em Portugal apenas se mobilizam anualmente, nestes processos de utilização, cerca de 20% das disponibilidades totais de água doce, pelo que estamos, felizmente, muito longe de ter um problema estrutural sério de escassez em termos nacionais.

http://www.agronegocios.eu/noticias/o-g ... o-regadio/

Outra coisa que podemos debater é a qualidade da água dos rios, que infelizmente já vem de Espanha em más condições e por isso precisa de grandes tratamentos para ficar potável. Mais uma vez Lisboa tem sorte já que a sua barragem (barragem do Castelo de Bode) é num rio Português que ainda tem muita qualidade. O resto do país... depende.

[P44]

Câmara de Lisboa reforça segurança em zonas com "elevada afluência de pessoas"

Zonas do Chiado, Rua Augusta e Mosteiro dos Jerónimos terão segurança reforçada, informou a autarquia este domingo

A Câmara de Lisboa está a reforçar a segurança nas zonas onde se concentra maior número de pessoas. Em comunicado avançado no site da autarquia, a Câmara informa que "está a proceder ao reforço da instalação de medidas passivas de segurança na via pública, tendo em vista melhorar a proteção em zonas com elevada afluência de pessoas".

Na mesma nota, a autarquia informa que o objetivo é "assegurar soluções compatíveis com o acesso rápido para eventuais operações de socorro, em particular por parte de bombeiros e ambulâncias".

A intervenção está a ser feita em coordenação com a PSP, na zona do Chiado, Rua Augusta e Mosteiro dos Jerónimos.

Ainda que o comunicado da Câmara de Lisboa não o refira, o reforço das medidas de segurança estará relacionado com o duplo atentado ocorrido esta semana na Catalunha, em Barcelona e na estância balnear de Cambrils. Em ambas as ocasiões, um veículo acelerou contra os transeuntes na via pública.

Nas Ramblas, em Barcelona, morreram 13 pessoas - duas das quais de nacionalidade portuguesa - e cerca de uma centena ficaram feridas. Em Cambrils, uma mulher morreu na sequência dos ferimentos.

Na sequência dos atentados na Catalunha, tanto o Governo como o Presidente da República já disseram que Portugal não elevará o nível de alerta, por não haver necessidade.

Em declarações à RTP, junto ao Mosteiros dos Jerónimos, o vereador do Espaço Público, Manuel Salgado, afirmou que "isto já estava a ser estudado há tempos".

"Não nego que neste momento foi acelerada a instalação deste dispositivo em vários locais, principalmente nos locais que têm maior concentração de pessoas, sejam turistas, sejam nacionais, e que são zonas que são potencialmente mais perigosas", advogou o autarca do município de maioria socialista.

O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP explicou à Lusa que as medidas passam pela "colocação de objetos pesados e de grandes dimensões que impeçam a passagem de viaturas nestas zonas".

Estas medidas surgem poucos dias depois de a região da Catalunha, Espanha, ter sido alvo de dois ataques terroristas, que fizeram um total de 14 mortos e 135 feridos, com a utilização de viaturas que atropelaram pessoas indiscriminadamente.

A facilidade com que a furgoneta que na quinta-feira percorreu metade das Ramblas, onde entrou desde a Praça da Catalunha, em Barcelona, tem sido apontada como uma falha na segurança por populares e organizações.

Esta questão foi rejeitada pela presidente da Câmara de Barcelona, que defendeu que não seria possível evitar um atentado como o de quinta-feira, porque se houvesse barreiras, os terroristas teriam conseguido entrar por outro lado.

Com Lusa

http://www.dn.pt/sociedade/interior/cam ... 16997.html

[Túlio]

Long live to Shengen!

[P44]

Long live to Shengen!

[Túlio]

Acreditam nisso? Eu e o Prepe véio concordando em algo que diz respeito à UE!