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Cara, a França hoje é o país que mais nos boicota economicamente.

J.Ricardo escreveu: Ter Dez 10, 2024 9:14 am Cara, a França hoje é o país que mais nos boicota economicamente.

Pois é, só esse cara que viu a França ser "intermediário" e nos ajudarmos em algo. Vendem com base em propina, venderam Rafale usado à preço de F-35 e o cara manda essa. Cegueira ideológica é o maior mal do Brasil.

gabriel219 escreveu: Ter Dez 10, 2024 7:46 am
Poderia dar carteirada sobre atender a Dassault, mas já viu o que ocorreu na Índia, EAU e qualquer outro lugar que a Dassault estava envolvida? Caso de corrupção e propina no PROSUB?

Cara, quer ser cego que nem corno que pega a mulher com dois caras na cama e ainda acredita nela? Tem outro tópico pra isso, aqui tá mais pra discussão entre adultos, não choro político.

Esqueçam essa conversa fiada de outro caça para a FAB. Estamos devendo até a cueca para os suecos, e ainda por cima querendo "coloca no pendura aí". Falar em comprar outro caça agora é contraditório, e criminoso, para dizer o mínimo. E vamos estar com sorte - para quem acredita nisso - se o contrato atual conseguir se manter nos 100% do valor e quantidades acordadas até 2027.

Todo mundo sabe que ministro da fazenda é viceralmente contra qualquer centavo de real investido em Defesa, para ele sempre um "gasto desnecessário e sem justificativa." Ele consegue ser pior que o antecessor neste aspecto. No que depender apenas do MF, e da ala economicista do governo, é mais fácil cortar 25% do contrato do Gripen E\F do que o governo comprar qualquer coisa para a FAB.

Até essa conversa de KC-390 por Gripen E\F não vingou até agora - e nem irá na minha opinião - justamente porque o MF não quer abrir exceções a fim de não propiciar reclamos de outras áreas do governo que viriam na mesma hora, requerendo "isonomia" de tratamento. Para não falar nas certeiras contestações do próprio partido no governo, e a falta de apoio no congresso da "base aliada", que não teria nada para barganhar em favor próprio neste caso específico.

Enfim, a FAB vai levar 40 anos para finalmente por termo a um processo que originalmente começou lá nos anos 1990, e que só com muita sorte, de novo, para quem acredita nisso, vai terminá-lo nos mesmos termos assinados há dez anos atrás. E isso pode esquecer. Não acontecerá. E as mudanças virão para pior. Como sempre.

FCarvalho escreveu: Qua Dez 11, 2024 2:45 pm No que depender apenas do MF, e da ala economicista do governo, é mais fácil cortar 25% do contrato do Gripen E\F do que o governo comprar qualquer coisa para a FAB.

Túlio escreveu: Qua Dez 11, 2024 1:09 pm

gabriel219 escreveu: Ter Dez 10, 2024 7:46 am
Poderia dar carteirada sobre atender a Dassault, mas já viu o que ocorreu na Índia, EAU e qualquer outro lugar que a Dassault estava envolvida? Caso de corrupção e propina no PROSUB?

Cara, quer ser cego que nem corno que pega a mulher com dois caras na cama e ainda acredita nela? Tem outro tópico pra isso, aqui tá mais pra discussão entre adultos, não choro político.

e resto a fama do pós-venda do Françuá é grande e vai longe, lembro de uma charla de um estreludo da Marinha no congresso sobre a quantidade de problemas com o PROSUB porque os caras não queriam transferir a tecnologia que assinaram que iam; mais para trás tem os problemas com os Mirage III, que deixaram tanta ojeriza na FAB que até os Matusas tiveram que vir goela abaixo e mal passaram de meia década em serviço ativo.

Isso foi relatado na CRE salvo engano em 2022 nada menos do que pelo Alte que era Gerente do PROSUB. Eu cheguei a colocar o vídeo da sessão e repeti aqui no Aéreas. Ele reclamou que solicitações de transferência de tecnologia simplesmente não eram respondidas e que a MB tinha que buscar as soluções através de outros meios.

E aí entra a questão: se determinada ToT NÃO está dentro do contrato, não há problema algum em negativar a transferência. Mas os franceses não formalizavam, apenas não respondiam. Poravavelmente estava no contrato e a negativação da ToT poderia ensejar multas contratuais contra eles.

Agora pensem num Rafale com as tais ToTs irrestritas dele para nós num "gigante" contrato de 36 unidades. Os franceses iriam aprontar pra caramba.

knigh7 escreveu: Qua Dez 11, 2024 5:31 pm

Túlio escreveu: Qua Dez 11, 2024 1:09 pm


e resto a fama do pós-venda do Françuá é grande e vai longe, lembro de uma charla de um estreludo da Marinha no congresso sobre a quantidade de problemas com o PROSUB porque os caras não queriam transferir a tecnologia que assinaram que iam; mais para trás tem os problemas com os Mirage III, que deixaram tanta ojeriza na FAB que até os Matusas tiveram que vir goela abaixo e mal passaram de meia década em serviço ativo.

Isso foi relatado na CRE salvo engano em 2022 nada menos do que pelo Alte que era Gerente do PROSUB. Eu cheguei a colocar o vídeo da sessão e repeti aqui no Aéreas. Ele reclamou que solicitações de transferência de tecnologia simplesmente não eram respondidas e que a MB tinha que buscar as soluções através de outros meios.

E aí entra a questão: se determinada ToT NÃO está dentro do contrato, não há problema algum em negativar a transferência. Mas os franceses não formalizavam, apenas não respondiam. Poravavelmente estava no contrato e a negativação da ToT poderia ensejar multas contratuais contra eles.

Agora pensem num Rafale com as tais ToTs irrestritas dele para nós num "gigante" contrato de 36 unidades. Os franceses iriam aprontar pra caramba.

Sim, foi no teu post que eu vi então cupincha, nem leio estes assuntos no Twitter. O hôme DETONOU!

(E lembro de ele ter dito que multas foram aplicadas sim)

Túlio escreveu: Qua Dez 11, 2024 5:08 pm

FCarvalho escreveu: Qua Dez 11, 2024 2:45 pm No que depender apenas do MF, e da ala economicista do governo, é mais fácil cortar 25% do contrato do Gripen E\F do que o governo comprar qualquer coisa para a FAB.

NUNCA tinha pensado nisso mas é uma ideia divertida: a FAB podia cortar até 7 -390 e acabou cortando 9; agora vem o MINFAZ e corta não "apenas" 9 mas uns 10/11 Gripen.
Não nego que ia dar umas boas risadas...

Podes apostar que não fui eu o dono da ideia, e que isto já vem ocorrendo desde os primeiros dias da gestão atual, bem lá dentro das entranhas do governo de plantão.
E só não aconteceu, ainda, porque o PR está mais preocupado em não arrumar confusões adicionais além das que já possui com os militares.
No que depender apenas dos economicistas estatais, o FX-2 já estaria há muito tempo reduzido a 12 a 18 aviões, e já é muito.

Mais uma.

Partidos do Parlamento sueco querem acelerar a compra do caça que substituirá o Gripen

https://www.aereo.jor.br/2024/12/10/par ... -o-gripen/

A Suécia está fazendo o dever de casa, e adiantando-se aos possíveis problemas no longo prazo.
Enquanto isso em um certo lugar ao sul do Equador onde tudo é sempre lindo e maravilho...

10 anos, 9 caças recebidos.
Sem comentários.

Abraços

Eu teria até vergonha de lançar um vídeo comemorando "isso".

saullo escreveu: Seg Dez 16, 2024 6:03 pm 10 anos, 9 caças recebidos.
Sem comentários.

Abraços

Do jeito que anda a coisa, se não tiver que vender esses 9 para pagar as dividas já está de bom tamanho!

com dólar a 6 reais daqui a pouco vamos ter que apelar para os Ipanemas fazerem a defesa do país...

Os ganhos tecnológicos, industriais, formação de pessoal, doutrina, organização, equipamentos, operacionalidade, etc. entre off set e tot's do programa Gripen E\F são inegáveis, isto precisa ser dito, aplaudido, sustentado e apoiado.

Graças à insistência da FAB em obliterar quaisquer intervenções políticas atabalhoadas e inúteis no processo, avançamos em uma década o que levaríamos uma vida inteira para fazer, caso outro candidato tivesse sido escolhido, ou até mesmo uma solução de oportunidade tivesse substituído o FX-2. É como digo. Não compramos apenas um caça, compramos, e estamos pagando a mais que duras penas, por capacidades e seu fomento em diferentes áreas do setor aeroespacial civil e militar brasileiro. E isso não tem dinheiro no mundo, e nem meias soluções, que pague em tempo algum.

No fundo, todo mundo na FAB e na área de Defesa do país sabia que, mesmo com uma compra minúscula de apenas 36 unidades, o projeto teria todo tipo de percalços até chegar à termo. Tanto que a proposta sueca foi a melhor em relação à financiamento, algo do tipo "de pai para filho" que não se vê todo dia por aí. O problema, como sempre, somos nós mesmos, que temos o (mal) costume de ferrar com tudo que é projeto na área de defesa, visto o comportamento reticente, alienado e irresponsável da politicalha local quanto ao tema defesa. E tanto fez, como tanto faz, a sigla de plantão no poder.

O que dá para fazer agora é tentar manter o projeto respirando por aparelhos, e impedir a qualquer custo que ele seja simplesmente defenestrado no meio do caminho por medidas a troco de caixa com justificativas descabidas e sem noção do setor econômico e político do governo de plantão. Não se pode admitir que 10 anos de investimentos sejam literalmente jogados na lata do lixo da história e da má versação de verbas públicas, só porque algum burocrata, tecnocrata ou político achou que podia fazer "economia" as custas do orçamento da defesa nacional.