Fórum Defesa Brasil

knigh7 escreveu: ↑Qui Jun 27, 2024 11:56 am As nossas FFAA acabam tendo MENOS do que planejam e não mais.

Concordo. Mas reafirmo o que disse. O fato de não constar no planejamento atual não quer dizer obrigatoriamente que não vá comprar em algum momento no futuro.
A FAB ainda não disse sim para a transferência da aviação de patrulha para a marinha, e no entanto, está lá no doc desta última a compra de meios para ela. Não podemos afirmar categoricamente que irá ter ou deixar de ter qualquer coisa.
É apenas uma intenção. Só isso. Idem para os caças do VF-1.
Como disse, a caça naval é produto de uma decisão estratégica lá atrás e que há muito custo vem sendo mantida e bancada pelo almirantado. Isso já há quase 30 anos. Eles não vão simplesmente jogar a toalha agora porque não há recursos previstos para a troca de guarda no esquadrão.
Podemos concordar ou não com isso. É um direito que nos assiste como contribuintes.
Na hora que der, quando a oportunidade aparecer, se e quando aparecer, vão tirar do próprio bolso para continuar essa aventura. Já fomos longe demais com ela para voltar à estaca zero sem maiores preocupações e simplesmente mandar todo mundo pra casa com o rabo entre as pernas.
Se bem que muita gente na FAB adoraria ver o VF-1 defenestrado de uma vez por todas.
Aliás, o esquadrão vai participar da Cruzex deste ano novamente. Servirá como sparring, obviamente, assim como os A-1 e F-5 da FAB. Mas já é melhor do que nada.

Nem com todas as explicações do mundo convencem deputados e senadores se aventurar mudar o status quo do programa do Gripen E\F na força aérea e muito menos financeiro da Defesa.
Entra ano e sai ano, e tome reuniões e mais reuniões, palestras, seminários, etc, e nada, absolutamente nada muda no horizonte do ministério da defesa e dos projetos da ffaa's.
Conversa para boi dormir essas reuniões com esse tipo de gente.

knigh7 escreveu: ↑Qui Jun 27, 2024 11:56 am As nossas FFAA acabam tendo MENOS do que planejam e não mais.

Muito disso tem a ver com o fato de que os altos oficiais das FFAAs se borram de medo de pedirem o que precisam. Vejam como contraparte as Forças Armadas Americanas que estão frequentemente no congresso fazendo previsões apolípticas sobre futuras guerras pra sempre conseguirem maior orçamento pros programas especiais deles.

FCarvalho escreveu: ↑Seg Jul 01, 2024 4:15 pm Nem com todas as explicações do mundo convencem deputados e senadores se aventurar mudar o status quo do programa do Gripen E\F na força aérea e muito menos financeiro da Defesa.
Entra ano e sai ano, e tome reuniões e mais reuniões, palestras, seminários, etc, e nada, absolutamente nada muda no horizonte do ministério da defesa e dos projetos da ffaa's.
Conversa para boi dormir essas reuniões com esse tipo de gente.

A discussão sobre assuntos militares no Brasil é restrita a poucos, ingênua e burra.

Eu procuro acompanhar as discussões dentro da área de Ciência e Tecnologia. Quando o ministro da área ou um deputado vem com bico doce com promessas irreais para o setor os próprios professores da área mostram descrença falando sobre o orçamento.

Na área militar não tem nada disso. Se prometem 2% do PIB acreditam. Tem parlamentar alucinado que há anos que propõe R$ 50 bilhões a mais para a Defesa. Não vai sair do lugar.

A mídia espealizada em Defesa não critica. São poucos intelectuais que se envolvem no assunto. Nós tivemos há 15 anos atrás oportunidade para melhorar a situação de investimento já que a nossa situação fiscal era confortável. Mas jogaram uma meta lá em cima (que era também 2%). Resultado: não tivemos garantia alguma já que foi pedido demais.

Para não haver atraso no programa das Fragatas Classe Tamandaré é necessário injetar na EMGEPRON mais R$ 3 bilhões nos próximos 3 anos e a construção do Alvaro Alberto vai começar o ano que vem. Vai faltar dinheiro para um dos 2. Não tem um jornalista especializado em Defesa alertando, não tem ninguém discutindo sobre isso, por exemplo.

Viktor Reznov escreveu: ↑Seg Jul 01, 2024 5:14 pm

knigh7 escreveu: ↑Qui Jun 27, 2024 11:56 am As nossas FFAA acabam tendo MENOS do que planejam e não mais.

Muito disso tem a ver com o fato de que os altos oficiais das FFAAs se borram de medo de pedirem o que precisam. Vejam como contraparte as Forças Armadas Americanas que estão frequentemente no congresso fazendo previsões apolípticas sobre futuras guerras pra sempre conseguirem maior orçamento pros programas especiais deles.

Acho que o problema é mais embaixo. Quando vc assiste as reuniões da Luciana Santos com professores e pesquisadores na área de Ciência & Tecnologia é uma diferença enorme dos trocentos vídeos que a gente já assistiu com o MD e Comandantes Militares.

A área de C&T discute com a ministra com total ciência do orçamento, das possibilidades, do que é viável. Eles puxam o debate para a realidade.

Já reuniões com os Comandantes Militares e o MD é composto por bando de gente ou ignorante ou idealista ou burra.

A diferença é que Militares podem fazer uma pressão efetiva para conseguir verba, porém não o fazem pelo conforto do cargo, por traição ou por covardia, muitas vezes os três juntos.

gabriel219 escreveu: ↑Ter Jul 02, 2024 7:42 am A diferença é que Militares podem fazer uma pressão efetiva para conseguir verba, porém não o fazem pelo conforto do cargo, por traição ou por covardia, muitas vezes os três juntos.

Você pega leve demais com os militares...

Os militares brasileiros tão se cagando para reequipar as forças, eles querem privilégios. Quer ver militar ficar macho? É só ameaçar os privilégios. Tenta reformar a previdência deles que você verá todos os tanques invadindo Brasilia amanha.

Milico brasileiro quer orçamento de pais da OTAN, mas quer privilégios de pais da América Latina.

Ingenuidade pensar que os projetos da Defesa sejam mensurados pela sua validade temporal e concreta em termos de retorno tecnológico, industrial ou militar ao país. Pelo contrário, sem retorno político concreto, ou seja, capacidade efetiva de obtenção de votos nos currais eleitorais de sempre, nada se cria ou se planta nesta seara.

E é bom fazer uma separação clara entre o alto comando das ffaa's, ou seja, seus oficiais quatro estrelas, um minoria rabugenta e elitista desde os idos tempos do império, da grande maioria, que não ganha nada com os muitos salamaleques financeiros orquestrados por uns poucos, que a claque política e social\econômica do país sempre esteve de braços abertos para acolher sempre que interessar.

Se nós não temos forças armadas condignas de seus objetivos, é menos por falta de ameaças concretas do que pela falta, também, de sentido na sua manutenção tal como está, e da visão que se tem dela, e dos militares de si próprios.

angelogalvao escreveu: ↑Ter Jul 02, 2024 9:24 am Você pega leve demais com os militares...

Os militares brasileiros tão se cagando para reequipar as forças, eles querem privilégios. Quer ver militar ficar macho? É só ameaçar os privilégios. Tenta reformar a previdência deles que você verá todos os tanques invadindo Brasilia amanha.

Milico brasileiro quer orçamento de pais da OTAN, mas quer privilégios de pais da América Latina.

Sabe o que é foda? De Coronel pra baixo, os caras realmente são esforçados, conheço muitos e respeito muitos, mas não consigo respeitar gente no quadro de Oficial-General, não dá. Fazem de tudo pra subir de posto, sobem e parece que foram trabalhar na INSS ou em Itaipu por indicação.

Ser acomodado até não é algo tão mal, o problema é a covardia e a traição, isso que é inaceitável.

Entregas dos F-39F para a FAB, segundo cronograma do vídeo acima do BMVM, é de 2 unidades em 2025, 4 unidades em 2026 e 2 unidades em 2027. A SAAB está fazendo a sua parte neste negócio. Há dois caças bipotos hoje nas linhas de montagem da SAAB.

Falta saber se este cronograma será obedecido, visto que as entregas mais pesadas nos próximos 3 anos caberão à linha de produção na Embraer, em torno de 15 unidades do modelo Gripen E. Uma massa significativa de unidades a serem entregues que, pelo visto, podem acabar sendo postergadas ou por questões de limitações financeiras, ou por limitações da própria linha de produção.

Suponho que esta ultima não pode ser usada como justificativa para mais procrastinações tendo em vista os trabalhos realizados em GPX Já a velha máxima de que "não há dinheiro para tudo", bem, essa é condição sine qua non para qualquer investimento em defesa.

Uma possibilidade de distribuição entre dos Gripen E\F atuais e para o eventual aditivo.

São 28 Gripen E e 8 Gripen F atualmente que podem ser divididos da seguinte forma:

GDA
1o 3E+1F
2o 3E+1F
3o 3E+1F

1o GAvCa
4o 3E+1F
5o 3E+1F
6o 3E+1F

1o\14o Gav
7o 3E+1F
8o 3E+1F
9o 4E

Com a disposição acima, o aditivo para 15 caças pode ser de 8 E + 7 F, divididos de acordo com a separação acima. Cada esquadrão passaria à ter 18 caças, salvo o Pampa, que ficaria com 15 unidades.

Esta divisão daria a possibilidade de equipar os três esquadrões acima com 15\18 caças por OM, ou manter a distribuição anterior e adicionar um quarto esquadrão de Gripen, podendo ser o Pacau, os um dos esquadrões do 10o Gav.

Existe mesmo a possiblidade de manter-se esquadrões com apenas 12 unidades, o que para a FAB não seria nenhuma novidade, embora a capacidade e disponibilidade fossem prejudicadas e\ou muito limitadas.

Um segundo lote, pós aditivo, pode dar à FAB números mais que suficientes para dotar todos os esquadrões de caça que possuía até alguns anos atrás, uma vez que a compra diz respeito aos caças em si, com pouca coisa sendo destinada a CLS e outros itens logísticos mandatórios.

A ver.

Imagens em UHD (4k) para quem quiser assistir na.TV. E algumas eu não havia visto. Consta, inclusive gripens da FAB:

Projeção dos valores das parcelas do Gripen entre os anos 2024-2027.

A FAB não orçamento para bancar esse valores.



fonte:
https://www.aereo.jor.br/2024/07/15/fin ... r-a-pagar/

Então a matéria da Folha de S. Paulo sobre o F-16 estava certa. O atual cronograma de entregas é inviável.
Teremos que renegociar com a SAAB (alongando o finaciamento e as entregas).