Ministério da Defesa

[knigh7]

https://www1.folha.uol.com.br/poder/202 ... tivo.shtml

[prp]

La mamata não pode acabar

[Matheus]

Enquanto o resto do funcionalismo vai de mal a pior, com a destruição dos órgãos de fiscalização, arrocho, sem reposição de quadros, etc...os milicos e polícias se esbaldam...lembra até a Venezuela.

[knigh7]

O orçamento de Defesa no Brasil é mal gasto.

E não concordo que o montante do Orçamento para o MD seja aumentado. Se for, quase tudo vai parar no bolso dos militares, como aliás, ocorre atualmente.

[Matheus]

O orçamento de Defesa no Brasil é mal gasto.

E não concordo que o montante do Orçamento para o MD seja aumentado. Se for, quase tudo vai parar no bolso dos militares, como aliás, ocorre atualmente.

Um amigo sargento tava me contando que um colega de trabalho dele foi designado para trabalhar junto com o adido num país do Mercosul. Em dois anos, vai faturar mais de 1 milha, imagina oficiais...

[FCarvalho]

Em tempo, uma questão que vale a pena ser debatida pensando nas decisões que a próxima gestão do executivo federal possa tomar em relação aos projetos da Defesa.

Pode existir BID e PDI em Defesa no Brasil sem financiamento público e o "abits" das forças armadas sobre produtos e soluções nacionais engendrados por conta e risco pelo setor privado

Em um país onde as poucas iniciativas privadas no campo da defesa encontram um cem número de obstáculos para sair do papel - tanto públicos como privados - e com pouco ou nenhum apoio financeiro, como pode uma empresa brasileira investir em pesquisa e desenvolvimento na área de Defesa se se quer consegue antever com uma mínima concretude que os resultados deste investimento venha a ser adquirido pelas forças armadas primariamente.

Notar, mais uma vez, que a chancela técnico-operacional das forças militares do país são um selo primário para qualquer tipo de exportação de material de defesa bem sucedidos. E são raros os casos em que esta "regra" é burlada.

Como equilibrar esta balança no futuro, desde agora, é a grande desafio, e pergunta, também, a ser vencido.

[gabriel219]

Uma saída pra BID que não necessariamente seja cordão umbilical público é fazer com que os equipamentos Militares possam ser vendidos no exterior, porém também em mercado civil e segurança pública. Existem vários componentes de armamentos que servem para a área civil, como sistemas eletrônicos, propelentes, optrônicos e entre outros. Quem faz bem isso é a Inbrafiltro e a Embraer. Até empresas de defesa Americanas já estão fazendo isso, depois de ver como a Boeing está morrendo aos poucos.

O problema é que praticamente todo mundo que nasce pra BID, quer ser cordão umbilical estatal ou de uma empresa maior que já é cordão umbilical estatal.

De cabeça, vejo que algo entre 60-80% dos produtos da BID possuem derivados que podem ser oferecidos no mercado civil ou mesmo produtos inteiros para o mercado de segurança pública aqui mesmo do Brasil, com plus de ir pro exterior. Basta saber mirar aonde vendemos. Tem gente da BID que quer vender pra país da OTAN sem ao menos perguntar se algum Africano ou Asiático tem interesse. Quebra e depois reclama do Governo Federal.

[knigh7]

Notícia de hoje: o Ministério da Defesa teve o corte Orçamentário reduzido para R$706 milhões. Na hipótese dos cortes serem apenas em investimentos, o Orçamento da área ficará em R$8 bilhões


https://economia.estadao.com.br/noticia ... 0004086016

[J.Ricardo]

Uma saída pra BID que não necessariamente seja cordão umbilical público é fazer com que os equipamentos Militares possam ser vendidos no exterior, porém também em mercado civil e segurança pública. Existem vários componentes de armamentos que servem para a área civil, como sistemas eletrônicos, propelentes, optrônicos e entre outros. Quem faz bem isso é a Inbrafiltro e a Embraer. Até empresas de defesa Americanas já estão fazendo isso, depois de ver como a Boeing está morrendo aos poucos.

O problema é que praticamente todo mundo que nasce pra BID, quer ser cordão umbilical estatal ou de uma empresa maior que já é cordão umbilical estatal.

De cabeça, vejo que algo entre 60-80% dos produtos da BID possuem derivados que podem ser oferecidos no mercado civil ou mesmo produtos inteiros para o mercado de segurança pública aqui mesmo do Brasil, com plus de ir pro exterior. Basta saber mirar aonde vendemos. Tem gente da BID que quer vender pra país da OTAN sem ao menos perguntar se algum Africano ou Asiático tem interesse. Quebra e depois reclama do Governo Federal.

Um mal exemplo disso é a Agrale que tem um excelente off road nas mãos mas cobra preço estratosféricos e espanta todo mercado civil.
Mas teria que mudar muita coisa na nossa legislação também.

[gabriel219]

Um mal exemplo disso é a Agrale que tem um excelente off road nas mãos mas cobra preço estratosféricos e espanta todo mercado civil.
Mas teria que mudar muita coisa na nossa legislação também.

Foste direto ao ponto, Ricardo. A Agrale comprou os projetos da Engesa, construiu a viatura e, tudo bem que está vendendo agora o "Marruá Mk2" pro EB, mas a Agrale não faz um único esforço para vender isso lá fora ou mesmo no mercado civil, é incrível!

Simplesmente se acomodaram com as vendas para o EB e pra a Argentina, além de poucas dúzias para outros países, dane-se o resto. Eu conheço uma penca de gente do rural que já enviou e-mail para pedir para a Agrale ser mais agressiva no mercado civil, tem planta industrial e grana pra isso, mas simplesmente cagam pro civil, enviam o preço lá na casa do cacete e se acomodam com as vendas pro EB.

Pra mudar isso é fácil, basta trazer uma empresa semelhante a Agrale que venda o que ela vende e você verá rapidinho a mudança de postura da empresa. Quer um exemplo? A Taurus. Foi as PM's começar a comprar Sig e Glock, GF liberando mais armamento e facilitando a importação, que a empresa correu atrás.

O jeito é trazer empresas aqui, com fábricas, para vender seus produtos aqui, não dá pra ficar esperando gente da BID ficar mamando em teta estatal oferecendo produto meia boca, depois a galera aqui fica chorando porque não compra da BID e sim de fora.

[gabriel219]

O Príncipe Philippe conseguiu muitas assinaturas para a PEC da Modernização das Forças Armadas, agora faltam 41 para ter o suficiente para ser aprovada na Câmara. A proposta prevê 0,5% do PIB exclusivamente para Projetos Estratégicos de modernização, nada para custeio, amém!

Não é taaaanto, mas ajuda bastante, sendo hoje cerca de R$ 12 bilhões a mais exclusivamente para isso. Agora é propor uma reforma na compra dos Militares, sendo feitas exclusivamente por uma Secretaria Especial dentro do MD, com as Forças tendo o único trabalho de emitir o ROB e também esse sujeito a aprovação do EB.

É inaceitável ver uma FFAA que já é pobre de recursos jogando fora AH-2 e gastando R$ 86 milhões para protótipo de EE-9 modernizando, custando mais que a construção dos protótipos do Guarani!

[knigh7]

Gabriel, se o deputado Federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança está propondo 0,5% do PIB em investimento esse seria então, com base no PIB de 2021, R$43,5 bilhões, o equivalente a 5 vezes o atual. Tenho bastante dúvida da viabilidade disso ocorrer pois teriam de colocar fora do limite da Lei do Teto de Gastos.
O aumento dado pelo Congresso para os agentes de saúde, implicava em cerca de R$ 20 bilhões à mais. O Bolsonaro questionou o Congresso a fonte de custeio disso, pois teriam de tirar de outro lado. E até agora o Congresso não respondeu...

[gabriel219]

Gabriel, se o deputado Federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança está propondo 0,5% do PIB em investimento esse seria então, com base no PIB de 2021, R$43,5 bilhões, o equivalente a 5 vezes o atual. Tenho bastante dúvida da viabilidade disso ocorrer pois teriam de colocar fora do limite da Lei do Teto de Gastos.
O aumento dado pelo Congresso para os agentes de saúde, implicava em cerca de R$ 20 bilhões à mais. O Bolsonaro questionou o Congresso a fonte de custeio disso, pois teriam de tirar de outro lado. E até agora o Congresso não respondeu...

Quis colocar o equivalente ao PIB do último trimestre.

Não cheguei a ler a proposta por inteiro, mas muito provavelmente tende a ser "chegar a 0,5% do PIB até 2030", por exemplo. Deve haver algum prazo, até pelo Luiz ser um bem entendedor de economia e do Teto de Gastos.

De qualquer forma, o que mais me agrada nessa proposta é ser dinheiro exclusivamente para compra e projetos estratégicos, o que falta agora é fazer uma Reforma no MD e centralizar TODAS as compras das FFAA - que sejam exclusivamente para MEM, demais compras, como insumos básicos, ficam com elas mesmas - para não vermos bizarrices como EB adquirindo Spike LR2 e a MB querendo um equipamento menos capaz e 3x mais caro (Javelin), risco da MB adquirir Gripen, entre outros.

[gabriel219]

Certa vez eu vim aqui e trouxe o orçamento militar Turco, que é semelhante ao nosso, porém eles possuem uma quantidade de armamento e também qualidade que não há comparativos com o Brasileiro e uma quantidade de tropas ativas ainda maior que a nossa, isso para justificar o quão nosso orçamento de Defesa é pessimamente administrado, mas vieram falar "ain, mas eles tem benefícios por ser da OTAN e sobre o dólar". Apesar de eu achar esse tipo de argumento extremamente falho, trago outros dois exemplos: Argélia e Marrocos.

Argélia tem uma força em números semelhante a atual nossa e o Marrocos um pouco menor, porém o orçamento deles este ano será de USD 13.9 milhões e USD 6.8 milhões, respectivamente. O melhor a usar de comparação é a Argélia, que hoje possui inúmeros programas Militares, fabrica sob licença o Boxer, que chegará na sua unidade número 500, é reconhecidamente o APC mais caro do planeta e ainda sim um país como a Argélia consegue sustentar um programa desse tipo e outros; uma quantidade enorme de T-90SA e está negociando T-90MS, que deverá substituir os T-72M1 e T-72M1M, além de outros diversos programas; como também está adquirindo BMPT-72 e modernizará seus T-62 para algo semelhante ao BMPT; e ainda possuem dezenas de S-400, Iskander-E, S-300...

O Exército Popular Argeliano - equivalente a Forças Armadas Brasileiras, o Exército "Exército" deles mesmo é chamado de Forças Terrestres da Argélia ou Algerian Land Forces - possui quantidade e qualidade superior a tudo o que temos aqui, em todos os níveis, com um orçamento equivalente a menos de 2/3 do nosso, que está orçado em aproximadamente USD 21 Bilhões esse ano.

Então não adianta ficar aqui chorando pra ter 1.8% ou 2% do PIB se nós gastamos extremamente mal tudo o que temos, haja vista programas recentes como EE-9M e futuramente Leo 1A5M, cujo programas estão longe de serem baratos. O custo de um protótipo do EE-9M será maior do que o Marrocos pagou nos seus M1A1SA e estamos falando de uma viatura infinitamente mais simples e que pesa muito menos. Aliás, para proporções ainda piores, um protótipo do EE-9M será pouco mais que duas vezes mais caro que um VBTP Guarani de fábrica, que chegou a ser orçado em pouco mais de R$ 5.5 milhões cada a um tempo atrás. Além de outros programas milionários que simplesmente já começam fadados ao fracasso, como modernização do M113, MSS 1.2AC, MANSUP e entre outros, que seriam perfeitamente contornados na escolha melhor de outros programas, como aquisição de outros meios ou mesmo compra de licença ou desenvolvimento em conjunto de outros, sendo esses dois algo demonstrado com maestria pela Turquia e Índia, que aproveitou esses tipos de manobras para aquisição de MEM e agora possuem industrias de Defesa robustas com o aprendizado adquirido na compra de licença de fabricação ou desenvolvimento em conjunto.

Outro país que eu poderia citar é a Polônia, que apesar de ser OTAN, não é da UE, pagando tudo em Zloti Polaco, uma moeda mais fraca do que a Brasileira, tendo uma economia mais fraca que a Brasileira, tendo um gasto militar anual semelhante ao da Algéria (USD 14 Bilhões esse ano), mas a qualidade de material e programas desenvolvidos é algo jamais pensado aqui pro Brasil, apesar da Polônia atualmente ter uma tropa bem menor que a do Brasil, porém estará aumentando seu efetivo para ser maior que o nosso e o aumento previsto em comparação ao PIB tornará o orçamento Polonês praticamente igual ou pouco inferior ao nosso.

Então, antes de qualquer aumento no orçamento de defesa, precisa haver uma reforma séria no Ministério da Defesa, com este centralizando as compras em uma Secretaria Especial tal qual é feita em vários países por ai. Hoje temos a Secretaria de Produtos de Defesa que simplesmente é uma gerenciadora da BID por parte do GF, em que nada interfere nas compras de MEM que ficam exclusivamente por parte das Forças, apesar de hoje a Força Aérea ter o melhor sistema de escolha de MEM que é o COPAC; o Exército costuma meio que fraudar licitação colocando ROB/RFI com requisitos que somente um ou dois concorrentes podem preencher e muitas vezes esse segundo só existe para fingir concorrência, como é o caso agora do VBC-SR 8x8, em que o LAV 700 tem chances remotíssimas, só podendo ser salvo pelo poder do FMS com total incompetência na oferta de negócio por parte da CIO (Consórcio da Iveco Defense e Oto Melara); e a Marinha, nem precisamos dizer como é, já que seus programas começam de um jeito e no meio deles, mesmo após escolhido o vencedor, vão mudando os requisitos como se não houvess amanhã, como é o caso das FCTs, além dos sonhos do Almirantado se sobressair às verdadeiras necessidades da Força, como ter a pachorra de querer sonhar com Aviação de Caça enquanto não conseguem patrulhar de forma minimamente aceitável a ZEE Brasileira, o que por si só não seria o suficiente.

[knigh7]

(Vou colocar a notícia nesse tópico pois nas páginas anteriores é possível verificar o histórico com o investimento em Defesa)


O Congresso derrubou nesta noite os vetos do Bolsonaro à extensão das leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, criadas para combater os efeitos do COVID na Cultura.

A derrubada dos vetos representam uma despesa de R$ 7 bilhões à mais por ano, o equivalente a 85% do orçamento de investimento do Ministério da Defesa.

Estão vendo como as coisas no Brasil são? E em fóruns por aí sonham com a MB com porta-aviões, FAB com 120 Gripens, etc

As FFAA têm de procurar as soluções para as restrições de investimento que enfrentam dentro do orçamento delas. E sem planos de investimento mirabolantes.
Tem Força que já começou...