China...

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Re: China...

#856 Mensagem por FCarvalho » Dom Jun 07, 2020 3:12 pm

Penguin escreveu: Dom Jun 07, 2020 1:40 pm
akivrx78 escreveu: Dom Mai 31, 2020 7:53 am Taiwan fabrica muita coisa para o Eua, inclusive muitos materiais de valor agregado, se a China continental colocar as mãos nela adiantaria uns 20/30 anos sua base tecnológica.
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Quem é o autor desses delírios?
Não sei, mas com certeza deve ter comido sopa de morcego estragada. :twisted: :lol:

abs




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Re: China...

#857 Mensagem por FCarvalho » Dom Jun 07, 2020 3:13 pm

EDSON escreveu: Dom Jun 07, 2020 1:24 pm
gogogas escreveu: Dom Jun 07, 2020 12:15 pm É impressão minha , ou os chineses carecem de meios de transporte logístico em todas as armas ?
Como? Toda a infraestrutura do país pertence ao Estado eles usam meios de transportes comuns que é muito mais eficaz através de empresas de logística. Aliás o americanos fazem o mesmo quando estão em seu próprio território.
Ninguém faz exercício militares em fronteiras contestadas sem com isso estar planejando algo para logo depois. :roll:

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Re: China...

#858 Mensagem por FCarvalho » Dom Jun 07, 2020 3:17 pm

akivrx78 escreveu: Dom Mai 31, 2020 8:08 am O Eua vai voltar a produzir armas nucleares de 500km a 5500km de baixa potência para serem utilizadas adivinha onde?
Vão arriscar queimar a Ásia toda por causa de Taiwan? Eu tenho minhas dúvidas.
É só jogar meio kiloton perto da China que na mesma hora vão haver algumas dezenas de MIRV entrando na costa leste.
Vale a pena o risco? Honestamente não sei.

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Re: China...

#859 Mensagem por EDSON » Dom Jun 07, 2020 10:12 pm

FCarvalho escreveu: Dom Jun 07, 2020 3:13 pm
EDSON escreveu: Dom Jun 07, 2020 1:24 pm
Como? Toda a infraestrutura do país pertence ao Estado eles usam meios de transportes comuns que é muito mais eficaz através de empresas de logística. Aliás o americanos fazem o mesmo quando estão em seu próprio território.
Ninguém faz exercício militares em fronteiras contestadas sem com isso estar planejando algo para logo depois. :roll:

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Tipo assim.







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Re: China...

#860 Mensagem por FCarvalho » Dom Jun 07, 2020 11:20 pm

Exatamente.

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Re: China...

#861 Mensagem por akivrx78 » Seg Jun 08, 2020 1:54 am

FCarvalho escreveu: Dom Jun 07, 2020 3:17 pm
akivrx78 escreveu: Dom Mai 31, 2020 8:08 am O Eua vai voltar a produzir armas nucleares de 500km a 5500km de baixa potência para serem utilizadas adivinha onde?
Vão arriscar queimar a Ásia toda por causa de Taiwan? Eu tenho minhas dúvidas.
É só jogar meio kiloton perto da China que na mesma hora vão haver algumas dezenas de MIRV entrando na costa leste.
Vale a pena o risco? Honestamente não sei.

abs
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Hoje a China tem vários misseis com alcance suficiente para atacar qualquer base americana no pacifico, mas o Eua não tem nenhum armamento similar do tipo fixo na região.

Ao cancelar o acordo com a Rússia que limita o alcance dos misseis os americanos podem colocar mais pressão sobre a China, a estratégia da China e tentar expulsar ou negar o acesso a marinha do Eua na primeira cadeia das ilhas, o Eua é o inverso tentar conter a marinha chinesa dentro da primeira cadeia de ilhas.

Porque um quer sair e o outro quer conter na cadeia das primeiras ilhas?

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A parte em branco é a profundidade do mar que varia de 70 a 300 metros, azul claro de até 3000 metros e azul escuro acima de 3000 metros de profundidade.

A USN diz que pode derrotar a marinha chinesa dentro da primeira cadeia de ilhas somente utilizando seus subs, mas se os chineses conseguirem ter acesso a Taiwan eles teriam livre acesso ao pacífico impossibilitando a estratégia de um fácil combate naval contra a marinha chinesa.




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Re: China...

#862 Mensagem por Penguin » Seg Jun 08, 2020 10:28 pm

Parte considerável das matérias primas e do comércio exterior da China se dá por via marítima.
Qualquer rota marítima tem que passar por "estreitos" cercados de forças potencialmente hostis. É uma situação geoestratégica complicada.

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O projeto da Rota da Seda irá minimizar parte desse risco.

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Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: China...

#863 Mensagem por knigh7 » Qua Jul 08, 2020 1:29 am

Agora ela está encrencando com o Butão (reivindicações territoriais). Caraio :roll:

link
https://conflitosguerras.com/2020/07/ch ... butao.html

O que a China vem fazendo é criar um cinturão de proteção ao próprio território. Não conheço o caso do Butão, as pretensões dela no caso do Mar do Sul da China chega a níveis absurdos, como foi com a Malásia recentemente.

E quem foi responsável pelo crescimento até virar um dragão gigante foi o próprio Ocidente que cedeu a visão estratégica em nome do utilitarismo. Agora está aí e ninguém mais segura esse dragão.

Assistam a esse documentário Português. Deixa claro a estratégia da China e como ela opera para conquistar adesões (desconsidere o inicio, onde o you tuber faz a apresentação. Recomendo que pulem e vão para o documentário):






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Re: China...

#864 Mensagem por knigh7 » Dom Jul 12, 2020 2:25 pm

Presidente da China diz que chegou a hora do país país liderar o mundo

http://g1.globo.com/globo-news/jornal-g ... o/6225514/




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Re: China...

#865 Mensagem por akivrx78 » Qua Jul 15, 2020 8:51 am

https://www.youtube.com/watch?v=DXcpPAt5RPs

O governo chinês respondeu: "É um documento preto, não um papel branco".

Segundo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China: "Eu chamo de" papel branco ", mas na verdade é um" documento preto ", que mostra a intenção maliciosa de algumas autoridades japonesas".

O Ministério das Relações Exteriores da China criticou na tarde do dia 14: "O Livro Branco da Defesa do Japão está cheio de preconceitos e informações falsas e está flertando com a ameaça da China".

Ele acrescentou que "a China segue consistentemente um caminho de desenvolvimento pacífico e tem uma política de segurança defensiva".

O Livro Branco da Defesa do Japão mostra que a China "continua incansavelmente seus esforços para mudar a situação atual unilateralmente contra o pano de fundo do poder" sobre as Ilhas Senkaku.




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Re: China...

#866 Mensagem por akivrx78 » Qua Jul 15, 2020 9:10 am

China busca aumentar influência e reivindicações de território durante pandemia: Japão

NOTÍCIAS DO KYODO Por Keita Nakamura, NOTÍCIAS DO KYODO-22 horas atrás-23: 16

O Japão disse na terça-feira que está monitorando de perto as tentativas da China de aumentar sua influência global, com Pequim despachando profissionais médicos e fornecendo máscaras faciais e assistência a outros países em resposta à nova pandemia de coronavírus.

Em um informe oficial de defesa, o governo do primeiro-ministro Shinzo Abe criticou Pequim por "incansavelmente" tentar minar a administração de Tóquio nas ilhas Senkaku no mar da China Oriental, mesmo em um momento em que é necessária uma coordenação internacional para conter o vírus.

Foi a primeira vez que um informe oficial de defesa caracterizou as ações da China em torno das ilhotas disputadas - que Pequim reivindica e chama Diaoyu - como "implacáveis".

Com a comunidade internacional enfrentando a pandemia, uma nova disseminação do vírus "pode ​​expor e intensificar a competição estratégica entre países que pretendem criar ordens internacionais e regionais mais preferidas a si mesmas e expandir sua influência", afirmou o documento.

O relatório afirma que a China está "aproveitando" sua assistência relacionada a vírus a outras nações na tentativa de promover seus interesses políticos e econômicos, e que Pequim está se engajando em trabalhos de propaganda, como a "disseminação da desinformação" em meio social. inquietação e confusão provocadas pela pandemia.

As medidas, portanto, exigem muita atenção como "questões de segurança".

Referindo-se aos Senkakus, o documento repreendeu a China por suas "tentativas unilaterais de mudar o status quo" no Mar da China Oriental, apesar da expansão global de novas infecções por coronavírus que pediam "cooperação e colaboração internacionais".

"Apesar dos protestos de nosso país, os navios oficiais chineses invadiram repetidamente nossas águas territoriais nas ilhas Senkaku", afirmou.

O ministro da Defesa, Taro Kono, disse em uma entrevista coletiva que Pequim está tentando alterar o status quo "em vários lugares" do mundo, como áreas ao longo da fronteira China-Índia e mares do leste e do sul da China.

"Juntamente com a capacidade do país, precisamos entender claramente qual é a intenção da China", disse Kono.

O último relatório mal mencionou a decisão do Japão no mês passado de descartar os planos de implantar o sistema de defesa antimísseis Aegis Ashore, desenvolvido nos EUA.

Uma autoridade do Ministério da Defesa disse que simplesmente não havia tempo para colocar detalhes sobre a mudança de política no documento.

O documento também se referia à criação unilateral da China de dois distritos administrativos no Mar da China Meridional, nos quais Pequim tem reivindicações sobrepostas com Brunei, Malásia, Filipinas, Vietnã e Taiwan.

Os dois distritos, chamados Xisha e Nansha, usam os nomes chineses para as disputadas Ilhas Paracel e Spratly, respectivamente.

Juntamente com a militarização de postos avançados em áreas disputadas da hidrovia estratégica, a China usa esses meios não militares para forçar mudanças no status quo regional, provocando a ira de outros requerentes, especialmente porque os países estão se concentrando em medidas para responder à pandemia de coronavírus, segundo o documento.

Mantendo a expressão usada no ano passado, o white paper disse que a comunidade internacional tem "fortes preocupações de segurança" sobre as tendências militares chinesas, como "crescimento de alto nível de seu orçamento de defesa sem transparência".

O documento também alertou sobre uma Coréia do Norte com armas nucleares, dizendo que o condado está continuamente avançando no desenvolvimento de mísseis balísticos em um "ritmo extremamente rápido", uma situação que apresenta "ameaças graves e iminentes à segurança do Japão".

Citando a possibilidade de os mísseis Scud-ER e Nodong portarem armas nucleares, o jornal disse que Pyongyang parece ter adquirido capacidade para atacar Tóquio.

A Coréia do Norte pode estar desenvolvendo um míssil balístico que viaja em uma trajetória irregular a baixa altitude, em um esforço para deslizar pelas redes de defesa antimísseis de outros países, afirmou o documento.

https://english.kyodonews.net/news/2020 ... -june.html




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Re: China...

#867 Mensagem por P44 » Qui Jul 16, 2020 8:28 am

China torna-se na primeira economia a crescer

A China tornou-se o primeiro grande país a retomar o crescimento económico, desde o início da pandemia da covid-19, alcançando uma expansão inesperada de 3,2%, no segundo trimestre, foi hoje anunciado.

De acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas chinês, os dados mostraram uma melhoria dramática, em relação à contração de 6,8% registada no trimestre anterior, o pior desempenho da economia do país desde 1970.

No entanto, o crescimento alcançado entre abril e junho foi, ainda assim, no ritmo mais lento desde que a China começou a divulgar dados trimestralmente, no início dos anos 1990.

As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 579 mil mortos e infetou mais de 13,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/china ... r_n1245251




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Re: China...

#868 Mensagem por P44 » Qua Jul 22, 2020 7:51 am

China diz ter sido obrigada a fechar consulado nos EUA e ameaça retaliar

A China anunciou que foi forçada pelos Estados Unidos a encerrar o seu consulado na cidade norte-americana de Houston, numa medida descrita por Pequim como uma "provocação".

"A China condena veementemente esta ação ultrajante e injustificada", disse o porta-voz da diplomacia chinesa Wang Wenbin, em conferência de imprensa.

Wang considerou a decisão norte-americana uma "provocação", que "viola o direito internacional e os acordos consulares entre os dois países" e advertiu que vai haver "retaliação".

Não houve confirmação ou explicação imediata por parte dos Estados Unidos.

"Pedimos aos EUA que corrijam esta decisão errada, ou caso contrário a China vai adotar uma retaliação legítima e necessária", disse Wang, acrescentando que o encerramento do consulado "em tão pouco tempo" representa "um aumento sem precedentes das ações norte-americanas contra a China".

A imprensa de Houston avançou que as autoridades responderam a denúncias de um incêndio no consulado chinês. Testemunhas contaram à polícia local terem visto pessoas a queimar papéis no que pareciam ser latas de lixo, segundo o jornal "Houston Chronicle".

A cadeia televisiva Fox News denunciou que o pessoal diplomático estava a queimar documentos e outro material no pátio do consulado quando os bombeiros foram chamados.

As relações bilaterais atravessam o pior período em várias décadas, face a uma prolongada guerra comercial e tecnológica ou disputas em torno das questões de Hong Kong, Xinjiang e Mar do Sul da China.

A decisão surge um dia depois de os EUA terem acusado os serviços de inteligência chineses de apoiarem ciberataques, executados por dois "hackers" chineses, contra empresas de 11 países, para tentarem obter dados sobre o desenvolvimento de vacinas para a covid-19, e segredos de tecnologia militar.

"Os Estados Unidos tentam há algum tempo culpar a China através da estigmatização e ataques injustificados ao sistema chinês", acusou Wang.

"Eles perseguem diplomatas e funcionários chineses que trabalham em consulados; intimidam e interrogam estudantes chineses a viver no país, e até confiscam os seus dispositivos eletrónicos, inclusive detendo-os sem acusação formal", acrescentou.

O porta-voz garantiu que "as missões diplomáticas chinesas nos Estados Unidos dedicam-se a promover a compreensão e a amizade entre os povos de ambos os países".

Wang disse que a embaixada chinesa em Washington já recebeu ameaças de ataques com bomba e que o pessoal diplomático chinês foi alvo de ameaças de morte.

E acusou "o pessoal da embaixada norte-americana na China de se infiltrar, interferir e atacar" o país asiático.

"Pedimos reciprocidade. A realidade é que os EUA têm muito mais pessoal e missões diplomáticas na China do que vice-versa", acrescentou.

O "Global Times", jornal oficial do Partido Comunista Chinês, sugeriu no Twitter a possibilidade de a China fechar um consulado norte-americano em resposta, citando explicitamente as opções de Hong Kong, Macau, Cantão ou Chengdu.

https://www.jn.pt/mundo/china-diz-ter-s ... 53548.html




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Re: China...

#869 Mensagem por P44 » Sex Jul 24, 2020 7:14 am

1/4
China ordena que EUA fechem consulado de Chengdu em ação de retaliação
(Bloomberg) - A China ordenou que os EUA fechassem seu consulado na cidade de Chengdu, no sudoeste, após ameaças de retaliação após a decisão sem precedentes do governo Trump de encerrar a missão chinesa em Houston.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse sexta-feira que o fechamento do consulado foi uma "resposta legítima e necessária ao ato injustificado dos EUA". A retaliação amplamente antecipada ocorreu horas antes do prazo dos EUA para diplomatas chineses desocuparem as instalações de Houston, que o Estado O Departamento disse que serviu como um centro para operações de espionagem e influência.

A decisão de Pequim não apenas expulsará diplomatas americanos da capital da província de Sichuan - uma região com uma população rival da Alemanha - como também fechará um posto de escuta importante para os desenvolvimentos no vizinho Tibete. A medida provavelmente terá um impacto maior do que o fechamento do consulado dos EUA em Wuhan, mas menos do que o fechamento de missões nos principais centros financeiros de Hong Kong ou Xangai.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse em uma entrevista coletiva em Pequim que alguns funcionários do consulado haviam “se envolvido em atividades inconsistentes com sua capacidade, interferido nos assuntos internos da China e prejudicado os interesses de segurança nacional da China”. Na tarde de sexta-feira, dezenas de policiais, policiais à paisana e funcionários do Exército de Libertação Popular foram vistos patrulhando a rua do lado de fora do prédio, procurando telefones e ordenando que as pessoas apagassem fotos.

Enquanto a polícia ordenou que a maioria dos repórteres e pedestres deixassem a área, a emissora estatal da China começou a transmitir ao vivo imagens da entrada do consulado. O Índice CSI 300 da China caiu 4,4% no fechamento, enquanto o Índice ChiNext caiu 6,1%, o máximo desde 3 de fevereiro.

"Não é possível executar uma ação totalmente equivalente, mas a escolha de Chengdu mostra que a China quer reduzir os danos causados ​​às relações bilaterais", disse Wang Yiwei, ex-diplomata chinês e diretor do Instituto de Assuntos Internacionais da China na Universidade Renmin, em Pequim. "As operações de Chengdu não são o perfil mais alto da missão dos EUA na China, em comparação com Xangai."

Os principais pontos de inflamação entre os EUA e a China agora: QuickTake

O fechamento do consulado ilustra o grau alarmante em que as relações entre as duas maiores economias do mundo pioraram nos últimos anos, uma vez que a China assume uma postura mais assertiva no cenário mundial e os EUA procuram verificar sua ascensão. O presidente Donald Trump e seus assessores intensificaram os ataques à China antes das eleições nos EUA em novembro, acusando Pequim de espionagem, ciber-roubo e causando a pandemia de coronavírus.

Em um discurso na Biblioteca e Museu Presidencial Richard Nixon, o Secretário de Estado dos EUA Michael Pompeo acusou o Presidente Xi Jinping e a liderança chinesa de tentar "tiranizar dentro e fora da China para sempre" em busca da hegemonia global. "Proteger nossas liberdades do Partido Comunista Chinês é a missão do nosso tempo", afirmou Pompeo.

Um comentário publicado pela agência oficial chinesa Xinhua News momentos após o anúncio de Chengdu disse que o fechamento visava "apenas a algumas forças extremistas no governo dos EUA, não ao povo americano". "Os EUA provocaram problemas nas relações bilaterais ao ponto da histeria", disse o comentário.

Em um sinal de que as coisas podem se deteriorar ainda mais, Wang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, respondeu a uma pergunta na quinta-feira sobre o futuro do acordo comercial EUA-China, dizendo que o lado americano deveria pensar "cuidadosamente" sobre o rumo da relação. Trump disse na quinta-feira que seu acordo de "primeira fase" significa "muito menos" para ele após a pandemia.

A missão de Chengdu, inaugurada em 1985, abrange Chongqing, Guizhou, Yunnan e Sichuan. O consulado também serviu como uma posição importante dos EUA para acompanhar os eventos no Tibete, onde os esforços do Partido Comunista para suprimir a dissidência há muito tempo são o foco das tensões entre a China e o Ocidente.

Em 2012, o ex-chefe da polícia de Chongqing, Wang Lijun, procurou refúgio no consulado de Chengdu com evidências ligando a família de seu então chefe, o ex-secretário do partido de Chongqing, Bo Xilai, à morte de um empresário britânico. O episódio expôs um escândalo que levaria Bo a depor e sua esposa condenada por assassinato, levando Xi a lançar uma campanha anticorrupção em todo o país.




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Re: China...

#870 Mensagem por P44 » Sex Jul 24, 2020 7:14 am

Eles queriam doer um pouco mais e escolheram Chengdu", disse James Green, ex-funcionário do Departamento de Estado que agora é consultor sênior da empresa de consultoria geopolítica McLarty Associates. “O que os chineses se preocupam mais - e o que mais nos interessa - é o que fazemos em Chengdu, que é seguir o Tibete. E encerrar isso meio que corta nosso vínculo com o Tibete, o que é um golpe político para nós. ”

Luta no consulado da China mostra que os linha-dura de Trump estão no comando

O editor-chefe do Global Times, Hu Xijin, que havia relatado o momento da decisão em seu feed do Twitter, disse que os diplomatas dos EUA receberam o mesmo aviso de 72 horas que seus colegas chineses em Houston, o que significa que devem sair na segunda-feira de manhã. O Wall Street Journal relatou separadamente, citando pessoas não identificadas informadas sobre o assunto, que a China havia dado aos diplomatas afetados 30 dias para deixar o país.

Wang Wenbin repetidamente evitou as perguntas sobre quando os diplomatas teriam que sair, dizendo apenas "sempre conversamos sobre reciprocidade na diplomacia".

"A situação atual nas relações China-EUA não é o que a China deseja ver, e os EUA são responsáveis ​​por tudo isso", disse o Ministério das Relações Exteriores na sexta-feira. "Mais uma vez, pedimos aos EUA que retirem imediatamente sua decisão errada e criem condições necessárias para trazer o relacionamento bilateral de volta aos trilhos."

(Atualizações com comentários do Ministério das Relações Exteriores no quarto parágrafo.)

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