Fórum Defesa Brasil

gabriel219 escreveu: ↑Seg Ago 14, 2023 7:56 am Provavelmente as FFAA escreveram programas lá pra ver se conseguia verba, algum otário caiu no conto e eles vão usar a grana pra outros fins, como um segundo lote.

Eu espero que seja isso, pois não faz sentido mesmo esses 34 Gripens, até porque já recebemos 6 aeronaves e, até onde sei, não houve assinatura para os 4 Gripens adicionais elencados no ano passado. Salvo engano, a conversa para o segundo lote seria de 30 aeronaves, não? Se sim, faria sentido pra mim que são 30 Gripens de um segundo lote e mais as 4 aventadas ano passado.

O Comandante Baptista havia dito que precisava ter 4 unidades a mais para ter uma segunda base com esse caça. Pelo valor flyaway que ele próprio havia citado na CRE, não é muito dinheiro. E faz sentido os 34 se vc inseirir essas 4 unidades.

A FAB precisa de pelo menos 60 Gripens distribuídos em 3 bases. Pelo menos ela já garante em 2. Fica uma terceira para depois.

knigh7 escreveu: ↑Seg Ago 14, 2023 10:38 am O Comandante Baptista havia dito que precisava ter 4 unidades a mais para ter uma segunda base com esse caça.E pelo valor flyaway que ele próprio havia citado na CRE, não é muito dinheiro. E faz sentido os 34 se vc inseirir essas 4 unidades.

A FAB precisa de pelo menos 60 Gripens distribuídos em 3 bases. Pelo menos ela já garante em 2. Fica uma terceira para depois.

Então, eu estou com quase a certeza que 34 Gripens se refere a um segundo lote e não ao primeiro, pois a compra dos 36 já está fechada com o financiamento, não faz sentido mais recursos pra uma compra já fechadinha, com previsão de recursos.

Ao menos seria um erro de planejamento de quem processou esse "PAC Defesa", mas faz mais sentido ser um segundo lote. Torço para que eu esteja certo, pois já eliminaria a possibilidade do M346.

5 H225M no PAC é o que faltam a serem entregues dos 47...

O PAC não necessariamente se refere a obras/compras/projetos novos. Boa parte dos itens apresentados são programas em andamento, que ganham o tal do "selo PAC" como uma espécie de proteção adicional contra contingenciamentos (na realidade é basicamente uma jogada de marketing, fingindo que estão fazendo algo novo sem na realidade fazer nada). Foi assim nos PAC anteriores.

Creio que esses 34 sejam os remanescentes do lote 1 (36 + 4).

Outro ponto, não estar no PAC não quer dizer que os projetos não irão sair. Pelo que li nos anúncios, o horizonte principal do PAC são desembolsos até 2026, um segundo lote de Gripen só deve começar a ter entregas depois disso.

Duka escreveu: ↑Seg Ago 14, 2023 1:01 pm O PAC não necessariamente se refere a obras/compras/projetos novos. Boa parte dos itens apresentados são programas em andamento, que ganham o tal do "selo PAC" como uma espécie de proteção adicional contra contingenciamentos (na realidade é basicamente uma jogada de marketing, fingindo que estão fazendo algo novo sem na realidade fazer nada). Foi assim nos PAC anteriores.

Creio que esses 34 sejam os remanescentes do lote 1 (36 + 4).

Outro ponto, não estar no PAC não quer dizer que os projetos não irão sair. Pelo que li nos anúncios, o horizonte principal do PAC são desembolsos até 2026, um segundo lote de Gripen só deve começar a ter entregas depois disso.

Exatamente!!

A única que pode esclarecer rapidamente todas as dúvidas geradas é a FAB, que até agora não se pronunciou no sentido de explicar os números apresentados.

No mais, sigo entendendo estes 34 como sendo referentes à "garantia" de que os futuros pagamentos do financiamento do Gripen E não serão cortados e/ou contingenciados pelo pessoal da tesoura do MF. Pelo menos até 2026.

Os 34 batem com as 6 unidades recebidas e as 4 adicionais que se aferiu, e que podem ser dispostas na prática por um carimbo a mais no contrato atual, seguida da respectiva readequação do orçamento da FAB para o pagamento devido. Isso pode ser feito até 2027 quando o último caça do lote original for entregue. Os 4 podem ser entregues a partir de 2028, ou antes, a depender de quando for assinado esse adendo.

Notem que a FAB vai receber apenas 3 unidades entre 2023 e 2025, jogando para 2026 e 2027 o grosso do recebimento deles.
O governo atual é o responsável pelo orçamento federal desses dois últimos anos. O último da gestão atual e o primeiro da próxima.
Ou seja, tirou o seu da reta agora e jogou mais pra frente o problema da gestão dos recursos frente a qualquer eventualidade.
Se tudo sair como esperado, o marketing sobre os dividendos políticos será dividido entre esta e a próxima gestão, ambas debaixo da mesma sigla, afinidades e objetivos, e quiçá mesmo PR.
Se não der, o próximo governo que dê o seu jeito de limpar a merda do anterior. Claro, com os ônus e bônus de qualquer decisão que tomar.

Só as FFAA para esclarecerem tudo isso.

Outra dúvida, apesar do Off-Topic ajuda a esclarecer, é quanto a 3 SSKs, o que me parece ser estranho, já que tecnicamente o Humaitá já está até em testes, precisaria de pagamento extra por ele?

Uma coletiva resolveria isso, mas sabemos que dificilmente ocorrerá.

FCarvalho escreveu: ↑Seg Ago 14, 2023 10:58 pm Notem que a FAB vai receber apenas 3 unidades entre 2023 e 2025, jogando para 2026 e 2027 o grosso do recebimento deles.
O governo atual é o responsável pelo orçamento federal desses dois últimos anos. O último da gestão atual e o primeiro da próxima.
Ou seja, tirou o seu da reta agora e jogou mais pra frente o problema da gestão dos recursos frente a qualquer eventualidade.
Se tudo sair como esperado, o marketing sobre os dividendos políticos será dividido entre esta e a próxima gestão, ambas debaixo da mesma sigla, afinidades e objetivos, e quiçá mesmo PR.
Se não der, o próximo governo que dê o seu jeito de limpar a merda do anterior. Claro, com os ônus e bônus de qualquer decisão que tomar.

Como assim 3 entre 2023 e 2025? São mais 3 esse ano, 3 2024 e 2 em 2025. O que mudou foi que eram 3 em 2025 e passou 1 a mais pra 2026.

Grato pela correção Juliano, estava com 3 na cabeça o tempo todo.
Quis dizer que serão 3 entregas por ano. E como bem dissestes, serão 2 em 2025 e não 3 caças.
O que só torna pior ainda o cronograma hora exposto pela FAB, e corrobora o que disse antes.
O governo atual na prática jogou para a próxima gestão e\ou para além qualquer responsabilidade sobre possíveis problemas na gestão orçamentária e financeira sobre os Gripen E da FAB.
E ainda vai lucrar com marketing político do que quer que aconteça.

Marketing político com compras militares?
Se 0,1% da população brasileira se importar com isso a ponto de votar em A ou B já é muito.

Investimento militar no Brasil (e em boa parte do mundo ocidental) mais tira voto do que dá. É uma coisa que os políticos fazem muito a contra gosto...

Faz diferença para grande parte do público eleitor dos candidatos de oposição ao governo atual em 2026. E isso será um assunto explorado a exaustão, seja qualquer que for a decisão tomada, por este ou por outro governo daqui a 4 anos, sendo objeto de disputa pelos poucos, mas decisivos votos da caserna, já que eles mal ou bem também puxam outros votos atrás de si, e tem influência, e muita, não de duvide disso, sobre grande parcela da sociedade.

Se der certo, o governo atual vai barganhar isso junto à caserna, ou seja, o que mais faz os olhinhos dos militares brilharem de verdade, que é ver a carteira cheia e o orçamento para os projetos contemplados adequadamente. Se der errado, vão jogar o abacaxi, e as explicações, para o próximo governo, e simplesmente dizer "não tenho nada com isso, fiz minha parte. Quem não quer são eles..."

Vamos aguardar e torcer para que as coisas ao menos se mantenham dentro das expectativas de que os projetos tenham os recursos necessários para andar, ou pelo menos deixar de se arrastar como estão desde sempre.

A Ukrania está na Suécia, buscando o Gripen, acredito que se conseguir alguma coisa vai ser C/D.

Aeronaves adicionais...