Fórum Defesa Brasil

FCarvalho escreveu: ↑Qui Jul 13, 2023 7:07 pm O processo de absorção de tecnologia no FX-2 foi muito bem manejado pela FAB, que buscou antes de tudo capacitar além de si, a indústria por trás de si. Sem ela, podemos ter 200 Gripen E que no final não serão de grande valia se não soubermos manter e operar em sua plenitude estes caças suecos por meio do suporte logístico, industrial e operacional da BIDS e indústria aeroespacial nacional.
E esse é o grande passo adiante que estamos dando com a parceria com a SAAB e Suécia. O que não quer dizer que devemos nos limitar a eles, pelo contrário. As capacidades que estamos absorvendo agora irão nos alçar a outros patamares de negociação com futuros parceiros na seara da defesa.

Voto com o relator, afirmando que em minha opinião a FAB deveria ser mais enfática quanto a necessidades de maiores números de F 39, KC 390, A 29, KC 30 , SARP e AEW&C , além naturalmente de recursos para a operação e manutenção criteriosas deste patrimônio.

Viking escreveu: ↑Sex Jul 14, 2023 1:34 pm

FCarvalho escreveu: ↑Qui Jul 13, 2023 7:07 pm O processo de absorção de tecnologia no FX-2 foi muito bem manejado pela FAB, que buscou antes de tudo capacitar além de si, a indústria por trás de si. Sem ela, podemos ter 200 Gripen E que no final não serão de grande valia se não soubermos manter e operar em sua plenitude estes caças suecos por meio do suporte logístico, industrial e operacional da BIDS e indústria aeroespacial nacional.
E esse é o grande passo adiante que estamos dando com a parceria com a SAAB e Suécia. O que não quer dizer que devemos nos limitar a eles, pelo contrário. As capacidades que estamos absorvendo agora irão nos alçar a outros patamares de negociação com futuros parceiros na seara da defesa.

Voto com o relator, afirmando que em minha opinião a FAB deveria ser mais enfática quanto a necessidades de maiores números de F 39, KC 390, A 29, KC 30 , SARP e AEW&C , além naturalmente de recursos para a operação e manutenção criteriosas deste patrimônio.

Conversando com um amigo que também gosta dessa zona que é o tema defesa no Brasil, ele mencionou que hoje dentro da FAB já começa a dar seus primeiros passos uma questão que a princípio pode parecer tão ingnóbil quanto prosélita, mas que no fundo e de suma importância para nós começarmos a mudar a doutrina, e a form de pensar o poder aéreo nacional, que é simplesmente parar de chamar a FAB de Auronáutica e tratá-la como o que de fato ele sempre foi, ou tenta ser, que é força aérea.
Isto imputa saber corretamente o que ela é enquanto instituição de Estado, e seu viés primário militar, vocacionado para a expressão militar do poder aéreo nacional, enquanto que aquela primeira dimensão inclui tantos outros temas importantes para o setor aeroespacial que dificilmente a FAB sozinha poderá dar conta deles todos, e ainda cuidar de si, como vemos até hoje.
Mas esta é uma discussão muito perigosa no Brasil, onde não raras vezes a missão de defesa das ffaa's se mistura aos interesses político-partidários e ideológicos que permeiam os governos de plantão e suas formas de "resolver" os problemas nacionais.
Ter um "comando da aeronáutica" é algo tão ancestral quanto a própria FAB, mas que é preciso começar a separar, já que o setor aeroespacial e aeronáutico brasileiro pode, e deve, andar com suas próprias pernas, sob pena de jamais conseguir chegar onde tem condições e competência para chegar, caso fique sempre sob o manto do comando da FAB.
Mas vai ser difícil convencer os brigadeiros a largar esse osso. Muito difícil mesmo. Ainda mais com a tradicional desconfiança reinante sobre a lisura e capacidades que a dita sociedade civil e a área civil do poder público.
Também, não é para menos.

Estão um passo atrás parece, "Força Aérea" já é um termo do passado:

El Ejército del Aire pasa a llamarse también “y del Espacio”

https://elpais.com/espana/2022-06-27/el ... pacio.html


Fuerza Aeroespacial Colombiana: el nuevo nombre de la Fuerza Aérea

https://www.rcnradio.com/politica/fuerz ... erza-aerea

Mas talvez ser promovida a Força Aérea já seja um avanço mesmo, vendo como a Aeronáutica, e o governo como um todo, se importam com o Programa Espacial Brasileiro.

Estamos culturalmente atrasados em termos doutrinais desde 1941. Estamos sempre correndo atrás do atraso que a realidade social e política jogam a Defesa.
E como não é assunto sério, e via de regra a "Aeronáutica" é meio como um DNA dentro da FAB, e tudo que isso trás consigo, difícil tirar da cabeça do pessoal que ela possa ser "apenas" força aérea.
Acho que o pessoa nem saberia o que fazer sem as ACISO, MMI e CAN da vida dentro da missão. Fazem isso há tanto tempo que nem conseguem imaginar o que seria a FAB sem isso tudo. Focar na atividade primária estritamente militar? Duvido. A começar pela própria classe política que veria nisso uma ameaça a si, e um desdém em relação ao uso político e "social" das ffaa's que sempre houve no país.
Imagina um governador ou prefeito não poder acionar um ETA da vida como quem chama o UBER...

FCarvalho escreveu: ↑Sáb Jul 15, 2023 11:10 pm Estamos culturalmente atrasados em termos doutrinais desde 1941. Estamos sempre correndo atrás do atraso que a realidade social e política jogam a Defesa.
E como não é assunto sério, e via de regra a "Aeronáutica" é meio como um DNA dentro da FAB, e tudo que isso trás consigo, difícil tirar da cabeça do pessoal que ela possa ser "apenas" força aérea.
Acho que o pessoa nem saberia o que fazer sem as ACISO, MMI e CAN da vida dentro da missão. Fazem isso há tanto tempo que nem conseguem imaginar o que seria a FAB sem isso tudo. Focar na atividade primária estritamente militar? Duvido. A começar pela própria classe política que veria nisso uma ameaça a si, e um desdém em relação ao uso político e "social" das ffaa's que sempre houve no país.
Imagina um governador ou prefeito não poder acionar um ETA da vida como quem chama o UBER...

Não ligo muito para nomenclaturas, mas chega a ser engraçado a "Força Aeroespacial da Colômbia"... os caras não estão conseguindo manter meia dúzia de caças na ativa. Há 2 ou 3 semanas não tinham sequer combustível para operar a "frota" durante o segundo semestre de 2023... É complicado.

Mudam-se os nomes, continuam os velhos problemas. Espero que essa moda não chegue aqui no Brasil.

pewdiepie escreveu: ↑Sáb Jul 15, 2023 11:16 pm

FCarvalho escreveu: ↑Sáb Jul 15, 2023 11:10 pm Estamos culturalmente atrasados em termos doutrinais desde 1941. Estamos sempre correndo atrás do atraso que a realidade social e política jogam a Defesa.
E como não é assunto sério, e via de regra a "Aeronáutica" é meio como um DNA dentro da FAB, e tudo que isso trás consigo, difícil tirar da cabeça do pessoal que ela possa ser "apenas" força aérea.
Acho que o pessoa nem saberia o que fazer sem as ACISO, MMI e CAN da vida dentro da missão. Fazem isso há tanto tempo que nem conseguem imaginar o que seria a FAB sem isso tudo. Focar na atividade primária estritamente militar? Duvido. A começar pela própria classe política que veria nisso uma ameaça a si, e um desdém em relação ao uso político e "social" das ffaa's que sempre houve no país.
Imagina um governador ou prefeito não poder acionar um ETA da vida como quem chama o UBER...

Não ligo muito para nomenclaturas, mas chega a ser engraçado a "Força Aeroespacial da Colômbia"... os caras não estão conseguindo manter meia dúzia de caças na ativa. Há 2 ou 3 semanas não tinham sequer combustível para operar a "frota" durante o segundo semestre de 2023... É complicado.

Mudam-se os nomes, continuam os velhos problemas. Espero que essa moda não chegue aqui no Brasil.

Se o termo "força aérea" não for tratado apenas como mais um substantivo comum no mundinho político nosso de cada dia, talvez ela possa se tornar um novo referencial para se pensar o que de fato queremos em relação à expressão desta parte do poder aeroespacial nacional. A parte militar é apenas uma das várias que o compõe, mas é das mais importantes. Há a P&D, indústria, diplomática, política, econômica e por aí vamos que dependem essencialmente de como o Estado trata o assunto Defesa Nacional.
Bom, sabemos que no que depender da esfera política e econômica, se a FAB resolver se concentrar em ser somente "força área" vai dar ruim para muita gente por aqui. E isso não é bom para os pequenos interesses burgueses e ideológicos da politicagem nacional. Pelo contrário.
Então, não é somente questão de semântica, mas sobretudo de sentido concreto ao que queremos que a FAB seja de fato. E ao que parece, todo mundo no Brasil sempre esteve satisfeito com o que os seus próprios militares ditaram a si mesmos. Nem mais, nem menos.
No final, tanto faz se é força aérea, aeronáutica, força intergaláctica, agência de defesa espacial ou que a força esteja com você. O que importa de fato é o que queremos, e o que fazemos concretamente, com a força aérea\aeronáutica que se acha que tem. Isso depende de muito mais do que termos PND, END e Livro Branco da vida, todos muito bem escritos e teoricamente muito bem referenciados, mas que no fim é só isso. Serve apenas de livro de bolso e cabeceira para curiosos.
Se a FAB quer ser força aérea de verdade isso pode mudar muita coisa, inclusive seus objetivos e prioridades. Mas ela não decide isso sozinha. Se decidisse, até penso que seria bom para o país. Mas não depende só dela. Afinal, quem quer uma força aérea brasileira de verdade no Brasil

https://forcaaerea.com.br/hal-comeca-a- ... acao-amca/

Para quem já anda pensando em FX-3 e caça 5a G para a FAB, a imagem acima apresenta algumas das tecnologias que a Índia está buscando desenvolver e\ou obter para o seu AMCA.
A introdução do caça para a IAF está planejada para 2035, enquanto a versão naval para 2038. Se tudo der certo, claro.
Só olhar agora o que a FAB e Embraer estão obtendo com o Gripen E e verificar se estamos muito longe ou não para conseguir um caça de próxima geração.
A meu ver não nos faltará muita coisa, a não ser a configuração sealth propriamente. Mas daqui a 15 anos o mundo pode ter dado várias cambalhotas tecnológicas. Veremos se o que se dá até lá.

https://www.aereo.jor.br/2023/07/19/com ... as-gripen/

AIRSHOW do GRIPEN-E na Inglaterra: Troféu de melhor exibição de voo na RIAT



Obs: na RIAT 2023 o Rafale e o Typhoon também se apresentaram.

knigh7 escreveu: ↑Qua Jul 19, 2023 7:29 pm
https://www.aereo.jor.br/2023/07/19/com ... as-gripen/

Essa notícia diz muito e não fala nada...

PS.: @knigh7 , não é uma crítica à sua pessoa, mas sim a reportagem.

Abraços,

Wesley

O Brasil está negociando um segundo lote e quer vender o KC-390 aos suecos em substituição aos Hercules deles. Seria difícil a presidência discutir sobre os caças Gripens saindo dessas questões importantes.

FCarvalho escreveu: ↑Dom Jul 16, 2023 8:42 pm

https://forcaaerea.com.br/hal-comeca-a- ... acao-amca/

Para quem já anda pensando em FX-3 e caça 5a G para a FAB, a imagem acima apresenta algumas das tecnologias que a Índia está buscando desenvolver e\ou obter para o seu AMCA.
A introdução do caça para a IAF está planejada para 2035, enquanto a versão naval para 2038. Se tudo der certo, claro.
Só olhar agora o que a FAB e Embraer estão obtendo com o Gripen E e verificar se estamos muito longe ou não para conseguir um caça de próxima geração.
A meu ver não nos faltará muita coisa, a não ser a configuração sealth propriamente. Mas daqui a 15 anos o mundo pode ter dado várias cambalhotas tecnológicas. Veremos se o que se dá até lá.

Não creio que esse projeto indiano seja bom pra nós, até agora eles não conseguiram desenvolver a todo seu Tejas, e isso com grandes dificuldades, acho que tem parcerias mais vantajosas, com a CS ou até a Turquia, e isso é claro dependendo do que vier pra frente dessa parceria Embraer/SAAB com o Gripen.

Além de oferecer KC-390, ofereceria o Astros MK6 em troca de um segundo lote maior do que 40 Gripens e ainda incluiria o nEUROn.

Se é pra sonhar. Mandem trazer uma suéca pra mim tb.
Mulher nascida mulher, por favor.

Gosto das minha mulheres do mesmo jeito que gosto do meu café...sem pênis.

jumentodonordeste escreveu: ↑Sex Jul 21, 2023 2:51 pm Se é pra sonhar. Mandem trazer uma suéca pra mim tb.
Mulher nascida mulher, por favor.

Gosto das minha mulheres do mesmo jeito que gosto do meu café...sem pênis.

"Suece"