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Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sáb Set 19, 2015 11:42 am
por LeandroGCard
JL escreveu:Mesmo com as aquisições dos Igla, RBS 70 etc. Sabe qual é a realidade a defesa brasileira é um faz de conta, pois ninguém acredita que será usada e se consideram todos os outros países sul americanos como inferiores. Deus nos ajude.
Pois esta é exatamente a impressão que eu tenho.

Nossas FA´s simplesmente não percebem a importância da defesa AAe, e parecem ignorar propositalmente o assunto o mais que podem. E no GF, via MD, é pior ainda (este na verdade ignora praticamente tudo em assuntos militares, no máximo está preocupado em ter mão de obra barata para obras de infra-estrutura e apoio em ações policiais e catástrofes - independentemente de quem esteja no governo) :? . O que denota uma visão extremamente míope, pois a AAe seria um campo em que teríamos possibilidades de desenvolvimento local muito mais fácil do que aviões de caça ou submarinos, e que poderia colocar o Brasil em um outro patamar em termos geopolíticos. Mas ninguém percebe isso, o máximo que se vislumbra ainda é alguma possibilidade (remotíssima) de conflito com nossos vizinhos, ainda mais prejudicados do que nós :roll: .

Neste contexto o Pantsir fica parecendo um elefante branco, que vai consumir verbas que hoje não temos para facilitar o fechamento de acordos comerciais em outros campos, e depois será entregue a quem não o quer para fazer o que não foi projetado para fazer.

Mas isso é Brasil, não é nem a primeira nem a segunda vez que acontece, e na verdade já estou até acostumado. É triste, mas é a nossa realidade.


Leandro G. Card

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sáb Set 19, 2015 1:28 pm
por Wingate
Eu me lembro que, há anos, cogitou-se em fabricar no Brasil os canhões AAé Oerlikon + equipamentos auxiliares e radares. O Brasil chegou a adquirir esses canhões? Esse canhão é ainda eficaz como arma antiaérea?

Antecipadamente grato e SDS,

Wingate

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sáb Set 19, 2015 4:08 pm
por Marechal-do-ar
O que eu não entendo, nessa de "acordos comerciais", é que se a compra (tanto do Pantsyr quanto do Mi 35) foi só para equilibrar a balança comercial, por que simplesmente não deram aos generais um "vale presente" russo para eles comprarem o equipamento russo que julgassem necessário? Ou a repulsa de nossos militares a equipamentos russos é tão grande que disseram "não" sem nem conversar? Se for esse último caso, acho que a solução seria pijama ao invés de empurrar goela abaixo, mas, se foi o governo que não quis conversa, ai é impeachment por impobridade administrativa.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sáb Set 19, 2015 4:24 pm
por jauro
Wingate escreveu:Eu me lembro que, há anos, cogitou-se em fabricar no Brasil os canhões AAé Oerlikon + equipamentos auxiliares e radares. O Brasil chegou a adquirir esses canhões? Esse canhão é ainda eficaz como arma antiaérea?

Antecipadamente grato e SDS,

Wingate

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Sim adquiriu, em 1977. Eram meus vizinhos em Quitaúna, Osasco, SP. Atualmente estão todos concentrados no 1º GAAAe, VM, RJ. Eficazes? Não. Têm boa cadência de tiro (1500t/mim), porém não têm radares de busca e acompanhamento.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sáb Set 19, 2015 4:45 pm
por Wingate
jauro escreveu:
Wingate escreveu:Eu me lembro que, há anos, cogitou-se em fabricar no Brasil os canhões AAé Oerlikon + equipamentos auxiliares e radares. O Brasil chegou a adquirir esses canhões? Esse canhão é ainda eficaz como arma antiaérea?

Antecipadamente grato e SDS,

Wingate

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Sim adquiriu, em 1977. Eram meus vizinhos em Quitaúna, Osasco, SP. Atualmente estão todos concentrados no 1º GAAAe, VM, RJ. Eficazes? Não. Têm boa cadência de tiro (1500t/mim), porém não têm radares de busca e acompanhamento.
Grato ao colega Jauro pelo sempre atencioso esclarecimento.

Como curiosidade, meu falecido pai serviu na AAé em Quitaúna em 1949. Na época os canhões eram os 88 alemães que foram adquiridos antes da Segunda Guerra Mundial. Eram ainda usados os equipamentos de "escuta" (fonolocalizadores) e os holofotes General Electric.

SDS,

Wingate

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sáb Set 19, 2015 5:17 pm
por JL
O Exército Brasileiro, possui hoje os seguintes canhões antiaéreos rebocados.

1-) O canhão Oerlikon bi tubo de 35 mm fabricado na Suiça, que aparece na fotografia acima, adquiridos na década de 70, um fato novo para estas armas é que utiliza a mesma munição dos Gepard recentemente adquiridos.
2-) O canhão Bofors L/70 sueco, a versão mais moderna dos Bofors, trata-se da versão terrestre do canhão de 40 mm, que é atualmente uma arma padrão da Marinha Brasileira, trata-se de um canhão razoável com capacidade utilizar munição pré fragmentada com espoleta de proximidade, sendo que a fabrica de munições da marinha domina a sua fabricação.
Estas duas armas usam energia elétrica para se conteirar, não são canhões de manivela, como gostam de falar em alguns lugares e podem ser acoplados a diretoras de tiro por radar, no caso o Brasil usa o FILA fabricado pela Avibrás e ainda restam o Super Fledermauss, uma diretora de tiro adquirida com os canhões de 35 mm.
3-) O canhão Bofors L/60 de 40 mm, uma reminiscência da II Grande Guerra, deve anda por aí, este sim o canhão da manivela, como o pessoal gosta de falar, com aquela mira de ferro tosca. É velho mas se algum helicóptero ficar dando sopa vai levar um pertado de 40 mm, sua munição é menor que o do L/70 que é o seu desenvolvimento.
Fora estas três armas, temos o Gepard autopropulsado, os Manpads Igla e RBS 70 e de resto metralhadoras .50 em reparos antiaéreos, talvez em algum lugar ainda estejam a versão de quatro metralhadoras . 50 da II Guerra Mundial a M51 Quad 50cal AA US547, que o Brasil chegou a reforma na década de 80, salvo engano.
O Brasil já operou e estão fora de operação os canhões Krupp de 88 mm, o famoso 88 alemão da IIGM, os canhões 90 mm norte americanos e inclusive 04 lançadores de mísseis Roland montados no chassi blindado do Roland, fora de operação também.
Como podem observar são tão poucos sistemas que dá para lembrar de cabeça em poucas linhas.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sáb Set 19, 2015 10:26 pm
por Viktor Reznov
Wingate escreveu:Eu me lembro que, há anos, cogitou-se em fabricar no Brasil os canhões AAé Oerlikon + equipamentos auxiliares e radares. O Brasil chegou a adquirir esses canhões? Esse canhão é ainda eficaz como arma antiaérea?

Antecipadamente grato e SDS,

Wingate

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Talvez e só se tiver um software de aquisição de alvos decente e com motores e mecanismos pra substituírem o manejo humano na operação.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Dom Set 20, 2015 12:51 am
por Mathias
Parece que eu li no texto do Pepê, me corrijam se estiver errado, que a compra é com ToT completa, ou seja, faremos aqui o sistema todo.
Isso deve baratear os custos, o que possibilitaria a compra de mais baterias. Se vamos fazer aqui, por que importar pronto?

Sobre "pixulecos", uma acusação grave, é interessante que compramos os RBS-70, por exemplo, e ninguém aventou essa possibilidade.
É o mesmo EB, o mesmo GF formado de petralhas, tudo igual, mas só com a Rússia existe essa "informação" de propinas.
Será que agora criaram o corrupto seletivo?
O EB, que participou disso desde o início, coaduna com a prática?
"O EB não quis" um dos, se não o melhor sistema AAer da categoria, é serio isso?
Os caras vão sair do canhão à manivela para um sistema super moderno, autônomo, capaz de abater munições em voo, e mesmo assim "não queriam"?

Eu escutei uma história sobre aquele ataque israelense à Síria, aquele que fotografaram os rastros de condensação dos caças hebreus no céu.
Li que as munições foram praticamente todas abatidas no ar, que os F-15 de ataque eletrônico e os que carregavam as munições permaneceram numa distância segura justamente por receio desse sistema que "o EB não quis".
Ou seja, o EB teria recusado um sistema AAer que a IAF respeita.

Vai ver preferiam um canhão com mais manivelas...

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Dom Set 20, 2015 2:29 am
por Marechal-do-ar
Mathias escreveu:"O EB não quis" um dos, se não o melhor sistema AAer da categoria, é serio isso?
Os caras vão sair do canhão à manivela para um sistema super moderno, autônomo, capaz de abater munições em voo, e mesmo assim "não queriam"?
Já li bastante que o sistema foi goela abaixo, o sistema é realmente muito bom, a questão é, bom em que?

O Leandro já escreveu bastante sobre isso, vejo o Pantsyr como um sistema que atenderia muito bem a FAB, mas para o EB e MB "falta alguma coisa", esse sistema precisa ser complementado por alguma outra coisa, em especial, um sistema de defesa antiaérea de longo alcance, a FAB ainda teria caças, mesmo não sendo o ideal, a MB, no caso do São Paulo, idem, o EB não tem nada.
Mathias escreveu:Eu escutei uma história sobre aquele ataque israelense à Síria, aquele que fotografaram os rastros de condensação dos caças hebreus no céu.
Li que as munições foram praticamente todas abatidas no ar, que os F-15 de ataque eletrônico e os que carregavam as munições permaneceram numa distância segura justamente por receio desse sistema que "o EB não quis".
É exatamente por isso que ele precisa ser complementado por uma defesa antiaérea de longo alcance, nem todas as armas israelenses foram destruídas e os F-15 não foram ameaçados, o sistema não conseguiu impor ao atacante um custo alto o bastante para inviabilizar a missão.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Dom Set 20, 2015 3:09 am
por Mathias
Mas impediu o sucesso do ataque, porque pouquíssimas munições passaram, uma ou duas.
Pense em como era antes, um passeio no parque sem preocupações, e o que passou a ser, ter que atirar de longe.
Só de impor uma distância à IAF já é um grande feito para um sistema com mísseis relativamente pequenos. E estamos falando da IAF, não é uma FAer sul americana qualquer.

Sobre algo maior, também soube é que a intenção do EB é galgar um degrau de cada vez, depois desse virá o médio alcance. Ainda nessa conversa li que dependerá de como a coisa vai acontecer no tocante à ToT de fabricação aqui, e o EB bastante é conservador em algumas coisas como idealmente ter algum ou total domínio sobre seus equipamentos.

A opção é continuarmos sem nada, nem médio nem longo alcance.

Havia a opção do Syder com aquela coisa de usar os mesmos e caríssimos mísseis dos aviões da FAB, mas relatos dão conta que na Geórgia foram um fiasco.

Também já li muita coisa boa do Leandro e entendo que até essa faixa do Pantsyr os mísseis devam ser exatamente esses, baratos, simples de fazer e usar.
Isso eliminaria praticamente todos os sistemas ocidentais, quase sempre baseados em misseis ar ar sempre muito caros e com duvidosa ou nenhuma ToT.
O CAAM que a MB escolheu, por exemplo. Acho impossível a MBDA nos repassar a tecnologia de uma arma que não está operacional sequer nos países deles na Europa.
O míssil/munição é ARH (AESA?), com datalink bidirecional, vetoração de empuxo... Enfim, cada tiro deve custar uma fortuna para uma eficiência real, em combate, ainda a ser comprovada.
Outra opção seria o BANSE, mas nitidamente inferior, eu acho.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Dom Set 20, 2015 3:32 pm
por Ilya Ehrenburg
Já que o Pantsyr é o assunto, gostaria de contribuir com um artigo:
http://portaldefesa.com/3390-pantsyr-s-1-para-o-brasil/
Pantsyr S-1 para o Brasil


Por: César A. Ferreira

[justificar]O Embaixador da República Federativa do Brasil junto à Federação Russa, Antônio José Valim Guerreiro, anunciou (09/07/2014) que o Brasil irá adquirir o sistema de defesa antiaérea de origem russa Pantsyr S-1. A declaração do referido embaixador, deu-se quando instado pela agência “Interfax” sobre a visita do dignitário da Federação Russa, Vladmir Putin ao Brasil, que deverá ocorrer em breve em função do encontro dos BRICS; encontro este a ser realizado em Fortaleza no dia 14 próximo. Textualmente seguem as declarações do Embaixador Antônio José Valim Guerreiro à Agência Interfax: “A decisão sobre a compra desses sistemas antiaéreos da Rússia já foi tomada (…) o contrato de provisão dessas armas poderia ser assinado já este ano (…) e é provável que o mesmo saia antes de outubro ou novembro”.[/justificar]

[justificar]O Brasil iniciou as negociações em vista da aquisição de baterias russas, notadamente do sistema Pantsyr S-1, em 2012. Para tanto houve o envio de comissões para observar in loco o desempenho deste sistema, contando inclusive com disparo reais, onde se apurou o acerto em todos os ensaios (acertos da ordem de 100%). Devem ser adquiridas três baterias, na forma de 13 veículos lançadores, 6 veículos de apoio, 3 veículos de manutenção, 3 veículos de manutenção eletrônica, 3 veículos de manutenção mecânica, 3 veículos transportadores de peças, 3 unidades de ajuste, um conjunto para equipamentos de teste e um simulador outdoor. Soma-se a aquisição de 288 unidades de mísseis 57E6-E e 37.000 cartuchos de calibre 30mm (30 x 165mm).

Os veículos serão distribuídos entre as três forças singulares: Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil. Com capacidade de atingir alvos até 22 km de distância e 15 km de altura, este sistema deverá compor o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA).[/justificar]



O que é o Sistema Pantsyr S-1?

[justificar]O sistema de defesa aérea Pantsyr S-1 é um esforço da Federação Russa para prover a defesa crítica, ou aproximada, à suas instalações de importância tática e/ou estratégica, bem como à proteção de baterias de defesa antiaérea/antimíssil de longo alcance S-300, S-400 e futuramente o S-500. A sua capacidade para disparo em movimento também o qualifica para proteção de colunas blindadas em marcha. Devido a sua função de última barreira, possui uma capacidade inequívoca de pronto emprego, caracterizada na utilização do binômio míssil ágil e canhão de alta cadência. Possui 12 mísseis 57E6-E contidos em contêineres cilíndricos em posição para pronto disparo e dois canhões de 30mm. Os mísseis podem ser disparados com intervalos de 4 segundos entre si, sendo efetivos contra alvos da ordem de 1000 m/s (Mach 3, ou mais especificamente, cerca de 3.600 km/h ou 1 km por segundo), já os canhões de 30mm são efetivos contra alvos aéreos e terrestres (dupla função). O sistema é conteirado, ou seja, os contêineres com os mísseis, e os canhões, são apontados para a direção de onde provém a ameaça.[/justificar]

[centralizar]Imagem[/centralizar]
[centralizar]Pantsyr S-1 sobre plataforma BAZ 6909. Foto: internet.[/centralizar]


[justificar]Como sistema o Pantsyr S-1 é autônomo, funcionando como se fosse uma bateria independente por veículo, incorporando neste a capacidade de varredura e detecção primária, detecção secundária, acompanhamento e/ou modo optrônico, seleção de fogo e iluminação de alvos, gerador próprio, estação de comando/comunicação/controle e plataforma de deslocamento. Com tudo isto em um só veículo, não é de se espantar que o tamanho seja grande – enorme melhor dizendo, exigindo uma plataforma 8×8 e apresentando um peso quando pronto para combate da ordem de 34 toneladas. Em contrapartida tem-se a facilidade e rapidez de deslocamento, algo visto como essencial na atual doutrina russa, onde posição fixa, ou a demora em levantar a bateria para rebocá-la de sua posição, é vista pelos doutrinadores como uma sentença de morte para a unidade de defesa antiaérea. Além disto, dado o fato de que a unidade pode receber e transmitir através de enlace de dados, ela pode atuar, dentre outras maneiras, em “silêncio eletrônico”, ou seja, sem emissão de ondas no espectro eletromagnético. Assim, se por acaso a unidade em questão for anulada, ou seja, suprimida pela ação do inimigo, as demais continuam ativas em sua rede de defesa, pois o conceito prevê a maior independência possível de cada viatura de lançamento dentro da disposição em camadas da rede defensiva dos sistemas antiaéreos.[/justificar]

Um breve comentário sobre a disposição “camadas” de um sistema defensivo antiaéreo

[justificar]Disposição em camadas é um conceito russo para organizar a forma de combater das divisões de defesa antiaéreas das suas forças. Consiste em dispor de maneira concêntrica os sistemas defensivos, com o sistema de longo alcance no centro, protegido pelo de médio e curto alcance, sendo todos eles autopropulsados para rápida mobilidade. As baterias são posicionadas em campo na forma de rede, sem observar simetria, sendo a vigilância exercida por radares de campo, muitos deles operando na faixa VHS do espectro para detecção de alvos stealth, com o intuito de evitar que as baterias facilitem, com as suas emissões, a detecção, ratreamento e ataque, por parte do inimigo, das suas posições. Dessa maneira, o sistema defensivo acaba por aparentar uma disposição que lembra as camadas de uma cebola, onde a camada externa se refere ao alcance máximo dos sistemas de defesa de longo alcance, a seguinte dos de médio e a terceira os sistemas de curto alcance, caso o atacante consiga chegar até o alvo.

A disposição, todavia, não necessita ser simétrica, podendo ser espalhada pelo campo de acordo com o entendimento do comando, de tal maneira que um atacante pode vir a enfrentar sistemas táticos de alcances médios e/ou de curto alcance e grande agilidade, enquanto esperava estar no limite do sistema de defesa antiaéreo estratégico (de longo alcance). A constante mudança de sítios, mobilidade e assimetria da disposição em campo evita dar ao inimigo a facilidade e o conforto de um modo estereotipado de agir, pois consideram os pensadores russos que uma defesa antiaérea que se torne previsível, sem disciplina de emprego, acaba por se tornar uma presa da força aérea atacante, já que esta tem a grande vantagem de escolher os termos do combate, ou seja, de como e onde combater. O conceito que sustenta a “disposição em camadas”, portanto, é o de apoio mútuo entre os sistemas antiaéreos que o compõem.

No tocante ao sistema Pantsyr S-1, este é considerado um sistema de defesa crítico, devido a sua rapidez de resposta e ao manobrável e ágil míssil 57E6-E. Seria, portanto, um sistema de defesa aproximado dentro do conceito russo de defesa em camadas. No contexto brasileiro será um sistema de defesa de alcance médio, isto devido ao seu alcance-limite, que é da ordem de 22 km.[/justificar]

Nascimento

[justificar]É quase um lugar comum que o Pantsyr S-1 seja considerado como sucessor do 2K22 Tunguska, impressão que se reforça devido ao emprego conjunto mísseis/canhões. De fato o Pantsyr nasceu da necessidade observada pelos artilheiros soviéticos, de que seria desejável um alcance maior, tanto de detecção como do limite da arma principal do sistema, ou seja, o míssil. Isto é devido à avaliação de que os sistemas críticos deveriam enfrentar ameaças mais intensas, com maior saturação, tornando necessário maior desempenho em todos os quadrantes. Desta maneira, tem-se a arma principal, o míssil 57E6, com o dobro do alcance efetivo do antecessor, o míssil 9M311, bem como de uma altitude efetiva também maior. O tempo de resposta no Pantsyr caiu sensivelmente, sendo da ordem de 4 segundos. O míssil 57E6, por isto, se apresenta como ideal para interceptar e destruir mísseis de cruzeiro, bombas guiadas e até mesmo mísseis anti-radiação, como o ALARM, MAR-1 e o HARM (AGM-88), superando por larga margem os seus antecessores.[/justificar]


Plataformas

[justificar]Os chassis homologados para uso como plataforma do sistema são de cinco. Destes, quatro sobre rodas e um propulsionado sobre lagartas. Os veículos sobre rodas homologados, são: KAMAZ 6560 (8 x 8), MZKT-7930, BAZ-6909 e MAN-SX/45. No tocante à venda para o Brasil, até o presente momento não há nada além de especulações sobre a plataforma a ser escolhida. O chassi SX-45 (MAN) acaba por despontar como se fosse uma “escolha natural”, devido à presença no Brasil da MAN Latin America (produção local de partes e componentes). O chassi sobre lagartas homologado é o GM-352M1E e porta apenas 8 mísseis, ao contrário dos sistemas montados nos caminhões que conduzem 12 mísseis de pronto emprego.[/justificar]

[centralizar]Imagem[/centralizar]
[centralizar]Pantsyr S-1 tracionado por um veículo MZKT-7930. Foto: internet.[/centralizar]

As armas do sistema

[justificar]O Pantsyr S-1 combina o uso de mísseis de ação rápida com canhões de alta cadência de tiro. O míssil é o 57E6-E, arma de concepção revolucionária, dado o fato de que dos seus dois únicos estágios apenas o primeiro, o booster, conta com propelente, sendo que a parte seguinte vai em direção ao alvo apenas com o impulso do primeiro estágio, ou seja, prossegue com energia cinética, apenas. A parte que conta com a cabeça de guerra, desprovida de propelente, pode por isso ter um diâmetro diminuto, o que lhe dá a aparência de um dardo e, pelo fato de ser uma arma com alcance curto para os padrões russos, a desaceleração observada é mínima. De uma impulsão até aos 1.300 m/s (4.680 km/h) aos 2.4 segundos de voo, o estágio seguinte do míssil 57E6 desacelera para 900 m/s (3.240 Km/h) ao percorrer 12 km, próximo do limite de alcance da arma – até 18 km em condições ideais – a desaceleração será da ordem de 700 m/s (2.520 km/h), ou seja, conserva energia cinética bastante para próximo do limite de alcance (18km) ser uma arma manobrável e letal. O alcance máximo verificado é de 22km, já com manobrabilidade apenas residual.

O míssil 57E6-E apresenta probabilidade de acerto do alvo entre 70% e 95%, que cresce para 99% quando dois mísseis são lançados. Estas taxas de acerto se mantêm efetivas até o limite de altitude da arma, que é de 15 km. Sob o comando da estação de controle, situado no veículo lançador, o oficial artilheiro pode comandar a autodestruição do míssil, ou desativar a espoleta de fragmentação por proximidade, recurso este utilizado quando o míssil 57E6-E é dirigido contra um alvo terrestre e realizado com o intuito de aumentar os danos possíveis ao alvo por impacto. Ademais, é preciso lembrar que estocado em seus contêineres cilíndricos selados os mísseis 57E6-E exibem validade de 5 anos e quando estocados em depósitos climatizados exibem uma validade de 15 anos.

A outra arma que compõe o sistema Pantsyr S-1 são os canhões 2A38M. Montados com boa separação entre si, estes canhões de 30 mm, empregando cartuchos de 30 x 165mm traçantes, incendiários e/ou explosivos, capaz de atingir a elevadíssima cadência de 2.500 disparos por minuto cada peça, num total de 5.000 se empregadas ambas ao mesmo tempo. Os tubos são arrefecidos por líquido e a cinta de alimentação comporta até 700 cartuchos por arma. Esta possui dupla função, podendo ser dirigida contra alvos aéreos e terrestres. O alcance dos canhões para alvos aéreos é de 3.000~3.500 metros, e para alvos terrestres cerca de 4.000 metros ou mais. Os canhões oferecem à equipagem da bateria certa possibilidade de autodefesa, se por acaso esta for surpreendida por equipes de combate terrestres inimigas. O peso médio da arma é de cerca de 195 kg, sendo o do cartucho completo de 842 gramas e, do projétil, 389 gramas (HE-I ou High Explosive – Incendiary / Alto Explosivo – Incendiário), com velocidade de boca de aproximadamente 960 m/s.[/justificar]

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[centralizar] Missil 57E6 e o canhão 2A38M. Foto: internet.[/centralizar]

Sistemas de varredura, acompanhamento, iluminação e sensores passivos

[justificar]O sistema Pantsyr S-1 conta com radares e uma estação optrônica como suíte de detecção. Os radares do veículo lançador são dois, sendo que um realiza as funções de varredura/vigilância e outro é para acompanhamento/direção de tiro. Existem, hoje, duas opções para o cliente equipar o veículo lançador com o radar de busca e detecção: o modelo 2RL80E e o modelo RLM S0C. Para a função de acompanhamento e de diretor de tiro, o modelo 1RS2-E é o adotado. Além destes sensores eletromagnéticos, o veículo lançador possui uma estação optrônica (ótico-eletrônica), dotada de sensores termais, que permitem a operação de forma independente dos sensores eletromagnéticos, impondo como penalidade, apenas, o controle de um míssil por vez contra um alvo selecionado.

A varredura de campo, entretanto, não é realizada pelos radares embarcados no veículo lançador, apesar disto ser plenamente possível, mas por um radar de vigilância, cuja função é a de vigiar o campo de batalha enquanto as baterias, isto é, os veículos lançadores mantêm a disciplina de “silêncio eletromagnético” (não efetuam emissões eletromagnéticas). Dotado de um alcance maior, os radares de campo oferecem, portanto, o aviso antecipado. Os russos oferecem para exportação o radar de varredura de campo Kasta 2E1/2E2, com alcance de 150 km, capacidade de detecção e acompanhamento simultâneo de até 50 alvos, com 360º de cobertura em qualquer tempo. Este radar foi exportado para a Argélia, dentre outros clientes; todavia, no caso brasileiro, especula-se que para a função de vigilância/varredura de campo seria adotado o radar produzido pela BRADAR – Embraer Defesa e Segurança/Orbisat – SABER M-200, que se encontra neste momento em desenvolvimento e cujo alcance esperado é da ordem de 200 km.

O radar VNIIRT 2RL80E: radar com grande resistência a CME (contramedidas eletrônicas), PESA – Passive Electronically Scanned Array, ou radar de varredura eletrônica, que possui sua configuração em tela plana, rotativa (360° – 15, ou 30 rpm – rotações por minuto), 3D (tridimensional: azimute, alcance e altura), opera na banda S de forma primária com a possibilidade de escolha de outras frequências (20 – aleatórias). Permite o acompanhamento de 20 alvos, a cobertura de elevações entre 0° e 60°, alcance até 50 km, com os seguintes valores de alcance para Seção Reta Radar (RCS): 2m² (aviões/caças) – 36 km; 1,3m² (helicópteros/helicópteros de ataque) – 32 km; 0,1m² (mísseis de cruzeiro, antirradiação e bombas guiadas) – 16 km (os valores decaem em 10% quando o veículo está em movimento). A flexibilidade reflete-se na possibilidade do oficial artilheiro poder selecionar as escalas, sendo estas de 0°~60° (alcance: 1-30 km); 0°~30° (alcance: 1-50km); 40°~80° (alcance: 1-25km) e 0°~25° (3-80km). Foto abaixo:

[centralizar]Imagem[/centralizar]
[centralizar]Esta imagem mostra os dois radares do sistema de detecção do Pantsyr: em primeiro plano o radar S2-E, em forma de tambor. Atrás no alto, o radar 2RL80E com antena rotativa.Foto: internet.[/centralizar]

RLM S0C – PESA – “Janus Faced” : radar de varredura eletrônica que apresenta uma disposição frente/costa, para uma cobertura de 360º simultânea (montagem em “Janus”, ou “Jano”. Feito em semelhança ao deus romano de dupla face). Este radar possui em relação ao 2RL80E maior desempenho, e facilita rastreio de mísseis rápidos e com baixa assinatura. Operando em banda S, apresenta a capacidade de detecção de alvos com RCS (Seção Reta Radar) de 2m² a distância de 40 km, monitoração simultânea de 40 alvos, altitude de rastreio de 20 km, velocidade radial da ordem de 30~1200 m/s, azimute de 0°-360°, elevação de 0-60° e varredura de 90° (eletrônica). Possui um carga para a estrutura de 950kg.

O radar diretor de tiro/acompanhamento VNIIRT 1RS2-E: radar PESA (Passive Electronically Scanned Array), Pulse Doppler, responsável por selecionar dentre aquelas detectadas pelo radar de varredura as ameaças de maior poder ofensivo. A capacidade de acompanhamento é de oito alvos e estes são classificados em função do risco, sendo os três mais perigosos à posição defensiva são priorizados para combate (ordem de disparo equivalente ao grau de ameaça). É capaz de dar combate a até quatro bombas guiadas por vez, permitindo disparos contra o mesmo alvo com intervalos de 2 até 4 segundos. Concebido para operar nas bandas X e Ku, o radar iluminador 1RS2-E vetora o míssil 57E6-E por guiagem CLOS – Command to Line of Sight, ou Comando por linha De Visada -, emitindo sinais codificados de maneira contínua até a eliminação da ameaça, sendo 4 o número máximo de mísseis capazes de ser guiados por vez. Os valores de detecção de Seção Reta Radar (RCS) do radar 1RS2-E, de alvos com velocidade até 1.000 m/s, são os que seguem: 2m² (caças/veículos) – 28~24km; 0,1m² (mísseis antirradiação e/ou cruzeiro) – 13~11 km; 0,03m² (bombas guiadas) – 10~7km. O radar 1RS2-E permanece cativo, ou seja, fixo à torre com os mísseis e canhões, sendo apontado com estes para a direção da ameaça. Possui campo operativo de -5° a + 82°. É o de antena amarela:

[centralizar]Imagem[/centralizar]
[centralizar]Pantsyr-S1 montado em plataforma com veículo KAMAZ 6850, mostra a sua torre com o radar 1RS2-E bem evidente.
Foto: internet.
[/centralizar]

Visor termal MATIS LR: para realizar detecção e operação passiva, independente do uso de emissões eletromagnéticas, o Pantsyr S-1 conta com o uso de um sistema eletro-óptico, cujo visor termal é de origem francesa, MATIS-LR, que exibe azimute de +90° e -90°, capacidade de acompanhamento de aeronaves entre 17~30km, mísseis de cruzeiro entre 12~15km e mísseis antirradiação a partir de 12km. Estabilizado e integrado ao radar 1RS2-E, acompanha o alvo de forma independente, ou a partir dos dados fornecidos pelo radar. Em tela de comando fornece imagens de vídeo com a contínua posição do vetor de interceptação (míssil 57E6), por isso necessita estar com perfeito alinhamento no tocante ao eixo ótico/iluminação eletromagnética e isto, portanto, acaba por exigir uma necessidade primária de atenção das equipes de manutenção.[/justificar]

Evolução

[justificar]O sistema Pantsyr S-1 é plenamente operacional junto às forças armadas russas, entretanto, imbuído no programa de desenvolvimento contínuo dos sistemas de defesa antiaérea da Federação Russa, a empresa KBP Tula efetua o programa de evolução do sistema Pantsyr, denominado como Pantsyr SM. Este sistema agregará uma nova viatura plataforma, calcada na viatura blindada KAMAZ Typhoon, um veículo lançador com a mesma disposição atual do Pantsyr, com radar de varredura, e um segundo veículo lançador, este desprovido do detector de busca e dos canhões de alta cadência, mas tendo o acréscimo de mísseis para pronto uso, totalizando 24 contêineres cilíndricos, sendo 12 de cada lado da torre.

O míssil sofrerá uma adaptação muito simples, dado que será o mesmo 57E6-E em sua essência, todavia dotado de um novo booster, que lhe dará maior aceleração para permitir a interceptação de alvos que exibam velocidades da ordem de 1.800 m/s (6.480 km/h). Hoje, vale lembrar, o míssil 57E6-E está limitado a alvos que apresentem velocidades da ordem de 1.000 m/s (3.600 km/h). O detector principal da bateria deverá ser o RLM S0C – PESA – “Janus Faced”.[/justificar]

[justificar]Pantsyr S-1 para o Brasil[/justificar]

[justificar]O Pantsyr S-1 não foi, até a presente data, utilizado em situação de combate. O abate de uma aeronave RF-4E Phantom da Força Aérea da Turquia, supostamente ocorrido no litoral sírio, foi de responsabilidade de uma bateria equipada com mísseis Pechora 2M (alcance de 35km, altitude de 18.000 m), segundo as fontes militares sírias. Entretanto, o Pantsyr S-1 foi submetido a testes severos, que atestam com segurança a capacidade combativa deste sistema. Dentre estes testes se destacam dois, feitos na presença de uma delegação militar brasileira, efetuados ambos com sucesso, com a ocorrência da destruição dos alvos, sendo um deles abatido no limiar do alcance do sistema. Os testes em questão foram realizados a pedido do Ministério da Defesa do Brasil, e o foi por uma unidade operativa das forças armadas russas e não por uma equipe do fabricante e, atendendo a um pedido brasileiro, formulado pelo General de Brigada Márcio Roland Heise, os disparos foram realizados dentro do alcance visual. O primeiro deu-se contra um drone, propulsionado por turborreator, que realizava manobras evasivas, em seguida contra um alvo esguio e rápido. O drone foi abatido na distância de 15 km (6.000 metros de altitude). O segundo teste foi ainda mais exigente, pois contra a unidade de tiro de teste foi lançado de outra bateria um míssil, arma de pequeno tamanho, esguia, pequena, com mínima assinatura. A ameaça foi neutralizada na distância de 8,5 km (100 metros de altitude) por um míssil 57E6-E.

Por ser modular, o Pantsyr S-1 pode proteger instalações físicas de modo fixo, sem sua plataforma móvel, apesar de ser uma forma pouco inteligente em caso de um conflito. Aliás, no tocante a plataforma, o fato de haver a presença no Brasil de uma unidade produtiva de um dos fornecedores com chassi homologado pelo fabricante, KBP Tula, no caso a MAN Latin América, favorece a escolha do chassi SX-45; todavia, caso a escolha recaia sobre exemplares russos, como o BAZ 6909, ou KAMAZ 6860, não seria propriamente uma surpresa dado a qualidade destes veículos.

Outra especulação existente na proposta para o Brasil, está relacionada a escolha do radar de varredura do veículo lançador, e da escolha do radar de vigilância de campo. Quanto ao segundo, a escolha do radar BRADAR SABER M200 é tida como uma aposta segura, por ser um equipamento produzido por uma empresa brasileira e que atende aos requisitos exigidos. Para equipar a viatura de lançamento, a escolha deverá recair entre o 2RL80E e o RLM S0C. Escolhido o radar, deverá ser incorporado um sistema nacional de IFF – Identification Friend Or Foe (Identificação – Amigo ou Inimigo).

O conceito russo que engloba o Pantsyr S-1 é o SHORAD – Short Range Air Defense, ou defesa de curto alcance e baixa altitude, ou seja, uma defesa crítica, de último recurso. A escolha russa, portanto, passou pela decisão de criar um produto específico para uma ameaça específica, ao contrário do que se vê em algums opções no ocidente, que é a simples adaptação de mísseis concebidos para a arena ar-ar, seja arena BVR (beyond-visual-range, ou além do alcance visual), ou WVR (Within Visual Range, ou dentro alcance visual), para a proteção de unidades terrestres das ameaças aéreas. A princípio parece lógico, pois dá-se em função do aproveitamento de armas existentes, entretanto, os mísseis ar-ar são armas caras, complexas, de manejo difícil e exigente. A solução russa, por outro lado, acaba por impor uma bateria sofisticada, grande e pesada, dado o fato de que ela busca autonomia de geração de energia, mobilidade e detecção, além de uma quantidade de mísseis de pronto uso (12), que possam dar combate contra um ataque de saturação. O vetor, ou seja, o míssil, passa a ser de extrema simplicidade na sua concepção, o que por sua vez se reflete no seu custo de produção, afinal, pouco vai além de propelente, cabeça de guerra e antena receptora para os comandos. Em uma defesa aproximada é recomendável manter o foco no alvo e o número de disparos, via de regra, é elevado, o que impõe a necessidade de um estoque vasto, ou de produzir em larga escala o vetor (míssil). Naturalmente há opções ocidentais mais parecidas com o sistema exposto, como o Crotale francês ou o BAMSE sueco.

No contexto brasileiro, devido às faixas de classificações adotadas, o Pantsyr S-1 será considerado como uma bateria voltada para proteção de média altura, visto que o alcance limite da arma principal, o míssil 57E6-E, é da ordem de 22 km. Caberá ao sistema a proteção de instalações vitais e de colunas blindadas em progressão, devido à capacidade deste sistema de disparo em marcha. Todavia, como visto antes, o Pantsyr S-1 não é um sistema voltado à média altura, sendo a sua capacidade para cumprir esta missão, marginal. Para cumprir com perfeição a missão de defesa de média altura, é necessária a adoção de um sistema voltado para dar combate contra ameaças situadas nas faixas de 35~45km de alcance e 18.000~25.000m de altitude. Para tanto, será imperativo o desenvolvimento, ou a aquisição de um projeto/produto que atenda a estas faixas de ameaças. Talvez seja esta a principal missão deste sistema no Brasil: abrir as portas para o entendimento, visando o desenvolvimento nacional de sistemas antiaéreos de médio alcance.[/justificar]




Portal Defesa

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Dom Set 20, 2015 3:43 pm
por Ilya Ehrenburg
Pois bem...

Esquecendo a revista Veja que de nada serve, posto que é uma revista de ficção e humor, podemos dizer:

1- O sistema não é obsoleto.
2- Está entre os mais efetivos da sua categoria.
3- Possui operadores externos, e outros já manifestaram interesse devido as suas evidentes qualidades.
4- É focado para defesa aproximada e de ponto.
5- È capaz de prover cobertura para uma coluna em progressão.
6- O míssil 57E6 é de uma extrema simplicidade. Muito barato de ser produzido, com valor substancialmente abaixo dos seus congêneres. Isto se dá pela escolha do sistema diretivo, radio controle, permitindo o uso intensivo do míssil com custo baixo. A complexidade com o seu custo inerente está na plataforma.

Como já disse em outra oportunidade: é preciso saber o que se quer. Caso o horizonte pretendido seja o de construir um sistema defensivo composto em camadas, o Pantsyr se revela como um ótimo degrau inicial. Lembrando que para o panorama brasileiro, um sistema de alcance médio e outro de alcance estendido, seriam, ambos, desejáveis.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Dom Set 20, 2015 3:46 pm
por Marechal-do-ar
Ilya Ehrenburg escreveu:Devem ser adquiridas três baterias, na forma de 13 veículos lançadores, 6 veículos de apoio, 3 veículos de manutenção, 3 veículos de manutenção eletrônica, 3 veículos de manutenção mecânica, 3 veículos transportadores de peças, 3 unidades de ajuste, um conjunto para equipamentos de teste e um simulador outdoor. Soma-se a aquisição de 288 unidades de mísseis 57E6-E e 37.000 cartuchos de calibre 30mm (30 x 165mm).
Alguém sabe, com certeza, os números a serem adquiridos?
Ilya Ehrenburg escreveu:6- O míssil 57E6 é de uma extrema simplicidade. Muito barato de ser produzido, com valor substancialmente abaixo dos seus congêneres. Isto se dá pela escolha do sistema diretivo, radio controle, permitindo o uso intensivo do míssil com custo baixo. A complexidade com o seu custo inerente está na plataforma.
Gostaria de saber mais detalhes, quanto custa cada míssil especificamente?

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Dom Set 20, 2015 4:39 pm
por ABULDOG74
Olá camaradas, qual deverá ser o chassi do Pantsyr Brasileiro?

ADSUMUS

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Dom Set 20, 2015 5:37 pm
por Bolovo
ABULDOG74 escreveu:Olá camaradas, qual deverá ser o chassi do Pantsyr Brasileiro?

ADSUMUS
MAN, igual aos Pantsir dos Emirados.

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