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Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Jul 29, 2011 9:21 pm
por Pereira
henriquejr escreveu:
Pereira escreveu:Henrique, como é o coldre de vocês aí?
Amigo, infelizmente a maioria das unidades não paga coldres, cinto NA nem colete tático. O próprio policial tem que adquirir este material. Eu utilizo um coldre de perna com duas amarrações na coxa por velcro. Tem uma botoeira para travar a arma que pega no cão e regulavel por velcro e também duas ligas de segurança que prendem bem no apoio de mão da arma (não uso essas ligas porq dá trabalho para sacar a arma). Depois que passei o susto que disse acima, comprei um fiel retrátil. No começo ele me incomodava um pouco mas terminei me acostumando, hoje recomendo a todos que utilizem!

Nas unidades especializadas (Rocam, BOPE, BPChoque, CIPAM e Grupos Táticos) são pagos cinto, coldre de perna e colete tático para cada policial!

Trabalho numa unidade especializada mas por ser nova (foi criada a menos de 1 ano), ainda não nos pagaram nenhum material desse tipo!
Aqui, as unidades pagam um como esse:

http://www.incoseg.com.br/new/catalogo/ ... l&idpro=25

Mas é facultativo ao militar comprar por conta própria um que ache melhor, desde que esteja no padrão.

Ainda não me convenci sobre o fiel retrátil, usei uma vez e me senti bem incomodado, mas por outro lado, não quero ter que precisar dele e não ter.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sáb Jul 30, 2011 1:27 pm
por henriquejr
No começo ele (fiel) incomoda um pouco, mas é só questão de costume mesmo! A utilidade dele compensa qualquer incomodo!

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Dom Jul 31, 2011 3:41 pm
por zela
É muito útil...é um equipamento barato que pode evitar grandes dores de cabeça. E da pra atirar com ele sem problemas.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Dom Jul 31, 2011 11:09 pm
por ZeRo4
http://videos.r7.com/denuncias-de-polic ... 2883c.html

A maravilhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa das UPPs!!! até quando a magia vai durar??? Isso é anunciado há muito tempo!

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Dom Jul 31, 2011 11:11 pm
por ZeRo4
Líder comunitário assassinado havia sido expulso de comunidade por traficantes

Corpo de Marivaldo dos Prazeres, ex-presidente da Assossiação de Moradores do Morro dos Macacos é sepultado

Rio - O corpo de Marivaldo dos Prazeres, ex-presidente da Associação de Moradores do Morro dos Macacos em Vila Isabel, na Zona Norte, foi sepultado na tarde desta sexta-feira, no Cemitério de Inhaúma, também na Zona Norte. Marivaldo, que foi assassinado com três tiros na noite desta quinta-feira, havia sido expulso da comunidade 15 anos atrás, expulsos por traficantes da região.

O crime ocorreu próximo a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) instalada no Morro dos Macacos.
Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Parentes e amigos se desesperam durante o enterro do ex-líder comunitário no Cemitério de Inhaúma | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

De acordo com a polícia, Marivaldo participava de um churrasco de confraternização de moradores, por volta das 21h, quando foi surpreendido no banheiro de uma piscina. O local antes da pacificação era utilizado por traficantes que controlavam os pontos de vendas de drogas e hoje está desativado.

Após ouvir os disparos, os PMs seguiram para o local, mas o assassino já havia fugido. Segundo o comandante da UPP do Morro dos Macacos, capitão Fábio Barreto, a morte do ex-líder comunitário é um fato isolado, possivelmente motivado por desavença ou rixa. Ele negou a presença de traficantes no morro.

Traficantes são principais suspeitos



As duas principais linhas de investigação sobre a morte do ex-líder comunitário Marivaldo dos Prazeres, 48 anos, recaem sobre traficantes que ainda vivem na favela, onde há uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde o ano passado. Ele foi assassinado quinta-feira à noite no banheiro de uma piscina, a poucos metros da sede da UPP.

Uma hipótese investigada pela Divisão de Homicídios é a de emboscada: Marivaldo teria sido atraído de volta à comunidade com o pretexto de participar de um churrasco com antigos vizinhos. Outra versão é de que ele tenha confiado no processo de pacificação, mas, reconhecido, foi assassinado na comunidade.

Para o comandante da UPP da favela, capitão Felipe Barreto, o crime foi um fato isolado. Entretanto, o presidente da associação dos moradores, Mario Lima — que trabalhou com Marivaldo quando a vítima comandou a entidade — reclama que esse é o segundo homicídio na comunidade em menos de uma semana.

“Que caso isolado, que nada. Na segunda-feira passada,um morador foi morto a facadas”, questiona Mário.
A Secretaria de Segurança disse, em nota, que o caso de segunda-feira estaria relacionado a crime passional e que as investigações ainda não são conclusivas sobre as duas mortes na UPP Macacos.

Medo de retaliações

Moradores mais velhos do Morro dos Macacos, que conviveram com Marivaldo, gostariam de ter comparecido ao enterro dele, no fim da tarde, no Cemitério de Inhaúma. Mas não foram por medo de retaliação do tráfico.

“Eu o conhecia desde 1990 e era uma pessoa maravilhosa, mas é melhor deixar o passado quieto”, disse um homem de 60 anos, morador há 50 nos Macacos.</CW>

Após deixar a comunidade ameaçado de morte, Marivaldo foi morar em Água Santa, onde montou uma loja de venda e conserto de telefones. Ele tinha mulher e três filhos — dois meninos, de 2 meses e 4 anos, e um rapaz, de 22.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qui Ago 04, 2011 3:14 am
por Rodrigoiano
RJ: polícia procura major do Exército desaparecido há uma semana
04 de agosto de 2011 • 01h39

RICARDO ALBUQUERQUE

Policiais do Serviço Reservado do 14º BPM (Bangu, no Rio de Janeiro) estão à procura do do major do Exército Maurício Ribeiro Dainese, 49 anos, desaparecido há uma semana. Lotado na 9ª Brigada de Infantaria Motorizada, o oficial foi visto pela última vez na quinta-feira, dia 28 de julho, na loja de conveniência de um posto de combustível na Rua Piraquara, um dos acessos à Favela Minha Deusa, em Realengo. Há suspeitas de que traficantes, ligados a facção criminosa ADA, tenham capturado o oficial.

Familiares do major espalharam foto dele pelo bairro e informaram que ele usava jaqueta de couro, e estava com sua moto, a Yamaha XT660 preta, placa KVH 6169, e carregava uma pistola 9 mm. Policiais do Serviço Reservado do 14º BPM suspeitam que os traficantes estejam caçando militares na região. O último caso teria sido do soldado PM Thiago Moraes Pontes, 29 anos, que morreu segunda-feira ao ser alvejado na porta de casa na Pirituba, em Realengo. Ele era lotado na UPP da Cidade de Deus.

O desaparecimento do major foi registrado no dia 31 de julho na 30ª DP (Marechal Hermes), sob o número 04378/2011. Familiares do oficial denunciaram que o Exército não tomou qualquer providência para descobrir o paradeiro do oficial. Na terça-feira, policiais do 14º BPM foram verificar a denúncia sobre um corpo no interior da Favela Minha Deusa. Não houve troca de tiros durante a operação e nenhum corpo foi encontrado.

"O assassino do PM é o líder do tráfico na Vila Vintém e suspeitamos que também tenha envolvimento no sumiço do oficial do Exército", afirmou o tenente-coronel Djalma Beltrami, comandante do 14º BPM. O suspeito de envolvimento na morte do PM e no sumiço do major é conhecido como Perigo. Quem tiver informação pode ligar para o Disque-Denúncia, através do número 2253-1177. Não é preciso se identificar.

Fonte: Terra/O Dia

http://noticias.terra.com.br/brasil/not ... 30,00.html

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qui Ago 04, 2011 9:13 pm
por Carlos Mathias
Mas aqui na área não tem UPP, como podem acontecer essas coisas que só acontecem onde tem UPP? :roll:

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Ago 05, 2011 8:52 am
por wagnerm25
Seis de uma vez. Parabéns a ROTA pela limpeza.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2 ... em-sp.html

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Ago 05, 2011 5:55 pm
por Pablo Maica
Baita trabalho da ROTA!!!!

Pena que ainda escaparam 8 ou 9...

Mas ta loco os caras estavam muito bem armados com os 6 mortos pegaram 2 fuzis, 2 subs e 2 12... pelomenos 4 carregadores para cada fuzil...


Os vagos iam parar em pelomenos mais 2 mercados certamente!



Um abraço e t+ :D

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Ago 05, 2011 6:15 pm
por rodrigo
Baita trabalho da ROTA!!!!

Pena que ainda escaparam 8 ou 9...

Mas ta loco os caras estavam muito bem armados com os 6 mortos pegaram 2 fuzis, 2 subs e 2 12... pelomenos 4 carregadores para cada fuzil...
Isso sim é um desarmamento que vale a pena! Agora, dão uma grana pra campanha do desarmamento do MJ, e falta tudo para a DPF patrulhar fronteiras. Aí é muita babaquice. Recolhem os 38 enferrujados e entram fuzis M4 no lugar.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Ago 05, 2011 6:21 pm
por Pablo Maica
rodrigo escreveu:
Baita trabalho da ROTA!!!!

Pena que ainda escaparam 8 ou 9...

Mas ta loco os caras estavam muito bem armados com os 6 mortos pegaram 2 fuzis, 2 subs e 2 12... pelomenos 4 carregadores para cada fuzil...
Isso sim é um desarmamento que vale a pena! Agora, dão uma grana pra campanha do desarmamento do MJ, e falta tudo para a DPF patrulhar fronteiras. Aí é muita babaquice. Recolhem os 38 enferrujados e entram fuzis M4 no lugar.
Tava vendo a entrevista do delegado encarregado na Band e ele apontou exatamente isso... pergunto pro apresentador onde estavam os 38 e as pistolas 380...



Um abraço e t+ :D

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sáb Ago 06, 2011 12:51 pm
por ZeRo4
Adolescente é encontrado com duas granadas no Morro da Coroa, no Catumbi

Um menor foi apreendido, no início da madrugada deste sábado, com duas granadas e um rádio transmissor, no Morro da Coroa, no Catumbi. A comunidade que conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora ainda luta para acabar com o tráfico de drogas. Na manhã desta sexta-feira, os mesmos policiais haviam aprendido uma granada e um dez trouxinhas de maconha.

De acordo com os PMs, moradores informaram sobre a atuação de traficantes em um local no topo do morro próximo da Quadra Coração da Coroa. Os policiais foram a pé até o local e surpreenderam os traficantes. Alguns conseguiram correr e o menor foi apreendido com as granadas no cinto. Na delegacia, o adolescente explicou que sua função era atacar os policiais para dar tempo dos outros traficantes fugirem a avisar aos demais pelo rádio. Esse cargo é conhecido como primeira contenção.

A polícia irá investigar se o jovem detido teve alguma participação no ataque de granada, também no Morro da Coroa, em que o soldado da PM Alexsander de Oliveira perdeu uma perna. Outros dois PMs também ficaram feridos. O ataque aconteceu no final de junho. Há duas semanas um homem suspeito de ser integrante do grupo que atacou os militares foi preso. David José Augusto, vulgo "Terror", de 23 anos, foi detido na própria comunidade portando uma granada

Fonte: Extra

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sáb Ago 06, 2011 1:07 pm
por ZeRo4
O perigoso projeto de inchar a tropa da PM do Rio

O coronel José Vicente da Silva Filho, da reserva da PM, é hoje um dos maiores especialistas em segurança pública do país. Discreto, ele costuma ser ouvido por nove entre dez jornalistas do setor. Ele enviou artigo para o blog, no qual questiona a necessidade real de a PM do Rio ampliar seu efetivo às pressas, de oho nas Olimpíadas. Ele não tem dúvida de que isso não vai acabar bem e explica po rque.

OS NOVOS EFETIVOS DA PM DO RIO – A CAMINHO DO DESASTRE

Por José Vicente da Silva Filho*, especial para o blog Repórter de Crime

Ao saber que os chineses empregaram 70 mil policiais para suas Olimpíadas o governador Sérgio Cabral determinou que a PM chegasse ao teto de 60.484 integrantes, através da lei 5.467 de 08 de junho de 2009 que ele sancionou. Somados aos efetivos de aproximadamente 10 mil da Polícia Civil, o Rio passaria a ter os 70 mil policiais “olímpicos” até 2016. Essa falsa saída costuma ser recorrente na história das polícias: o detentor do cargo político ordena que policiais sejam contratados em grande quantidade em curto espaço de tempo para atender uma demanda política por mais segurança. Na polícia das sociedades modernas, cada vez mais complexas e exigentes, não há mais espaço para policiais de baixa qualidade, o que
acaba ocorrendo sempre que há pressa na contratação e formação desses profissionais. Em seu primeiro mandato o governador Cid Gomes do Ceará também cometeu esse grave erro político-estratégico, ao determinar a redução do período de formação dos soldados da PM de seis para três meses, com funestas conseqüências para seu já equivocado plano de segurança denominado “Patrulha dos Bairros” com viaturas de luxo (Toyota Hilux) e grande quantidade de PMs desfilando pela capital e arredores.

Existem alguns problemas na equação dos novos efetivos da PM carioca, hoje com cerca de 40 mil policiais. Primeiro, como formar bem 20 mil novos policiais, além de outros cinco mil que terão se aposentado nesse curtíssimo tempo de cinco anos? Não há condições para vencer esse desafio, sem comprometer seriamente o quadro de recursos policiais com integrantes de baixa qualidade. Prudentemente a PM paulista passou a formar seus policiais de base – soldados policiais – em dois anos numa academia com certificação ISO 9001.

Há um coeficiente que tem se mostrado o limite da prudência em recrutamento e preparação de policiais: 5% do efetivo total é aproximadamente o limite que uma estrutura policial consegue preparar por ano com a qualidade básica necessária. No caso do Rio de Janeiro essa referência seria de dois mil ou, chegando ao limite da imprudência, três mil novos policiais ao ano, consolidando-se o efetivo total em pelo menos oito ou nove anos (2019 ou 2020).

Com um policial para cada 228 habitantes, o Rio de Janeiro passaria a ter um dos maiores contingentes policiais do planeta (São Paulo tem um para cada 303; Inglaterra e Estados Unidos aproximadamente um para cada 400 habitantes). A longa experiência de São Paulo na expansão de seus efetivos até alcançar os 100 mil integrantes atuais oferece parâmetros de análise que merecem ser considerados: supondo a demanda da PM carioca de 25 mil novos integrantes: seria necessário pelo menos o recrutamento de 200 mil candidatos com o perfil básico adequado (idade, altura, 2º grau completo, isenção de problemas com a lei etc); pelo menos 40 mil teriam que ser submetidos a exames médicos e psicológicos e uns
30 mil pesquisados em investigação social (juntos a familiares, vizinhos, empregos e escolas, bancos de dados criminais etc). A formação desse enorme contingente implicaria em apertar em cinco anos cerca de 6,5 milhões de horas de aula e o dispêndio de 10 milhões de projéteis para treinamento de tiro. O Estado do Rio de Janeiro teria condições de fazer tudo isso com a qualidade mínima requerida? Não há a menor dúvida: nenhuma polícia teria essa condição.

Pela experiência paulista toda vez que esse teto foi rompido (no caso formando mais que os 5% do efetivo total) houve comprometimento de qualidade, com policiais dando todo tipo de trabalho de maus serviços a problemas éticos e criminais graves. Isso ocorrerá na PM do Rio, não como possibilidade, mas com certeza absoluta. Não se podem formar policiais em granjas como está sendo planejado, inclusive com formação já sabidamente precaríssima em unidades operacionais de policiamento, inclusive do interior. Um psiquiatra norte-americano ao estudar o fenômeno da socialização organizacional do novo policial concluiu que a intensidade e profundidade da formação é fundamental para gerar padrões de comprometimento ético e
social necessários à essa dificílima função pública.

Outro problema. Na formulação do plano de efetivos da nova lei a PM meteu os pés pelas mãos, estabelecendo privilégios no acesso profissional e fazendo uma vigorosa volta ao passado mais retrógrado criando cargos de oficiais especialistas numa profusão sem igual no mundo em organizações policiais ou militares.

Para dar suporte ao novo dimensionamento de efetivos (praticamente 50% maior que o atual) foram previstos 77 novos coronéis (são 60 em São Paulo, para aproximadamente 100 mil PM´s), 286 tenentes coronéis (243 em São Paulo), 736 majores (429 em São Paulo). Para capitães (1.048) e tenentes (2.194) os recursos são ligeiramente menores que São Paulo (1.264 e 2.409, respectivamente). Esses quadros de recursos deveriam ser preenchidos proporcionalmente até o preenchimento final dos efetivos em 2016 ou quando fosse possível (provavelmente 2019). Mas esses quadros já foram preenchidos antecipadamente, sugando- se recursos preciosos da hierarquia inferior, justamente aquela que mais lida como o efetivo
operacional. O verdadeiro festival de promoções chegou ao exagero inconseqüente, com a incrível promoção além da previsão de vagas: em março havia 103 coronéis para as 77 vagas existentes (existindo, portanto, 26 coronéis sem ter o que fazer) e 296 tenentes coronéis para as 286 vagas previstas, excedentes que utilizaram expedientes sujeitos a enquadramentos em improbidade administrativa (não se podem criar postos sem a devida previsão de vagas).

Curioso também o fato de estarem fixadas 8.506 vagas para graduados (subtenentes, 1º, 2º e 3º sargentos), mas existirem quase 12 mil graduados (em março de 2011 eram 11.357). A PM carioca tem o péssimo sistema de promover automaticamente o soldado a sargento, sem fazer concurso e seleção dos mais aptos para esse importantíssimo cargo de supervisão do policiamento. Ou seja, sem quadros de supervisão qualificados (sargentos e tenentes), com número excessivo de policiais em alta hierarquia prematuramente distanciados do comando operacional o gigantesco efetivo terá precário controle, criando condições para desvios funcionais já potencializados pela má formação. O custo institucional será altíssimo e em curto
espaço de tempo.

Mas o lado mais retrógrado (porque era comum nas polícias militares nos períodos anteriores aos governos militares) foi a criação de um larga variedade de especialistas, todos oficiais de carreira, quando poderiam ser contratados civis, com menor comprometimento salarial e de estabilidade funcional:

Vejamos a relação de oficiais a serem concursados (já ingressam como tenentes, e, em muitos casos, podendo chegar a coronel):

1. Médicos: 850, sendo 6 coronéis

2. Dentistas: 312 (2 coronéis)

3. Enfermeiros: 220

4. Psicólogos: 100

5. Fisioterapeutas: 50

6. Nutricionistas 50

7. Farmacêuticos: 40

8. Assistentes sociais: 30

9. Veterinários: 25

10. Capelães: 20

11. Fonoaudiólogos: 16

12. Músicos: 11

13. Especialistas em rádio0comunicação: 7

14. Pedagogos: 16

15. Auxiliares administrativos: 584

Observações:

a. Primeira pergunta a fazer: se os 40 mil PM´s atualmente têm um dos piores salários do
Brasil (pouco mais de mil reais, metade do que ganha um PM paulista ou um quinto do
que recebe o policial do DF), como remunerar adequadamente 60 mil?

b. Por que tantos especialistas a serem concursados, se seria mais barato contratar n o
mercado de trabalho, com as facilidades de troca em caso de trabalho insatisfatório e
com impacto muito menor na previdência estadual?

c. Por que 850 médicos, com um médico para cada 71 PM´s se a OMS prevê um
para cada 1.000 habitantes? HÁ UM ABSURDO EMBUTIDO NESSE CONCURSO: OS
ESPECIALISTAS DA ÁREA DE SAÚDE DA PM TRABALHAM 4 HORAS POR DIA, quando
deveriam trabalhar as 8 horas como todos os demais servidores. Apenas servidores
especialistas contratados podem trabalhar 4 horas se forem pagos para isso; como
oficiais de salário integral devem trabalhar integralmente. UM ESCÂNDALO.

d. O que justificaria o tamanho dessa alta hierarquia médica: 6 coronéis, 40 tenentes
coronéis 128 majores médicos? Será que um coronel médico teria disposição para
cuidar da unha encravada de um soldado? NA PM DE SÃO PAULO EXISTE UM ÚNICO
CORONEL PARA TODO O QUADRO DE SAÚDE, função destinada a administrar toda a
Diretoria de Saúde da PM.

e. O que justifica a contratação de 40 farmacêuticos, o mesmo contingente existente no gigantesco complexo industrial da Johnsonn & Johnsonn? Em São Paulo, por herança do passado são aproximadamente 20.

E 20 capelães, o que justificaria, se o estado é laico e se os contingentes da PM não costumam ter missões em outros países, onde os policiais não teriam como freqüentar as paróquias locais? Não é suficiente ter igrejas perto de qualquer residência policial? A PM em São Paulo tem 3 capelães.

g. E por que não se contratam civis para a administração, como fazem as secretarias de
estado ou os ministérios e empresas públicas?

h. Sem cálculos precisos podemos estimar o salário médio desses 2.331 oficiais especialistas em torno de 4 mil reais. Em valores básicos acarretaria um impacto mínimo de 120 milhões na folha de pagamentos da PM. Ocorre que o impacto total do custo desses especialistas é da ordem de 2,5 vezes seu salário (contando inclusive com o impacto futuro das aposentadorias e pensões, gastos com afastamentos,
treinamento, fardamento, suporte administrativo, assistências médicas e sociais etc), algo em torno de 250 MILHÕES AO ANO. Tudo isso sem relevante impacto na melhoria da capacidade operacional dos efetivos verdadeiramente policiais.

i. A PM do Rio de Janeiro estaria bem servida com 50 mil integrantes melhor remunerados, principalmente se excluída a contratação absurda desses especialistas.

f. PREVISÃO DO LEGADO PÓS-OLÍMPIADA
Logo após os Jogos Olímpicos a segurança do Rio de Janeiro acentuará a crise que começará ser desenhada por volta de 2013 com os novos efetivos mal formados e mal supervisionados, engrossando milícias e aproveitando-se da cultura existente de corrupção e achaque. Com os oficiais se espremendo em busca da alta hierarquia onde ficam distantes da atividade operacional a tropa se sentirá abandonada
e os custos irão às alturas com a paquidérmica estrutura de especialistas que comprometerão definitivamente as possibilidades de retribuição salarial condigna aos policiais militares. Definitivamente a PM e o governo do Rio de Janeiro estão dando tiros nos pés com essa balofa estrutura policial criada entre tantas insanidades.

Ainda dá tempo de algumas correções:

a. não efetuar os concursos dos especialistas,

b. limitar o aumento de efetivos em 50 mil,

c. colocar os coronéis para comandar batalhões operacionais, majores para comandar companhias de policiamento (com capitães para auxiliar a coordenação administrativa e operacional),

d. Reintroduzir a exigência de seleção para formar sargentos, introduzir exigências de cursos para as promoções a 2º e a 1º sargentos e a subtenente

e. Permitir a promoção exclusivamente pelo critério de existência de vagas, como ocorre em praticamente todas as demais polícias (atualmente o tenente é promovido automaticamente a capitão no máximo em 5 anos e 8 meses, mesmo sem existência de vagas para a função; o soldado é promovido automaticamente a sargento).

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sáb Ago 06, 2011 5:32 pm
por Clermont
O perigoso projeto de inchar a tropa da PM do Rio

(...)

Há um coeficiente que tem se mostrado o limite da prudência em recrutamento e preparação de policiais: 5% do efetivo total é aproximadamente o limite que uma estrutura policial consegue preparar por ano com a qualidade básica necessária. No caso do Rio de Janeiro essa referência seria de dois mil ou, chegando ao limite da imprudência, três mil novos policiais ao ano, consolidando-se o efetivo total em pelo menos oito ou nove anos (2019 ou 2020).

(...)

A formação desse enorme contingente implicaria em apertar em cinco anos cerca de 6,5 milhões de horas de aula e o dispêndio de 10 milhões de projéteis para treinamento de tiro. O Estado do Rio de Janeiro teria condições de fazer tudo isso com a qualidade mínima requerida? Não há a menor dúvida: nenhuma polícia teria essa condição.

Pela experiência paulista toda vez que esse teto foi rompido (no caso formando mais que os 5% do efetivo total) houve comprometimento de qualidade, com policiais dando todo tipo de trabalho de maus serviços a problemas éticos e criminais graves. Isso ocorrerá na PM do Rio, não como possibilidade, mas com certeza absoluta. Não se podem formar policiais em granjas como está sendo planejado, inclusive com formação já sabidamente precaríssima em unidades operacionais de policiamento, inclusive do interior.

(...)

Outro problema. Na formulação do plano de efetivos da nova lei a PM meteu os pés pelas mãos, estabelecendo privilégios no acesso profissional e fazendo uma vigorosa volta ao passado mais retrógrado criando cargos de oficiais especialistas numa profusão sem igual no mundo em organizações policiais ou militares.

(...)

A PM carioca tem o péssimo sistema de promover automaticamente o soldado a sargento, sem fazer concurso e seleção dos mais aptos para esse importantíssimo cargo de supervisão do policiamento. Ou seja, sem quadros de supervisão qualificados (sargentos e tenentes), com número excessivo de policiais em alta hierarquia prematuramente distanciados do comando operacional o gigantesco efetivo terá precário controle, criando condições para desvios funcionais já potencializados pela má formação. O custo institucional será altíssimo e em curto espaço de tempo.

Mas o lado mais retrógrado (porque era comum nas polícias militares nos períodos anteriores aos governos militares) foi a criação de um larga variedade de especialistas, todos oficiais de carreira, quando poderiam ser contratados civis, com menor comprometimento salarial e de estabilidade funcional:

(...)

a. Primeira pergunta a fazer: se os 40 mil PM´s atualmente têm um dos piores salários do Brasil (pouco mais de mil reais, metade do que ganha um PM paulista ou um quinto do que recebe o policial do DF), como remunerar adequadamente 60 mil?

b. Por que tantos especialistas a serem concursados, se seria mais barato contratar no mercado de trabalho, com as facilidades de troca em caso de trabalho insatisfatório e com impacto muito menor na previdência estadual?

c. Por que 850 médicos, com um médico para cada 71 PM´s se a OMS prevê um para cada 1.000 habitantes? HÁ UM ABSURDO EMBUTIDO NESSE CONCURSO: OS ESPECIALISTAS DA ÁREA DE SAÚDE DA PM TRABALHAM 4 HORAS POR DIA, quando deveriam trabalhar as 8 horas como todos os demais servidores. Apenas servidores especialistas contratados podem trabalhar 4 horas se forem pagos para isso; como oficiais de salário integral devem trabalhar integralmente. UM ESCÂNDALO.

d. O que justificaria o tamanho dessa alta hierarquia médica: 6 coronéis, 40 tenentes-coronéis, 128 majores médicos? Será que um coronel médico teria disposição para cuidar da unha encravada de um soldado? NA PM DE SÃO PAULO EXISTE UM ÚNICO CORONEL PARA TODO O QUADRO DE SAÚDE, função destinada a administrar toda a Diretoria de Saúde da PM.

e. O que justifica a contratação de 40 farmacêuticos, o mesmo contingente existente no gigantesco complexo industrial da Johnsonn & Johnsonn? Em São Paulo, por herança do passado são aproximadamente 20.

E vinte capelães, o que justificaria, se o estado é laico e se os contingentes da PM não costumam ter missões em outros países, onde os policiais não teriam como freqüentar as paróquias locais? Não é suficiente ter igrejas perto de qualquer residência policial? A PM em São Paulo tem 3 capelães.

h. Sem cálculos precisos podemos estimar o salário médio desses 2.331 oficiais especialistas em torno de 4 mil reais. Em valores básicos acarretaria um impacto mínimo de 120 milhões na folha de pagamentos da PM. Ocorre que o impacto total do custo desses especialistas é da ordem de 2,5 vezes seu salário (contando inclusive com o impacto futuro das aposentadorias e pensões, gastos com afastamentos, treinamento, fardamento, suporte administrativo, assistências médicas e sociais etc), algo em torno de 250 MILHÕES AO ANO. Tudo isso sem relevante impacto na melhoria da capacidade operacional dos efetivos verdadeiramente policiais.

i. A PM do Rio de Janeiro estaria bem servida com 50 mil integrantes melhor remunerados, principalmente se excluída a contratação absurda desses especialistas.

Ainda dá tempo de algumas correções:

a. não efetuar os concursos dos especialistas,

b. limitar o aumento de efetivos em 50 mil,

c. colocar os coronéis para comandar batalhões operacionais, majores para comandar companhias de policiamento (com capitães para auxiliar a coordenação administrativa e operacional),

d. Reintroduzir a exigência de seleção para formar sargentos, introduzir exigências de cursos para as promoções a 2º e a 1º sargentos e a subtenente

e. Permitir a promoção exclusivamente pelo critério de existência de vagas, como ocorre em praticamente todas as demais polícias (atualmente o tenente é promovido automaticamente a capitão no máximo em 5 anos e 8 meses, mesmo sem existência de vagas para a função; o soldado é promovido automaticamente a sargento).
Esse texto é devastador. Parece que o Cabral, depois de um curto período em que deu a impressão de poder ser um governador, um pouco diferenciado dos lixões que governaram o infeliz Estado do Rio de Janeiro, vai na direção da vala comum, da irresponsabilidade e falta de compromisso com qualquer projeto de longo prazo para uma verdadeira melhoria das forças policiais.

É pena.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sáb Ago 06, 2011 6:40 pm
por Viktor Reznov
ZeRo4 escreveu:Adolescente é encontrado com duas granadas no Morro da Coroa, no Catumbi

Um menor foi apreendido, no início da madrugada deste sábado, com duas granadas e um rádio transmissor, no Morro da Coroa, no Catumbi. A comunidade que conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora ainda luta para acabar com o tráfico de drogas. Na manhã desta sexta-feira, os mesmos policiais haviam aprendido uma granada e um dez trouxinhas de maconha.

De acordo com os PMs, moradores informaram sobre a atuação de traficantes em um local no topo do morro próximo da Quadra Coração da Coroa. Os policiais foram a pé até o local e surpreenderam os traficantes. Alguns conseguiram correr e o menor foi apreendido com as granadas no cinto. Na delegacia, o adolescente explicou que sua função era atacar os policiais para dar tempo dos outros traficantes fugirem a avisar aos demais pelo rádio. Esse cargo é conhecido como primeira contenção.

A polícia irá investigar se o jovem detido teve alguma participação no ataque de granada, também no Morro da Coroa, em que o soldado da PM Alexsander de Oliveira perdeu uma perna. Outros dois PMs também ficaram feridos. O ataque aconteceu no final de junho. Há duas semanas um homem suspeito de ser integrante do grupo que atacou os militares foi preso. David José Augusto, vulgo "Terror", de 23 anos, foi detido na própria comunidade portando uma granada

Fonte: Extra
Mais uma prova de que o ECA precisa ser rasgado e outro escrito no lugar, abaixando a maioridade penal 12 anos e se criando prisões segregadas pra menores de 21.