TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84736 Mensagem por Túlio » Qui Nov 03, 2022 6:01 pm

FCarvalho escreveu: Qui Nov 03, 2022 5:11 pm
Vai desculpando aí meu caro galdério, mas o problema não está em ter ou não ter 36, 26 ou 144 caças full operacional, mas em saber se o orçamento da FAB, cada ano mais diminuto e limitado para custeio e investimento, terá como sustentar qualquer quantidade que for disponibilizada.
E neste aspecto, me parece que 36 Gripen E moderníssimos mas com apenas 60, 70, 80 horas-voo por ano para cada piloto porque não tem dinheiro para mais que isso, dá na mesma que 57 F-5M mais meia dúzia de A-1A\M capados voando apenas o suficiente para os pilotos não perderem a "carteira de habilitação".
Já passou da hora de pensar a organização da FAB olhando para além do hardware, que é importante, mas sem o software político, econômico e institucional por trás, vai continuar sendo a boa e velha TAB de sempre. E é só.
Conquanto, houve uma decisão, ou uma série delas, do atual comando da instituição no sentido de priorizar-se mais enquanto força aérea, e não mais como a versão aérea da "mão amiga" de políticas sociais de ocasião que sempre se vê por aí.
A FAB precisa de bem mais 36 caças, até porque eles não vão estar cem por cento disponíveis o tempo todo. Tanto que a necessidade de um segundo lote demorou na minha opinião a ser posta na mesa junto ao governo. Mas antes tarde do que nunca. Já há negociações com a SAAB, sem deixar de lado opções para o futuro a longo prazo.
Vamos ver se o novo governo mais ajuda do que atrapalha a vida da FAB.
Olhes em volta: QUEM na vizinhança é páreo pra sequer meio Esq de Gripen E com Meteor, Iris-T, EW onboard de ponta e ainda por cima vetorado por -99 MLU?

Por que a FAB "precisa de bem mais do que 36" então? É só para a gente ir a algum fórum Chileno zoar a tigrada (e nem são vizinhos)?

Nas buenas... 🙄




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84737 Mensagem por Viktor Reznov » Qui Nov 03, 2022 10:22 pm

Wolfgang escreveu: Qua Nov 02, 2022 3:47 pm O Gripen está inserido no parque industrial brasileiro. Esperem é um aumento de Gripens num governo de centro esquerda. Mas a centro esquerda está com pé atrás com as Forças Armadas, com razão.
As chances de isso acontecer são exatamente zero. Vai se repetir a mesma situação que ocorreu com a competição F-X que o Lula adiou indefinidamente pra gastar dinheiro montando programas sociais. Aliás o próprio Gripen só foi decidido nos pênaltis quando a Dilma ficou revoltada pela espionagem da NSA no Brasil pelo programa PRISM e chutou o F-18 pra fora da competição.
Túlio escreveu: Qua Nov 02, 2022 10:50 pm
36 Gripen já tá loco de bão para o que precisamos, e ainda não vi explicação - nem do próprio cajuzinho - minimamente convincente para querer mais pra logo, com a maior crise de todos os tempos na Economia Ocidental já estourando (isso sem mencionar uma provável ofensiva-monstro de inverno da Rússia na Ucrânia).[/Justificar]
Com 36 Gripens isso significa que nós teremos um máximo de 18 Gripens a disposição a qualquer momento pra proteger o espaço áreo Brasileiro, isso é equivalente da Marinha que só conta com 5 submarinos pra proteger a Amazônia Azul.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84738 Mensagem por Túlio » Qui Nov 03, 2022 10:42 pm

Viktor Reznov escreveu: Qui Nov 03, 2022 10:22 pm

Com 36 Gripens isso significa que nós teremos um máximo de 18 Gripens a disposição a qualquer momento pra proteger o espaço áreo Brasileiro, isso é equivalente da Marinha que só conta com 5 submarinos pra proteger a Amazônia Azul.
E há o que em toda a América do Sul (na verdade América Latina ou Hemisfério Sul, escolhas) para encarar 18 Gripen com REVO, 4 Meteor cada um (72), mais 4 Iris-T (72), AESA, IRST e EW onboard de última geração mais -99 MLU ainda por cima?




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84739 Mensagem por FIGHTERCOM » Sex Nov 04, 2022 7:58 am

Túlio escreveu: Qui Nov 03, 2022 2:51 pm
FIGHTERCOM escreveu: Qui Nov 03, 2022 2:32 pm
@Túlio , lembra daquela história de manter as bases, mesmo com orçamento reuduzido? Porque se fechar, já era!

Pois é, aqui a analogia não é muito diferente. O dia em que a aviação de caça ficar reduzida à 36 unidades, mais nunca se recupera.


Abraços,

Wesley
Lógico que lembro, cupincha, afinal, fui eu que trouxe o exemplo, tirado da memória.

E lembro também do resultado: quase não tinha mais caça OPERACIONAL no Brasil (os que voavam usavam AIM-9B até, anos depois, terem uma versão despiorada, o famigerado P4, além de a maioria dos radares de bordo estarem em FA), então foram remanejando os que havia até os EUA mandarem mais F-5 que tinham sobrado dos Aggressors (outra coisa que lembro é das reclamações, tipo os Mecânicos terem que catar todo tipo de lixo, como resto de chiclete, toco de cigarro e até - foi insinuado - josta de dentro dos aviões), já que até F-7M a FAB estava examinando com clara intenção de compra.

E no fim não fecharam base nenhuma. Agora imagines como deve ser "difícil" remanejar 36 Gripen (tinha menos F-5 e Mirage Full-Op naquele tempo) novinhos em folha e com uns punhados de A-1M e F-5M para fechar os gaps até 2030, além de a Simulação hoje ser muitíssimo mais importante e eficaz do que naqueles tempos analógicos...
Então, seguindo pela sua lógica, vamos acabar logo de uma vez com a aviação de caça. Afinal, o que há na vizinha para nos ameaçar?!

Abraços,

Wesley




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84740 Mensagem por Túlio » Sex Nov 04, 2022 11:01 am

FIGHTERCOM escreveu: Sex Nov 04, 2022 7:58 am
Túlio escreveu: Qui Nov 03, 2022 2:51 pm

Lógico que lembro, cupincha, afinal, fui eu que trouxe o exemplo, tirado da memória.

E lembro também do resultado: quase não tinha mais caça OPERACIONAL no Brasil (os que voavam usavam AIM-9B até, anos depois, terem uma versão despiorada, o famigerado P4, além de a maioria dos radares de bordo estarem em FA), então foram remanejando os que havia até os EUA mandarem mais F-5 que tinham sobrado dos Aggressors (outra coisa que lembro é das reclamações, tipo os Mecânicos terem que catar todo tipo de lixo, como resto de chiclete, toco de cigarro e até - foi insinuado - josta de dentro dos aviões), já que até F-7M a FAB estava examinando com clara intenção de compra.

E no fim não fecharam base nenhuma. Agora imagines como deve ser "difícil" remanejar 36 Gripen (tinha menos F-5 e Mirage Full-Op naquele tempo) novinhos em folha e com uns punhados de A-1M e F-5M para fechar os gaps até 2030, além de a Simulação hoje ser muitíssimo mais importante e eficaz do que naqueles tempos analógicos...
Então, seguindo pela sua lógica, vamos acabar logo de uma vez com a aviação de caça. Afinal, o que há na vizinha para nos ameaçar?!

Abraços,

Wesley
E sempre chegamos a este ponto, quando acabam os argumentos racionais vem sempre o "acaba com tudo então"; para teres ideia do quão ridículo me soa isso, imagines se eu te retrucasse, ante as constantes sacanagens do cajuzinho (quem disse que eleição só tem resultado ruim? Nessa pelo menos ficou determinada a certeza de que ele vai pro pijama, e já vai tarde) com a EMBRAER (redução dos 390, cancelamento do STOUT, UCAV e sei lá mais o que), eu te dissesse "então fecha ou vende pra AIRBUS e fim". Tem cabimento? Não, né?

Acaso falei que algum dia ficamos sem nada ou que deveríamos ficar? Mesmo no começo dos 70 a FAB teve que se virar com XAVANTE, enquanto que do outro lado da fronteira já tinha Mirage, Skyhawk, etc. Só depois vieram os Mirages e F-5, e mesmo aí, anos antes das Malvinas, a Argentina sozinha tinha mais em Mirage do que nós em Mirage + F-5; e eles ainda tinham A-4 por fora, e ainda por cima uma batelada do equivalente da época ao atual Super Tucano, o Pucará.

UM VIZINHO SÓ!!! [033]

E mesmo assim ninguém endoidou, deu um FODA-SE para a Economia e saiu comprando centenas de caças importados, concluíram (acertadamente) que o que havia teria que bastar, e bastou.

Lembrar, estamos todos, todas & todes no backyard dos EUA, é começar uma guerra e eles logo MANDAM (nada de educados pedidos, é dá ou desce) parar, senão... [004]

O que mais incomoda nos meus posts é que ninguém - nem mesmo o cajuzinho tchau tchau [086] - consegue demonstrar esta "necessidade urgente" de que todos falam: se for para absorver novos conhecimentos e/ou contra a vizinhança, 36 Gripen E/F dão e sobram; já se for contra uma coalizão da OTAN pra "internacionalizar" a Amazônia, nem dez ou vinte vezes isso adianta, porque no que acabarem los repuestos (que eu saiba não tem EED fabricando nem parafuso pro Gripen) a FAB já vai parando...




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84741 Mensagem por FCarvalho » Sex Nov 04, 2022 12:02 pm

Túlio escreveu: Qui Nov 03, 2022 6:01 pm
FCarvalho escreveu: Qui Nov 03, 2022 5:11 pm Vai desculpando aí meu caro galdério, mas o problema não está em ter ou não ter 36, 26 ou 144 caças full operacional, mas em saber se o orçamento da FAB, cada ano mais diminuto e limitado para custeio e investimento, terá como sustentar qualquer quantidade que for disponibilizada.
E neste aspecto, me parece que 36 Gripen E moderníssimos mas com apenas 60, 70, 80 horas-voo por ano para cada piloto porque não tem dinheiro para mais que isso, dá na mesma que 57 F-5M mais meia dúzia de A-1A\M capados voando apenas o suficiente para os pilotos não perderem a "carteira de habilitação".
Já passou da hora de pensar a organização da FAB olhando para além do hardware, que é importante, mas sem o software político, econômico e institucional por trás, vai continuar sendo a boa e velha TAB de sempre. E é só.
Conquanto, houve uma decisão, ou uma série delas, do atual comando da instituição no sentido de priorizar-se mais enquanto força aérea, e não mais como a versão aérea da "mão amiga" de políticas sociais de ocasião que sempre se vê por aí.
A FAB precisa de bem mais 36 caças, até porque eles não vão estar cem por cento disponíveis o tempo todo. Tanto que a necessidade de um segundo lote demorou na minha opinião a ser posta na mesa junto ao governo. Mas antes tarde do que nunca. Já há negociações com a SAAB, sem deixar de lado opções para o futuro a longo prazo.
Vamos ver se o novo governo mais ajuda do que atrapalha a vida da FAB.
Olhes em volta: QUEM na vizinhança é páreo pra sequer meio Esq de Gripen E com Meteor, Iris-T, EW onboard de ponta e ainda por cima vetorado por -99 MLU?
Por que a FAB "precisa de bem mais do que 36" então? É só para a gente ir a algum fórum Chileno zoar a tigrada (e nem são vizinhos)?
Nas buenas... 🙄
Bem, lembras de quem era mais preparada e melhor equipada e treinada força aérea da América do Sul pouco mais de 40 anos atrás :?: Dica: não era a FAB. :twisted:
Lembras também quem passou a maior parte dos seus 81 anos sendo organizada e atuando para investir e sustentar um modelo que visava antes de mais nada o desenvolvimento da indústria local e o apoio à integração nacional na forma dos seus muitos ETA e esquadrões de transporte ao longo do país, com a caça, e outros setores, sendo tratada\considerada como "demandas de segundo escalão" :?:
Lembras que quando nós aqui sonhávamos com Mirage, F-4, Lightning, e similares os peruanos e argentinos já tinham Mirage na sua frota, enquanto a Venezuela recebia F-16A\B e a nós aqui tentávamos arrumar Mig-21 chinês para ver se recebíamos mais F-5, negados anteriormente pelo governo norte americano... :roll:
O mundo dá voltas meu caro amigo gaudério. E muitas.
A FAB como instituição de Estado não trabalha apenas e tão somente com o curto prazo @Túlio como bem sabes. Não se iniciou um processo de aquisição de caças nos anos 1990 pensando na vizinhança naquela época, mas em como nós deveríamos estar agora. O plano estratégico da FAB olha para 2041.
Tens como demonstrar, e assegurar, com 100% de certeza que o quadro atual sul americano, e mundial, será exatamente o mesmo de agora, e que 36 Gripen E\F vão nos servir mais que adequadamente indiferente ao que acontecer aqui do lado, ou no mundo lá fora :?:
Ninguém tem essa capacidade de previsão. E sendo assim, qualquer força aérea que se preza trabalha com várias HE no curto, médio e longo prazo. Olhando para dentro e para fora do país.
Sim, a realidade das forças aéreas vizinhas são um fator importante para mediar a questão da nossa frota de caças, mas não são com certeza a única, e quiçá, nem sejam atualmente a nossa principal hipótese de emprego.
Assim, mantenho que os 36 caças continuam sendo insuficientes para as demandas de defesa aérea que temos hoje e no médio e longo prazo. Tanto que a FAB falou em até 108 caças, o que para nosso histórico de investimento em defesa é um número gigantesco.
Obviamente que ela ao corroborar este número não estava pensando somente na vizinhança aqui e agora.
Não estamos sós no mundo, e muito menos isolados e protegidos de todos os perigos aqui no nosso cantinho esquecido sul americano.
A FAB se tivesse os recursos necessários para manter todos os esquadrões de caça que tinha até o início da década passada e quisesse dispor de Gripen E\F para mobiliá-los na íntegra tomando como referência as 20 unidades que a se afirmou recentemente ser o mínimo para manter um esquadrão operacional, iria demandar em torno de 140 caças. Com as óbvias transferências de sede de alguns dos esquadrões, pela primeira vez na vida desde 1945 nós teríamos a chance de dispor de uma cobertura aérea própria, e independente de ajuda externa, em todas as regiões do país, sem precisar ficar correndo pra lá e pra cá, tentando decidir entre cobrir a cabeça ou os pés.
Mas isto é apenas um sonho de verão para o imediatismo da nossa realidade tupiniquim.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84742 Mensagem por Túlio » Sex Nov 04, 2022 12:50 pm

Caro @FCarvalho, fizeste uma salada dos infernos, após ignorar meu último post, onde deixei claro o quão incerto é o futuro, mas acrescento que é pior ainda PARA A VIZINHANÇA: dos poucos que têm (menos que 36) caças já bem velhotes, a Venezuela mal deve ter algum FLANKER full-op por causa desse freje com a Rússia; Perú idem com sua merreca de MiG-29 e ainda outra de Mirage 2000 do mesmo modelo que a FAB recebeu e descartou em meia dúzia de anos; Colômbia com um tiquinho de Kfir, que passa mais tempo na oficina do que na linha de voo, tão véios são (e calou a boca sobre F-16 vs Gripen). Sejas honesto:

:arrow: Sobrou QUEM com alguma coisa capaz de romper a barreira do som e, em data-link com AEW/AWACS, lançar um BVR?

:arrow: Como anda a capacidade econômica da vizinhança, mesmo no longo prazo? Nunca vi ninguém se juntar tão eficazmente para sabotar sua própria riqueza como essa gente anda fazendo, e isso não é coisa que se conserte de um ano pro outro, vai levar várias DÉCADAS! E só para voltarem ao ponto de partida.

Inacreditável não teres visto a cara de embaraço do Presidente Eleito ao ver o Fernández praticamente pular de paraquedas no colo dele, em busca de me$ada: PQP, o cara tem que ser muito TROUXA pra acreditar que vai ter, o hôme já mostrou que não é disso, primeiro resolve em casa, se sobrar aí sim, tem me$ada, mas desta vez não vai sobrar NADA! Vai é faltar...


Nas buenas, me dês uma única hipótese minimamente viável, sem ser os teus costumeiros devaneios que levam a nada após partirem de lugar nenhum, de algum dos citados tirar o pé da josta antes de já estarmos voando (outra vez) um punhadinho de 5G: UMA SÓ, mas sem birutagem cuja fuente é do tipo "vozes em minha cabeça"... [091] [091] [091] [091]

Na minha, e amparado em visão mercadológica, vejo o$ mai$ $ortudo$ deles conseguirem comprar MENOS DE 36 geringonças da categoria do FA-50, talvez uma versão armada do T-7, se e quando for lançada, para estar full-op lá pela década seguinte.

E queres uma imensa frota de Gripen para enfrentar "isso"? PUTZ!!! 🤦‍♂️ 🙄




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84743 Mensagem por FCarvalho » Sex Nov 04, 2022 1:02 pm

Túlio escreveu: Sex Nov 04, 2022 11:01 am O que mais incomoda nos meus posts é que ninguém - nem mesmo o cajuzinho tchau tchau [086] - consegue demonstrar esta "necessidade urgente" de que todos falam: se for para absorver novos conhecimentos e/ou contra a vizinhança, 36 Gripen E/F dão e sobram; já se for contra uma coalizão da OTAN pra "internacionalizar" a Amazônia, nem dez ou vinte vezes isso adianta, porque no que acabarem los repuestos (que eu saiba não tem EED fabricando nem parafuso pro Gripen) a FAB já vai parando...[/Justificar]
Não foi comigo, mas gostaria de apontar algumas coisas na sua fala.

Um dos objetivos primários do FX2 quando o FX1 foi defenestrado, e este era mais módico e limitado em seus objetivos, foi justamente procurar sanar os hiatos logísticos, tecnológicos e industriais que a aquisição de um caça de prateleira trás consigo, de forma que se abriu mão de uma simples compra(FX1) para se buscar o máximo de off set e tot na aquisição de um novo vetor a ser produzido\montado no país. (FX2) Esta ampliação foi obtida, se no todo ou em partes ainda vamos levar muito tempo para saber ao certo, através do Gripen E\F, seja com a montagem parcial aqui, seja com o envolvimento da Embraer no desenvolvimento do modelo biplace. É o melhor acordo do mundo :?: Com certeza não, mas foi o melhor que se conseguiu arrumar com os 3 finalistas que haviam no programa, que como bem dissestes, foi escolhido à revelia da vontade de decidir alguma coisa da PR de então.

Assim, os níveis de envolvimento da indústria nacional com o programa Gripen E\F estará na mesma medida do investimento público nele, ou seja, não adianta reclamar por uma parcela - e ganho - maior de participação no caça se não compramos e nem produzimos quantidades substantivas dele para a FAB, ou mesmo exportação. Querer que a indústria ganhe mais do que seu naco em tecnologia, informação e processos produtivos e conhecimento com apenas 36 unidade que sequer serão montados ou produzidos todos no país é no mínimo risível. A maior falha do programa está aí. Não existe compromisso político com ele. Se ficar em 36 bom. Se não ficar, f...se do mesmo jeito.

Quanto a quantidades, quais são as HE que a FAB andou pensando quando escolheu o Gripen em ambas fases do FX :?: Com certeza pensaram primeiro no bolso. Caça leve, monomotor, custo de voo lá embaixo, manutenção simples e barata, e por aí vai. Mas um vetor superlativo e com capacidades tecnológicas embutidas anos luz à frente de qualquer coisa que já tivemos aqui antes dos Thunerbolt. E ainda com uma ótima capacidade de transportar e usar inúmeras variações de armamento e sistemas, com espaço para crescimento e modernização constantes.

Eu tenho aqui comigo, como lhe disse no post acima, que se a FAB quisesse, e pudesse, ela teria demanda para algo em torno de 140 caças a fim de equipar os esquadrões que possuía até 10 a 15 anos atrás. Mas ela não possui mais todos aqueles esquadrões, e os que sobraram, com alguma sorte vão permanecer operacionais, a depender de como, e se, a FAB irá conseguir resolver a questão do segundo lote. Com o que está aí, 36 ou 40, apenas duas OM podem ser sustentadas. Nada mais.

Eu tenho sérias dúvidas de que qualquer um, mesmo OTAN com ou sem USA a tira colo, viesse aqui nos peitar caso tivéssemos 140 Gripen E\F à disposição da FAB, com SISDABRA integrado ao SISFRON e ao SISGAAZ. A força aérea brasileira é menos conhecida por seus méritos materiais do que pela capacidade humana de seus quadros. Seja lá qual for o vetor de emprego que se apresente na sua organização. E o pessoal lá fora reconhece e sabe muito bem isso. Não vou entrar no mérito dos recursos que deveriam ser alocados à MB e EB. Agora, imagines quase uma centena e meia de Gripen E\F, espalhados, armados e equipados com tudo e mais um pouco que eles podem, ajudados por um sistema colaborativo de guerra centrada em rede, vetores ISR, patrulha, EW, e por aí vamos em números também adequados as nossas necessidades.

Qualquer comandante militar antes de pensar em arrumar encrenca a mando dos políticos em algum lugar pensa em duas coisas: quantos homens\mulheres, e equipamentos - eu vou perder para atingir os objetivos traçados, e quanto tempo isso vai levar até a ação se tornar impopular e perder apoio em casa, e consequentemente apoio político. Tu acreditas mesmo que a OTAN vai vir aqui sabendo que não seria o mesmo passeio do Iraque e Afeganistão, e que os custos de uma vitória poderiam não compensar a perda de apoio em casa :?:

Não somos a Ucrânia e nem temos tantos "amigos e aliados" assim como eles, mas, aquele conflito está trazendo muitas novas lições para os generais lá do norte. E espero, para os nossos oficiais generais aqui também.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84744 Mensagem por FCarvalho » Sex Nov 04, 2022 3:04 pm

Túlio escreveu: Sex Nov 04, 2022 12:50 pm
Caro @FCarvalho, fizeste uma salada dos infernos, após ignorar meu último post, onde deixei claro o quão incerto é o futuro, mas acrescento que é pior ainda PARA A VIZINHANÇA: dos poucos que têm (menos que 36) caças já bem velhotes, a Venezuela mal deve ter algum FLANKER full-op por causa desse freje com a Rússia; Perú idem com sua merreca de MiG-29 e ainda outra de Mirage 2000 do mesmo modelo que a FAB recebeu e descartou em meia dúzia de anos; Colômbia com um tiquinho de Kfir, que passa mais tempo na oficina do que na linha de voo, tão véios são (e calou a boca sobre F-16 vs Gripen). Sejas honesto:
:arrow: Sobrou QUEM com alguma coisa capaz de romper a barreira do som e, em data-link com AEW/AWACS, lançar um BVR?
:arrow: Como anda a capacidade econômica da vizinhança, mesmo no longo prazo? Nunca vi ninguém se juntar tão eficazmente para sabotar sua própria riqueza como essa gente anda fazendo, e isso não é coisa que se conserte de um ano pro outro, vai levar várias DÉCADAS! E só para voltarem ao ponto de partida.
Inacreditável não teres visto a cara de embaraço do Presidente Eleito ao ver o Fernández praticamente pular de paraquedas no colo dele, em busca de me$ada: PQP, o cara tem que ser muito TROUXA pra acreditar que vai ter, o hôme já mostrou que não é disso, primeiro resolve em casa, se sobrar aí sim, tem me$ada, mas desta vez não vai sobrar NADA! Vai é faltar...
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Na minha, e amparado em visão mercadológica, vejo o$ mai$ $ortudo$ deles conseguirem comprar MENOS DE 36 geringonças da categoria do FA-50, talvez uma versão armada do T-7, se e quando for lançada, para estar full-op lá pela década seguinte.
E queres uma imensa frota de Gripen para enfrentar "isso"? PUTZ!!! 🤦‍♂️ 🙄
Olá @Túlio

Eu acabei respondendo ao teu post se antes ler os demais. Foi mal. Mas vamos a este.

No que tange a vizinhança, ao menos oficialmente o processo de escolha para o caça da FAC continua aberto, e fontes da própria FAC e do MD de lá indicam que haverá uma decisão do atual presidente mais tardar ano que vem, mesmo que a contragosto, já que um dos argumentos da campanha era não gastar um único centavo com novos caças. Isto supõe dizer que teremos Gripen E\F(ou C\D) ou F-16C\D Block 70 aqui no norte. A FAC quer chegar em 25 caças. E a eleição aqui pode dar, ou não, um novo impulso a esta decisão em favor da dupla SAAB\Embraer. A compra dos T-50 para treinamento não foi descartada, dependendo de autorização do presidente para seu prosseguimento. A Colombia tem uma relação bilateral com os sul coreanos de longa data.

A última notícia sobre a FAV diz-se que os Su-30 estão sendo manutenidos por pessoal russo neste momento, e pelo menos metade da frota (12) devem voltar à condição de voo operacional, enquanto os demais são utilizados tal como estão, a muito custo dos esforços dos mecânicos dos esquadrões, ou simplesmente estão parados. Os F-16A\B continuam milagrosamente voando, mesmo que precariamente e uma vez ou outra. As quantidades em condições de combate são desconhecidas. Ao menos de público não há planos para sua substituição no curto prazo.

O Peru tinha até a gestão anterior, aberto um processo de RFI informal no mercado para prospectar um novo caça para substituir os Mirage 2000 e os Mig-29, sendo que parte da frota de um e outro passaram recentemente por um processo de atualização visando mantê-los por mais tempo até que o governo autorize a compra de um novo caça. Naturalmente os russos estavam bem cotados, com o Mig-35 e a dupla Su-30\35. O atual presidente de esquerda do Peru pode vê-se animado a tratar algumas vantagens para seu país com o próximo PR brasileiro, que por sua vez, deve fazer o mershandising em favor do Gripen E\F produzido na Embraer. Notícias do MD peruano dão conta de que a SAAB já foi consultada sobre a disponibilidade dos modelos C\D e E\F. Typhoon e Rafale, assim como o F-16 norte americano, também foram consultados sobre a disposição de fornecimento. A China também foi consultada, mas sem esclarecer qual ou quais modelos teriam sido oferecido. Fala-se na aquisição de aviões usados e\ou novos a depender dos recursos que venham a ser liberados.

A Bolívia e o Paraguai são cartas fora do baralho, e o Uruguai continua no seu intento de conseguir ao menos 12 caças (6+6) de primeira linha tal como foi afirmado ano passado, salvo engano. O problema como se sabe é o quanto eles se dispõe a pagar por estes vetores. Falou-se muito em caças de primeira linha e não em LIFT, mas o que se sabe é que com o orçamento apresentado não dá para comprar nada além do que meia dúzia destes últimos, e mesmo assim dependendo do modelo. A SAAB já ofereceu Gripen C\D usados e novos, embora a FAU insista de que quer aviões novos. Talvez as boas relações com o país ofereça ao futuro PR daqui a chance de barganhar alguma vantagem para o Gripen, mesmo o modelo C\D, já que a Embraer estará capacitada a fazer a manutenção dos mesmos no continente. Os chineses, diz-se, andaram oferecendo o FC-1 e o L-15.

Por fim, a situação da FAA é de insolvência. Não tem jeito em prazo visível, enquanto perdurar a situação de descalabro econômico do país. E sem conseguir antever qualquer saída factível para si, resta aos brigadeiros argentinos sonhar com FC-1 financiados a longuíssimo prazo pelos chineses. O que pode acontecer, ou não. Não lembro quando são as próximas eleições gerais na Argentina, mas, levando em conta todo o aspecto da desconstrução do país em vários sentidos, vai ser muita sorte eles ainda terem uma força aérea quando conseguirem sair do buraco.

Me parece que pelo menos no nosso entorno estratégico, nos próximos dez anos o único caça que realmente poderá nos causar algum incômodo será o... Gripen. :mrgreen:

Sem brincadeira. O futuro PR com toda a vizinhança a seu favor em termos políticos pode ser o maior e melhor garoto propaganda da SAAB para o Gripen na região. E talvez até no México, que já andou falando em substituir os F-5.

De resto, se a economia ajudar, lá e cá, as chances de conseguirmos vender alguns Gripen E\F made in Brasil são razoáveis, além de oferecer o apoio pós venda para os modelos C\D que aparecem por aqui.

Eu particularmente torço para que ele consiga ser bem sucedido neste aspecto, caso queira se dar o trabalho.

Quanto mais ele conseguir ajudar a vender lá fora, melhor para nós, e para a FAB também, já que vender no estrangeiro significa ter de dar o exemplo em casa antes de querer empurrar soluções para os outros.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84745 Mensagem por FCarvalho » Sex Nov 04, 2022 3:42 pm

Um dado pouco comentado e que via de regra passa despercebido nas discussões sobre defesa aérea no Brasil, é que temos Rafale na fronteira com a Guiana Francesa, e nas duas guianas vizinhas, podemos ter surpresas, já que Paramaribo pode receber sem maiores problemas esquadrões holandeses de F-16 e\ou F-35 - para não dizer de outras FA européias - assim como Georgetown também pode servir de base para Typhoon e F-35 do Reino Unido, bem como F-15,16,18,35 da USAF e USMC.

Não estou dizendo que esse pessoal vai vir aqui e colocar esquadrões para invadir a Amazônia, mas, em tempos de pouco ou nenhum respeito pela soberania alheia, qualquer um destes dois países pode vir um dia a ser cooptado a receber bases militares permanentes em seus territórios, inclusive de aviação de combate. E daquelas capitais para Manaus, Boa Vista, Belém ou qualquer outra capital da região norte, e mesmo nordeste, é um pulo. E nós não temos, e nem teremos nada aqui, segundo a FAB, para gerar dissuasão.

Ou podemos fazer como tu dizes @Túlio, e enviar pontual e temporariamente uns 6 Gripen E\F de Anápolis para Manaus ou Boa Vista e meter medo nesse pessoal. :lol:

Manaus - Paramaribo = 1.130 km
Manaus - Caiena = 1.236 km
Manaus - Georgetown = 1.121 km
_______________________________

Belém - Paramaribo = 1.102 km
Belém - Caiena = 829 km
Belém - Georgetown = 1.413 km
_______________________________

Porto Velho - Paramaribo = 1.893 km
Porto Velho - Caiena = 1.991 km
Porto Velho - Georgetown = 1.844 km

* Em Manaus, Belém e Porto Velho ficam os três centros de comando e controle do CINDACTA IV.

Neste link vocês poderão encontrar todas as localidades que possuem e operam os sistemas ligados ao CINDACTA IV.

https://www.decea.mil.br/?i=unidades&p=cindacta-iv




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84746 Mensagem por Túlio » Sex Nov 04, 2022 4:19 pm

Caro @FCarvalho, escreveste um monte (no probs, gosto de ler) mas não disseste nada (aí sim, probs): te perguntei de onde iam tirar o guito e me vieste com planos mirabolantes, feitos em e para um cenário muito diferente (para pior) do que o atual.

E, não satisfeito, ainda me apareces com essa "pérola" de Gripen feito na EMBRAER: PUTZ, a SAAB Aeroestruturas tá lá pra enfeite então?

Mas não, pá ficar BEM BIRUTA [101] ainda me apareces com nada menos que TRÊS Países da OTAN nos ameaçando com Typhoon, Rafale, F-16 e F-35: Gripen ia servir pra que neste cenário? Tens ideia de onde são feitos quase TODOS os insumos (incluindo armamento e munições) para ele?

POWS, cada Meteor e Iris-T disparado nem poderá ser reposto (block da MBDA), cada F-414G pifado idem (block da GE), cada radar e IRST sequer poderá ter seu software atualizado (block da SELEX), muito menos receber repuestos. Vou a moda TALHARIM:


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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84747 Mensagem por J.Ricardo » Sex Nov 04, 2022 5:39 pm

Não acho que 60 Gripens iria quebrar a economia.
Tá aí os 4 bi gastos com política para provar que somos uma nação que suporta Forças Armadas modernas, não precisamos ser uma força aérea francesa ou italiana, mas 60 Gripens é bem realista.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84748 Mensagem por Túlio » Sex Nov 04, 2022 7:08 pm

J.Ricardo escreveu: Sex Nov 04, 2022 5:39 pm Não acho que 60 Gripens iria quebrar a economia.
Tá aí os 4 bi gastos com política para provar que somos uma nação que suporta Forças Armadas modernas, não precisamos ser uma força aérea francesa ou italiana, mas 60 Gripens é bem realista.
Sabes quanto dá BRL 300 B em USD, truta véio? Cerca de 59,3 B no fechamento de hoje (USDBRL 5,05).

Quantos Gripens daria para comprar com isso tudo? O suficiente pra todas as unidades federativas terem pelo menos um Esq pra chamar de seu, e ainda sobra troco.

Só que foi ventilado que este vai ser o tamanho do "rombo" no tale de "teto de gastos" deste ano, o que exigirá medidas excepcionais de contenção a partir do ano que vem; e todos sabemos onde a tesoura pega primeiro, não? A esta altura 36 Gripen vai até ser muito, bobear e o próximo Comandante da FAB vai ter que cortar não só NA EMBRAER...




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84749 Mensagem por FCarvalho » Sex Nov 04, 2022 7:12 pm

Túlio escreveu: Sex Nov 04, 2022 4:19 pm
Caro @FCarvalho, escreveste um monte (no probs, gosto de ler) mas não disseste nada (aí sim, probs): te perguntei de onde iam tirar o guito e me vieste com planos mirabolantes, feitos em e para um cenário muito diferente (para pior) do que o atual.
E, não satisfeito, ainda me apareces com essa "pérola" de Gripen feito na EMBRAER: PUTZ, a SAAB Aeroestruturas tá lá pra enfeite então?
Mas não, pá ficar BEM BIRUTA [101] ainda me apareces com nada menos que TRÊS Países da OTAN nos ameaçando com Typhoon, Rafale, F-16 e F-35: Gripen ia servir pra que neste cenário? Tens ideia de onde são feitos quase TODOS os insumos (incluindo armamento e munições) para ele?
POWS, cada Meteor e Iris-T disparado nem poderá ser reposto (block da MBDA), cada F-414G pifado idem (block da GE), cada radar e IRST sequer poderá ter seu software atualizado (block da SELEX), muito menos receber repuestos. Vou a moda TALHARIM:
AI MEU DEUS AI MEU DEUS AI MEU DEUS [081] [081] [081] [081]
Como diria o compadre Jackie, vamos por partes. :lol:

Por primeiro, eu e nem ninguém no Brasil, tem como saber por motivos óbvios de onde, como e quando sairá os recursos que os países vizinhos irão aplicar ou não em seus orçamentos de defesa. Podemos se muito fazer divagações com base em estatísticas, tabelas, gráficos e suposições teórico metodológicas que os economistas adoram sobre este ou aquele dado, ou seja, na prática é problema exclusivo deles. A não ser que nós sejamos os vendedores. Aí a conversa é outra. E quanto a cenários, bem, eu me referi a questões que foram postas a público de 2020 para cá. Apenas 2 anos, com direito a pandemia mundial no meio. Nada que já não discutimos aqui antes. Quanto ao mais, os cenários politico econômicos sul americanos são extremamente voláteis. Nós no meio. Assim, me escuso de responder a sua pergunta, e passo adiante para a ABIN ou para o setor de inteligência militar do MD. [000]

Em segundo, a Embraer é a integradora final da montagem do Gripen E\F no Brasil, conforme o contrato assinado. A SAAB Aeroestrutura, assim como a AKAER, fabricam partes do caça e mandam para a Embraer, como qualquer outro avião. Não vejo nada demais nisso. Não compramos o direito de fabricar o caça aqui na íntegra, mas a sua montagem e integração dos sistemas escolhidos pela FAB. É quase uma fabricação, só que com o selo de made in Brasil em menos de 10% do mesmo. Os E-Jet não são nem um pouco diferente, ou qualquer outra avião da Embraer, KC-390 incluso. E nem por isso a FAB está desesperada por causa da logística. E para ser bem honesto, o índice de nacionalização do caça seria tão maior quanto for a nossa capacidade de envolver a BID e a indústria aeroespacial do país no processo. Mas alguém vai querer fazer parte disso por causa de míseras 3 dúzias de caças :?: O Guarani com mais de mil unidades a serem compradas oficialmente pelo EB não conseguiu tal proeza, um avião que vale mais de US 55 milhões de dólares sozinho iria conseguir :?: Acho que não.

E terceiro, não tracei um cenário de guerra, mas uma HE que aliás, tenho cá comigo, pode muito bem ser parte das que oficialmente constam nos documentos reservados da FAB e demais forças. Não seria nenhuma novidade. Mas esse é o tipo de coisa que não se conta para ninguém. Quanto ao Gripen E\F não nos servir frente a um cenário como este, bem, como o pessoal vive dizendo aqui, uma guerra não começa do dia para a noite, e aliás, como disse antes, não falei em guerra, mas situação de ameaça e pressão que pode, ou não, vir a suceder naqueles países vizinhos, sem entrar no mérito dos porquês da presença, que podem ser muitas, ou nenhuma, quando o interesses dos grandes do mundo estão em jogo. A presença da OTAN bem na nossa cara já é antiga, ou achas que a Guiana Francesa não faz mais parte da França.

Assim, me parece plausível que o cenário traçado nos leva a uma pergunta simples: no caso de termos em perspectiva a presença de bases aéreas com elementos de caça e outros nas três guianas, postados a revelia de nossos interesses na região, o que vamos fazer para gerar dissuasão na fronteira norte do país :?: Ou simplesmente vamos nos cagar de medo, baixar as calças e mudar a capital para Assunção, já que os Gripen E\F não serviriam para nada mesmo depois que os estoques acaberem :?:

Sério, eu acho que nós estamos precisando rever nossos conceitos sobre defesa. A FAB elegeu o Gripen E\F justamente porque ele era o que menos criava dependência entre os concorrentes. Será que fizemos uma compra de prateleira simplória, ou o Gripen E\F foi um pouco mais pretencioso no aspecto industrial e tecnológico :?:

Aliás, o Gripen E está homologado, ou pode sê-lo, em função da sua arquitetura de sistemas, com outros mísseis além dos Meteor e Iris-T. E aproveitando o teu questionamento, quanto tempo faz que a FAB não consegue tirar do papel inúmeros projetos de P&D que estão no seu projeto estratégico por pura e simples falta de vontade e interesse do poder político nacional em relação à Defesa :?:

Aliás, o que aconteceu mesmo com o A-Darter :?: :roll: :? :oops:




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84750 Mensagem por Túlio » Sex Nov 04, 2022 7:59 pm

FCarvalho escreveu: Sex Nov 04, 2022 7:12 pm (...)
Assim, me parece plausível que o cenário traçado nos leva a uma pergunta simples: no caso de termos em perspectiva a presença de bases aéreas com elementos de caça e outros nas três guianas, postados a revelia de nossos interesses na região, o que vamos fazer para gerar dissuasão na fronteira norte do país :?: Ou simplesmente vamos nos cagar de medo, baixar as calças e mudar a capital para Assunção, já que os Gripen E\F não serviriam para nada mesmo depois que os estoques acaberem :?:
Agora sim, HABEMUS DEBATEM. [009]

Hôme véio, naquela região (entorno das Guianas) o que conta mesmo como aeronave é HELICÓPTERO e TRANSPORTE LEVE STOL (tipo o natimorto STOUT), talvez drones também, porque o grosso do combate vai ser no chão, e não se usa caça para destruir um GC de cada vez no meio do mato. Um mero elemento de Super Tucano, num cenário assim, é várias vezes mais útil (e letal) que um Rafale ou Gripen, pois tanto pode localizar e atacar forças no terreno quanto escoltar ou derrubar helis.

E não adianta ter caças só pra bombardear Roraima, Pará e/ou Amapá, precisa é ter tropas e meios para dominarem este terreno (só entre os três são mais de 1,6 M km² pra segurar, ou o nosso pessoal se infiltra e lhes começa a golpear os flancos e a retaguarda) antes de avançar mais, seja para o Amazonas, seja para onde for. Aliás, já brincaram disso (EUA/UK) no Suriname, tempos atrás; os índios caguetaram e os caras deram de frente com o EB, que "apenas por acaso" tinha uma Grande Manobra dessas que ninguém - nem o Comandante - sabia (porque não existia :twisted:), e isso dissuade muito mais do que saber que tem caças aqui e ali.
FCarvalho escreveu: Sex Nov 04, 2022 7:12 pm Sério, eu acho que nós estamos precisando rever nossos conceitos sobre defesa. A FAB elegeu o Gripen E\F justamente porque ele era o que menos criava dependência entre os concorrentes. Será que fizemos uma compra de prateleira simplória, ou o Gripen E\F foi um pouco mais pretencioso no aspecto industrial e tecnológico :?:
Não tenho fuentes no EM da FAB nem no MINDEF mas é óbvio (isso já foi dito várias vezes, desde os tempos do Programa AMX) que a intenção final não é comprar de prateleira nem simplesmente fazer um caça sob licença e sim um próprio, seja sós ou em parceria. No primeiro caso a Economia teria que dar um baita dum solavanco para cima enquanto a corrupção teria que dar outro igual, mas para baixo e, com isso, termos guito e necessidade(*) para comprar umas boas centenas, como aliás era - ERA - o costume da Suécia. O segundo parece ser o nosso, com o Gripen servindo como os últimos estágios para aprender a trabalhar em parceria no desenvolvimento de um produto de ponta com um ou mais parceiros tecnologicamente compatíveis e repartir as encomendas.

(*) - Aí já saímos do foco na vizinhança ou mesmo meramente defensivo, o que incluiria até uma versão para operar embarcado em NAe, pois já estamos falando não mais em simples DISSUASÃO mas em PROJEÇÃO DE PODER. Não é para o meu tempo de vida, creio, e temo dizer que também não é para o teu.
FCarvalho escreveu: Sex Nov 04, 2022 7:12 pm Aliás, o Gripen E está homologado, ou pode sê-lo, em função da sua arquitetura de sistemas, com outros mísseis além dos Meteor e Iris-T. E aproveitando o teu questionamento, quanto tempo faz que a FAB não consegue tirar do papel inúmeros projetos de P&D que estão no seu projeto estratégico por pura e simples falta de vontade e interesse do poder político nacional em relação à Defesa :?:

Aliás, o que aconteceu mesmo com o A-Darter :?: :roll: :? :oops:
Me parece ser mesmo falta de dinheiro e alguma ingenuidade (compra de tecnologias vendidas como sendo o dérnier cri, que vêm dos tempos do Programa Nuclear com a Alemanha, que nos vendeu o que nem tinha, passou pelos torpedos com a Suécia, com o mesmo problema, e depois com o A-Darter, sobre o qual qualquer palpite é tão bom quanto outro).




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