TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

[knigh7]

[FCarvalho]

[quote=Matheus post_id=5610243 time=1656157227 user_id=3
A maioria dos site tem dito que serão 26 aeronaves. A única que vi falando em 30 foi a Valor. Acredito que número final seja 66 mesmo.
[/quote]

Até que a FAB se pronuncie oficialmente os números desse segundo lote segue sendo os 26 propalados pelo brig Baptista.
Como se trata de um novo contrato e como bem disse o Knigh7, a Saab na atual realidade, sem vender um único caça além da FAB, não está em condições de fazer cú doce conosco, pelo contrário. E a FAB sabe muito bem disso.
Aproveitar é outra coisa.

[FCarvalho]

Sou de opinião que 26 unidades para o segundo lote não é obviamente o que a FAB deseja e precisa, mas o que os recursos que lhe dão pode suportar no futuro a médio e longo prazo, se a questão da conta custeio e investimento no Brasil não mudar nada até 2041.
É a realidade da (des)importância da defesa nacional ditando as regras.
Viva-se com isso.

[Túlio]

Sou de opinião que 26 unidades para o segundo lote não é obviamente o que a FAB deseja e precisa, mas o que os recursos que lhe dão pode suportar no futuro a médio e longo prazo, se a questão da conta custeio e investimento no Brasil não mudar nada até 2041.
É a realidade da (des)importância da defesa nacional ditando as regras.
Viva-se com isso.

Pergunto (de novo, e eu sei que estou sendo chato, talvez me vejam até como TROLL, mas a questão me parece imperativa): quais as pretensões (ou ameaças) que o Brasil vê para hoje ou em um futuro razoavelmente próximo (digamos metade da vida útil da maior parte da frota de Gripen, tipo uns 15/20 anos, ou seja, da segunda metade até finais da próxima década) que embasam a necessidade de mais de 36 Gripen?

Se é por causa de vizinho, NO FUCKIN' WAY: do Oaipoque ao Chuí, e passando por todos os cerca de 24 mil km de perímetro (litoral e fronteiras), não tem nada que seja páreo para sequer uma dúzia de Gripen + 2 Meteor cada + 99, e o cenário tende a piorar, e muito: Países que já voaram Caças supersônicos (Argentina e possivelmente Colômbia, p ex) vão ter que se contentar com Treinadores, enquanto que os que nunca os tiveram (Bolívia, Paraguay, Uruguay, p ex) agora é que não vão ter mesmo, exceto por alguma doação de material sem chance alguma contra Gripen (ou F-16, para incluir um não-vizinho com mais problemas do que nós, o Chile).

Se vem de longe (EUA/UE = OTAN, claro) aí nem há diferença entre 36 ou 360 Gripen, eles embargam tudo e, no que los repuestos e as munições "inteligentes" (AAM, ASM, etc) que nem sonhamos em fazer 100% aqui estiverem no fim, chegam e liquidam a fatura dando risada.


Aliás, se considerarmos apenas a vizinhança e necessidades em relação a ela, o cajuzinho-mor bem que podia exercer seus 25% e cortar para 27/28 Gripen ("ou compra 390 ou vai ser isso") e ainda ia dar e sobrar. Eu não ia GOSTAR muito mas pelo menos poderia ENTENDER.

PS.: mas digamos que eu esteja BEM ERRADO: vizinho A e/ou B começa um concurso para digamos uma centena ou duas de caças de ponta: ainda estaríamos bem na frente, pois podemos simplesmente aumentar nossa encomenda original de um caça já conhecido e para o qual já teríamos pessoal e equipamentos em operação rotineira, enquanto a concorrência teria que começar do zero (como nós, ali por 2006, para a decisão final sair em 2013 e o contrato final um ano depois).

Qual a pressa, então? Se a vizinhança é tão melhor/mais rápida/mais endinheirada que nós, por que já não estão voando Rafale, Typhoon ou F-18E/F/G (ou mesmo F-35/PAK-FA) e Su-35S desde a década passada?

[knigh7]

[FCarvalho]

Sou de opinião que 26 unidades para o segundo lote não é obviamente o que a FAB deseja e precisa, mas o que os recursos que lhe dão pode suportar no futuro a médio e longo prazo, se a questão da conta custeio e investimento no Brasil não mudar nada até 2041. É a realidade da (des)importância da defesa nacional ditando as regras.
Viva-se com isso.

Pergunto (de novo, e eu sei que estou sendo chato, talvez me vejam até como TROLL, mas a questão me parece imperativa): quais as pretensões (ou ameaças) que o Brasil vê para hoje ou em um futuro razoavelmente próximo (digamos metade da vida útil da maior parte da frota de Gripen, tipo uns 15/20 anos, ou seja, da segunda metade até finais da próxima década) que embasam a necessidade de mais de 36 Gripen?

Se é por causa de vizinho, NO FUCKIN' WAY: do Oaipoque ao Chuí, e passando por todos os cerca de 24 mil km de perímetro (litoral e fronteiras), não tem nada que seja páreo para sequer uma dúzia de Gripen + 2 Meteor cada + 99, e o cenário tende a piorar, e muito: Países que já voaram Caças supersônicos (Argentina e possivelmente Colômbia, p ex) vão ter que se contentar com Treinadores, enquanto que os que nunca os tiveram (Bolívia, Paraguay, Uruguay, p ex) agora é que não vão ter mesmo, exceto por alguma doação de material sem chance alguma contra Gripen (ou F-16, para incluir um não-vizinho com mais problemas do que nós, o Chile).

Se vem de longe (EUA/UE = OTAN, claro) aí nem há diferença entre 36 ou 360 Gripen, eles embargam tudo e, no que los repuestos e as munições "inteligentes" (AAM, ASM, etc) que nem sonhamos em fazer 100% aqui estiverem no fim, chegam e liquidam a fatura dando risada.


Aliás, se considerarmos apenas a vizinhança e necessidades em relação a ela, o cajuzinho-mor bem que podia exercer seus 25% e cortar para 27/28 Gripen ("ou compra 390 ou vai ser isso") e ainda ia dar e sobrar. Eu não ia GOSTAR muito mas pelo menos poderia ENTENDER.

PS.: mas digamos que eu esteja BEM ERRADO: vizinho A e/ou B começa um concurso para digamos uma centena ou duas de caças de ponta: ainda estaríamos bem na frente, pois podemos simplesmente aumentar nossa encomenda original de um caça já conhecido e para o qual já teríamos pessoal e equipamentos em operação rotineira, enquanto a concorrência teria que começar do zero (como nós, ali por 2006, para a decisão final sair em 2013 e o contrato final um ano depois).

Qual a pressa, então? Se a vizinhança é tão melhor/mais rápida/mais endinheirada que nós, por que já não estão voando Rafale, Typhoon ou F-18E/F/G (ou mesmo F-35/PAK-FA) e Su-35S desde a década passada?

Vou tentar responder devagar e aos poucos pois a conversa pode ir longe em termos de "textão". Se não der tudo aqui, vou fazendo em outros post.

Para responder a sua primeira pergunta imagino teríamos que saber quais são as HE que a força aérea trabalha no sentido de fomentar e propor suas reais necessidades e capacidades ao poder político. Mas como não temos e não teremos nunca acesso a elas, só podemos supor os motivos que levam ao pleito das demandas materiais e humanas no médio e longo prazo, tal como descritos no documento de planejamento estratégico relativo ao período 2018 a 2027. Tem um tópico só para este assunto que criei aqui. E pelo que sei daquele documento, é pouco crível antever que a FAB esteja pautando suas HE apenas e tão somente olhando a vizinhança, e eventuais pretensões ou ameaças que ela possa nos antepor. Acho que a coisa vai bem mais longe que o nosso TO de entorno. Só não temos como saber o quão longe oficialmente isso vai.

Pode-se dizer a priori que a FAB trabalha em duas vertentes: a teórica, que procura responder às necessidades de acordo com as análises das HE aventadas, e a prática, que olha a realidade, o bolso, a politica e a sociedade, e simplesmente se detém em propostas que mantenham o já mais que conhecido mínimo básico necessário. É assim que funciona. Exemplo disso são as mais recentes decisões tomadas pelo alto comando.

Para justificar um outro lote de 36 Gripen E\F, ou mesmo as supostas 108 unidades como objetivo final, podemos dizer que há motivos mais do que militares para a aquisição destes números, e que olham o entorno estratégico no médio e longo prazo, e também, algo além dele, que hoje, como sabemos, abrange a África ocidental, e na visão da MB, também o mar do caribe e a costa ocidental do AS, ambas referendadas pelo MD e poder político nos docs da defesa via PEM 2040, e com a aquiescência de EB e FAB.

Mas aí fica a pergunta: a quem interessa este tipo de assunto mesmo no Brasil A resposta pode parecer meio previsível, mas, pode ser mais complicada do que possamos supor. E neste aspecto, as quantidades de caças que a FAB pode ou quer operar tem menos a ver com a falta de capacidades de nossos vizinhos e potenciais ameaças extra continente, do que com nossa própria irresponsabilidade em tratar o tema Defesa nacional. No Brasil, a FAB com 8 ou 80 Gripen, ao fim e ao cabo parece sempre tudo igual.

[henriquejr]

Ficar se olho nas movimentações da Turquia nós próximos dias! Há rumores que as dificuldades impostas pelos EUA para o fornecimento de F-16 Block 70, fez com que o "catálogo" de armas da Suécia fosse entrasse nas negociações para o país não vetar a entrada de Suécia e Finlândia na OTAN.

[Viktor Reznov]

Ficar se olho nas movimentações da Turquia nós próximos dias! Há rumores que as dificuldades impostas pelos EUA para o fornecimento de F-16 Block 70, fez com que o "catálogo" de armas da Suécia fosse entrasse nas negociações para o país não vetar a entrada de Suécia e Finlândia na OTAN.

Mas com que motores? Pq um dos principais empecilhos que o Dpto de Estado está colocando à venda desses F-16 Block 70 pra Turquia são justamente os motores.

[EduClau]

Hmmm...



sds

[Túlio]

A Turquia tá praticamente na porta da rua da OTAN, e com guerra já marcada com um de seus integrantes, a Grécia, logo, acho brabo até F-16, Gripen pior ainda (mas ia ser tri tirar a teima e saber qual é o verdadeiro BAD ASS, Gripen ou Rafale).

[knigh7]

Hmmm...



sds

A autorização da venda está parada, parada, no Congresso americano. Agora precisamos ver se com essa entrada da Finlândia e Suécia os turcos conseguiram benefícios quanto a isso.

Parece que os turcos não sacaram que eles somente são aturados na OTAN por causa da posição geográfica excepcional do país deles: a Turquia é dissonante politicamente, culturalmente e quanto a objetivos do resto da Aliança. Ela é um estranho no ninho. Fora que uma dúzia de países da OTAN apoiam explicitamente a Grécia nos conflitos que ela tem com a Turquia e nenhum a apoia ...

[FCarvalho]

A OTAN só é interessante para os turcos em função das disputas com Moscou no oriente médio e mediterrâneo. E talvez seja só por isso que eles ainda estão lá, aturando gregos e europeus.
Mas, a Turquia que entrou para a OTAN há mais de 50 anos atrás não é a Turquia de 2022.
Os próximos anos dirão se o país ainda de fato ainda tem interesse em permanecer na aliança, e mesmo continuar pleiteando sua entrada na UE a troco de nada.

[Túlio]

Mais nuvens negras na rota do AMX 2.0 GRIPEN, "F-35 será a aeronave padrão europeia":

Gripens sendo oferecidos quase de graça para República Tcheca, diz embaixador sueco





https://www.cavok.com.br/gripens-sendo- ... ador-sueco

Por outro lado, "quero apenas enfatizar a essência da nossa oferta. Acreditamos que o Gripen da série E é uma das melhores aeronaves do mundo e uma fantástica relação custo/benefício. Nenhum outro fornecedor pode realmente competir conosco nisso".

Tchecos poderão ficar com Gripens alugados se comprarem o Gripen E





https://www.aeroflap.com.br/tchecos-pod ... -gripen-e/

O que sabemos até agora é que a Suécia continua com as suas 60 encomendas inalteradas, enquanto o Brasil com suas 36, talvez 40, talvez mais 26 além dos 40 (e aí já passaria a ter mais do que a própria Suécia), talvez vai saber quantos , bobear e passamos mesmo dos cem (e ainda não vi nenhum dos nossos voando aqui com IRST).

[knigh7]

O interessante é que a Ministra da Defesa da República Tcheca (uma tal de Jana) reconheceu nessa semana que sequer sabia da proposta da Suécia.

Gente muito profissa, processos de aquisição transparentes, concorrências justas.

[Túlio]

O interessante é que a Ministra da Defesa da República Tcheca (uma tal de Jana) reconheceu nessa semana que sequer sabia da proposta da Suécia.

Gente muito profissa, processos de aquisição transparentes, concorrências justas.

Ela deve ser MILITAR, que o nosso véio e sábio @FCarvalho vive reclamando que MINDEF deve ser um CIVIL porque sabe mais dessas coisas, deve ser essa a treta.