Re: VENEZUELA
Enviado: Seg Out 29, 2018 11:26 pm
Venezuela não precisa de 1 bota no chão pra cair. Apenas isolamento financeiro e politico.
O resto a gravidade faz sozinha.
O resto a gravidade faz sozinha.
E sem prazo para acabar, deixando o terreno para qualquer hiena bem armada que quiser se aproveitar depois...
Eu hein, tô fora dessa. Que o EB não me chame se a coisa degringolar lá pro norte do país. Deixem que o Trump resolva essa merda ou deixem a Venezuela minguar até o fundo do poço.knigh7 escreveu: ↑Seg Out 29, 2018 4:33 pm
(foto)
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/201 ... duro.shtml
ninguém está advogando não reagir a novas situações Bourne.Bourne escreveu: ↑Qua Out 31, 2018 9:29 am Meus caros, quando a casa do vizinho pega fogo, não pode simplesmente ignorar como se fosse do outro lado da cidade. O cenário está se desenhando. No meio do caminho os governos negam, amenizam, ameaçam e depois voltam atrás, agem mas não admitem. Olhem para Síria e Crimeia em que por anos se negou que tivesse conflito ou envolva países. E mesmo com o conflito aberto as declarações oficiais eram cheia de cuidado e negações.
Aceitem ou não, Roraima está envolvida no conflito. O primeiro efeito sentidos alguns meses é de refugiados em massa. Não tem como mandar eles de volta para Venezuela. Depois, se a tensão aumentar e degringolar para conflito armados entre diversos grupos e apoiado por países externos (China e EUA), vem mais refugiados e o território brasileiro pode virar base de guerrilha de ambos os lados. E caso evolua para envolver países diretamente como a Colômbia, a situação piora.
O mundo está perigosos e pegando fogo desde a crise financeira internacional de 2007/2008. Em várias regiões estão em conflito, envolvendo interesses regionais e globais. A lógica da década de 1990 e parte de 2000, que os EUA mandam e o resto obedece acabou. Cada vez mais, cada um está por si e bancam até os EUA. Por exemplo, Rússia e Irã na Síria, a Turquia demandar para o lado russo, sauditas acham que podem agir sozinhos.
https://oglobo.globo.com/mundo/casa-bra ... o-23204513Casa Branca promete derrubar 'troica da tirania' nas Américas e elogia Bolsonaro
John Bolton, conselheiro de Segurança Nacional de Trump, anuncia sanções a Venezuela, Nicarágua e Cuba e diz que novo presidente brasileiro é ‘sinal positivo’
Henrique Gomes Batista, Correspondente
01/11/2018
WASHINGTON — A Casa Branca endureceu nesta quinta-feira o discurso contra Venezuela , Nicarágua e Cuba , agrupando os três países em uma “troica da tirania” que prometeu combater "até ver a queda de cada lado desse triângulo". Em um discurso em Miami, num tom reminiscente da Guerra Fria, John Bolton , conselheiro da Segurança Nacional de Donald Trump , afirmou que o continente não pode viver “à sombra da ameaça do socialismo” e disse que o presidente eleito Jair Bolsonaro , assim como Iván Duque, na Colômbia, são vistos com “entusiasmo” pelos Estados Unidos.
— Os Estados Unidos estão entusiasmados com a parceria com países como México, Colômbia, Brasil, Argentina e muitos outros para promover o estado de direito e aumentar a segurança e a prosperidade de nossos povos. As recentes eleições de líderes similares em países-chave, incluindo Iván Duque na Colômbia, e no último fim de semana Jair Bolsonaro no Brasil, são sinais positivos para o futuro da região e demonstram um crescente compromisso regional com os princípios do mercado livre, aberto e transparente e governança responsável — disse Bolton.
Entretanto, o conselheiro de Trump, considerado um dos republicanos mais linha-dura do governo, usou a maior parte de seu discurso para criticar os governos não alinhados com Washington:
— No entanto, hoje, neste hemisfério, somos novamente confrontados com as forças destrutivas da opressão, do socialismo e do totalitarismo. Em Cuba, na Venezuela e na Nicarágua, vemos os perigos de ideologias venenosas sem controle e os perigos da dominação e da supressão. Esta tarde, eu estou aqui para entregar uma mensagem clara do presidente dos Estados Unidos sobre a nossa política em relação a esses três regimes. Sob este governo, não vamos mais apaziguar ditadores e déspotas perto de nossas costas neste hemisfério. Não recompensaremos pelotões de fuzilamento, torturadores e assassinos. Nós defenderemos a independência e a liberdade de nossos vizinhos.
Bolton discursou na Freedom Tower, edifício onde refugiados cubanos foram recebidos na década de 1960 depois de deixar a ilha caribenha na esteira da Revolução Cubana. Hoje, o Sul da Flórida é o destino escolhido por alguns milhares dentre os 2 milhões de venezuelanos que, desde 2015, deixaram seu país para escapar da escassez de alimentos e medicamentos, hiperinflação e crimes violentos. Em um tom mais duro que o costumeiro até para o governo Trump, Bolton fez ameaças:
— A troica da tirania neste hemisfério, Cuba, Venezuela e Nicarágua, finalmente encontrou quem a confronte. Não há lugar melhor para transmitir esta mensagem do que aqui em Miami, na Torre da Liberdade. Miami que é o lar de inúmeros americanos que fugiram das prisões e dos esquadrões da morte do regime de (Fidel) Castro em Cuba, das ditaduras assassinas de (Hugo) Chávez e (Nicolás) Maduro na Venezuela e da terrível violência dos anos 80 e do brutal reinado de (Daniel) Ortega na Nicarágua.
Bolton, que até então criticava nestes termos apenas o Irã e a Coreia do Norte — país sobre o qual defendeu uma invasão militar preventiva —, comparou o que ocorre em Caracas com o assassinato de 11 judeus em uma sinagoga nos EUA no último sábado.
— Todos nós temos a responsabilidade de enfrentar esse ódio hediondo, seja em Pittsburgh, Caracas ou em qualquer outra cidade — disse ele. — O socialismo tem sido implementado de forma efetiva. Em Cuba, uma ditadura brutal sob a fachada de uma nova figura continua a minar as instituições democráticas e os opositores da prisão e da tortura. Na Venezuela e na Nicarágua, líderes autocráticos desesperados estão empenhados em manter o controle do poder, uniram-se aos seus homólogos cubanos com o mesmo comportamento opressor de prisão, tortura e assassinato injustos. Essa troica da tirania, esse triângulo de terror que se estende desde Havana para Caraca e Manágua, é a causa do imenso sofrimento humano, o ímpeto da enorme instabilidade regional e a gênese de um sórdido grau de comunismo no Hemisfério Ocidental.
Dizendo que estava atuando em nome do presidente Trump — que nos últimos dias ampliou seu discurso do medo à medida que se aproximam as eleições legislativas da próxima terça-feira — Bolton afirmou que seguirá apoiando o povo cubano contra o governo. E aproveitou para criticar Barack Obama, que visitou a ilha, dizendo que “membros deste governo nunca farão uma foto na frente da imagem de Che Guevara, engessada sobre o ministério cubano que dirige a Polícia Nacional Revolucionária”.
— Nossa preocupação é com sanções, não com selfies — disse.
Ouro venezuelano
Ele anunciou que o Departamento de Estado incluirá a partir desta quinta-feira mais de duas dúzias de entidades pertencentes ou controladas pelos serviços militares e de inteligência cubanos à lista restrita de entidades às quais são proibidas as transações financeiras por pessoas dos EUA, já anunciadas por Trump.
Depois de citar que já há dois milhões de venezuelanos como refugiados pelo mundo, Bolton informou que Trump assinou uma ordem executiva para impor duras e novas sanções contra a Venezuela.
— As novas sanções visarão redes que operam dentro de setores econômicos corruptos da Venezuela e lhes negam acesso à riqueza roubada. Mais imediatamente, as novas sanções impedirão que as pessoas dos EUA se envolvam com atores e redes cúmplices de transações corruptas ou enganosas no ouro venezuelano — disse ele.
Finalmente, na Nicarágua, os Estados Unidos continuam, segundo ele, a condenar a violência e a repressão do regime de Ortega contra seus cidadãos e membros da oposição.
— Esse comportamento é inaceitável em qualquer lugar e especialmente no Hemisfério Ocidental. Eleições livres, justas e antecipadas devem ser realizadas na Nicarágua, e a democracia deve ser restaurada ao povo nicaraguense — afirmou Bolton. — Até lá, o regime da Nicarágua, como a Venezuela e Cuba, sentirá todo o peso do vigoroso regime de sanções dos EUA.
Ele afirmou que a "troica da tirania" não durará para sempre:
— Como todos os regimes e ideologias opressivas, também irá encontrar o seu fim. Os povos de Cuba, Venezuela e Nicarágua são adversários temíveis, e se eu fosse (o presidente cubano Miguel) Díaz-Canel, Maduro ou Ortega, eu temeria seu poder virtuoso — disse. Os Estados Unidos esperam ver cada ponta do triângulo cair: em Havana, em Caracas, em Manágua.
Linha-dura republicano
Conhecido pelo seu tom linha-dura para a política externa — mesmo para o padrão da ala mais radical do Partido Republicano —, o conselheiro de Segurança Nacional americano ameaçou em setembro último lançar sanções contra o Tribunal Penal Internacional (TPI) se a corte insistisse nas investigações sobre supostos crimes de guerra americanos no Afeganistão.
Quando embaixador na ONU de George W. Bush, ele ficou famoso por ser um dos grandes artífices da "guerra ao terror" e um advogado ferrenho da invasão do Iraque. À época da invasão, ele defendia que os EUA atacassem em seguida a Coreia do Norte e o Irã, países que Bush havia incluído no "eixo do mal", junto com o Iraque. Bolton também esteve por trás da retirada do diplomata brasileiro José Mauricio Bustani do cargo de chefe da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq).
A sua nomeação para o cargo em março deste ano confirmou a guinada agressiva do governo Trump na política externa, com seu rechaço a organizações multilaterais. Neste ano, ele também anunciou que os EUA revisariam todos os acordos internacionais que podem expor o país a decisões vinculantes da Corte Internacional de Justiça, classificando o órgão da ONU de "politizado e ineficaz".
Ao longo de quase dois anos de mandato, Trump reduziu parte das medidas de degelo com Cuba instituídas pelo seu antecessor, o democrata Barack Obama. O atual presidente apertou as regras sobre viagens de americanos à ilha e restringiu os negócios de empresas dos EUA lá. Entretanto, formalmente manteve as relações diplomáticas restabelecidas por Obama.
No mês passado, durante discurso nas Nações Unidas, Trump atribuiu o colapso econômico venezuelano a "financiadores cubanos" do governo de Maduro. O governo dos EUA impôs várias rodadas de sanções contra militares e políticos venezuelanos próximos a Maduro, que é acusado de violar direitos humanos no seu país. O presidente venezuelano, por sua vez, diz ser vítima de uma "guerra econômica" liderada por adversários apoiados pelos EUA.