Ministério da Defesa

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Re: Ministério da Defesa

#841 Mensagem por knigh7 » Qua Fev 09, 2022 12:25 am

Segue o quadro-síntese do Orçamento do Ministério da Defesa, já sancionado pelo Bolsonaro, constante no Anexo IV da LOA. E já descontando os vetos (que foram na verdade irrisório nos investimentos. Vi que o orçamento para a construção de 2 colégios militares foram vetados (mas não o de São Paulo)). Entretanto a minha atenção era nos equipamentos militares e nesses foram em apenas 3 projetos- e muito pouco). O Bolsonaro vetou uma das emendas para a construção do submarino de propulsão convencional, mesmo assim ficou R$86 mil maior que da PLOA pois houve outras emendas que o Executivo não vetou. Do KC-390 e do Forças Blindadas foi o mesmo, o veto que ele fez foram de emendas pequenas.


A coluna do canto direito se refere à LOA 2022. A terceira coluna, foi da LOA 2021. Serve como comparativo.
O Orçamento discricionário+ pagamento de empréstimos tiveram uma aumento de 31% (não me refiro a aumento real, mas sim apenas nominal)
O Orçamento de investimento teve um aumento de 20% (não me refiro a aumento real, mas sim apenas nominal)

O Orçamento de Investimento foi cerca de metade do que o Min. da Defesa pediu. É por isso que os programas sempre atrasam e sempre tem de ficar renegociando contratos. Se alguém propuser Porta-Aviões, Gripen Naval para a MB ou viagens semelhantes eu trucido.

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Re: Ministério da Defesa

#842 Mensagem por gabriel219 » Qua Fev 09, 2022 8:08 am

R$ 90 Bilhões em gasto com pessoal, uns 60% disso é só ckm previdência e tem gente que acha normal isso. Nunca o orçamento de Defesa irá aumentar quando gastos sociais, pensões e previdência fará parte da pasta do MD, mas nunca!

Não adianta ficar cobrando Deputado e Senador pra aumentar, pois serão degolados publicamente do porque o orçamento de Defesa está igual ou maior que o orçamento de Educação e Segurança. E depois ter que explicar que cerca de 30% desse orçamento é realmente gasto com a Ativa, tanto custeio quanto equipamentos e P&D.

Outra coisa é ter a Amazul e a Imbel no custeio dentro do MD. Ambas podiam perfeitamente virar PPP's ou privatizadas totalmente, ao menos a Imbel já tem estudo pra isso ser feito, mas a Amazul duvido que seja, a MIRJ precisa de cabides, assim como é a Ezute.




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Re: Ministério da Defesa

#843 Mensagem por prometheus » Qua Fev 09, 2022 1:54 pm

gabriel219 escreveu: Sex Fev 04, 2022 8:54 am
prometheus escreveu: Qui Fev 03, 2022 9:38 pm

EDIT MOD - Túlio

Sigam a thread no Twitter se quiserem ver o resto, assim ficou muito ruim de seguir, um post cheio de repetições e com quase meia página.
Eu nunca tive a oportunidade de ler TANTA MERDA na minha vida como acabei de ter esse desprazer.

A transferência de tecnologia dos Submarinos Nucleares é em relação ao casco e, até aonde eu sei, JÁ FOI FEITA. O problema agora sempre foi o reator nuclear, que sempre seria 100% Nacional.

PQP!!!! Depois de mais de 10 anos de debate, inclusive aqui mesmo no DB, tem gente que acha que a França iria transferir a tecnologia até dos reatores nucleares? Tem que ser muito mal caráter ou débil mental!

E que porra tem a ver com pobreza?

Sério, esse talvez tenha sido o pior conjunto de comentários, misturando desconhecimento com coisas que NADA tem a ver que já vi na vida.
Não emiti opinião alguma, só postei aqui as informações que estão sendo veiculadas nas redes sociais a respeito disso do Brasil, Gabriel.... Deixando bem claro isso para que vocês se informem.




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Re: Ministério da Defesa

#844 Mensagem por Túlio » Qua Fev 09, 2022 2:10 pm

prometheus escreveu: Qua Fev 09, 2022 1:54 pm
gabriel219 escreveu: Sex Fev 04, 2022 8:54 am
Sério, esse talvez tenha sido o pior conjunto de comentários, misturando desconhecimento com coisas que NADA tem a ver que já vi na vida.
Não emiti opinião alguma, só postei aqui as informações que estão sendo veiculadas nas redes sociais a respeito disso do Brasil, Gabriel.... Deixando bem claro isso para que vocês se informem.

Creio que ficou bem claro para todos que o Gabriel se referia àquela ridícula thread no Twitter.




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Re: Ministério da Defesa

#845 Mensagem por gabriel219 » Qua Fev 09, 2022 4:48 pm

prometheus escreveu: Qua Fev 09, 2022 1:54 pm
gabriel219 escreveu: Sex Fev 04, 2022 8:54 am
Eu nunca tive a oportunidade de ler TANTA MERDA na minha vida como acabei de ter esse desprazer.

A transferência de tecnologia dos Submarinos Nucleares é em relação ao casco e, até aonde eu sei, JÁ FOI FEITA. O problema agora sempre foi o reator nuclear, que sempre seria 100% Nacional.

PQP!!!! Depois de mais de 10 anos de debate, inclusive aqui mesmo no DB, tem gente que acha que a França iria transferir a tecnologia até dos reatores nucleares? Tem que ser muito mal caráter ou débil mental!

E que porra tem a ver com pobreza?

Sério, esse talvez tenha sido o pior conjunto de comentários, misturando desconhecimento com coisas que NADA tem a ver que já vi na vida.
Não emiti opinião alguma, só postei aqui as informações que estão sendo veiculadas nas redes sociais a respeito disso do Brasil, Gabriel.... Deixando bem claro isso para que vocês se informem.
Mas estou falando de quem fez, não de você.

Aliás, por isso não tenho twitter, aquilo ali é um hospício online. A quantidade de merda que tem ali afeta a saúde mental de qualquer um!




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Re: Ministério da Defesa

#846 Mensagem por knigh7 » Dom Fev 20, 2022 10:44 pm

Mísseis, satélites e navios: entenda o que o Brasil quer da Rússia

Por
Luis Kawaguti
19/02/2022 13:59


A visita do presidente Jair Bolsonaro à Rússia teve como objetivo no campo militar a prospecção e eventual compra ou desenvolvimento conjunto de tecnologias nas áreas espacial, de guerra cibernética e tecnologia nuclear.


O Brasil está interessado, por exemplo, em tecnologias relacionadas a mísseis de longo alcance e hipersônicos, defesa antiaérea, navios de patrulha e lanchas rápidas de assalto.

“Acho que temos uma janela de oportunidades muito boa para romper com velhos paradigmas em antigas situações de dependência”, afirmou à coluna Marcos Degaut, secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa.

Um dos fatos mais importantes na visita à Rússia foi a assinatura de um acordo para proteção mútua de informações classificadas. Ele foi firmado pelo general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, e o general Nikolai Patrushev, diretor do Serviço Nacional de Segurança (FSB, o órgão que sucedeu o órgão de inteligência soviético, a KGB).

“A importância desse entendimento bilateral é que teremos uma cooperação facilitada em tecnologia de ponta e áreas sensíveis”, afirmou na ocasião o chanceler brasileiro Carlos Franco França.

Em outras palavras, o Brasil quer obter na Rússia tecnologias estratégicas que não têm sido compartilhadas pelos atuais parceiros do Ocidente.


“As nossas conversas com o governo russo podem vir a resultar em um salto qualitativo muito grande para a base industrial de defesa brasileira do ponto de vista do incremento da tecnologia para aumentar o nosso grau de autonomia tecnológica e estratégica em diversos setores”, afirmou Degaut.

Na entrevista exclusiva à Jogos de Guerra, o secretário citou quais são as tecnologias russas em que o Brasil está interessado. Com base na lista, fizemos um panorama completo sobre foguetes lançadores de satélites e mísseis hipersônicos, sistemas de guiagem de mísseis, defesa antiaérea e navios de patrulha oceânica.

Míssil hipersônico

Uma das tecnologias mais disruptivas em que o Brasil está interessado é da área espacial. A ideia é ter acesso ou desenvolver foguetes lançadores de satélites e de mísseis hipersônicos.

O míssil e o planador hipersônico são hoje alguns dos armamentos mais valorizados da nova corrida armamentista. São mísseis capazes de voar a mais de 6 mil km/h dentro da atmosfera (cinco vezes a velocidade do som) e fazer manobras para evitar os sistemas de defesa antiaérea existentes. Eles podem carregar ogivas nucleares.

A Rússia foi pioneira nesse setor. Possui o míssil hipersônico Kinzhal desde 2018, o planador hipersônico Avangard desde 2019 e testou no ano passado o míssil hipersônico naval Tsirkon - que pode ser usado nos exercícios de mísseis liderados por Putin neste fim de semana.

A China surpreendeu o mundo ao testar a tecnologia no ano passado e os Estados Unidos, embora já tenha tido sucesso em alguns testes, só devem incluir esse tipo de arma em seu arsenal no fim deste ano.

O Brasil testou com sucesso, em dezembro do ano passado, o motor scramjet de seu protótipo de planador hipersônico 14-X. Ele foi levado ao espaço por um foguete brasileiro. Mas o projeto nacional tem ainda ao menos mais três fases de desenvolvimento. Será preciso criar materiais que resistam a um voo que gera aquecimento de mais de 2 mil graus Celsius em alguns segundos - entre outras dificuldades técnicas.

As conversações entre Brasil e Rússia ainda não avançaram a ponto de ser possível saber se a participação russa vai se restringir ao foguete que leva o planador até o espaço. Essa tecnologia já foi abordada na coluna.

A ideia geral é firmar parcerias para desenvolver o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais da Força Aérea.

Mísseis guiados
Outra das tecnologias a que o Brasil quer ter acesso é o sistema de guiagem para mísseis. Hoje, os maiores avanços do Brasil na área estão relacionados à Avibras. A empresa possui um sistema chamado Astros II que é exportado para países como Catar, Arábia Saudita e membros da Otan.

Porém, ele usa uma tecnologia de saturação, ou seja, dispara vários foguetes em um curto período de tempo para atingir toda uma área. Ou seja, não são mísseis de precisão “cirúrgica”.

Em outra frente, a empresa desenvolve para o Exército o mais potente míssil de cruzeiro do Brasil, o AV-TM 300, que ainda não está pronto. Ele deve ter capacidade para atingir alvos a 300 quilômetros de distância.

O acesso à tecnologia de guiagem de mísseis, em teoria, pode diminuir a dependência do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, que hoje importam esse tipo de armamento.

A Rússia implementa desde a metade da década de 2010 um programa de modernização de seus mísseis guiados disparados de aviões para abater outras aeronaves, segundo estudo do think tank Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS).

Durante a guerra da Síria, a força aérea russa usou mísseis de cruzeiro guiados Raduga que foram modernizados durante o programa para abater alvos a até 2,5 mil km de distância. Eles eram lançados de aviões bombardeiros.

A marinha russa também usou mísseis guiados de alcance semelhante (3M14 Kalibr) para atingir unidades militares terrestres na Síria a partir dos mares Cáspio e Mediterrâneo, segundo o IISS.

Defesa antiaérea
O Brasil sonda a Rússia para ter acesso a sistemas de defesa antiaérea de curto, médio e longo alcance. Ou seja, sistemas de mísseis capazes de abater aeronaves.

Pouco se sabe sobre quais equipamentos o Brasil quer negociar. Durante o governo do PT, Brasil e Rússia começaram a dialogar sobre o sistema de mísseis de médio alcance Pantsir. Mas a compra não avançou.

A Venezuela possui mísseis antiaéreos russos S-300 - que chegou a posicionar na fronteira brasileira durante a crise de refugiados em 2018. O Brasil não tem nada parecido e, em tese, se um conflito tivesse se concretizado, não poderia aproximar nenhuma aeronave dentro de seu próprio território a menos de 300 quilômetros da Venezuela, por causa do alcance da arma de origem russa.

Na atual crise da Ucrânia, a Rússia disparou durante exercícios em Belarus o S-400, um míssil antiaéreo capaz de atingir alvos a mais de 400 quilômetros de distância.

Navios de defesa costeira
A marinha russa não tem a mesma capacidade de atuar “longe de casa” como tinha no período soviético. Mas um projeto de modernização de navios voltados para a defesa do litoral começou em 2008.

A Rússia só tem um porta-aviões hoje, o Almirante Kuznetsov. Segundo o IISS, a estratégia do país, em linhas gerais, é investir em submarinos (que podem atuar em qualquer parte dos oceanos e dissuadir ataques) e em uma esquadra que possa defender seu litoral.

Como a Marinha Brasileira também é voltada praticamente para a defesa do litoral, a ideia é negociar com os russos parcerias na construção de navios de patrulha oceânicos de grande porte e lanchas rápidas de assalto.

Uma outra área de pesquisa, essa ainda um pouco mais distante, é que o Brasil e a Rússia podem ser parceiros é o desenvolvimento de embarcações civis movidas a motores nucleares.

Analistas acreditam que esse pode ser o futuro da navegação mundial, devido ao processo de transição de fontes de combustível fóssil para energias limpas. Não há um consenso entre especialistas se a energia nuclear pode ser considerada limpa ou não, mas poucas outras fontes se revelaram promissoras para abastecer a navegação mundial. A Rússia já possui navios quebra-gelo movidos a motores nucleares de baixa capacidade.

Monitoramento de fronteiras
O governo brasileiro também sondou Moscou sobre possíveis parcerias para desenvolver o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (SIsfron) e o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (Sisgaaz). Eles são sistemas de fiscalização e segurança eletrônicos compostos por radares e satélites. Foram concebidos para vigiar as fronteiras terrestre e marítima do Brasil, mas operam hoje apenas em regiões limitadas do país.

Contudo, este colunista apurou com fontes envolvidas com o Sisfron que integrar tecnologia russa com o sistema já existente baseado em radares e sistemas ocidentais seria uma tarefa extremamente complexa. Autoridades do governo apontam que a falta de investimentos no Sisfron já está tornando o sistema obsoleto.


O caminho a seguir
Como essas compras e parcerias podem se concretizar? Não está claro ainda, mas temos algumas pistas.

O poder militar da Rússia decaiu muito nas décadas de 1980 e 1990, com a dissolução da União Soviética. Praticamente só o arsenal de mísseis e armas nucleares receberam verbas.

Em 2008, quando os russos invadiram a Geórgia, diversas falhas de mobilização e desempenho de pessoal e equipamentos ficaram evidentes. Moscou realizou então entre 2011 e 2020 seu Programa Estatal de Armamento.

Em paralelo, a Rússia abandonou seu antigo sistema militar baseado na conscrição massiva de sua população para dar lugar a mais militares profissionais. Eles ganharam experiência de batalha nas campanhas da Síria, na invasão da Crimeia e na campanha de forças irregulares que levou à invasão de províncias do leste da Ucrânia em 2014.

A Rússia nunca esteve tão forte militarmente desde a queda da União Soviética. Mas nem tudo saiu como Moscou planejou. Em relação às forças terrestres, uma grande parte do esforço de rearmamento se baseou em equipamento soviético que foi modernizado, mas não na quantidade que a Rússia planejava. Também não houve muitos avanços em direção a tecnologias disruptivas, segundo o IISS.

Houve exceções, é claro, como a adoção do S-500, a unidade de artilharia capaz de lançar mísseis a mais de 500 quilômetros de distância.

Na área naval, sanções econômicas e baixo desempenho dos estaleiros fizeram com que a indústria militar ficasse aquém do planejado. Toda a capacidade russa de operar nas “águas azuis” (longe do litoral) se baseia em navios soviéticos. Não há também navios suficientes para realizar desembarques anfíbios em larga escala.

Já a força aérea russa, os programas de mísseis hipersônicos, drones e guerra espacial e cibernética passaram por grande desenvolvimento.

Mas Moscou ainda precisará fazer muitos investimentos tanto para finalizar o processo de modernização de forças existentes quanto para criar armas novas que possam desequilibrar o cenário militar.

Uma das formas de obter recursos para isso é investir na exportação de armamentos e tecnologia. A Rússia é o segundo maior exportador de armas do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos.

Washington, por sua vez, restringe exportações de alguns tipos de armas e tenta impor sanções a países que compram equipamentos russos.

Moscou também terá que compensar os gastos com o deslocamento de mais de 160 mil tropas e equipamentos para a fronteira da Ucrânia - um tipo de operação que não é barata.

Nesse contexto, interessa à Rússia ter um cliente como o Brasil e, eventualmente, um parceiro no desenvolvimento de novas armas.

A questão é como o Brasil faria para pagar por esse tipo de tecnologia bélica. Hoje, as Forças Armadas desenvolvem armas em parcerias com empresas privadas brasileiras e estrangeiras ou compram o que precisam no exterior.

Há incentivos fiscais para o setor de defesa nacional como um todo, mas o Planalto não apoia empresas específicas, garantindo seu financiamento e sobrevivência. Ou seja, não há “campeãs nacionais”. Embora muitos analistas advoguem por esse modelo (que ocorre nos EUA, por exemplo), ele estaria em descompasso com a política liberal do atual governo.

Um caminho poderia ser fomentar parcerias entre empresas brasileiras e russas para construção de equipamentos. Ou comprar das empresas russas, mas exigir contrapartidas, como transferência de tecnologia ou produção no país. Esses são modelos que o Brasil já pratica.

As exportações de equipamentos bélicos, que bateram recorde histórico no ano passado (R$ 9,4 bilhões), podem eventualmente ajudar empresas nacionais a trabalhar em conjunto com as russas.

Há também a opção de investir em estatais de defesa, o que é menos provável, segundo analistas. Mas em quase todos os casos, para adquirir armamento avançado e competitivo, o Brasil provavelmente terá que investir recursos públicos. O governo parece apontar para uma solução que ajude a desenvolver a base industrial de defesa brasileira.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/j ... da-russia/
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Re: Ministério da Defesa

#847 Mensagem por gabriel219 » Dom Fev 20, 2022 11:08 pm

A Venezuela não possui S-300, mas o Antey 2500 e o míssil tem alcance máximo de 200 km, mas é especializado para atingir grandes aeronaves e mísseis balísticos até alta altitude, podendo disparar apenas 2 deles por vez. Mas acho que o Brasil só tem a ganhar, espero que o AH-2 seja passado para o EB.

Além disso, podemos estreitar as relações com a Índia também, quem sabe aquele BrahMos-NG. Dizem que a Índia tem demanda de mais cargueiros médios, é uma chance pros KC-390 em caso de uma compra recíproca entre Brasil-Índia.




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Re: Ministério da Defesa

#848 Mensagem por knigh7 » Seg Fev 21, 2022 12:48 am

Seria importante que a Rússia tivesse uma indústria automobilística e naval aqui voltada para o mercado civil. Facilitaria demais o emprego de veículos e navios militares, e consequentemente aumentaria a presença deles nas nossas FFAA.

Poderíamos iniciar o processo gradual de substituir o que não é desenvolvido aqui por equipamentos que estão fora das garras dos EUA e UE/UK.




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Re: Ministério da Defesa

#849 Mensagem por gabriel219 » Seg Fev 21, 2022 1:10 am

knigh7 escreveu: Seg Fev 21, 2022 12:48 am Seria importante que a Rússia tivesse uma indústria automobilística e naval aqui voltada para o mercado civil. Facilitaria demais o emprego de veículos e navios militares, e consequentemente aumentaria a presença deles nas nossas FFAA.

Poderíamos iniciar o processo gradual de substituir o que não é desenvolvido aqui por equipamentos que estão fora das garras dos EUA e UE/UK.
Tem que ver a demanda pra isso, especialmente no EB, mas acho que talvez tenha bastante no setor civil mesmo. Eu gostaria muito daqueles Heavy Trucks deles, o único Ocidental que faz tarefa parecida é o Actros, que o EB já possui, aliás. Tirando o do EUA.

Agora uma coisa é fato: As declarações do Mourão devem ter sido diversionárias, pois o Brasil deve ter voltado com uma pancada de acordo com a Rússia, especialmente na área Militar. A comitiva de Defesa foi bem grande, tanto Defesa quanto Inteligência.




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Re: Ministério da Defesa

#850 Mensagem por knigh7 » Seg Fev 21, 2022 1:28 am

gabriel219 escreveu: Seg Fev 21, 2022 1:10 am
Agora uma coisa é fato: As declarações do Mourão devem ter sido diversionárias, pois o Brasil deve ter voltado com uma pancada de acordo com a Rússia, especialmente na área Militar. A comitiva de Defesa foi bem grande, tanto Defesa quanto Inteligência.
Concordo. Para ver: Foi o 2º do EB, o Comandante do COTER. Mas o próprio General Paulo Sérgio inicialmente ia.




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Re: Ministério da Defesa

#851 Mensagem por knigh7 » Seg Fev 21, 2022 1:31 am

gabriel219 escreveu: Seg Fev 21, 2022 1:10 am
knigh7 escreveu: Seg Fev 21, 2022 12:48 am Seria importante que a Rússia tivesse uma indústria automobilística e naval aqui voltada para o mercado civil. Facilitaria demais o emprego de veículos e navios militares, e consequentemente aumentaria a presença deles nas nossas FFAA.

Poderíamos iniciar o processo gradual de substituir o que não é desenvolvido aqui por equipamentos que estão fora das garras dos EUA e UE/UK.
Tem que ver a demanda pra isso, especialmente no EB, mas acho que talvez tenha bastante no setor civil mesmo. Eu gostaria muito daqueles Heavy Trucks deles, o único Ocidental que faz tarefa parecida é o Actros, que o EB já possui, aliás. Tirando o do EUA.

Gabriel esse assunto é muitoo interessante e vc conhece bem a área. Vamos voltar a debater isso amanhã no Terrestres, pois agora eu tenho de ir dormir pois durante a semana eu acordo cedo.




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Re: Ministério da Defesa

#852 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 15, 2022 1:39 pm

Algumas coisas que tem de ser repensadas para o futuro no médio e longo prazo após esta guerra na Ucrânia para a defesa nacional.

1. O mundo não será mais o mesmo após este conflito. Qual posição e pensamento geoestratégico surgirá dos ensinamentos de uma nova organização mundial que se nos avizinha;

2. O papel da defesa nacional no estabelecimento das diretivas e planejamento de Estado no longo prazo: o que muda e o que fica como está;

3.Investimento necessário x investimento possível: o financiamento da defesa nacional no curto, médio e longo prazo diante das incertezas do cenário geopolítico mundial.

4. Ciência e Tecnologia, PDI em defesa nacional: o que virá pela frente e como prover um cobertor financeiro-institucional capaz de viabilizar o desenvolvimento da BID e do setor de defesa militar no país;

5. BID: a busca pela autonomia total, parcial ou parcerias pontuais onde e quando possível via empresas estrangeiras no Brasil.

6. Os sistemas de inteligência militar e civil no futuro como referencia para a definição das HE regionais e extra-regionais;

7. Os sistemas ISR e C2 das forças armadas: comando, controle e comunicações integradas: uma via de mão dupla para o poder civil e militar;

8. Qual o tamanho da nossa defesa: forças pequenas e profissionais ou grandes baseadas em serviço militar obrigatório;

9. A modernização da defesa nacional: investir na BID e no longo prazo ou investir nas compras de oportunidade e no curto prazo: qual a base necessária e viável.

10. Missões secundárias nas forças armadas: qual o tamanho do desvio e do prejuízo à missão primária das ffaa's.

11. A defesa que o Brasil quer e a que não quer: consciência social e política sobre a (des)importância do tema Defesa Nacional nas políticas públicas supra governamentais.

12. Defesa - política de Estado ou de governo: o caminho a seguir para o desenvolvimento de uma perspectiva concreta e factível sobre defesa nacional.

Tem muito mais coisas, mas creio que podemos começar pelo básico acima. Tomara tenhamos a disposição e interesse em nos questionar ainda que tardiamente sobre estas temáticas. Ao menos aqui no DB. É para isso que estamos aqui há quase duas décadas.




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Re: Ministério da Defesa

#853 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 25, 2022 1:06 pm

PIB ano
R$ 8,7 tri
2021
https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php

Em termos comparativos, em dólares, no último dia do ano de 2021, equivale a cerca de US$ 1,59 trilhão.
O que se pede quanto aos 2% do PIB para a defesa estaria por volta de US$ 125,7 bi o que em reais equivaleria a pouco mais de R$ 701 bi.
Nem nos sonhos mais loucos vamos gastar tal valor em defesa. A não ser se obrigados, e desde que pontualmente, com dia e hora para acabar, até se conseguir a volta ao estado de ostracismo anterior.
Mas como bem disse certa vez o ex cmte do exército, não adianta enfiar 100 bilhões - de dólares ou reais - amanhã na defesa que os resultados não aparecerem no dia seguinte. Leva tempo, muito tempo para chegar às condições desejadas. Mas isto parece pouco ou nada importar para os planejadores públicos e\ou classe política nacional, e por tabela, menos ainda à sociedade.
Não somos uma Alemanha da vida que pode prover quase tudo para as suas forças armadas. E como dependemos essencialmente da importação de quase tudo para dotar as nossas OM com o que há de melhor em material bélico, fica praticamente inviável esperar algo de bom de uma defesa tipo "compra por oportunidade".
Enfim, a política nacional, corroborada de certa forma pelo estamento militar, continuam apostando que guerra é um negócio que só acontece no país dos outros, e que vamos ter todo o tempo do mundo para nos preparar, ou ao menos fingir, e esperar que tudo aconteça da forma como bem entendermos ou esperamos.
Mas guerras, conflitos e embates militares não mandam avisos, convites e nem se apresentam com horário marcado na agenda nacional.
Seria melhor tentar antever o que pode acontecer, ou não, e fazer com que nossas HE sejam mais realistas do que atualmente são.
Essa mania porca nacional de achar que coisas ruins só acontecem com os outros, vai nos levar inevitavelmente à repetência das mesmas situações de um século atrás. Só que desta vez, entendo que não vamos estar do lado dos mocinhos do mundo livre e democrático. Só teremos o nosso para defender, por nós mesmos, e se conseguirmos alguma "ajuda" para fazer isso da melhor forma possível.
Então, 2% do PIB amanhã não resolve. Seria mais prudente que fosse pensado no longo prazo, ainda que fosse menos que isso. Mas pode ser que não tenhamos tempo para pensar sobre o assunto.
Tomara que não.




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Re: Ministério da Defesa

#854 Mensagem por knigh7 » Seg Mar 28, 2022 11:59 pm

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https://www.defesaaereanaval.com.br/min ... -da-defesa

Droga!!

Eu queria que fosse o Baptista Jr e não um General bunda-mole vindo de uma Força bunda mole que faz par de bunda-molice com a MB.




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Re: Ministério da Defesa

#855 Mensagem por prp » Ter Mar 29, 2022 1:48 am

Baptista Jr, iria empregar a família toda dele lá. Tá acostumado já...




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