Fórum Defesa Brasil

Mas não é verdade, cupincha? De que me vai adiantar ser independente de armas deles se, até estourar uma suposta guerra, minha economia já se estrangulou toda? Notes a Vuvuzela, passam o tempo papagaiando contra o Grande Satã mas não deixam de vender-lhes o petróleo cru...

Túlio escreveu:Mas não é verdade, cupincha? De que me vai adiantar ser independente de armas deles se, até estourar uma suposta guerra, minha economia já se estrangulou toda? Notes a Vuvuzela, passam o tempo papagaiando contra o Grande Satã mas não deixam de vender-lhes o petróleo cru...

Sim, é verdade, e é parte do que queria dizer. Independência total não existe. Nem mesmo a Coréia do Norte é totalmente independente(depende, principalmente, da China). Os EUA dependem também dos outros países, em maior ou menor grau, mas não pode viver do jeito que vive sem relações comerciais com outros países. No caso da economia, o que se pode fazer é não apostar tudo numa só jogada(seja esta jogada um produto de exportação ou parceiro comercial).

gral escreveu:

Túlio escreveu:Mas não é verdade, cupincha? De que me vai adiantar ser independente de armas deles se, até estourar uma suposta guerra, minha economia já se estrangulou toda? Notes a Vuvuzela, passam o tempo papagaiando contra o Grande Satã mas não deixam de vender-lhes o petróleo cru...

Sim, é verdade, e é parte do que queria dizer. Independência total não existe. Nem mesmo a Coréia do Norte é totalmente independente(depende, principalmente, da China). Os EUA dependem também dos outros países, em maior ou menor grau, mas não pode viver do jeito que vive sem relações comerciais com outros países. No caso da economia, o que se pode fazer é não apostar tudo numa só jogada(seja esta jogada um produto de exportação ou parceiro comercial).

Como dizem os escoceses: "Don´t put all your eggs in one basket."

Wingate

Empresas nacionais apreensivas com compras na área de defesa
Sergio Barreto Motta


Até opositores da gestão de Dilma Rousseff reconhecem que a presidente está atenta ao que ocorre em Defesa, tendo atuado em diversas partes, especialmente no fortalecimento das Empresas Estratégicas de Defesa – decisão fundamental para evitar desnacionalização no setor. Recentemente, o governo anunciou que empresas dos setores aeroespacial e de defesa vão receber, já neste ano, novo incentivo para o desenvolvimento de projetos e produtos. Serão R$ 291 milhões não reembolsáveis que beneficiarão estudos, absorção de tecnologias, sistemas de vigilância e supervisão de bordo. Trata-se do plano Inova Aerodefesa, que tem o objetivo de impulsionar a produtividade e competitividade do setor.

O projeto é parte de um programa maior do Governo Federal chamado Inova Empresa, que prevê a articulação de órgãos, entre eles o Ministério da Defesa (MD), para dar apoio financeiro a projetos por meio de instituições de fomento. Os recursos vêm da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Fundo Tecnológico (Funtec) do BNDES. Entre as instituições apoiadas pelo Inova Aerodefesa estão Embraer – é a preferida do governo – Avibras, Odebrecht e Imbel. Estão previstas propostas sobre comunicações submarinas e sonar nacional; visão multiespectral para veículos blindados; radares; desenvolvimento de fibra de carbono; e bateria de uso militar. Os departamentos de ciência e tecnologia das Forças Armadas vão trabalhar em conjunto com as empresas contratadas.

O setor recebeu muito bem, como não poderia deixar de ser, a decisão, muito boa no sentido de impulsionar a inovação. O Brasil tem muitos engenheiros capacitados à inovação. Um exemplo de nossa capacidade está no sucesso do programa da Marinha de desenvolvimento do míssil antinavio nacional. Mas os observadores estão atentos e detectam problemas. Frisam que de nada adianta ter o produto novo, realmente brasileiro, se os orçamentos para o setor de defesa ficam congelados, contingenciados ou cortados. Diz uma fonte: “O comprador desses novos produtos é o próprio governo, através das Forças Armadas, que sempre sofre cortes no orçamento. E, se o próprio governo não compra, fica difícil exportar”. E acrescenta que o Brasil está perdendo mercado na América do Sul, em razão da política bolivariana de dar colher de chá a países menos pujantes.
A construção naval tem a quarta maior carteira de encomendas do mundo, mas o Brasil comprou lanchas para Marinha e Exército na Colômbia. A própria Emgepon, uma respeitada empresa do Ministério da Defesa, vai usar o projeto colombiano no navio de patrulha fluvial, mesmo estando o Brasil muito à frente no segmento.

A União das Nações Sulamericanas (Unasul), uma espécie de Organização dos Estados Americanos (OEA) sem os Estados Unidos, já definiu qual avião de treinamento irá usar: a aeronave Unasul I, equipamento produzido pela Fábrica Argentina de Aviones Brigadier San Martín. Quatro empresas nacionais estão credenciadas a suprir o avião a ser montado na Argentina: Novaer, Akaer, Flight Technologies e Avionics. Mas, com a crise da dívida, não há muito entusiasmo de parte dos fabricantes brasileiros para o Unasul I.

Há um tremendo equívoco, para dizer o mínimo, na postura deste governo ao envidar esforços na manutenção e desenvolvimento da BID, quando ele mesmo se contradiz ao apoiar, por mera ideologia, empresas e produtos estrangeiros em detrimento do nacional.

O UNASUL I é apenas o exemplo mais recente das, não poucas, contradições que os planos do planalto possui e em relação a industria.

Isso para não falar na maior delas, que é liberar dinheiro para P&D nacional ao mesmo tempo de que a defesa é sempre a primeira a ter o orçamento vilipendiado anualmente.

Vai entender. Coisas da política.

abs

Não acho que seja um problema comprar alguns produtos de nossos vizinhos. Eles já compram muitos produtos manufaturados nossos e é interessante volta e meia fazer algum agrado. Quanto ao termo recorrente "diplomacia bolivariana" considero ele depreciativo demais. No meu ponto de vista, a única alternativa de o Brasil vir a ter algum papel de destaque no mundo é como líder de uma AS mais forte que a atual, e isso não será conseguido sem integração. Seria burrice dar as costas a esse enorme potencial que temos aqui ao lado.

Duka, existe uma enormidade de diferença entre integração e entregação.

Em relação aos nossos vizinhos, já há alguns anos a segunda ganha em amplo aspecto de importância na nossa política de relações internacionais na AS. E tudo porque elas são pautadas mais por ideologismos e afinidades pessoais do que pela imparcialidade e impessoalidade da defesa dos interesses nacionais.

Como aliás, deveria sempre ser.

abs.

Depende do ponto de vista, pois em vários países da AS somos vistos como imperialistas. Agora, concordo que a integração tem que sair desse excessivo "blá blá blá" e partir para ações mais concretas. Notadamente integração industrial (nesse sentido acho positivo o projeto do avião Unasul) e principalmente logística (baratearia as trocas comercias internas).

Concordo com o que possa ser feito em matéria de integração logística e infra-estrutura, pois isso é bom para nós e para todo mundo. Mas mesmo isso não pode ser feito a troco de caixa ou a partir do demérito dos nossos interesses.

Nossos vizinhos secularmente nos acham imperialistas, isso é cultural e histórico. E com certeza vai nos acompanhar pela eternidade nas nossas relações. Nossa posição e gigantismo em relação a eles nos deixa em posição pouco confortável para contra-argumentar este tipo de retórica. Nascemos gigantes, e vamos sempre sê-lo. Basta nos lembrar que temos também que saber nos comportar como tal, sem necessariamente parecer baixar as calças para os hermanos só para tentar não parecer o que não somos, como reza a cartilha lulo-petista do planalto.

As coisas tem que caminhar. Temos uma industria exponencialmente maior e qualificada que a de nossos vizinhos e nossas potencialidades de P&D juntamente com isso. Assim, se podemos produzir em casa com melhores custos e empregando mão-de-obra brasileira, e mesmo podendo exportar tais recursos tecnológicos, porque importar de fora só para agradar o ego de alguns tipos exêntricos que acham que o sonho ainda não acabou... ?

abs

China quer criar submarino que viaje até os EUA em 2 horas


Chineses pretendem usar uma tecnologia avançada para criar um 'submarino supersônico'

Os chineses estão planejando criar um meio de transporte que faça com que uma viagem entre Xangai e São Francisco, na Califórnia, demore menos de duas horas. O desafio seria a criação de um veículo subaquático extremamente veloz. As informações são do RT.

Segundo a publicação, os chineses pretendem usar uma tecnologia avançada para criar um 'submarino supersônico'. O meio de transporte alcançaria a velocidade do som debaixo da água, o equivalente a 3,6 mil quilômetros por hora.

Para alcançar tal velocidade, a ideia se baseia no conceito utilizada pela União Soviética, há anos: uma bolha de ar é criada em torno do submarino, para que ele não enfrente muito atrito embaixo da água e consiga viajar mais rápido.

Com a invenção, seria possível atravessar o oceano Pacífico em apenas 100 minutos. Uma viagem transatlântica seria feita em menos de uma hora. 

Embora a China esteja encabeçando o projeto, outros países - como os EUA, Rússia, Alemanha e Irã - também estudam criar submarinos semelhantes. 

Como gerar essa velocidade sem calor e som?

Alcantara escreveu:Como gerar essa velocidade sem calor e som?

E quem disse que seria sem calor e som (principalmente som, já que o calor a água do mar absorve facilmente)?

Pode parecer então que seria um desenvolvimento inútil se fosse possível (e não estou dizendo que não é, apenas que pode ser bem mais difícil fazer do que falar ), mas não é bem assim. O som emitido tornaria muito mais fácil detectar o submarino, mas que navios ou armas poderiam alcançar e destruir um veículo sub-aquático que se movesse tão rapidamente? Seria como um caça supersônico na Primeira Guerra, todo mundo saberia que ele estava lá até pelo boom sônico, mas quem poderia detê-lo?

De qualquer forma, se tal coisa vier a ser mostrada viável acredito que a principal aplicação nem seria militar, e sim no transporte civil. Viajando tão rápido e sem perigo de quedas catastróficas como ocorre com aeronaves este seria o meio de transporte pessoal de longa distância ideal.


Leandro G. Card

Fico curioso: como seria quebrar a barreira do som DENTRO D'ÁGUA? Alguém tem conhecimento de alguma experiência neste sentido?

Túlio escreveu:Fico curioso: como seria quebrar a barreira do som DENTRO D'ÁGUA? Alguém tem conhecimento de alguma experiência neste sentido?

Não mesmo.

Os fenômenos envolvidos devem ser muito diferentes da quebra da barreira do som no ar, já que neste último caso os principais problemas tem a ver com a compressibilidade e acho que a água é incompressível de qualquer jeito. De qualquer forma, a velocidade do som na água é mais de 4 vezes maior do que no ar.


Leandro G. Card

Pois é, por isso perguntei a quem sabe muito mais do que eu. A água é mesmo incompressível e - dado de que não dispunha, Leandro véio - sendo a velocidade do som 4 vezes maior no meio líquido, teoricamente - frisar isso - fica limitado a abaixo de mach 4...

Sei lá, é o que penso, volta e meia digo besteira quando tentando exprimir um raciocínio dentro de uma área da qual pouco entendo...