VENEZUELA

[Bourne]

História, economia (incluindo história econômica e economia brasileira), direito, ciência política, sociologia entre outras são baseadas em dados, modelos teóricos e evidências empíricas. No mundo é bem comum e chegou no Brasil faz um bom tempo. E cada vez mais é difícil achar o "marxista de DCE" nesses cursos.

Além de existir o custo de ter carreira respeitada e ser militante. Especialmente porque grande parte da literatura fundamental para começar discussões não é marxista. Amostra das top-universidades norte-americanas. Elas não refletem a totalidade da sociedade norte-americana que não é tão diferente dos dados para Brasil. Infelizmente, no caso do Brasil, não tem os cursos de nivelamento e introdutórios na parte de humanidades. Seriam importantes para preparo do aluno ao aprender a pensar e refletir.

These are the books students at the top US colleges are required to read

https://qz.com/602956/these-are-the-boo ... d-to-read/

Essa parada que ficar lendo trabalho de gente morta, branco europeu ou norte-americano, com soluções teóricas que saíram da cabeça deles é algo mítico. Existe ainda muito, mas também perdeu muito espaço e está longe do que deveria ser ensinado em matérias mais aplicadas mesmo nos cursos de graduação. O pessoal fica rindo dos temas de trabalhos de sociologia e filosofia, mas é baseado em evidências empíricas e buscar entender como a sociedade e os grupos sociais funcionam. Não é diferente do que se nos EUA, Europa ou ásia.

Mas como disse, esse padrão da elite da sociedade norte-americana que frequenta as top-universidades. Não a realidade como um todo. No ensino básico e universidades europeias é bem mais exigente. É obrigado a sair uma cultura geral bem acima do pessoal das Américas.

[FCarvalho]

só correção carvalho. 28% da população é analfabeta funcional e 7% é analfabeta total mesmo o que da 35% da população.
92% o país já tinha se esfacelado com apenas 16 milhões de pessoas aptas a fazer todos os trabalhos que exigem alfabetização completa
E fim da Filosofia e Sociologia foi justamente o que ocorreu com os militares.
Hoje tamos colhendo os brilhantes resultados.

Olá Sterrius.

Os dados se referem a população entre 15 e 64 anos, ou seja, foi feito encima da população adulta, e não geral.
Os números que tenho hoje aqui dizem que apenas 8% dessa população tem domínio completo - como diz a LDB- de linguagens e cálculos. Ou seja, 92% dessa mesma população pode ser considerada analfabeta funcional.
Fazer o que.

Abs

[Viktor Reznov]

E cada vez mais é difícil achar o "marxista de DCE" nesses cursos.

Tenha dó, Bourne. Não venha querer me engabelar com a lenda urbana do elusivo "aluno" conservador dos cursos de filosofia e sociologia. Isso não existe. Aqui ninguém cai nesse mito.

[Viktor Reznov]

Favor não acusar e condenar duas ciências fulcrais para o desenvolvimento humano com a porra louquice de alguns de seus membros. Não vamos confundir alhos com bugalhos.
Senão daqui a pouco vão dizer que história é geografia também não prestam pra nada, que artes é coisa de viado e bom mesmo é só saber as quatro operações e gramática.
Pois bem, lembro aos colegas que cerca de 92% da população adulta no Brasil é considerada analfabeta funcional, apesar dos diplomas, cursos e pós da vida.
E com certeza não é por culpa dos "professores comunistas" que tiveram na escola.

Abs

Alguns de seus membros? Maioria virou "alguns" agora? Quem vocês acham que estão enganando? Se vocês continuarem com essa desinformação, não há propósito do tópico continuar correndo. Vou cair fora daqui antes que eu tome uma suspensão porque francamente eu não paciência pra isso.

[FCarvalho]

Bom, eu lido com ensino superior e a vida acadêmica desde 1993. Posso falar de cátedra sobre o assunto, porque vivo isso na prática todos os dias, como acadêmico e professor.
Mas também não vou entrar em debates maniqueistas.
Já basta os facebook da vida e suas lamúrias.

Abs

[Túlio]

Presidenciáveis divergem em relação à crise na Venezuela


Bolsonaro é único a defender sanções e eventual intervenção; PT resiste a criticar Maduro

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/201 ... uela.shtml

[Túlio]

Portugueses na Venezuela foram bode expiatório de Maduro

30.09.2018 às 14h00



Maduro quis culpar comerciantes portugueses pelo fiasco da sua reforma monetária, abrindo a maior crise de que há memória entre Portugal e a Venezuela. Governo de António Costa foi rápido a reagir


"Um grupo de supermercados escondeu os produtos às pessoas e começou a cobrar-lhes o preço que lhes apeteceu. Estão atrás das grades por violarem a lei." A arenga de Nicolás Maduro, numa emissão obrigatória para todas as cadeias de televisão e de rádio, abriu a maior crise de que há memória entre Portugal e a Venezuela, mais profunda do que a do Natal de 2017 por causa da carne de pernil de porco, desaparecida no Atlântico porque “os gringos assustaram-nos e eles [os portugueses] não mandaram a carne”, segundo o Presidente venezuelano.

Meia centena de gerentes e subgerentes de supermercados de emigrantes portugueses ficaram detidos cinco dias, acusados de boicote à Lei dos Preços Justos. Pelo menos dez eram de nacionalidade portuguesa, ameaçados com penas de prisão de 10 a 12 anos e tempo incerto em prisão preventiva, como já sucedeu com dirigentes da banca, de empresas de cartões de crédito e de casas de câmbio.

Ciente do perigo que impendia sobre os acusados, o Governo de Lisboa reagiu de imediato e traçou uma linha vermelha a Caracas. A pressão foi eficaz: todos os detidos foram libertados, esta semana, com medidas cautelares: proibição de saída do país, apresentação a cada 8 ou 30 dias e nada de declarações à imprensa (que, em todo o caso, não tinham vontade de prestar). Entre os libertados estão gerentes conhecidos no leste de Caracas, como Giotto Hernández, à frente do supermercado Excelsior Gamma de los Palos Grandes, e os encarregados da famosa Central Madeirense, que tem uma sede na capital nas instalações do Instituto de Previdência Social das Forças Armadas.

“Todos estão bem, nas suas casas, a descansar uns dias antes de regressarem aos seus empregos”, confirmou ao Expresso Fernando Campos, conselheiro da comunidade portuguesa na Venezuela. Escassos dias antes, segunda-feira, um juiz solicitou o encarceramento de três dos acusados, vituperados pelos sectores radicais do chavismo como traidores à pátria, tornados bode expiatório perfeito no âmbito da maior crise económica, social, política e humanitária de que há memória na América do Sul.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva reuniu-se com o homólogo Jorge Arreaza, a quem advertiu de que haveria “consequências nas relações bilaterais”. A clareza da mensagem corrigiu a estratégia dos juízes, que passadas 24 horas optaram pela liberdade condicional dos gerentes.

A comunidade portuguesa na Venezuela — cerca de 800 mil pessoas de primeira, segunda e terceira geração — respirou mais tranquila, mas só de momento: sabem que a espada de Dâmocles está sempre vigilante. “Tudo isto nos causa a maior preocupação, estamos desconcertados. A comunidade trabalha duramente, dando a cara, mantendo abertos supermercados, lojas e padarias apesar de a situação económica não ser a melhor. Este tipo de controlo não é a melhor forma de trabalhar”, explica Campos ao Expresso.

Para entender a minicrise é imprescindível conhecer o momento que se vive na Venezuela. O Programa de Recuperação, Crescimento e Prosperidade Económica lançado por Maduro há cinco semanas incluía uma reconversão monetária, acompanhada pela nova desvalorização da moeda mais castigada do planeta. Basta contemplar a nova nota de 500 bolívares soberanos (caso se tenha a sorte de a encontrar num país que mantém escasso dinheiro em circulação). Há pouco mais de uma década, antes das desvalorizações empreendidas por Hugo Chávez e Maduro, ela equivalia a 50 mil milhões dos antigos bolívares.

O Governo pretende conter a hiperinflação impondo preços baixos que geram perdas imediatas para produtores e vendedores. “As ações do Executivo para pressionar o sector comercial não produzem melhorias no abastecimento, pelo contrário”, explica o economista Luis Vicente León, presidente do instituto Datanálisis, que insiste em que “prejuízos relevantes provocam uma reação natural: as pessoas protegem-se reduzindo as encomendas e mantendo em mínimos os produtos nas prateleiras”. A pressão é tal que em Yaracuy, estado produtor da zona raiana, estão previstas penas de 14 a 18 anos para quem for apanhado a levar queijo ou pão para lá das fronteiras estaduais.

A propaganda nos media estatais censura os comerciantes, pelo que a libertação dos gerentes provocou a repulsa dos mais radicais. “Vão deixar que roubem o povo?”, queixou-se o dirigente bolivariano Giancarlo Di Martino.

O Governo revolucionário preferiu encerrar esta frente, pois não consegue lidar com a vertiginosa investida internacional, que em poucos dias somou censuras nunca vistas. Primeiro foi a denúncia perante o Tribunal Penal Internacional, quarta-feira, por violações de direitos humanos e as execuções extrajudiciais; depois, a dura resolução de quinta-feira sobre a crise humanitária no Conselho de Direitos Humanos da ONU. A Venezuela enviou tropas para a fronteira após acusar a Colômbia (e diplomatas chilenos e mexicanos) de estarem por detrás de um suposto atentado com drones contra Maduro, em agosto.

https://expresso.sapo.pt/internacional/ ... -de-Maduro

[Bolovo]

These are the books students at the top US colleges are required to read

https://qz.com/602956/these-are-the-boo ... d-to-read/

Já li alguns dos livros dessa lista, outros não. Normal, afinal alguns são em língua inglesa e talvez nem tenham tradução para português.
Mas eu fiquei impressionado como o "Choque de Civilizações" do Huntington é bem visto nessas universidades.
Eu já li e digo pra vocês que por aqui pela USP já é considerado praticamente um livro obsoleto, quase que uma pseudociência.

[FCarvalho]

Presidenciáveis divergem em relação à crise na Venezuela
Bolsonaro é único a defender sanções e eventual intervenção; PT resiste a criticar Maduro
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/201 ... uela.shtml

Eu tenho cá pra mim um pensamento muito simples: jamais debater com pessoas ideologicamente aparelhadas.
É uma tentativa de diálogo infrutífera antes mesmo do começo.

Abs

[FCarvalho]

Achei a matéria meio sem noção e um pouco paranóica, mas aí está.

27 de Setembro, 2018 - 10:00 ( Brasília )
Roraima – A primeira ação rumo à Roraicrimeia
O castrochavismo inicia ações de Guerra Híbrida contra o Brasil. Objetivo é Roraima e o que mais?

http://www.defesanet.com.br/ven/noticia ... aicrimeia/

[gusmano]

Defesanet de uns tempos para cá começou a se especializar nesse tipo de conspiração maluca que deu origem aos dacciolos e nabos da vida. Se procurar, acha alguma matéria por lá sobre a URSAL.

abs

[FCarvalho]

A imprensa de um modo geral baixou o nível geral. Uns mais que outros. Entretanto há o limite do bom senso, do profissionalismo e da correição em informar.
Mas nestes dias de hoje, qualquer coisa é menos sã do que a lógica do "bateu levou" ou "se não tá comigo é contra migo"... e por aí vai.
Lamentável.

abs.

[Bourne]

A Defesanet sempre foi teórica da Ursal e teorias mirabolantes pouco fundamentadas na realidade. Já acreditou até no dia da mentira espanhol com a notícia e análise séria sobre o fim das forças armadas espanholas, ainda colocava a culpa no governo comunista espanhol.

A imprensa sabe nada. Quem entende de relações internacionais, política internacional e relações regionais é quem trabalha com o tema. Por exemplo, o Oliver Stuekel em que liga os pontos, dá o fundamento e sua conclusão. Não precisa concordar, mas é o passo para refletir.



Sobre a ideia em si do artigo está do nível do Cabo Dociolo. Em especial, considerar que o Maduro e o chavismo tem a fantástica capacidade de organização, coerência e capacidade de criar distúrbios. parte da ideia de que o países são representados por estados e os estados são monolíticos coerentes. O que não é verdade. E menos ainda em um país na situação da Venezuela que está implodindo e a instabilidade que está exportando é involuntária.

O risco visto por algum grupo do governo ou que queria assumir o poder na Venezuela é que esses refugiados virem força de combate contra o governo. Especialmente, se o governo continuar chavista ou comandado pelo maduro. E que pode se conectar com as conversas dos EUA com militares venezuelanos e países vizinhos. A Colômbia pode aceitar devido ao comportamento em relação a Venezuela. Assim como outros países que receberam grande quantidade de refugiados. Essa é uma estratégia bem comum nas interversões norte-americanas indiretas recentes no oriente médio e Ucrânia.

[nveras]

Bem. A tal da URSAL também me parecia coisa mirabolante, até ontem, quando recebi um vídeo mostrando a comunista Manuela falando em alto e bom tom que estava indo se encontrar com Mujica para convidá-lo para ser presidente da URSAL.
É difícil acreditar que ainda exista comunista, mas sim, eles existem. Os outros são só inocentes úteis.

[gusmano]

uhauhauhauhauha