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Isso aí tem cheiro de interésses (by brizola) escusos querendo minar nosso projeto estratégico.
Moderador: Conselho de Moderação
Em princípio o contrato do Prosub inclui muito mais do que os quatro submarinos convencionais e o casco do nuclear. Ele envolve um estaleiro (muito maior e mais complexo do que o do Arsenal de Marinha), a nova base de submarinos (também bastante complexa, com capacidade de receber e dar suporte aos futuros submarinos nucleares) e toda a transferência de tecnologia para capacitar nosso pessoal a no futuro desenvolver, projetar e construir nossos próprios submarinos convencionais e nucleares de acordo com nossas próprias necessidades. Isso tudo justifica pelo menos em parte o custo maior.JL escreveu:Marino, independente da importância do programa de submarinos, algo inquestionável eu no entanto venho a questionar o valor deste programa, com os franceses, claro não faço ideia do que contem o contrato, ou o que o Brasil afinal vai ganhar em termos tecnológicos, pois o contrato é secreto e trata-se de segurança nacional. Mas salvo engano da minha memória. Coloco alguns fatos:
A Revista Tecnologia & Defesa chegou a lançar um número em que o submarino alemão aparecia na sua capa e noticiava que o Brasil negociava com os alemães, dois sub., um construído na Alemanha e outro no Brasil, o contrato repito salvo engano, escrevo de memória era de 1 bilhão de euros, bem em contas simples não levando em conta nada mais do que os barcos, seriam 500 milhões de euros por navio. Parece, novamente se cometo algum erro peço de antemão desculpas, Portugal adquiriu dois submarinos alemães, construídos na Alemanha por 800 milhões de Euros, sem claro transferência de tecnologia, os colegas portugueses do Fórum devem saber muito sobre o assunto. Bem isto dá 400 milhões de euros por cada submarino.
De quanto é o contrato com os franceses 6 ou 7 bilhões de euros, por quatro submarinos, mas o apoio para o projeto nuclear. Vendo de fora, sem informações privilegiadas e claras, parece que cada submarino ficou muito caro. Pois na prática, em tempo mais próximo o que irá entregar a frota brasileira serão quatro submarinos, tendo em vista que ainda resta um longo caminho para que o nuclear se torne realidade. Além do fato de que existe no Brasil um parque industrial capacitado a se beneficiar da transferência tecnológica tão abrangente e claro cara. Tenho sérias dúvidas.
Gostaria de ouvir comentários, desprovidos de ufanismo e patriotismo exagerados. Se atendo apenas aos fatos públicos conhecidos ou não. Ou seja foi um bom acordo?
A resposta para a questão de se vale ou não à pena pagar pela transferência de tecnologia não depende do menor ou maior conteúdo nacional dos submarinos adquiridos, isso se negocia no contexto das contrapartidas comerciais, praticamente uma praxe em negócios militares deste tipo.JL escreveu:Meu questionamento muitas vezes é se vale a pena estes programas de transferência de tecnologia, se não seria muito melhor comprar o produto pronto por um preço menor. Penso isto com base no programa anterior de transferência firmado com os alemães, o que afinal adquirimos de tecnologia dos IKL. Podíamos ter comprado todos os submarinos na Alemanha, afinal agora estamos com os franceses. E nos submarinos de procedência alemã, tem alguma coisa nacional, ou simplesmente fizemos o casco e montamos o resto com a importação dos componentes. Isto é uma transferência de tecnologia. Vale a pena? Bem espero comentários.
Leandro, meu caro amigo, acreditas mesmos que na seara dos negócios estatais, valendo bilhões, seja na área civil ou militar, coisas do gênero não façam parte "naturalmente" deste tipo de negócio(negociata)?LeandroGCard escreveu:Se considerarmos que existem apenas 5 destes "conselheiros" (geralmente conselhos de administração assim tem muito mais gente) sendo beneficiados, isso significa um custo direto de mais de 20 milhões por ano. E esta seria apenas um dos canais de desvio das verbas do programa.
Como eu já disse, isso é só algo que ouvi dizer, não tenho nenhuma prova para apresentar sobre a questão, mas em princípio o camarada não tinha nenhum motivo para mentir. E como sabemos, no Brasil este tipo de coisa costuma ser a regra em qualquer coisa que envolva o governo, e não a exceção.
Leandro G. Card
Boa tarde Leandro.LeandroGCard escreveu:Em princípio o contrato do Prosub inclui muito mais do que os quatro submarinos convencionais e o casco do nuclear. Ele envolve um estaleiro (muito maior e mais complexo do que o do Arsenal de Marinha), a nova base de submarinos (também bastante complexa, com capacidade de receber e dar suporte aos futuros submarinos nucleares) e toda a transferência de tecnologia para capacitar nosso pessoal a no futuro desenvolver, projetar e construir nossos próprios submarinos convencionais e nucleares de acordo com nossas próprias necessidades. Isso tudo justifica pelo menos em parte o custo maior.JL escreveu:Marino, independente da importância do programa de submarinos, algo inquestionável eu no entanto venho a questionar o valor deste programa, com os franceses, claro não faço ideia do que contem o contrato, ou o que o Brasil afinal vai ganhar em termos tecnológicos, pois o contrato é secreto e trata-se de segurança nacional. Mas salvo engano da minha memória. Coloco alguns fatos:
A Revista Tecnologia & Defesa chegou a lançar um número em que o submarino alemão aparecia na sua capa e noticiava que o Brasil negociava com os alemães, dois sub., um construído na Alemanha e outro no Brasil, o contrato repito salvo engano, escrevo de memória era de 1 bilhão de euros, bem em contas simples não levando em conta nada mais do que os barcos, seriam 500 milhões de euros por navio. Parece, novamente se cometo algum erro peço de antemão desculpas, Portugal adquiriu dois submarinos alemães, construídos na Alemanha por 800 milhões de Euros, sem claro transferência de tecnologia, os colegas portugueses do Fórum devem saber muito sobre o assunto. Bem isto dá 400 milhões de euros por cada submarino.
De quanto é o contrato com os franceses 6 ou 7 bilhões de euros, por quatro submarinos, mas o apoio para o projeto nuclear. Vendo de fora, sem informações privilegiadas e claras, parece que cada submarino ficou muito caro. Pois na prática, em tempo mais próximo o que irá entregar a frota brasileira serão quatro submarinos, tendo em vista que ainda resta um longo caminho para que o nuclear se torne realidade. Além do fato de que existe no Brasil um parque industrial capacitado a se beneficiar da transferência tecnológica tão abrangente e claro cara. Tenho sérias dúvidas.
Gostaria de ouvir comentários, desprovidos de ufanismo e patriotismo exagerados. Se atendo apenas aos fatos públicos conhecidos ou não. Ou seja foi um bom acordo?
No entanto, como estamos no Brasil, infelizmente é bem possível que parte desta verba tenha "outros destinos" menos nobres. Por exemplo, semana passada apliquei um treinamento para um de nossos clientes, e um dos engenheiros que assistiu ao curso tem um irmão que trabalha na área de sistemas da Siemens, que está fornecendo o programa de PLM que será utilizado no Prosub. Segundo ele, este irmão teria passado alguns dias em Itaguaí, e teria voltado de lá revoltado ao saber que a empresa formada pela Odebrecht e a DCNS teria um conselho de administração que incluiria os nomes de sempre (gente conhecida do meio político nacional - ele não deu os nomes) que não tem nenhum conhecimento específico que os capacite a ajudar de qualquer forma na gestão do programa, mas que recebem cada um cerca de R$390 mil por mês por seu "trabalho" no Prosub!
Se considerarmos que existem apenas 5 destes "conselheiros" (geralmente conselhos de administração assim tem muito mais gente) sendo beneficiados, isso significa um custo direto de mais de 20 milhões por ano. E esta seria apenas um dos canais de desvio das verbas do programa.
Como eu já disse, isso é só algo que ouvi dizer, não tenho nenhuma prova para apresentar sobre a questão, mas em princípio o camarada não tinha nenhum motivo para mentir. E como sabemos, no Brasil este tipo de coisa costuma ser a regra em qualquer coisa que envolva o governo, e não a exceção.
Leandro G. Card
Alguém acredita que o GF iria investir o dinheiro que está investindo no PROSUB sem colocar pessoas de suas estrita confiança no conselho diretor na empresa de faz a gestão desse programa?Marino escreveu:Sobre o conselho diretor da Itaguaí, só posso garantir que o MD e a MB nao participam disso. Eu nao sabia da existência deste "órgão político". Mas ele é de uma empresa civil, criada para atender as demandas do contrato.
Mas nada mais me assusta neste país.
Leandro,LeandroGCard escreveu:Em princípio o contrato do Prosub inclui muito mais do que os quatro submarinos convencionais e o casco do nuclear. Ele envolve um estaleiro (muito maior e mais complexo do que o do Arsenal de Marinha), a nova base de submarinos (também bastante complexa, com capacidade de receber e dar suporte aos futuros submarinos nucleares) e toda a transferência de tecnologia para capacitar nosso pessoal a no futuro desenvolver, projetar e construir nossos próprios submarinos convencionais e nucleares de acordo com nossas próprias necessidades. Isso tudo justifica pelo menos em parte o custo maior.JL escreveu:Marino, independente da importância do programa de submarinos, algo inquestionável eu no entanto venho a questionar o valor deste programa, com os franceses, claro não faço ideia do que contem o contrato, ou o que o Brasil afinal vai ganhar em termos tecnológicos, pois o contrato é secreto e trata-se de segurança nacional. Mas salvo engano da minha memória. Coloco alguns fatos:
A Revista Tecnologia & Defesa chegou a lançar um número em que o submarino alemão aparecia na sua capa e noticiava que o Brasil negociava com os alemães, dois sub., um construído na Alemanha e outro no Brasil, o contrato repito salvo engano, escrevo de memória era de 1 bilhão de euros, bem em contas simples não levando em conta nada mais do que os barcos, seriam 500 milhões de euros por navio. Parece, novamente se cometo algum erro peço de antemão desculpas, Portugal adquiriu dois submarinos alemães, construídos na Alemanha por 800 milhões de Euros, sem claro transferência de tecnologia, os colegas portugueses do Fórum devem saber muito sobre o assunto. Bem isto dá 400 milhões de euros por cada submarino.
De quanto é o contrato com os franceses 6 ou 7 bilhões de euros, por quatro submarinos, mas o apoio para o projeto nuclear. Vendo de fora, sem informações privilegiadas e claras, parece que cada submarino ficou muito caro. Pois na prática, em tempo mais próximo o que irá entregar a frota brasileira serão quatro submarinos, tendo em vista que ainda resta um longo caminho para que o nuclear se torne realidade. Além do fato de que existe no Brasil um parque industrial capacitado a se beneficiar da transferência tecnológica tão abrangente e claro cara. Tenho sérias dúvidas.
Gostaria de ouvir comentários, desprovidos de ufanismo e patriotismo exagerados. Se atendo apenas aos fatos públicos conhecidos ou não. Ou seja foi um bom acordo?
No entanto, como estamos no Brasil, infelizmente é bem possível que parte desta verba tenha "outros destinos" menos nobres. Por exemplo, semana passada apliquei um treinamento para um de nossos clientes, e um dos engenheiros que assistiu ao curso tem um irmão que trabalha na área de sistemas da Siemens, que está fornecendo o programa de PLM que será utilizado no Prosub. Segundo ele, este irmão teria passado alguns dias em Itaguaí, e teria voltado de lá revoltado ao saber que a empresa formada pela Odebrecht e a DCNS teria um conselho de administração que incluiria os nomes de sempre (gente conhecida do meio político nacional - ele não deu os nomes) que não tem nenhum conhecimento específico que os capacite a ajudar de qualquer forma na gestão do programa, mas que recebem cada um cerca de R$390 mil por mês por seu "trabalho" no Prosub!
Se considerarmos que existem apenas 5 destes "conselheiros" (geralmente conselhos de administração assim tem muito mais gente) sendo beneficiados, isso significa um custo direto de mais de 20 milhões por ano. E esta seria apenas um dos canais de desvio das verbas do programa.
Como eu já disse, isso é só algo que ouvi dizer, não tenho nenhuma prova para apresentar sobre a questão, mas em princípio o camarada não tinha nenhum motivo para mentir. E como sabemos, no Brasil este tipo de coisa costuma ser a regra em qualquer coisa que envolva o governo, e não a exceção.
Leandro G. Card