FIGHTERCOM escreveu:Lembrei de um detalhe. Quando surgiu aquela nova imagem do Gripen NG com as bandeiras brasileira e européia, o pessoal questionou quem seria a empresa brasileira a fornecer o IRST. Taxando inclusive de piada de mal gosto. Agora quando se fala da proposta francesa, de transferência irrestrita de tecnologia, ninguém questiona quais as empresas brasileiras a receberem essas tecnologias? Estranho. Um peso, duas medidas?
Abraços,
Wesley
Olá Wesley
,Começando pelo final,eu e voce já nos perguntamos sobre P&D aqui várias vezes,e isso continua incomodando,mas nós dois sabemos que não existem sequer empresas suficientes nessas várias áreas para absorver tudo que se comenta,quanto mais empresas concorrentes,portanto as empresas que receberão os conhecimentos possivelmente são as mesmas 20 para todos que disputam a seleção
,é a falta de opções de quem abandonou o investimento em ciência à décadas,portanto quando buscarmos argumentos com relação a esse problema,chegaremos a conclusão que pau que bate em chico,bate em Francisco também,serve para todos,não temos empresas nem expertise para receber tudo,seja lá o que isso queira dizer, de quem quer que seja infelizmente eu vejo assim:?
Seu post me instigou a se me permite relembrar alguns fatos,vou pegar o post do Alfredo para me ajudar.
Caros
Nenhum motor será fabricado aqui.
Nenhuma proposta contempla isso porque o goveno não quer isso. Se quisesse, seria necessário uma soma violenta de dinheiro que não temos.
O que o Brasil quer é a manunteção completa do motor em solo brasileiro, após o trauma que tivemos com os motores do MIII.
Alfredo
Na realidade estamos esquecendo,que lá atráz,em uma das poucas notas da FAB,com esclarecimentos sobre o FX2,ela elencava uma méta bastante modesta de objetivos com esse processo de seleção,algo do tipo ter independência de manutenção sempre tendo em mente a operacionalidade do equipamento,e vindo atrelado a isso um desejo do governo de desenvolvimento industrial com transferência de tecnologia,para que no futuro se projetasse e desenvolvesse um caça nacional de geração a frente,com a colaboração do vencedor.
Criaram um processo de seleção,
para se escolher um caça,e que trouxesse esse plus industrial e tecnológico na bagagem e só.
Que eu saiba o Brasil não fez a seleção do FX2,para adquirir uma fábrica de aviões completa ou uma linha de montagem completa inclusive de componentes outros que não a fuselagem,essa inclusive que acho que seja junto ao trem de pouso,a única coisa que possamos fazer com certeza,ou uma fábrica de motores,de radares,de sensores,plagiando o Alfredo
,"tudo isso custaria uma soma violenta de dinheiro", o que o Brasil quer e a FAB "queria" é manutenir seus motores e sistemas e integrar seus armamentos com independência,só.
Estão transformando uma compra de caças em uma compra de uma linha industrial completa,é dificil imaginar a FAB convencendo o poder executivo,que agora ela não quer mais só caças,quer que o governo banque também uma industria deles.Para quem tinha objetivos tão modestos,e para aqueles que vivem dizendo aqui no forum,que após a referida compra o que vai sobrar para a FAB,são tempos de penúria,ranger de dentes e abandono da sua operacionalidade,por isso devemos comprar o "mais barato de manter GripenNG",a idéia de se adquirir uma linha de montagem completa soa como no mínimo um "devaneio tolo e irresponsável"(inclusive se pensarmos nas tais empresas receptoras de tots), de quem aparentemente já perdeu
o fóco e a razão original de ser dessa seleção de caças.
Como eu não acredito que a FAB seja "tola e irresponsável",tenho certeza que a idéia não parte dela,mas de terceiros interessados comercialmente no negócio.
Quando se fala em
transferência irrestrita de tecnologia,se fala em nada mais de que uma das muitas e agressivas "melhorias" que foram surjindo durante esse leilão promovido pelo MD,(
na minha opinião,muito bem articulado
) no decorrer do processo,o oferecimento hoje pela SAAB de uma linha de montagem,é apenas mais um lance desse leilão, e o fato dela fazer marketing desse oferecimento,seja agressivo ou não,é legítimo e válido para qualquer empresa participante,mas convenhamos está muito distante dos objetivos e custos imaginados lá no inicio da seleção.
Cabe a FAB,
ser pragmática e fazer prevalecer os seus objetivos iniciais,ou convencer o governo a gastar o dinheiro do contribuinte nessa empreitada.
Abraços,e me desculpe se fuji do tema.