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Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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eligioep
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#8221 Mensagem por eligioep » Qui Dez 10, 2015 1:12 pm

prp escreveu: Aliás, essa Companhia é denominada Comando de Fronteira Rio Negro?
Não, Comando de Fronteira do Rio Negro é a denominação do 5º BIS.
E só denominação histórica, da época que realmente era Cmdo Fron/RN




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Clermont
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#8222 Mensagem por Clermont » Qui Dez 10, 2015 3:45 pm

Elias RS escreveu:(...) Afirmo a você que mesmo os nossos soldados recrutados atiram apenas 30 tiros durante todo o período que ficam no serviço obrigatório.
Mas esses soldados são integrantes dos grupos de combate ou de outras funções? Pela teoria, se não estou equivocado, os praças alistados integrantes de GC teriam de desfechar uns 200 tiros de FAL no ano de serviço, se estão dando apenas 30 então suponho que eles apenas cumpram o Tiro de Instrução Básico, o que é muito pouco.
E quanto as operações, nós dificilmente fazemos algum tipo de treinamento específico para operações como as Ágata por exemplo, muito menos como uso de munição real...
Tem aquele ex-oficial do BOPE do Rio de Janeiro (agora trabalha na Rede Globo) que uma vez escreveu que ficava apavorado quando seu carro parava numa "blitz" de soldados comuns da PM carioca armados de fuzil. Isso porque ele sabia que os PMs comuns praticamente não tinham instrução nenhuma de como usar suas armas.

Imagino então como ele deve se sentir ficando perto de soldados do Exército armados de FAL que só disparam de doze a trinta vezes com seus fuzis num ano inteiro...




jauro
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#8223 Mensagem por jauro » Qui Dez 10, 2015 7:28 pm



Este site, para quem tiver saco explica em detalhes toda a condução do tiro de fuzil dentro do EB.
Mas de uma maneira geral e não detalhada vou dar alguns esclarecimentos.
Este Doc trata dos tiros das armas portáteis. Vou me ater ao fuzil e ao pessoal recrutado num determinado ano.

O tiro com o fuzil – por se tratar de arma comum a todas as OM e de uso de todos os cabos e soldados, dotados ou não – inicia a programação do tiro dos recrutas e constitui-se em referência para os demais programas de tiro do Armamento Leve.

Durante o ano de instrução são realizado três módulos de tiro.

IPT- Instrução preparatória para o tiro.- Aplicar as técnicas e procedimentos de execução da pontaria e do tiro com o fuzil.

TIB- Tiro de instrução básico, com 09 sessões e desenvolvido durante a Fase de Instução Básica (IIB) como Instrução de desenvolvimento de Padrões, nos dois primeiros meses de quartel. O instruendo deverá:- aplicar as técnicas e procedimentos para a execução da pontaria e do tiro;- obter os índices de suficiência previstos no Módulo Didático do TIB, ficando em condições de empregar a arma com segurança no Posto de Sentinela e como integrante da fração na Garantia da Lei e da Ordem. São realizadas nove sessões de tiro com 45 disparos comuns e traçantes diurnos e noturnos. Os Exercícios de Tiro são realizados à distância de 10 a 30 metros, de acordo com as características dos exercícios de tiro previstos.- O estande padrão é o com 25 metros. Caso a OM possua estande do tipo “B”, com 50 metros; ou do tipo “C”, com 30 metros; que possuam a devida segurança para a realização do tiro, estes poderão ser utilizados. A execução deste Módulo, de acordo com os padrões mínimos exigidos, caracteriza a habilitação do soldado recruta para ser empregado em missões relacionadas com a Defesa Interna.- A execução das
1ª, 2ª,3ª e 4ª Sessões do TIB, de acordo com os padrões mínimos exigidos, caracteriza a habilitação do soldado recruta para participar do serviço de guarda da unidade.

TIA- Tiro de Instrução Avançado- É realizado na Fase da Instrução Individual de Qualificação (IIQ) como Instrução de Desenvolvimento de Padrões pelos soldados recrutas. Os exercícios de tiro (Exc Tir) são realizados às distâncias de 10, 25 e 100 metros.- A obtenção do padrão-mínimo em cada Exc Tir é CONDIÇÃO BÁSICA. O instruendo deverá obter os índices de suficiência em todos os Exc Tir previstos no Módulo Didático do TIA, ficando ECD (Em condições de) empregar a arma com segurança na defesa de instalações. São realizadas 05 sessões de tiro com 30 disparos comuns e traçantes diurnos e noturnos.




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#8224 Mensagem por Ckrauslo » Qui Dez 10, 2015 9:39 pm

Elias RS escreveu:"E nossos militares aqui, tem de 6 a 12 operações por ano sejam elas de treinamento ou de manutenção de segurança.
E com isso acabam atirando bem mais no decorrer do ano, do que os militares americanos que não fazem deployment atiram.
No caso nossos militares que fazem "Deployment" para missões da onu, ou outras coisas, eles treinam bem mais para manter as habilidades afiadas.
O problema aqui não é a quantidade de treinamento, mas sim a qualidade.
"

Caro Ckrauslo.
Não sei de onde são estas informações e nem a qual força você se refere, mas eu sou militar da ativa, sou do EB, sou de uma OM muito agitada em termos operacionais e afirmo para você, eu atirei 12 tiros de FAL este ano no TAT anual, isso mesmo um por ano. Não atiro de pistola a uns 5 anos, quando eu fui para o Haiti. Ano passado atirei um pouco mais tendo em vista que estive na Maré e pude treinar um pouco mais, mas mesmo assim foram apenas 20 tiros de 7,62mm no RJ e mais os 12 do TAT. Afirmo a você que mesmo os nossos soldados recrutados atiram apenas 30 tiros durante todo o período que ficam no serviço obrigatório. Não sei dizer como são as OMs mais top de linha do EB, mas a minha OM é um tipo que representa bem a média das OM comuns do EB.
E quanto as operações, nós dificilmente fazemos algum tipo de treinamento específico para operações como as Ágata por exemplo, muito menos como uso de munição real...
Att
Elias[/quote]

Tirei de experiência passada, a alguns anos, aqui no estado temos treinamentos antes das operações, pois a primeira companhia de todo batalhão aqui é de opesp.
Todos são batalhões especiais de fronteira.

Por algum motivo o quote ficou assim




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Re: NOTÍCIAS

#8225 Mensagem por Ckrauslo » Qui Dez 10, 2015 9:42 pm

jauro escreveu:

Este site, para quem tiver saco explica em detalhes toda a condução do tiro de fuzil dentro do EB.
Mas de uma maneira geral e não detalhada vou dar alguns esclarecimentos.
Este Doc trata dos tiros das armas portáteis. Vou me ater ao fuzil e ao pessoal recrutado num determinado ano.

O tiro com o fuzil – por se tratar de arma comum a todas as OM e de uso de todos os cabos e soldados, dotados ou não – inicia a programação do tiro dos recrutas e constitui-se em referência para os demais programas de tiro do Armamento Leve.

Durante o ano de instrução são realizado três módulos de tiro.

IPT- Instrução preparatória para o tiro.- Aplicar as técnicas e procedimentos de execução da pontaria e do tiro com o fuzil.

TIB- Tiro de instrução básico, com 09 sessões e desenvolvido durante a Fase de Instução Básica (IIB) como Instrução de desenvolvimento de Padrões, nos dois primeiros meses de quartel. O instruendo deverá:- aplicar as técnicas e procedimentos para a execução da pontaria e do tiro;- obter os índices de suficiência previstos no Módulo Didático do TIB, ficando em condições de empregar a arma com segurança no Posto de Sentinela e como integrante da fração na Garantia da Lei e da Ordem. São realizadas nove sessões de tiro com 45 disparos comuns e traçantes diurnos e noturnos. Os Exercícios de Tiro são realizados à distância de 10 a 30 metros, de acordo com as características dos exercícios de tiro previstos.- O estande padrão é o com 25 metros. Caso a OM possua estande do tipo “B”, com 50 metros; ou do tipo “C”, com 30 metros; que possuam a devida segurança para a realização do tiro, estes poderão ser utilizados. A execução deste Módulo, de acordo com os padrões mínimos exigidos, caracteriza a habilitação do soldado recruta para ser empregado em missões relacionadas com a Defesa Interna.- A execução das
1ª, 2ª,3ª e 4ª Sessões do TIB, de acordo com os padrões mínimos exigidos, caracteriza a habilitação do soldado recruta para participar do serviço de guarda da unidade.

TIA- Tiro de Instrução Avançado- É realizado na Fase da Instrução Individual de Qualificação (IIQ) como Instrução de Desenvolvimento de Padrões pelos soldados recrutas. Os exercícios de tiro (Exc Tir) são realizados às distâncias de 10, 25 e 100 metros.- A obtenção do padrão-mínimo em cada Exc Tir é CONDIÇÃO BÁSICA. O instruendo deverá obter os índices de suficiência em todos os Exc Tir previstos no Módulo Didático do TIA, ficando ECD (Em condições de) empregar a arma com segurança na defesa de instalações. São realizadas 05 sessões de tiro com 30 disparos comuns e traçantes diurnos e noturnos.
Obrigado Coronel




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Re: NOTÍCIAS

#8226 Mensagem por Lirolfuti » Seg Dez 14, 2015 1:44 pm

BRADAR - Assinado acordo Conclusão Projeto do Radar Saber M200
Centro Tecnológico do Exército, FAPEB e BRADAR celebram Acordo de Cooperação visando à conclusão do projeto do RADAR SABER M200

Em 10 de dezembro, foi celebrado o Acordo de Cooperação entre o Centro Tecnológico do Exército – CTEx; a Fundação de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – Exército Brasileiro – FAPEB; e a empresa BRADAR Indústria S.A, com a finalidade de estabelecer as bases da mútua cooperação entre os partícipes, visando à execução da quarta, e última, etapa do projeto do RADAR SABER M200, incluindo a aplicação dos recursos do Fundo Tecnológico (FUNTEC) a serem disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para essa etapa.

Segundo o Acordo de Cooperação, caberá ao CTEx, dentre outras atribuições, especificar os requisitos necessários dos profissionais a serem contratados pela FAPEB e executar diretamente e/ou contratar os serviços de engenharia necessários à quarta etapa do Projeto de P&D do RADAR SABER M200; à FAPEB, gerir os recursos financeiros oriundos do BNDES, realizando os processos aquisitivos, efetuando os registros contábeis, controlando o patrimônio e procedendo às prestações de contas; e à BRADAR, executar os serviços contratados pelo CTEx.

O SABER M200 é um radar de defesa antiaérea de longo alcance tridimensional que emprega tecnologias no estado da arte de varredura eletrônica para detecção e acompanhamento de aeronaves, tendo seu projeto iniciado em 2008, contando com financiamento, nas etapas anteriores, da Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP.

Assinaram o Acordo de Cooperação o Gen Div R1 Dílson Corrêa de Sá e BENEVIDES, Presidente da FAPEB; o Gen Bda Hildo Vieira PRADO Filho, Chefe do CTEx; e o Sr Astor Vasquez Lopes Júnior, Diretor-Presidente da BRADAR.
http://www.defesanet.com.br/bid/noticia ... aber-M200/




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Re: NOTÍCIAS

#8227 Mensagem por Lywis » Sex Dez 18, 2015 11:09 am

BRADAR - BNDES Financia Radar SABER M200 Multimissão

BNDES aprova R$ 56,5 milhões para Exército brasileiro desenvolver radar de defesa antiaérea. De características inovadoras, produto apoiado pelo Fundo Tecnológico e pela linha de Inovação do Banco tem potencial também para uso civil

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A Diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou apoio financeiro ao Exército Brasileiro para investimentos na última etapa de desenvolvimento do radar SABER M200 Multimissão.

O apoio do BNDES ocorrerá por meio de financiamento, pela linha de inovação, no valor de R$ 3,74 milhões, destinado ao desenvolvimento do software multimodo do radar, e de recursos não reembolsáveis, por meio do Fundo Tecnológico (BNDES Funtec), no valor de R$ 52,8 milhões.

Os recursos do Funtec serão repassados à Fundação de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – Exército Brasileiro (FAPEB), para que sejam aplicados sob coordenação do Centro Tecnológico do Exército (CTEx) no desenvolvimento do SABER M200, radar de defesa antiaérea de longo alcance, que também tem potencial para ser utilizado no controle de tráfego aéreo.

O SABER M200, um radar transportável, de média altura, será um produto de defesa de características inovadoras, desenvolvido no estado da arte da tecnologia mundial. Trata-se de um dispositivo capaz de operar em vigilância, busca e orientação de tiro, com capacidade de acompanhar múltiplos alvos aéreos simultâneos voando a distâncias de até 200 km, em altitudes de até 20 km.

O principal diferencial do SABER M200 será seu sistema de varredura 100% eletrônica, que permite atribuir a um único radar diferentes funções. Por suas características, poderá desempenhar tarefas de três ou quatro radares diferentes. O M200 será capaz de rastrear 200 alvos simultaneamente. Seu porte também permitirá que possa ser embarcado em um contêiner padrão de 20 pés e transportado em avião cargueiro.

O projeto tem entre seus méritos o desenvolvimento de tecnologia inédita no País, em parceria com a Bradar Indústria S.A., empresa do Grupo Embraer, do segmento de defesa e segurança, e o alinhamento com os objetivos da Estratégia Nacional de Defesa, com o domínio nacional de tecnologias utilizadas na vigilância do espaço aéreo brasileiro.

Os investimentos também elevam o desenvolvimento tecnológico nacional no setor de eletrônica, com aplicações para as Forças Armadas, bem como para o mercado civil, fortalecendo a base industrial brasileira de defesa.

Investimentos – O desenvolvimento do SABER M200 Multimissão contou, desde 2008, com investimentos de cerca de R$ 67 milhões nas etapas anteriores em recursos financeiros da FINEP, além de R$ 1,5 milhão de recursos financeiros do Exército Brasileiro. Nesta etapa, o projeto também deverá contar com recursos orçamentários de cerca de R$ 17 milhões provenientes do Ministério da Defesa.

Participam do desenvolvimento do projeto apoiado pelo BNDES o CTEx, que realiza pesquisas científicas, e a Bradar Indústria S.A, que desenvolve projetos e produtos de alta tecnologia em radares de defesa. A FAPEB, entidade credenciada junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia, tem por finalidade fomentar, coordenar e executar programas de pesquisa científica e tecnológica para o Exército Brasileiro.

http://www.defesanet.com.br/bid/noticia ... ltimissao/




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Re: NOTÍCIAS

#8228 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 18, 2015 2:01 pm

Os desdobramentos que a tecnologia aplicada neste radar poderá trazer a nós, em termos de aplicação em outros sistemas, funções e aplicações será muito grande.

Um pequeno passo na direção da autonomia da produção e projeto de radares no país. Algo que, aliás, em minha opinião, deveria ser uma prioridade no MD, vide as necessidades do mercado interno, civil e militar.

Até os argentinos tem seu radar desenvolvido de projeto próprio. Este tipo de produto deveria ser algo levado mais a sério pelas política de P&D no país.

abs




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Re: NOTÍCIAS

#8229 Mensagem por V.Soares » Dom Dez 20, 2015 12:09 am

esse radar será AESA?
Em quais outras áreas esta nova tecnologia poderá ser utilizada?
Vamos desenvolver chips aqui no Brasil mesmo que será utilizado no saber m200?

Fiquei muito contente com essa notícia.
Alguém tem mais informações? Por exemplo: algum componente desenvolvido poderá ser usado em um equipamento civil? Qual?
Agradeço a quem puder responder.




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Re: NOTÍCIAS

#8230 Mensagem por MasterCaiafa » Seg Dez 21, 2015 6:07 pm

V.Soares escreveu:esse radar será AESA?
Em quais outras áreas esta nova tecnologia poderá ser utilizada?
Vamos desenvolver chips aqui no Brasil mesmo que será utilizado no saber m200?

Fiquei muito contente com essa notícia.
Alguém tem mais informações? Por exemplo: algum componente desenvolvido poderá ser usado em um equipamento civil? Qual?
Agradeço a quem puder responder.
http://www.infodefensa.com/latam/2015/1 ... aereo.html

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Re: NOTÍCIAS

#8231 Mensagem por MasterCaiafa » Seg Dez 21, 2015 6:10 pm

V.Soares escreveu:esse radar será AESA?
Em quais outras áreas esta nova tecnologia poderá ser utilizada?
Vamos desenvolver chips aqui no Brasil mesmo que será utilizado no saber m200?

Fiquei muito contente com essa notícia.
Alguém tem mais informações? Por exemplo: algum componente desenvolvido poderá ser usado em um equipamento civil? Qual?
Agradeço a quem puder responder.

Tudo é uma somatória de fatores. Pesquise na lista:

1- BRADAR
2- IACIT e seus radares climáticos e radar oceânico
3- Thales Omnisys - conforme o post anterior

A soma de todas essas capacidades e a pesquisa do trabalho de cada uma dessas empresas lhe darão as respostas.

Pesquise.
Leia.
Adapte.
Supere-se. (Clint Eastwood)




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Re: NOTÍCIAS

#8232 Mensagem por jauro » Ter Dez 22, 2015 3:50 pm

Militares brasileiros criticam veto a embaixador de Israel
Há receio de que impasse prejudique cooperação tecnológica entre os países
Brasília vem adiando aval à nomeação de Dani Dayan, ex-líder de colonos israelenses nos territórios ocupados
Daniela Kresch / Tel Aviv
A decisão de Brasília de postergar indefinidamente a aprovação do novo embaixador israelense no país, Dani
Dayan, está sendo considerada um erro estratégico por militares brasileiros. Segundo um integrante de alto escalão das
Forças Armadas, o impasse diplomático pode atrapalhar a transferência de tecnologia entre os dois países, fundamental
em alguns dos contratos militares.
"É falta de visão geopolítica e de objetividade de ações. Para as Forças Armadas, ficou uma situação muito
sensível, pois nossa parceria com empresas israelenses de alta tecnologia é muito grande. Israel é um dos poucos
países com transferência total de 'know how' total, inclusive com os 'keys codes' [códigos-chave] dos armamentos",
afirmou o militar à Folha.
Continuação da Resenha Diária 22/12/15 13 / 32
Desde agosto, o governo brasileiro ignora a indicação do argentino naturalizado israelense Dayan, 60, como o
embaixador designado por Israel. O motivo seria o fato de Dayan ter presidido, de 2007 e 2013, o Conselho Yesha, que
representa 500 mil colonos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental (o Brasil se opõe à existência desses
assentamentos).
Além disso, a presidente Dilma Rousseff teria ficado irritada com o fato de que a nomeação de Dayan foi
anunciada primeiro no Twitter de Netanyahu e não diretamente ao Itamaraty.
Segundo o membro das Forças Armadas, só a França repassa e revela tecnologia de maneira tão aberta ao
Brasil, mas a um "custo três vezes maior". Um dos contratos em andamento, atualmente, prevê equipar as torres de tiro
do VBTP-MR Guarani (veículo blindado de transporte de pessoas) com canhões de 30mm de uma das maiores
empresas de armamento israelense.
Também há uma latente cooperação de segurança entre os dois países às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio,
em 2016.
DISCUSSÃO
Para tentar reverter o problema diplomático em relação a um país considerado aliado, alguns congressistas
brasileiros consideram agir em defesa da nomeação de Dani Dayan. Mas ainda não há consenso sobre se uma
campanha ajudaria ou não a desatar o nó ou apenas aprofundaria o impasse.
Em novembro, uma lista de 200 assinaturas de judeus contra a nomeação de Dayan foi entregue pelo deputado
Carlos Marun (PMDB-MS) à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara. Há três meses,
dezenas de parlamentares de partidos de esquerda assinaram uma petição contra a indicação.
Em Israel, há muita discussão de bastidores sobre o assunto. Alguns membros da comunidade diplomática
defendem que Israel entenda a mensagem do Itamaraty, aponte outro nome para a embaixada em Brasília e indique
Dayan para outro cargo no exterior. Outros acreditam que, pelo contrário, a chancelaria israelense deve insistir na
nomeação — pelo menos pelos próximos meses — por uma questão de princípios.
"O Brasil está tratando Dayan como um cidadão de segunda classe por causa de onde ele mora e do que ele
pensa. Mas ele foi indicado por um governo eleito democraticamente. Irá representar esse governo, que defende a
solução de dois Estados para dois povos", disse um diplomata à Folha.
NAZISMO
Na edição de domingo (20), o maior jornal israelense, o "Yedioth Ahronoth", publicou partes de um discurso feito
no Congresso Nacional pelo deputado Marun no dia 6 de agosto, no qual ele compara a nomeação de Dani Dayan para
a embaixada em Brasília como o envio, pela Alemanha, de um representante que tivesse trabalhado num campo de
concentração nazista.
"Seria a mesma coisa que a Alemanha enviasse ao Brasil como embaixador um ex-dirigente de campo de
concentração, que o Chile enviasse um ex-carcereiro do Estádio Nacional, que a África do Sul enviasse um ex-torturador
do Apartheid", afirmou Carlos Marun, que disse à Folha ser a favor da solução de dois Estados na região.
Em sua conta no Twitter, o caçador de nazistas americano Efraim Zuroff afirmou se tratar de uma "comparação
ofensiva" e que Marun deveria receber "uma lição de História".
A parlamentar israelense Ksenia Sveltolva, 38, da legenda de centro-esquerda Campo Sionista (que inclui o
Partido Trabalhista) também reclamou da referência. "Não concordo com tudo que Dani Dayan pensa, mas a
comparação com um guarda nazista mostra ignorância e antissemitismo. Trata-se de um embaixador qualificado, que
fará um trabalho profissional, indicado oficialmente pelo Estado de Israel. Quem fala coisas desse tipo contra ele coloca
uma mancha no relacionamento entre Brasil e Israel".
Até esse incidente, o relacionamento entre Israel e Brasil começava a melhorar depois da crise diplomática de
2014, quando o governo Dilma chamou de volta, para consultas, o embaixador do Brasil em Tel Aviv para protestar
contra a guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas, da Faixa de Gaza. Na ocasião, o ex-porta-voz do escritório do
primeiro-ministro, Yigal Palmor, chamou o Brasil de "anão diplomático" por causa da decisão de Dilma.




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Re: NOTÍCIAS

#8233 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Dez 22, 2015 4:22 pm

Esse é um caso em que os militares devem ficar calados, aceitar esse embaixador seria aceitar o rótulo de "anão diplomático", aceitar isso em nome das ToTs no presente seria prejudicar ToTs no futuro.




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Re: NOTÍCIAS

#8234 Mensagem por FCarvalho » Ter Dez 22, 2015 10:57 pm

Diplomacia não se faz apenas pensando em nomes e sobrenomes. E menos ainda em opiniões pessoais e passionalidades.

Enfim, continuamos a manter uma posição pouco pragmática, ineficaz e pior, tão ideologizada quanto esteriotipada, nas nossas relações exteriores.

Assim fica difícil.

abs




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Re: NOTÍCIAS

#8235 Mensagem por jauro » Sex Dez 25, 2015 1:48 pm

Veto a embaixador expõe dependência da Defesa com Israel, diz Amorim
Após militar brasileiro afirmar que impasse com embaixador atrapalha, ex-ministro vê exagero em peso dado à
parceria
Brasil posterga aval a representante de israel; ex-chanceler defende diversificar parcerias das Forças Armadas
Patrícia Campos Mello de São Paulo
O mal-estar causado pela decisão do governo brasileiro de postergar indefinidamente a aprovação do novo
embaixador israelense no país, Dani Dayan, mostra que "está na hora de as Forças Armadas brasileiras reduzirem sua
dependência de Israel", afirma Celso Amorim.
Para Amorim, que foi ministro das Relações Exteriores (2003-2011) e, mais recentemente, ministro da Defesa
(2011-2015), há dependência exagerada do governo brasileiro em relação à tecnologia militar israelense, principalmente
em "avionics" (equipamentos eletrônicos usados em aviões, satélites, drones e outros).
"Não podemos continuar excessivamente dependentes da tecnologia de Israel, é hora de diversificarmos nossos
fornecedores", disse Amorim à Folha.
As Forças Armadas criticaram a decisão do Itamaraty de não aceitar a indicação de Dayan, que aguarda desde o
início de agosto para receber seu "agrément" (sinal verde) para ser o novo embaixador de Israel no Brasil.
O motivo da demora seria o fato de Dayan ter presidido, de 2007 a 2013, o Conselho Yesha, que representa 500
mil colonos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. O Brasil se opõe à política de assentamentos, que
inviabiliza a solução de dois Estados —um para Israel, outro para os palestinos— na região.
Em entrevista à Folha nesta semana, um membro do alto escalão das Forças Armadas brasileiras disse que o
impasse poderia atrapalhar a transferência de tecnologia entre os dois países.
"É falta de visão geopolítica e de objetividade de ações. Para as Forças Armadas, ficou uma situação muito
sensível, pois nossa parceria com empresas israelenses de alta tecnologia é muito grande", afirmara o militar à Folha.
INTERCÂMBIO
Em 2014, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Israel exportou para o Brasil US$ 10,527 milhões em
peças para aviões e helicópteros e US$ 1,83 milhão em instrumentos para navegação aérea e espacial.
As Forças Armadas compraram em 2014 um drone (veículo aéreo não tripulado) israelense por US$ 8 milhões.
Amorim afirma ser favorável à intensificação da relação comercial com Israel, "tanto que foi em minha gestão que
o Mercosul assinou acordo de livre comércio com o país (assinado em 2007, começou a vigorar em 2010)". Mas usar a
exportação de tecnologia como fator de pressão, para ele, não é aceitável.
"Aceitar como embaixador uma pessoa que foi líder de políticas de assentamentos em Israel seria uma aceitação
tácita dessa política, à qual o Brasil se opõe. Não é possível aprovar esse embaixador", afirma Amorim.
Segundo o ex-ministro, além de Dayan simbolizar uma política rejeitada pelo Brasil, sua indicação foi apresentada
como um "fato consumado".
O Ministério israelense das Relações Exteriores anunciou a designação de Dayan publicamente antes de
comunicá-la ao governo brasileiro.
O Itamaraty estaria agora esperando que o governo israelense indicasse outro embaixador em vez de Dayan.




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