Fórum Defesa Brasil

No meu ver, o avião na Italia foi terminado, o nosso não. Ainda falta muito pro AMX valer alguma coisa. O grande problema é que quando isso ocorrer, ele ainda terá validade?

Eu acho que seria melhor pensar em coisas novas, tendendo para o lado da multifuncionalidade.

Putzzzzz... que tensão!!!

joao fernando escreveu:No meu ver, o avião na Italia foi terminado, o nosso não. Ainda falta muito pro AMX valer alguma coisa. O grande problema é que quando isso ocorrer, ele ainda terá validade?

Eu acho que seria melhor pensar em coisas novas, tendendo para o lado da multifuncionalidade.

E estamos pensando, o F-X esta ai, a modernização será mais para garantir qualidades à FAB durante a transição, e como os AM-X são as aeronaves mais recentes do plantel da FAB, lógicamente serão as ultimas a serem substituidas, então fica esta preocupação, dota-las de mais qualidades até que estas sejam substituidas.

soultrain escreveu:Meus caros,

Concordo que o AMX foi caríssimo e deixa a desejar em relação aos seus contemporaneos, começamos pela falta de um radar...

Olá soultrain,

Sugiro prudência nessa concordância pois os detratores do AMX falam que ele foi caro mas não citam os valores ! Ninguém sabe ou divulga os valores de : pesquisa & desenvolvimento, protótipos, linhas de fabricação (no Brasil e Itália), produção de cada AMX, produção de sobressalentes para toda a vida útil, simuladores, hora/vôo (que pode significar 10 coisas diferentes), etc.

O que acontece é alguém citando uma cifra (tipo US$ 1,5 bi) sem citar fontes, de não se sabe qual data, dividir pelo total de AMX na FAB e dizer que o AMX é um F-32, pois custava o dobro de um F-16.

Desculpem-me, mas não levo a sério tamanho chute com cifras, é tanta imprecisão de valores e desprezo por conceitos como custo total do programa AMX x custo fly-away (do F-16 para os EUA, não para exportação)...

soultrain escreveu:Mas...

O AMX teve desenvolvimento rápido (dentro do cronograma) e cumpriu todas as especificações dos seus usuários. Ao contrário de vários caças de países diversos.

O problema do AMX foi a FAB, que o subutilizou. Mas sejamos honestos, os piores Mirage IIIE/D eram os da FAB, que tiveram modernização pífia. Idem para os F-5E/F nossos, bem inferiores em sistemas aos de outros países (Suíça, etc).

Em 2007 conversei com engenheiros da Mectron, e a questão do AMX disparar mísseis ar-ar era já resolvida pela Mectron, só que a FAB não implementava em todos os AMX por falta de recursos, assim esperando fazer isso na modernização (AMX-M) que felizmente começou.

Enfim, o pessoal confunde o avião (AMX) com o operador (FAB), que sempre teve a cultura de ter versão "pé-de-boi" para tudo. Felizmente isso tem mudado recentemente e está mudando.

Abraços,

Roberto

O AMX italiano será substituído pelo F-35B.... infinitamente mais capaz. No caso da FAB, ainda não entendi direito por quê os custos de modernização são tão maiores aos dos F-5M.
Li outro dia, não sei onde, que a FAB pediu à Mectron pra atualizar o radar Scipio... é verdade isso?
Em minha opinião, que sei não contar pra nada, o AMX deveria ser o primeiro a ser substituído pelo novo caça, sem modernização alguma, juntamente com o M-2000C.
Olhem os chilenos....

Abraços,

Adriano

Adriano escreveu:O AMX italiano será substituído pelo F-35B.... infinitamente mais capaz. No caso da FAB, ainda não entendi direito por quê os custos de modernização são tão maiores aos dos F-5M.
Li outro dia, não sei onde, que a FAB pediu à Mectron pra atualizar o radar Scipio... é verdade isso?
Em minha opinião, que sei não contar pra nada, o AMX deveria ser o primeiro a ser substituído pelo novo caça, sem modernização alguma, juntamente com o M-2000C.
Olhem os chilenos....

Abraços,

Adriano

Caro Adriano,

O AMX :

- introduziu na FAB algumas dezenas de tecnologias da década de 80/90, somente parte delas foram usadas mais de 16 anos depois no F-5EM/FM, mas mesmo assim o F-5EM/FM tem muitos sistemas da década de 60 (sistemas mecânicos, hidráulicos, etc);
- o AMX tem alcance x capacidade de armas muito superior ao F-5EM/FM;
- o AMX tem grande precisão de navegação e ataque, que vai melhorar com a modernização;
- a média de idade dos AMX é de uns 15 anos ! Muito mais novos que os Mirage 2000C/B (década de 80) e F-5EM/FM (década de 70).

Abraços,

Roberto

Adriano escreveu: Olhem os chilenos....

Pow Adriano,

Os chilenos eu vou olhar...olhar...e não vou concluir muita coisa. Os chilenos estão aproveitando a grana do cobre e sairam comprando como louco, mas a farra do boi vai acabar. Os gritos da situação, por lá, são para acabar com a lei do cobre e acredito que isso acontecerá em breve.
Quando olho para nossos vizinhos, reais, fico mais tranqüilo ainda. O único que poderia pensar em fazer alguma coisa seria o Chavez, ele é doido mas não é burro. Eu fico feliz com a modernização, dá tempo a FAB para escolher com calma no futuro. Se foi uma choradeira para trocar 36 caças, imagina se fosse mos comprar uma quantidade para substituir o A-1 também?

Abraços

rcolistete escreveu:

Adriano escreveu:O AMX italiano será substituído pelo F-35B.... infinitamente mais capaz. No caso da FAB, ainda não entendi direito por quê os custos de modernização são tão maiores aos dos F-5M.
Li outro dia, não sei onde, que a FAB pediu à Mectron pra atualizar o radar Scipio... é verdade isso?
Em minha opinião, que sei não contar pra nada, o AMX deveria ser o primeiro a ser substituído pelo novo caça, sem modernização alguma, juntamente com o M-2000C.
Olhem os chilenos....

Abraços,

Adriano

Caro Adriano,

O AMX :

- introduziu na FAB algumas dezenas de tecnologias da década de 80/90, somente parte delas foram usadas mais de 16 anos depois no F-5EM/FM, mas mesmo assim o F-5EM/FM tem muitos sistemas da década de 60 (sistemas mecânicos, hidráulicos, etc);
- o AMX tem alcance x capacidade de armas muito superior ao F-5EM/FM;
- o AMX tem grande precisão de navegação e ataque, que vai melhorar com a modernização;
- a média de idade dos AMX é de uns 15 anos ! Muito mais novos que os Mirage 2000C/B (década de 80) e F-5EM/FM (década de 70).

Abraços,

Roberto

Olá Roberto,

O que disse acima está corretíssimo. Entretanto, creio que não erro em dizer que manter o AMX voando é um custo adicional e nada desprezível para uma força aérea que terá de lidar com os custos operacionais do novo F-X2 (que não serão pequenos). Pra quê manter o AMX voando, após 2015, em uma força aérea que terá aviões muito mais capazes em qualquer aspecto? Pra fazer número?
Não é o F-5M suficiente como "low"? Ao menos mais barato e fácil de manter que o AMX ele é e continuará sendo mesmo após a modernização. A não ser que a modernização seja absurdamente abrangente, a FAB continuará dependendo de peças obtidas em empresas italianas a preços e prazos absurdos, como ocorre atualmente.
Todas as forças aéreas que lidam com restrições de $ estão retirando de serviço aviões assim como AMX e obtando pela racionalização em cima de um vetor altamente capaz e multifuncional....

Abraços,

Adriano

tykuna escreveu:

Adriano escreveu: Olhem os chilenos....

Pow Adriano,

Os chilenos eu vou olhar...olhar...e não vou concluir muita coisa. Os chilenos estão aproveitando a grana do cobre e sairam comprando como louco, mas a farra do boi vai acabar. Os gritos da situação, por lá, são para acabar com a lei do cobre e acredito que isso acontecerá em breve.
Quando olho para nossos vizinhos, reais, fico mais tranqüilo ainda. O único que poderia pensar em fazer alguma coisa seria o Chavez, ele é doido mas não é burro. Eu fico feliz com a modernização, dá tempo a FAB para escolher com calma no futuro. Se foi uma choradeira para trocar 36 caças, imagina se fosse mos comprar uma quantidade para substituir o A-1 também?

Abraços

Olá!

Ai que está.... não tem que substituir o AMX no futuro... ele será substituído pelo caça que ganhar essa concorrência.
A FACh perderá a lei do cobre? Maravilha, com uma frota racional e padronizada no F-16 elá estará, como nunca, preparada para tempos difíceis.
A FAB não pensa nisso, compra helis e aviões como uma perua numa sapataria.... pior mesmo só a India...

Abraços,

Adriano

Maravilha, com uma frota racional e padronizada no F-16 elá estará, como nunca, preparada para tempos difíceis.

Será? Contra quem?
"O grande amigo de hoje pode ser teu maior inimigo amanhã".

Eu não acredito em prateleiradas reluzentes.

Carlos Mathias escreveu:

Maravilha, com uma frota racional e padronizada no F-16 elá estará, como nunca, preparada para tempos difíceis.

Será? Contra quem?
"O grande amigo de hoje pode ser teu maior inimigo amanhã".

Eu não acredito em prateleiradas reluzentes.

O ponto em discussão aqui não é comprar de "prateleira" ou não. Padronizar e racionalizar não significa comprar de prateleira.

No Chile sim, e você nos está comparando com eles, logo, entra no escopo do debate.
Estamos padrinizando na medida do possível e com o que temos por enquanto. Aviônica, armas e treinamento talvez, tudo (ou quase tudo) isso será unificado e tudo nacional, sob nosso controle.
Eu particularmente não trocaria nossa padronização por um grande prateleirada, fosse de quem fosse a parteleira, e ainda mais sendo de quem é o mercado onde o Chile faz suas compras.

Mas isso sou eu falando, vamos observar os movimentos das nossas FAs e ver se vão nessa mesma direção.

É piada o que estou lendo? "Detratores do AMX"?

O avião é ruim por si!

Entenda: Pesquisa e desenvolvimento, linhas de fabricação e outros... Servem para qualquer projeto, portanto, não serve como desculpa.
Pergunta-se: a aeronave foi exportada? Trazia o projeto algo de excepcional e inovador?
A resposta é... Não!
E não me venha com o argumento do fim da guerra - fria, pois isto não afetou outras aeronaves.

Ninguém está "detratando" aeronave alguma, apenas está se discutindo um erro gerencial, de análise de mercado e de concepção que marcou profundamente a Força Aérea Brasileira; que se diga em brados: foi sacrificada neste processo!

Erro que deveria servir de farol para evitar outros no futuro, mas que muitos, seja lá por qual motivo ou interesse, insistem tratar como se fruto do paraíso fosse.

Se não sabem entender isso, lamento. Vira piada depois. Aliás, já é... Na Itália.

Palpiteiro escreveu:Caro Higgins,

A melhor resposta está no texto, dada pelo Lt. Col. Cicconardi: “The AMX’ success is to be credited for the fact that the aircraft operated in the CAS mission, the one it was projected to fulfil. The aircraft was criticised from people who didn’t know it but during the war the Ghibli was able to show its disparaging best qualities: excellent navigational and avionics equipment, good endurance and good cruise and penetration speeds. It is also quite comfortable”.

Palpiteiro

Grande coisa, comandante do esquadrão. Brincadeira... Onde está a isenção!
Queria ver ele enfrentado área com saturação de AAA, coisa que a aeronave não fez no Kosovo.
Portanto, não me venham com "palavras italianas". Elas não valem nada, como bem demonstraram os súditos de sua majestade...