Fórum Defesa Brasil

Numa boa, sem qualquer ironia:

-Isso contribui de alguma forma positiva para o moral da tropa? De que forma?

Eu servi ao EB em 1969/70 numa época bem pesada de nossa história e a disciplina era dura e eu mesmo, como praça, tomei homéricos esporros. Mas esse tipo de coisa nunca vi nem ouvi falar...

Agradeço um possível esclarecimento dos colegas militares do DB.

Wingate

Olha, isso daí é um negócio totalmente descabido.

Ainda mais quando estamos falando em polícia, e mesmo assim é possível que se aceite um tipo de autoridade ilimitado, em que se possa dispor do corpo e dignidade alheios. Certamente há métodos melhores para se resolver problemas interpessoais. Não contentes com a barbaridade com que os próprios agentes da lei são submetidos, submetem também (como já se sabe ocorrer) pessoas detidas.
A contradição é lógica: O comportamento está em franco conflito com a missão da polícia, de prevenir e mitigar a violência. Se é que é mesmo esta a missão. Desculpem, seria mais aceitável ver isso no meio entre bandidos.


abraços

Olhem, depois dessa de anão (perdão, pessoa pequena) combatente, já não entendo mais nada mesmo, cresci num mundo mais simples, sob regime de exceção (ditadura). Não sei como ainda permitem coisas BÁRBARAS como o Boxe (tá, a gente pode e deve se defender mas, SE O COICE PEGAR não faz cosquinha, dói como o inferno) em uma sociedade em que homens devem ser "homens", cheios de não-me-toques.

Me criei em um mundo no qual, quando se tomava um trancaço nas fuças, não se parava de pensar e muito menos para chorar/resmungar/tacar processo, a gente seguia raciocinando e bolando o revide. Não era pra FROUXO! Em 85, no XXIV CFASP, eu e uns colegas da minha turma passamos bem mais de uma hora algemados para trás porque um dos caras, chamado Oniro, disse que era fácil sair de algema. Notar que "zeraram o grampo" (apertaram até o último dente) de todas as algemas. Notar ainda que trouxeram uma cadeira para o Oniro e mandaram ele ficar sentado - sem algemas - só olhando para ver quem saía primeiro. Ninguém saiu, e não foi falta de tentativa. Só nos soltaram quando estávamos todos com as mãos cobertas de sangue. Doeu e foi traumatizante mas o curioso foi que, recordando as conversas que tivemos depois, assinalo dois pontos:

Concluímos que o que dói na gente devia doer igual no preso, daí passamos, quando na ativa, a dosar a pressão na algema e usar a trava por saber que, se doeu em todos nós, certamente doeria em qualquer outra pessoa. E claro, que a josta que UM dissesse/fizesse poderia respingar em outros que não têm nada com isso (nosso caso, apenas fazíamos parte do grupo do FÉLADAP*)...

Nos quarteamos para quebrar a cara do Oniro, um a cada noite (éramos do noturno). Fui o segundo...

Novo Buk-M3. Carrega muito mais mísseis do que o Buk-M1/M2 (4 tanto no TEL ou TELAR), além de serem mais modernos.

TEL (12 mísseis)


TELAR (6 mísseis)

Bolovo escreveu:Novo Buk-M3. Carrega muito mais mísseis do que o Buk-M1/M2 (4 tanto no TEL ou TELAR), além de serem mais modernos.

TEL (12 mísseis)


TELAR (6 mísseis)

Alguma fonte com suas especificações técnicas?

Viktor Reznov escreveu:

Bolovo escreveu:Novo Buk-M3. Carrega muito mais mísseis do que o Buk-M1/M2 (4 tanto no TEL ou TELAR), além de serem mais modernos.

TEL (12 mísseis)


TELAR (6 mísseis)

Alguma fonte com suas especificações técnicas?

Vendo essas fotos postadas pergunto: Salvo engano de minha parte o EB não teria um determinado número de uma série dos Leopards adquiridos que será desativado?

Se a resposta for afirmativa, a AVIBRAS não poderia aproveitar essas plataformas e montar um ASTROS sobre largartas?

Espero não ter "viajado" demais...

Wingate

Wingate escreveu:Vendo essas fotos postadas pergunto: Salvo engano de minha parte o EB não teria um determinado número de uma série dos Leopards adquiridos que será desativado?

Se a resposta for afirmativa, a AVIBRAS não poderia aproveitar essas plataformas e montar um ASTROS sobre largartas?

Espero não ter "viajado" demais...

Wingate

Mas pra que?

Os BUK são meios excelentes de escoltas antiaérea, junto com os Pantsir, fazem um excelente trabalho.

Abs.

Bolovo escreveu:

Wingate escreveu:Vendo essas fotos postadas pergunto: Salvo engano de minha parte o EB não teria um determinado número de uma série dos Leopards adquiridos que será desativado?

Se a resposta for afirmativa, a AVIBRAS não poderia aproveitar essas plataformas e montar um ASTROS sobre largartas?

Espero não ter "viajado" demais...

Wingate

Mas pra que?

Para matar gente, se possível. Não se poderia fazer uma experiência, um teste para uma arma a ser projetada futuramente para exportação?

Wingate

Viktor Reznov escreveu:

Bolovo escreveu:Novo Buk-M3. Carrega muito mais mísseis do que o Buk-M1/M2 (4 tanto no TEL ou TELAR), além de serem mais modernos.

TEL (12 mísseis)


TELAR (6 mísseis)

Alguma fonte com suas especificações técnicas?

Alcance 2,5-70km, altitude 0,015-35km, vel máx de 3000 m/s. O sistema pode engajar 36 alvos simultaneamente. O míssil será o 9M317M, muito superior ao 9M317 do Buk-M2 aparentemente baseado no 9M317ME do Buk naval. Segundo os russos, ultrapassa a performance do S-300 em alguns parâmetros. Entra em operação no final desse ano (inverno russo). Um puta sistema AAAe russo, pra variar.

https://translate.google.com.br/transla ... Fbuk-m3%2F

Wingate escreveu:

Bolovo escreveu: Mas pra que?

Para matar gente, se possível. Não se poderia fazer uma experiência, um teste para uma arma a ser projetada futuramente para exportação?

Wingate

Então, pergunto isso, pois não faz sentido nenhum. A maior vantagem do ASTROS II é o fato de ser aerotransportado por um C-130/KC-390, coisa que nem o chassis do Leopard 1 é. Para que projetar, torrar dinheiro nessa gambiarra, que obviamente não será adquirida pelo EB, para ser uma peça cara e adaptada? Vai entrar para concorrer e vai perder. E vai perder do ASTROS II.

Bolovo,

Peço desculpas se te ofendi com meus comentários. Dada sua veemência, parece que feri suscetibilidades ao formular uma opinião, embora eu não veja onde.

Mil perdões, ok e faz de conta eu não disse nada. Fica bem assim?

Atenciosamente,

Wingate

Brasileiro escreveu:Olha, isso daí é um negócio totalmente descabido.

Ainda mais quando estamos falando em polícia, e mesmo assim é possível que se aceite um tipo de autoridade ilimitado, em que se possa dispor do corpo e dignidade alheios. Certamente há métodos melhores para se resolver problemas interpessoais. Não contentes com a barbaridade com que os próprios agentes da lei são submetidos, submetem também (como já se sabe ocorrer) pessoas detidas.
A contradição é lógica: O comportamento está em franco conflito com a missão da polícia, de prevenir e mitigar a violência. Se é que é mesmo esta a missão. Desculpem, seria mais aceitável ver isso no meio entre bandidos.


abraços

Brasileiro, na formação de policiais esse tipo de coisa não é comum, muito pelo contrario, o que se ensina hoje, nos cursos de FORMAÇÃO são disciplinas totalmente voltadas aos princípios dos Direitos Humanos. Unidades de operacoes especiais possuem atribuições bastantes definidas, sejam das FAs ou das polícias. São unidades que trabalham aquarteladas, e não fazem o policiamento de proximidade. Alguns "rituais" utilizados são tradições e costumes antigos, que são adotadas por seus semelhantes no mundo todo. Quem vai servir, ou fazer cursos, nessas unidades, sabem o que vão encontrar pela frente, ninguém vai enganado. Isso, de certa forma, serve de "peneira", é a primeira seleção.

Uma das práticas adotadas por essas unidades, até como forma de cumprimento, é o tapa na cara. Existe um video que foi muito compartiljado no Facebook, onde um Coronel caveira, aposentado, é chamado para entregar o premio de primeiro colocado do Coeso a um policial, e eles ficam de frente um para o outro, e o coronel grita " Caveira" e da um tapa na cara do policial. Logo depois, o policial repete o ato, e mete um tapa na cara do coronel. Depois disso ambos apertam as maos e o coronel lhe entrega o prêmio.
Outro ritual utilizado, é fixar o brevê metálico, no peito dos que conseguiram terminar o curso, com um forte tapa! As agulhas do brevê ficam encravados na carne do caveira recém formado, como podemos ver no final deste video institucional do Coeso da PMDF:



O problema ocorre quando um caveira é escalado, ou se voluntaria, para ser instrutor de algum curso convencional, e termina querendo usar seus métodos contra os alunos, o que parece ter ocorrido neste caso do EB, e também aconteceu numa das disciplinas do meu curso de formação. Ano passado aconteceu um problema por causa disso, num curso de Força Tática. Um Tenente, que estava com instrutor, chegou para um soldado, que tinha sido seu colega de curso de formação de soldados, e deu na cara de seu colega, quando este se encontrava na posição de Sentido, em forma. E automaticamente levou um soco na cara, dado pelo soldado. O tenente tentou desliga-lo do curso e puni-lo, pela agressão, mas terminou ficando por isso mesmo, porque o soldado apenas revidou uma injusta agressão.

Amanha estarei me apresentabdo para iniciar o curso de Multiplicador de Táticas e Técnicas Policiais (MTTP), que sera realizado no BOPE, por um período de 15 dias. Já vou sabendo o que me espera, só não sei se minhas duas hernias de disco permitirão que eu conclua o curso.

Eu fico aqui pensando com os meus botões. Se a Avibrás pode pegar a plataforma do Astros e arrumar nela um sistema como o CAMM, porque não com o BUK e/ou S-350, que são bem melhores do que aquele sistema, na minha opinião, e seriam uma complementação ideal para o Pantsyr?

ps: o BUK é para defesa de ponto; é utilizado normalmente na defesa dos sistemas S-300/400 e/ou de localidades ou OM's semi-móveis importantes que mereçam este tipo de proteção. pode complementar o S-300/400 e Pantsyr/Tor e concorre em certo sentido com o S-350. Ainda prefiro este último como um sistema de defesa de área de que precisamos, complementando a defesa de ponto.

abs.

FCarvalho escreveu:Eu fico aqui pensando com os meus botões. Se a Avibrás pode pegar a plataforma do Astros e arrumar nela um sistema como o CAMM, porque não com o BUK e/ou S-350, que são bem melhores do que aquele sistema, na minha opinião, e seriam uma complementação ideal para o Pantsyr?

ps: o BUK é para defesa de ponto; é utilizado normalmente na defesa dos sistemas S-300/400 e/ou de localidades ou OM's semi-móveis importantes que mereçam este tipo de proteção. pode complementar o S-300/400 e Pantsyr/Tor e concorre em certo sentido com o S-350. Ainda prefiro este último como um sistema de defesa de área de que precisamos, complementando a defesa de ponto.

abs.

Eu havia pensado, apenas como exercício, na Avibrás testando uma antiga plataforma Leopard para colocar seus lança-foguetes. Isto visando a possibilidade de fornecer seus lançadores (sem o sistema Astros completo) para países pobres que não têm condições de adquirir sistemas completos mas dispõem de bom número de plataformas disponíveis (ex: T-54 e outros). Seria um "sistema Astros híbrido", se podemos chamar assim.

E você agora apresenta mais uma possibilidade. Muito interessante.

SDS,

Wingate