Fórum Defesa Brasil

luis Cláudio escreveu:Você está por fora.

A entrevista que você mesmo postou confirma o que eu disse...

Nós podemos fornecer componentes e realizar os ensaios de materiais necessários para certificar a qualidade da produção local

Nossa equipe irá desenvolver o conceito da aeronave para poder, em seguida, criar o ferramental, projetar os componentes do NG e eventualmente produzir todas as peças primárias do novo avião aqui. Tanto aquelas metálicas, quanto as fabricadas em material composto. Caberá, no entanto, à Embraer realizar a montagem final do avião unindo as peça e instalando os diversos sistemas produzidos por cada um dos subcontratados, em suas próprias instalações em Gavião Peixoto.

ALIDE: A Akaer produz suas peças? Ou apenas as projeta?
CS: A Akaer é uma empresa de serviços de engenharia, nós apenas projetamos. O lado industrial é realizado por um grupo de empresas que atuam perto de nós.

Nela, não houve nenhuma preocupação em se desenhar uma estrutura que fosse efetivamente “certificável’, algo com duração e resistência mínima garantida de “X” horas de vôo.

Também, a estrutura da asa do Demo não foi otimizada para se garantir o menor custo, nem de ser aquela mais simplificada para melhorar o processo de produção.

A AKAER enviou à SAAB o primeiro modelo em 3D e desenho de produção 'do Gripen NG, feito em São José dos Campos.

Como vê, ele sempre se refere a engenharia de produção, esse é o negócio da Akaer, quando eles dizem "projetamos a asa do Gripen" eles querem dizer "pegamos a asa que a Saab desenhou e recortamos em peças que podem ser produzidas".

luis Cláudio escreveu:E quando você escreve que a tela WAD é "só uma tela touchscreen que existe como tantas outras que existem em qualquer supermercado", está simplificando enormemente as 2 páginas digitalizadas da entrevista com o engenheiro chefe de desenvolvimento de produto que eu coloquei.

Não, não é simplificação, é exatamente isso.

A propósito, SmartTVs também rodam aplicativos, o que faz do WAD basicamente uma SmartTV, só rodando um software diferente, e não, isso não é demérito nehum.

luis Cláudio escreveu:São softwares que serão desenvolvidos no Brasil, porque a aviônica será desenvolvida aqui.

Procurei pelo que é feito de fato por aqui.

O software basicamente tem duas partes (na verdade mais, mas só essas são relavantes aqui), uma feita pela SAAB que é responsável por coletar e processar as informações (a "fusão de dados" tão alerdeada) que é feita basicamente na Suécia, e o software do WAD que apresenta essas informações ao piloto, feita pela AEL.

Marechal-do-ar escreveu:

luis Cláudio escreveu:E quando você escreve que a tela WAD é "só uma tela touchscreen que existe como tantas outras que existem em qualquer supermercado", está simplificando enormemente as 2 páginas digitalizadas da entrevista com o engenheiro chefe de desenvolvimento de produto que eu coloquei.

Não, não é simplificação, é exatamente isso.

A propósito, SmartTVs também rodam aplicativos, o que faz do WAD basicamente uma SmartTV, só rodando um software diferente, e não, isso não é demérito nehum.

luis Cláudio escreveu:São softwares que serão desenvolvidos no Brasil, porque a aviônica será desenvolvida aqui.

Procurei pelo que é feito de fato por aqui.

O software basicamente tem duas partes (na verdade mais, mas só essas são relavantes aqui), uma feita pela SAAB que é responsável por coletar e processar as informações (a "fusão de dados" tão alerdeada) que é feita basicamente na Suécia, e o software do WAD que apresenta essas informações ao piloto, feita pela AEL.

Made in Israel com algumas APIs abertas para a versão "tupiniquim"... daí vem o marketing e dá aquela "valorizada" para dizer que fazemos isso e aquilo.

... aí você lê essas entrevistas e declarações do tipo:

"97% da MANUTENÇÃO dos aviônicos..." (como alguém chega ao número "97%" é algo interessante e faz qualquer um pensar o que são os "3%" restantes...)

Infelizmente é como as coisas funcionam. Qualquer debate perde por conta disso, porque fica parecendo que existe de fato alguma informação, mas na verdade é vaporware.

[]s
CB

Achei interessante a comparação de um WAD com uma Smart TV, só trocando uns aplicativos...
Vocês só podem estar brincando quando comparam um componente aeronáutico, que substitui todos os instrumentos convencionais, e que passará por inúmeras certificações para garantir a confiabilidade, a integração das informações, dualidade, atendimento a várias normas de barramento, segurança, ambiental, etc, com índice de falha de 10^-6.
Não sei se sou azarado, mas já perdi duas Smart TV por pane de processador, em pleno uso, no meio de um filme, sem falar nas inúmeras vezes em que tive que resetar (tirar da tomada) ou ainda atualizar firmware para sanar bugs que impossibilitava usa-la.
Outra coisa interessante é que quem já trabalhou com projetos complexos, onde todas as tarefas planejadas são mapeadas, consegue-se chegar a índices com alto grau de acerto, seja baseado em esforço (homem-hora) ou custo, então encontrar números como 97% considero muito mais apurado que números estimados empiricamente, tais como 75%, baseados apenas em achismos, e não em estudos e detalhamento de projeto.
O que percebo, tristemente, é que ainda há um ressentimento muito grande pela escolha do Gripen, um cetismo enorme e uma torcida velada para que dê tudo errado.
Espero estar enganado quanto a isso...

Abraços

É birra mesmo.
Até onde se sabe, além da L3 que fornecerá para o F-35, apenas a Elbit logrou desenvolver tal tecnologia. E a sua controlada, a AEL (da qual a Embraer possui 25%), está envolvida até o pescoço nesse projeto.
Nessa área, a [Samsung, LG, Sony] e até fabricantes tradicionais de aviônicos brilham pela sua ausência.

http://www.defesaaereanaval.com.br/saab ... -o-gripen/

SAAB foca no desenvolvimento do míssil anti-navio para o Gripen


Imaginem, nossos Gripen E/F, armados com 2 A-darter nas pontas das asas, 3 Meteor sob a fuselagem e 4 RBS-15 MK4 ???


Eu já li alguma coisa, falando em 1.000 km de alcance. Procede?

Luís Henrique escreveu:http://www.defesaaereanaval.com.br/saab ... -o-gripen/

SAAB foca no desenvolvimento do míssil anti-navio para o Gripen


Imaginem, nossos Gripen E/F, armados com 2 A-darter nas pontas das asas, 3 Meteor sob a fuselagem e 4 RBS-15 MK4 ???


Eu já li alguma coisa, falando em 1.000 km de alcance. Procede?

Luis,

A Saab tem divulgado que o alcance do Gripen E com combustível interno apenas é de 2.500km.
Em tese, ele vazio, consegue ir a um ponto a 1.250km e voltar.

Se cargas externas forem adicionadas e se o voo não for otimizado para aumentar o alcance, o raio resultante será consideravelmente degradado. Soluções:

1) Substituir os 3 Meteor por 2 tanques externos.
2) Substituir 2 RBS15 por 2 tanques externos.
3) Reabastecimento

[]s

Penguin escreveu:

Luís Henrique escreveu:http://www.defesaaereanaval.com.br/saab ... -o-gripen/

SAAB foca no desenvolvimento do míssil anti-navio para o Gripen


Imaginem, nossos Gripen E/F, armados com 2 A-darter nas pontas das asas, 3 Meteor sob a fuselagem e 4 RBS-15 MK4 ???


Eu já li alguma coisa, falando em 1.000 km de alcance. Procede?

Luis,

A Saab tem divulgado que o alcance do Gripen E com combustível interno apenas é de 2.500km.
Em tese, ele vazio, consegue ir a um ponto a 1.250km e voltar.

Se cargas externas forem adicionadas e se o voo não for otimizado para aumentar o alcance, o raio resultante será consideravelmente degradado. Soluções:

1) Substituir os 3 Meteor por 2 tanques externos.
2) Substituir 2 RBS15 por 2 tanques externos.
3) Reabastecimento

[]s

Ele tá perguntando de 1000km de alcance para o míssil...

Bolovo escreveu:

Penguin escreveu: Luis,

A Saab tem divulgado que o alcance do Gripen E com combustível interno apenas é de 2.500km.
Em tese, ele vazio, consegue ir a um ponto a 1.250km e voltar.

Se cargas externas forem adicionadas e se o voo não for otimizado para aumentar o alcance, o raio resultante será consideravelmente degradado. Soluções:

1) Substituir os 3 Meteor por 2 tanques externos.
2) Substituir 2 RBS15 por 2 tanques externos.
3) Reabastecimento

[]s

Ele tá perguntando de 1000km de alcance para o míssil...

Difícil e não poderia ser exportado.

Aqui, com alguma sorte e um pouco de tutano na cabeça, os nossos Gripen tupiniquim irão ser armados com alguma versão aerolançada do Mansup, ou derivado anti-navio do AV-MT.

Pelo menos a lógica manda assim.

abs.

FCarvalho escreveu:Aqui, com alguma sorte e um pouco de tutano na cabeça, os nossos Gripen tupiniquim irão ser armados com alguma versão aerolançada do Mansup, ou derivado anti-navio do AV-MT.

Pelo menos a lógica manda assim.

abs.

Nao conte com isso...



[]s
CB

Carlos Lima escreveu:

FCarvalho escreveu:Aqui, com alguma sorte e um pouco de tutano na cabeça, os nossos Gripen tupiniquim irão ser armados com alguma versão aerolançada do Mansup, ou derivado anti-navio do AV-MT.
Pelo menos a lógica manda assim.
abs.

Nao conte com isso...

[]s
CB

A razão prescinde à esperança.

abs.

FCarvalho escreveu:

Carlos Lima escreveu: Nao conte com isso...

[]s
CB

A razão prescinde à esperança.

abs.

'E so olhar o desenvolvimento atual. Gastamos $$ em Harpoon!

Zero investimento da FAB.

Esperanca 'e uma palavra que devia ser apagada do vocabulario brasileiro... quem espera nunca faz nada para mudar essa bagunca.

[]s
CB

luis Cláudio escreveu:Ao você picotar a entrevista, você acabou tirando o sentido:

Picotei por não haver a necessidade de postar (mais uma vez) essa longa entrevista que acaba atrapalhando o acompanhamento do tópico, coloquei as partes que mencionam a engenharia de produção para dar destaque a elas, da mesma forma que você deu destaque a algumas partes, mas sem ocupar tanto espaço, mais uma vez, o negócio da AKAER é engenharia de produção COMO ESTÁ ERSCRITO NA ENTEREVISTA QUE VOCÊ MESMO POSTOU.

Resumindo:
Desenho aerodinâmico: SAAB
Desenho de produção: AKAER

A AKAER não projeta a asa, a SAAB faz isso, a AKAER é responsável por "recortar" em peças que podem ser produzidas, isso fica claro em diversos trechos da entrevista que você postou e ignorou.

luis Cláudio escreveu:Eu coloquei declarações do chefe de desenvolvimento de produtos da AEL, o engenheiro e coronel da reserva da FAB, o Vilela. O que você tem para contrariá-lo?

Contrariá-lo? As afirmações dele corroboram o que eu disse!

E estranhamente você picotou a matéria dessa vez, do mesmo jeito que reclamou do que eu fiz antes...

E por fim, o que você faz é uma carteirada, digo, uma carteirada terceirizada, você cita alguém de alta patente para tentar dar mais credibilidade as suas afirmações, e nem se da ao trabalho de realmente entender o que o cara de alta patente diz (HMI)...