Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Qua Abr 26, 2017 10:04 pm
abs.juarez castro escreveu:G abraçoFCarvalho escreveu:Juarez, salvo melhor juízo, pelos planos de reorganização da FAB, com apenas 6 bases aéreas operacionais, podemos admitir, em tese, que o ideal para a defesa aérea do país seria dispor-se, minimamente, de 6 grupos de caça. Isto sendo uma premissa verdadeira, e factível, então a demanda da FAB seria em torno de 216 Gripen E/F.
Desculpe FCarvalho, eu não entendi a relação de número de caças com bases operacionais, isto não tem ligação direta com a questão de número de caças, volto a afirmar, o que define isto é: Qual é a missão.
A missão para mim é clara e está escrita em todos os documentos da FAB: defesa aérea e integração nacional. Este último acrescido recentemente.
Bom, tudo bem que doutrinariamente bases e caças não tem relação, mas a ver pelo nosso mapa, fico pensando se isto de fazer defesa aérea saindo de uma e outra bases do centro-sul do país para fazer interceptação a mais de mil km seja algo prudente. E contando apenas com um punhado de caças. Me parece que a FAB, e demais forças, continuam pensando que o Brasil só conta de Brasília pra baixo e o resto é resto. Até prova em contrário.
Se a missão básica da FAB é defesa aérea, porque nossas principais bases nunca estiveram perto das nossas fronteiras, até pelo contrário?
Claro, este número nem de longe diz respeito a organização e a quantidade atual de undes de caças de que dispomos. Mas levando-se em consideração que aquele mesmo número não pode ser considerado algo inatingível, ou impossível, dadas as nossa capacidade econômica e financeira de forma geral, então, creio que o que o que o Luis quis colocar não é de todo inverosímel.
Posso te perguntar porque não é inverossímil????
Outro dia, fazendo uma simples conta de padaria, com os atuais esquadrões que temos, a 18 caças, poderíamos chegar a cerca de 126 caças. Como o GDA vai ter 36, e provavelmente, o 1o GAvC também, só aí são 72. Se acrescermos aos demais esquadrões, chega-se a 144. Poderiam ser mais, caso o nordeste pudesse contar também com um grupo de caça (1o e 2o/5o Gav), e se o 1o/16o Gav fosse reativado em CG. Enfim, apenas com os esquadrões que temos, talvez se pudesse chegar a 198 caças. Mas eu creio que isso seria muita ficção para uma força aérea mais preocupada com integração do que com defesa aérea.
A eterna desculpa de não haver verba e que defesa não é importante, etc... sempre serviu para justificar a nossa displicência e irresponsabilidade com o setor. E porque não dizer, via de regra geral, um tipo de pensamento nas ffaa's que sempre privilegiou mais as missões secundárias do que as principais, visto que não raras vezes, tal envolvimento é a única forma de os militares receberem material novo ou algum tipo de apoio financeiro/investimento ao londo das últimas 5/6 décadas. MMI e ACISO até hoje é questão indiscutível no meio militar. Algo que se mistura à cultura militar deste país e praticamente inconteste.
Concordo.
Por isso até hoje ninguém discute o porquê - no governo, na FAB ou fora deles - de o setor de transporte ser o que mais voa na FAB e o que mais tem verba e investimento. Tudo muito natural, normal. Apenas para citar um dos setores da aviação brasileira sobre a qual a FAB se desdobra há anos para tentar desenvolver e/ou manter. Me desculpe se pareço arrogante, mas, quando foi que um dia nesses últimos 75 anos a caça recebeu mais atenção do que outros setores? Honestamente, eu não me lembro. A caça sempre esteve/está a reboque de outros projetos na FAB. É só ver quanto tempo levamos para decidir a escolha de um caça para o GDA, e o tempo que vamos levar para substituir os C-130. Questão de falta de verba para fazer tudo, ou de prioridades?
Prioridades e planejamento x interesses, principalmente políticos.
Pois é.![]()
Acho que a última questão responde melhor o fato de até hoje a FAB operar caças dos anos 70's, e irá levar quase 30 para dispor de um simples grupo de caça renovado. Mas quem é que se importa mesmo com isso no Brasil?![]()
A FAB vem solicitando a pelo menos 30 anos a substituição dos F 5 e antes dos M 3, e o que conseguiu foram desculpas e aviões velhos.
Na década de 80's o que houve foi a compra de mais F-5 do deserto, e isso depois de dizerem que a FAB queria comprar Mig-21 chinês. Mas eu nunca vi a FAB pedir F-16 para o Tio Sam nessa época. E mesmo que pedisse, duvido que levasse.Porque não pediram os M-2000 dos franceses? Eles nos venderiam com muito gosto no lugar do M-3. Se bobeasse até Mig-29 e Su-27 podia ter rolado, não fossem as nossas confusões politicas internas.
Gente séria é que não é.
abs.