MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Em alguns paises da Europa a população esta bem endividada e os juros são baixos.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Mas é FATO que aqui não tem explicação para, com uma SELIC de 5,5% ao ano, o Itaú, se eu for DOIDO de entrar no cheque especial, me enfiar 14% (quase o triplo!!!) ao mês...
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Na minha opinião há dois fatores.Túlio escreveu: Sáb Out 19, 2019 4:17 pmMas é FATO que aqui não tem explicação para, com uma SELIC de 5,5% ao ano, o Itaú, se eu for DOIDO de entrar no cheque especial, me enfiar 14% (quase o triplo!!!) ao mês...
O primeiro é a pouca concorrência. São cinco bancos grandes - BB, CEF, Bradesco, Itaú e Santander - junto com alguns médios regionais, que monopolizam o sistema bancário brasileiro de varejo. Deveríamos ter mais bancos, foi um erro a concentração bancária.
O segundo é que os tomadores de recursos imediatos -cheque especial e cartão - . com os juros nas alturas, são os desesperados que já estão com a corda no pescoço. O risco deles não pagarem é muito grande mesmo, pois quem tem condições de pagar não pega dinheiro do cheque especial ou do cartão de crédito.
Agora, indiretamente, o vivente pega dinheiro emprestado no cartão, comprando em varias vezes, teoricamente, sem juros. Pagando a vista o comerciante dá um desconto de 5% no máximo. ( fazem quatro vezes no cartão e pagando a vista tem 5% de desconto).
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
delmar escreveu: Sáb Out 19, 2019 5:55 pm
Na minha opinião há dois fatores.
O primeiro é a pouca concorrência. São cinco bancos grandes - BB, CEF, Bradesco, Itaú e Santander - junto com alguns médios regionais, que monopolizam o sistema bancário brasileiro de varejo. Deveríamos ter mais bancos, foi um erro a concentração bancária.
IMHO, aqui são seis: tem o Banrisul também, e no RS é potência de primeira grandeza. Mas creio que não erraste, deve ser o que mencionaste por "médios regionais". Mas talvez estes novos modelos, tipo NuBank, Inter & quetales venham romper este paradigma de meia dúzia de superbancos.
delmar escreveu: Sáb Out 19, 2019 5:55 pm O segundo é que os tomadores de recursos imediatos -cheque especial e cartão - . com os juros nas alturas, são os desesperados que já estão com a corda no pescoço. O risco deles não pagarem é muito grande mesmo, pois quem tem condições de pagar não pega dinheiro do cheque especial ou do cartão de crédito.
Sei não, tem vez que o índio se aperta; se não tiver Poupança (tem que ter num País como o Brasil) cai no cheque especial e ali ou é muito sortudo, ou um genuíno asceta, ou acaba no SPC, pois o juro é tão devastador que não tem como subir de volta; um cupincha, na verdade meu ex-chefe, já falecido, esteve nessa e, no pavor de ir pra lista dos caloteiros, tacou revisional: se deu bem o desgranhudo, Deus o tenha em bom lugar!
delmar escreveu: Sáb Out 19, 2019 5:55 pm Agora, indiretamente, o vivente pega dinheiro emprestado no cartão, comprando em varias vezes, teoricamente, sem juros. Pagando a vista o comerciante dá um desconto de 5% no máximo. ( fazem quatro vezes no cartão e pagando a vista tem 5% de desconto).
Quatro? Comprei minha 4K em DEZ vezes sem juros no cartão, e isso após muita pesquisa pelo modelo/marca exato que eu queria na web e sempre tendo em mente o preço final (e o véio e sempre subestimado FRETE). Como me ofereciam a opção de retirar numa loja aqui perto, a diferença do frete para o "mais barato" mas que não oferecia isso me levou à decisão, em 10x saiu mais barato que à vista. Até pneu pro carro já comprei assim.
Mas por que comprar em 10x s/j? Porque não se quer cair na arapuca do rotativo (não sei mas acredito que tenha juro tão ou ainda mais ardido que o cheque especial), e não tem melhor ajuda para isso do que manter as prestações bem baixas no orçamento mensal. No meu caso, mantenho como limite no go beyond até 30% do meu ganho líquido para isso.
Mas por que comprar em 10x s/j? Porque não se quer cair na arapuca do rotativo (não sei mas acredito que tenha juro tão ou ainda mais ardido que o cheque especial), e não tem melhor ajuda para isso do que manter as prestações bem baixas no orçamento mensal. No meu caso, mantenho como limite no go beyond até 30% do meu ganho líquido para isso.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Governo envia ao Congresso proposta de reforma tributária com imposto sobre consumo
Secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, diz que reforma terá quatro fases e incluirá aumento da faixa de isenção e nova alíquota para alta renda no IR, transformação do IPI em imposto seletivo e corte de tributos de empresas
Notícia completa: https://economia.estadao.com.br/noticia ... 0003093126
BRASÍLIA – Depois de reformular a sua proposta, abandonando a ideia de criar uma nova CPMF, rejeitada pelo presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Economia fechou, enfim, um novo pacote de medidas para mudar o complexo sistema tributário do País. O roteiro traçado pelo ministério prevê o envio da reforma ao Congresso em quatro etapas, que devem se estender até meados de 2020.
Na primeira fase, a ser deflagrada ainda em novembro, o governo deverá enviar ao Legislativo um projeto de lei que unifica o PIS (Programa de Integração Social) e a Cofins (Contribuição para o Financiamento de Seguridade Social), incidentes sobre produtos e serviços. Na segunda fase, prevista para o início do ano, o plano é encaminhar a mudança no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que deverá se tornar um tributo seletivo aplicado a bens como cigarros, bebidas e veículos.
A terceira fase, a ser enviada até o fim do primeiro trimestre, vai se concentrar no Imposto de Renda de pessoas físicas, incluindo o aumento da faixa de isenção e a criação de novo alíquota para os mais ricos, e jurídicas. A última etapa, em meados do ano que vem, será dedicada à desoneração da folha de salários das empresas (leia quadro abaixo).
“A nossa ideia é não demorar entre uma fase e outra para enviar ao Congresso”, diz o secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto.


Secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, diz que reforma terá quatro fases e incluirá aumento da faixa de isenção e nova alíquota para alta renda no IR, transformação do IPI em imposto seletivo e corte de tributos de empresas
Notícia completa: https://economia.estadao.com.br/noticia ... 0003093126
BRASÍLIA – Depois de reformular a sua proposta, abandonando a ideia de criar uma nova CPMF, rejeitada pelo presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Economia fechou, enfim, um novo pacote de medidas para mudar o complexo sistema tributário do País. O roteiro traçado pelo ministério prevê o envio da reforma ao Congresso em quatro etapas, que devem se estender até meados de 2020.
Na primeira fase, a ser deflagrada ainda em novembro, o governo deverá enviar ao Legislativo um projeto de lei que unifica o PIS (Programa de Integração Social) e a Cofins (Contribuição para o Financiamento de Seguridade Social), incidentes sobre produtos e serviços. Na segunda fase, prevista para o início do ano, o plano é encaminhar a mudança no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que deverá se tornar um tributo seletivo aplicado a bens como cigarros, bebidas e veículos.
A terceira fase, a ser enviada até o fim do primeiro trimestre, vai se concentrar no Imposto de Renda de pessoas físicas, incluindo o aumento da faixa de isenção e a criação de novo alíquota para os mais ricos, e jurídicas. A última etapa, em meados do ano que vem, será dedicada à desoneração da folha de salários das empresas (leia quadro abaixo).
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enquanto isso, no front do petróleo, produção cresce sem parar:
), daí seria Rússia em primeiro, nós em segundo e EUA em terceiro.
E com a vantagem que nós eu não sei mas me parece que seguimos a cartilha Russa, cotar o preço médio do petróleo, para fins de execução do Orçamento, ali pela faixa dos USD 40, pouco mais, pouco menos. O Putin, p ex, tá faturando horrores com essa diferença média a maior de USD 11 a 25 p barril, é só multiplicar por alguns milhões de bpd e depois multiplicar de novo por 365, é uma $enhora bolada. E ainda tem o gás, que faz tempo que não vejo abaixo de USD 2.500 para os contratos de 10.000 MMBTU. Novamente, aposto mais nos Russos do que nos EUA para liderarem a fila, nós de segundões.
Infelizmente, o Brasil continua cheio de gargalos e entraves para deslanchar e nem sou eu que estou dizendo quais são, apenas mostro (não é a primeira nem a segunda vez) o que o Mercado (leia-se gente que tem montanhas de $$$ e quer aumentá-las) considera como causas:
https://br.investing.com/analysis/econo ... -200432448
Notar que mesmo com o "glut" de que tanto falam desde o ano passado (excesso de produção mundial, que levaria ao colapso dos preços e por consequência a miríades de falências de companhias petrolíferas), o preço se mantém razoavelmente elevado, tendo oscilado nas últimas semanas, com raros "pontos fora da curva" para cima e para baixo, entre USD 56 alto e USD 58 baixo. Lembrar que o valor da extração no Pré-Sal fica em média na base de USD 17 (sempre valores por barril), ou seja, compensa pra caramba. E já somos o segundo maior produtor mundial não-OPEP, atrás apenas dos EUA, mas estes se baseiam no shale, de produção mais cara e cada vez mais afetado pela ação dos ambientalistas, para manter a primeira posição. No que o shale se tornar economicamente inviável (e/ou os protestos excederem a capacidade política/jurídica de manterem o negócio funcionando), a única maneira de não assumirmos a primeira posição é se a Rússia abandonar a OPEP+, o que me parece questão de tempo (já vêm trapaceando as limitações dos Saud desde os começos do ano e até provas há, mas ainda é melhor uma Rússia trapaceira do que um Rússia contra!Brazil Adds To Supply Glut With Major Deepwater Field
https://oilprice.com/Latest-Energy-News ... Field.html#

E com a vantagem que nós eu não sei mas me parece que seguimos a cartilha Russa, cotar o preço médio do petróleo, para fins de execução do Orçamento, ali pela faixa dos USD 40, pouco mais, pouco menos. O Putin, p ex, tá faturando horrores com essa diferença média a maior de USD 11 a 25 p barril, é só multiplicar por alguns milhões de bpd e depois multiplicar de novo por 365, é uma $enhora bolada. E ainda tem o gás, que faz tempo que não vejo abaixo de USD 2.500 para os contratos de 10.000 MMBTU. Novamente, aposto mais nos Russos do que nos EUA para liderarem a fila, nós de segundões.
Infelizmente, o Brasil continua cheio de gargalos e entraves para deslanchar e nem sou eu que estou dizendo quais são, apenas mostro (não é a primeira nem a segunda vez) o que o Mercado (leia-se gente que tem montanhas de $$$ e quer aumentá-las) considera como causas:
https://br.investing.com/analysis/econo ... -200432448
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Interessante como a Índia, com problemas sociais tão graves quanto Brasil, consegue ter um excelente desempenho com o Turismo
Alguém tem dados da violência urbana na Índia?
Suponho que seja a violência, e não a pobreza, o fator mais relevante na baixa atração dos turistas.
Observem que nosso percentual é quase idêntico ao de Israel.
Alguém tem dados da violência urbana na Índia?
Suponho que seja a violência, e não a pobreza, o fator mais relevante na baixa atração dos turistas.
Observem que nosso percentual é quase idêntico ao de Israel.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Brasil deve recuperar nível pré-crise em 2022, mostra levantamento
PIB avança sem vigor
Cenário externo preocupa
Estudo é da Austin Rating
Nestor Rabello
25.nov.2019 (segunda-feira) - 6h00
A economia brasileira continua crescendo devagar e ainda vai demorar para se recuperar completamente da recessão mais longa da sua história. Levantamento da Austin Rating encomendado pelo Poder360 mostra que, caso se confirmem o cenário de previsões do Boletim Focus (avanço de 2,17% em 2020 e 2,50% em 2021 do PIB), a recuperação seria atingida em maio de 2022.
Os dados levantados pela agência de classificação de risco levam em conta o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), diferentes cenários de crescimento real, e as projeções de mercado para o PIB (Produto Interno Bruto) contidas no Boletim Focus, publicado também pela autoridade monetária.
Nos cenários medianos, de crescimento 2% e 2,5% ao ano, o PIB voltaria ao mesmo nível de dezembro 2013 (148,75 pontos em outubro e março de 2022, respectivamente. Já o melhor cenário possível, de crescimento de 3% ao ano, levaria o PIB a superar de vez a recessão em novembro de 2021.

O PIB per capita também acompanharia esse ritmo, se recuperando da crise, também, apenas a partir de 2022.
Na última década, o indicador variou positivamente apenas 0,37%. Ou seja, embora a economia tenha avançado, o país não avançou muito em termos de desenvolvimento econômico.

MANTIDAS AS CONDIÇÕES
Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, além da própria recessão e de eventos como a greve dos caminhoneiros em 2018, o lento processo de retomada da economia também foi resultado da perda de capacidade de investimento do governo e da falta de confiança dos investidores na economia.
“Adicionalmente, acabamos tendo o efeito da perda de capacidade de investimento dos entes públicos. Quando você tem a perda de confiança, seja por crise internacional ou algum evento, o agente público acaba sendo o indutor da retomada do crescimento, mas isso não aconteceu“, afirma.
Ele acrescenta que os cálculos podem ser afetados por efeitos externos, seja de ambiente político turbulento ou até mesmo a evolução da crise de países vizinhos – tal como o Chile e a Argentina.
“Números não têm vida. Riscos de custos de produção elevados por conta do dólar, embate ainda muito forte entre Executivo e Legislativo, o Judiciário correndo por fora… tudo isso gera, para o investidor, uma insegurança jurídica muito grande. Isso transfere ao investidor insegurança, porque as regras do jogo podem mudar a qualquer momento“, avalia.
Opinião similar tem a economista-chefe da Reag Investimentos, Simone Pasianotto. Ela diz acreditar que questões políticas ainda têm muito poder sobre a economia no Brasil e que o país sofre para preencher o vácuo da queda dos investimentos públicos com a iniciativa privada.
“As questões políticas e sociais são os principais vetores que justificam o desempenho econômico e o receio na desconfiança do capital privado. É o que explica a falta de reação do segmento. Não só em relação à política como 1 todo, mas também sobre a expectativa do contexto econômico e político do Brasil dentro desse caos na América Latina“, aponta.
Segundo ela, o cenário global terá ainda mais destaque no movimento de retomada da economia. “Temos histórico muito grande de dependência de investimentos públicos, e isso tem que mudar para melhorar a confiança. Vamos demorar para ver taxas de 5% e 6%. Nem o cenário global permite que a gente tenha uma alavancada tão forte e acelerada“, diz.
PIB avança sem vigor
Cenário externo preocupa
Estudo é da Austin Rating
Nestor Rabello
25.nov.2019 (segunda-feira) - 6h00
A economia brasileira continua crescendo devagar e ainda vai demorar para se recuperar completamente da recessão mais longa da sua história. Levantamento da Austin Rating encomendado pelo Poder360 mostra que, caso se confirmem o cenário de previsões do Boletim Focus (avanço de 2,17% em 2020 e 2,50% em 2021 do PIB), a recuperação seria atingida em maio de 2022.
Os dados levantados pela agência de classificação de risco levam em conta o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), diferentes cenários de crescimento real, e as projeções de mercado para o PIB (Produto Interno Bruto) contidas no Boletim Focus, publicado também pela autoridade monetária.
Nos cenários medianos, de crescimento 2% e 2,5% ao ano, o PIB voltaria ao mesmo nível de dezembro 2013 (148,75 pontos em outubro e março de 2022, respectivamente. Já o melhor cenário possível, de crescimento de 3% ao ano, levaria o PIB a superar de vez a recessão em novembro de 2021.

O PIB per capita também acompanharia esse ritmo, se recuperando da crise, também, apenas a partir de 2022.
Na última década, o indicador variou positivamente apenas 0,37%. Ou seja, embora a economia tenha avançado, o país não avançou muito em termos de desenvolvimento econômico.

MANTIDAS AS CONDIÇÕES
Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, além da própria recessão e de eventos como a greve dos caminhoneiros em 2018, o lento processo de retomada da economia também foi resultado da perda de capacidade de investimento do governo e da falta de confiança dos investidores na economia.
“Adicionalmente, acabamos tendo o efeito da perda de capacidade de investimento dos entes públicos. Quando você tem a perda de confiança, seja por crise internacional ou algum evento, o agente público acaba sendo o indutor da retomada do crescimento, mas isso não aconteceu“, afirma.
Ele acrescenta que os cálculos podem ser afetados por efeitos externos, seja de ambiente político turbulento ou até mesmo a evolução da crise de países vizinhos – tal como o Chile e a Argentina.
“Números não têm vida. Riscos de custos de produção elevados por conta do dólar, embate ainda muito forte entre Executivo e Legislativo, o Judiciário correndo por fora… tudo isso gera, para o investidor, uma insegurança jurídica muito grande. Isso transfere ao investidor insegurança, porque as regras do jogo podem mudar a qualquer momento“, avalia.
Opinião similar tem a economista-chefe da Reag Investimentos, Simone Pasianotto. Ela diz acreditar que questões políticas ainda têm muito poder sobre a economia no Brasil e que o país sofre para preencher o vácuo da queda dos investimentos públicos com a iniciativa privada.
“As questões políticas e sociais são os principais vetores que justificam o desempenho econômico e o receio na desconfiança do capital privado. É o que explica a falta de reação do segmento. Não só em relação à política como 1 todo, mas também sobre a expectativa do contexto econômico e político do Brasil dentro desse caos na América Latina“, aponta.
Segundo ela, o cenário global terá ainda mais destaque no movimento de retomada da economia. “Temos histórico muito grande de dependência de investimentos públicos, e isso tem que mudar para melhorar a confiança. Vamos demorar para ver taxas de 5% e 6%. Nem o cenário global permite que a gente tenha uma alavancada tão forte e acelerada“, diz.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
A medida de cheque especial é boa pra maioria dos brasileiros. Extremamente boa.
Apesar que sabemos que os bancos tentarão arrancar +lucro de outros serviços já oferecidos apenas aumentando suas taxas. Trocar de banco não é comodo e easy pra todos, especialmente pra boa parte do país que vive em cidades com apenas 1 ou 2 agências de grandes bancos.
Mas a taxa mensal pra quem tem limite acima de 500 reais é uma pegadinha dolorosa pra quem sabe usar o cheque especial! Atingirá em cheio a classe média principalmente.
E claro que essa grana será taxada.
Governo encareceu crédito de curtíssimo prazo (1 semana máximo ) já que se eu pego um empréstimo eu preciso pagar o que está em acordo independente de eu pagar +cedo. Não faz sentido pegar empréstimo pra pagar uma conta no prazo só pq o salário atraso 1-3 dias.
Eu fui um dos afetados. E fortemente pq não posso abdicar do recurso por motivos que me reservo a manter pessoal.
Veremos com os bancos vão cobrar as taxas.
Apesar que sabemos que os bancos tentarão arrancar +lucro de outros serviços já oferecidos apenas aumentando suas taxas. Trocar de banco não é comodo e easy pra todos, especialmente pra boa parte do país que vive em cidades com apenas 1 ou 2 agências de grandes bancos.
Mas a taxa mensal pra quem tem limite acima de 500 reais é uma pegadinha dolorosa pra quem sabe usar o cheque especial! Atingirá em cheio a classe média principalmente.
E claro que essa grana será taxada.
Governo encareceu crédito de curtíssimo prazo (1 semana máximo ) já que se eu pego um empréstimo eu preciso pagar o que está em acordo independente de eu pagar +cedo. Não faz sentido pegar empréstimo pra pagar uma conta no prazo só pq o salário atraso 1-3 dias.
Eu fui um dos afetados. E fortemente pq não posso abdicar do recurso por motivos que me reservo a manter pessoal.
Veremos com os bancos vão cobrar as taxas.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O Nelson Barbosa, ex- ministro da fazenda da Dilma, divulgou alguns tweets explicando esse movimento.
Parece que havia um consenso parlamentar de centro a fim de impor redução de taxas por meio de lei, não só do cheque especial como também no cartão de crédito.
Para evitar uma derrota ainda maior o BC agiu e impôs essa limitação (o que a lei já permite o BC fazer há muitas décadas e que ele não tem costume de por em prática).
Enfim, é um medida pouco usual para um governo que se proclama Liberal na economia. Mas é compreensível diante do suposto consenso parlamentar que se formava contra os bancos.
Isso mostra como 300% ao ano é um abuso que nem parlamentar de centro, normalmente fiel às grandes corporações, é capaz de engolir.
Parece que havia um consenso parlamentar de centro a fim de impor redução de taxas por meio de lei, não só do cheque especial como também no cartão de crédito.
Para evitar uma derrota ainda maior o BC agiu e impôs essa limitação (o que a lei já permite o BC fazer há muitas décadas e que ele não tem costume de por em prática).
Enfim, é um medida pouco usual para um governo que se proclama Liberal na economia. Mas é compreensível diante do suposto consenso parlamentar que se formava contra os bancos.
Isso mostra como 300% ao ano é um abuso que nem parlamentar de centro, normalmente fiel às grandes corporações, é capaz de engolir.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O tabelamento, de certa maneira, já revela um "racha" na política liberal do Guedes. Acreditar que um mercado bancário, com apenas cinco grande bancos, iria baixar o juro pela concorrência entre eles é acreditar em papai-noel. Uma recuperação muito lenta do PIB ou mesmo uma estagnação da economia nos próximos anos, poderá levar o governo a intervir mais fortemente no mercado. Até a sobrevivência do atual governo poderá estar em jogo.
Pessoalmente eu vejo certo desânimo da sociedade com o futuro da economia brasileira. A alta do dólar já é um reflexo.
Pessoalmente eu vejo certo desânimo da sociedade com o futuro da economia brasileira. A alta do dólar já é um reflexo.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Pelo jeito vem outro "apocalipse": só em menos de onze meses já quebramos porque a China ia parar de fazer negócios conosco, o Irã ia parar de comprar milho, os Árabes não iam mais fazer negócio algum conosco, a França ia nos invadir, tudo de ruim. De "apocalipse" em "apocalipse" o Brasil cresce, por mais que a torcida esbraveje. Hoje mesmo vi o Tikuna insinuando num Fórum estrangeiro que a GM vai mandar todo mundo embora. Não é mole, já vi gente aqui (sempre os mesmos) defendendo até imposto - e ainda bem que não descobriram o caso das carteiras digitais de estudante, senão era o terror
- que começo a acreditar que se for anunciada a cura do câncer pela pessoa ERRADA, vão protestar pelo direito de as pessoas morrerem disso, é cada uma, só falta começarem a exigir a proibição da comercialização de ovos porque andam sendo jogados em "alguém"...





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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Companheiro, alguém está tomando um choque de realidade e não sou eu. A mudança da embaixada brasileira para Jerusalém, promessa de campanha, virou a colocação de um escritório em Jerusalém. Acompanhar a política americana de embargo aos chineses, no apoio total ao Trump, já foi devidamente esquecida pelo nosso governo que está de abraços com os chineses. Ninguém mais fala, nesta pátria amada, em reter navios iranianos, o que aconteceu foi "um pequeno mal entendido". O Brasil ia sair do acordo sobre clima, acompanhando os EUA. Agora não vai mais, houve um "pequeno erro de interpretação" da posição brasileira que "nunca pensou em abandonar o acordo".Túlio escreveu: Qui Nov 28, 2019 2:27 pmPelo jeito vem outro "apocalipse": só em menos de onze meses já quebramos porque a China ia parar de fazer negócios conosco, o Irã ia parar de comprar milho, os Árabes não iam mais fazer negócio algum conosco, a França ia nos invadir, tudo de ruim. De "apocalipse" em "apocalipse" o Brasil cresce, por mais que a torcida esbraveje. Hoje mesmo vi o Tikuna insinuando num Fórum estrangeiro que a GM vai mandar todo mundo embora. Não é mole, já vi gente aqui (sempre os mesmos) defendendo até imposto - e ainda bem que não descobriram o caso das carteiras digitais de estudante, senão era o terror- que começo a acreditar qu e se for anunciada a cura do câncer pela pessoa ERRADA, vão protestar pelo direito de as pessoas morrerem disso, é cada uma, só falta começarem a exigir a proibição da comercialização de ovos porque andam sendo jogados em "alguém"...
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Há pessoas de muito bom senso e capacidade dentro do nosso governo e elas estão conseguindo serem ouvidas. Espero que estas pessoas sejam aquelas que tenham maior influencia nas decisões econômicas.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Essa tecnologia pode ser adotada pelo agronegócio brasileiro, e portanto aumentar a produtividade do rebanho
Vacas russas ganham visor de realidade virtual para reduzir ansiedade e dar mais leite
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-5 ... ow_twitter

Os óculos foram adaptados especialmente para as dimensões das cabeças das vacas
Uma fazenda russa deu a suas vacas leiteiras óculos de realidade virtual, numa tentativa de reduzir a ansiedade delas.
Os óculos com sistema de realidade virtual foram adaptados para as "características estruturais das cabeças das vacas" e colocados em todo o rebanho. Cada aparelho recebeu um "programa exclusivo com imagens que simulam um campo durante o verão".
Assim que os óculos são colocados, as vacas passam a ver um pasto tranquilo e bem verde, mesmo que, na realidade, o dia esteja nublado e que o animal esteja rodeado por várias outras vacas. O Ministério da Agricultura e Alimentos russo citou uma pesquisa que, segundo eles, revela uma ligação entre a experiência emocional de uma vaca e sua produção de leite.
Testes iniciais apontaram que o aparelhou estimulou um bom "clima emocional do rebanho como um todo".

O visor foi adpatado especialmente para a cabeça dos animais
Segundo um comunicado da pasta, os experimentos ocorreram na fazenda RusMoloko, no distrito de Ramensky, em Moscou.
"Exemplos de fazendas leiteiras de diferentes países mostram que, em um ambiente calmo, a quantidade e, às vezes, a qualidade do leite, aumentam acentuadamente", dizia.
Os pesquisadores examinarão os efeitos do programa em um estudo a longo prazo. Os desenvolvedores esperam expandir o projeto, se os resultados positivos continuarem.
Vacas russas ganham visor de realidade virtual para reduzir ansiedade e dar mais leite
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-5 ... ow_twitter

Os óculos foram adaptados especialmente para as dimensões das cabeças das vacas
Uma fazenda russa deu a suas vacas leiteiras óculos de realidade virtual, numa tentativa de reduzir a ansiedade delas.
Os óculos com sistema de realidade virtual foram adaptados para as "características estruturais das cabeças das vacas" e colocados em todo o rebanho. Cada aparelho recebeu um "programa exclusivo com imagens que simulam um campo durante o verão".
Assim que os óculos são colocados, as vacas passam a ver um pasto tranquilo e bem verde, mesmo que, na realidade, o dia esteja nublado e que o animal esteja rodeado por várias outras vacas. O Ministério da Agricultura e Alimentos russo citou uma pesquisa que, segundo eles, revela uma ligação entre a experiência emocional de uma vaca e sua produção de leite.
Testes iniciais apontaram que o aparelhou estimulou um bom "clima emocional do rebanho como um todo".

O visor foi adpatado especialmente para a cabeça dos animais
Segundo um comunicado da pasta, os experimentos ocorreram na fazenda RusMoloko, no distrito de Ramensky, em Moscou.
"Exemplos de fazendas leiteiras de diferentes países mostram que, em um ambiente calmo, a quantidade e, às vezes, a qualidade do leite, aumentam acentuadamente", dizia.
Os pesquisadores examinarão os efeitos do programa em um estudo a longo prazo. Os desenvolvedores esperam expandir o projeto, se os resultados positivos continuarem.